31/05/2017

for you: capítulo 7


Problemas

Definitivamente, Demi Lovato é um problema!
Outra vez ela entra e sai da minha vida como um furacão, deixando-me com cara de idiota,
virando o meu mundo de ponta cabeça.
— O que significa isso Joseph? — Sophie me tira do meu estado de estupor e, me encara com
olhos injetados de fúria.
— O que você está fazendo aqui, Sophie?
— Eu vim conversar com você, já que não atende mais minhas ligações. Quem é essa mulherzinha, Joseph?
— Acho que ela já disse — respondo, calmamente — Minha noiva.
Eu não sei ainda porque estou confirmando essa história absurda. Mas vejo-me fazendo
exatamente isso.
— Isso não é verdade! — Sophie avança em minha direção — Não pode me humilhar assim. Trocar-me por uma desqualificada como aquela. Não pode fazer isso, Joseph.
Eu nunca presenciei minha doce e controlada ex-noiva, tão irritada como nesse momento. E estou adorando isso. Sophie acha mesmo que depois de tudo o que me fez, eu ainda me importo com o que ela pensa ou sente? Essa vingança, é um prato que eu degustarei lentamente.
— Tanto posso. Como fiz — cruzo os braços e olho para ela cinicamente — E sabe...? Ela é
demais na cama.
Eu não minto. Demi é incrível na cama e, se não fosse pela aparição irritante de Sophie, nesse momento, eu estaria transando com Demi até a exaustão. Só em pensar nisso, eu fico pau duro.
— Seu cretino! — a mão dela voa em direção ao meu rosto.
— Nem pense nisso! — seguro seu pulso com firmeza, impedindo que acerte meu rosto — Eu não acho correto bater em mulheres, mas eu não pensarei duas vezes em revidar.
Ela me encara assustada, começa a chorar e se joga em meus braços.
— Ah, Joseph — ela choraminga em meu peito — Já chega de me punir...
— Dá um tempo Sophie! — afasto-a de mim com um empurrão — Se quer alguém para chorar, procure o seu amante.
— Joseph, não pode estar falando sério. Não pode estar noivo daquela prostituta, por que é
obvio que é isso que ela é. Sua mãe não vai aceitar isso.
— A única prostituta que vejo aqui é você — encaro-a com desprezo — E minha mãe não manda em mim.
É patética a forma que ela me vê. Claro que grande parte da culpa sobre isso é minha. Havia
aceitado todas as decisões dos meus pais, principalmente de minha mãe, por achar cômodo ou por não ver motivos para contrariar, mas agora as coisas haviam mudado.
Sem a mínima vontade de continuar a ouvir suas lamúrias estúpidas, eu entro, bato a porta e, deixo-a falando sozinha do lado de fora. Na realidade, gritando. Mais uma vez, tenho um vislumbre de como ela realmente é e, dou graças a Deus que esse noivado tenha fracassado.
A única coisa que me importa agora é reencontrar aquela morena que deixa minha pele em
chamas. Demi conseguiu me surpreender a cada encontro e a noite anterior havia sido fantástica. Ela me deixou completamente viciado nela. Nunca desejei tanto uma mulher como a desejo e ontem havia sido apenas um aperitivo.
Minha vida sexual com Sophie era desbotada, se comparada com os momentos explosivos que tive com Demi, em apenas uma única noite. Nunca houve essa necessidade e paixão. Nunca foi uma coisa de pele. Fazíamos sexo, porque era uma necessidade física prazerosa, como comer, beber e dormir. Até mesmo com as outras mulheres, antes de minha ex-noiva, foi mecânico. Eu buscava meu prazer e retribuía. Simples assim.
Com Demi eu quero mais, eu sempre quero mais, desejo ir além de sua alma. Anseio possuí-la de todas as formas, alimentar essa fome que sinto por ela, até que reste apenas uma pequena chama de desejo. Ainda estou embasbacado de quantas vezes a procurei durante a noite e, de como ela foi extraordinariamente receptiva. Ela está se tornando um vício para mim e tenho que fazer alguma coisa, antes que eu enlouqueça.
O problema é que a jovem feiticeira, havia sumido como num passe de mágica. E como agora já não trabalha no clube, eu não tenho como encontrá-la. Ao menos que peça a Peter, no entanto, não quero envolvê-lo. Com certeza me achará maluco, por estar obcecado por uma garota de programa.
Terei que resolver esse assunto do meu jeito.
Só mais uma vez. Preciso tê-la, apenas mais uma vez e, comprovar que tudo não passa minha mente pregando peças malucas. Nenhuma mulher é tão poderosa assim. O que há aqui é muito desejo sexual envolvido.
Coloco as mãos no bolso do robe e sinto a nota amassada lá dentro. Um sorriso volta aos meus lábios ao me lembrar do bilhete, que havia encontrado em meu travesseiro mais cedo. O que ela quis dizer com aquilo? Sempre achei que as mulheres eram criaturas confusas e difíceis de entender, mas Demi supera qualquer teoria.
Olho para relógio, já passam das nove horas, mesmo tendo o costume de acordar muito cedo, resolvo voltar para cama. Como hoje é sábado e não tenho nada em vista na agenda, volto para o quarto, jogo-me na cama. Ainda sinto o cheiro do perfume dela em meu travesseiro. O aroma volta a excitar-me, me faz ficar duro como pedra, a única coisa que me resta a fazer, é dar alívio para meu corpo, enquanto imagino Demi ali comigo. Suas mãos macias tocando-me, a boca deliciosa abocanhando meu membro, enquanto eu agarro seus cabelos, controlando os movimentos. Ela fode meu pau com vontade.
— Demi! — gemo seu nome, alto, grave, entregando-me ao prazer, com essa fantasia em mente.
Aliviado, mas ainda não satisfeito, fecho meus olhos e adormeço.


***

Estou parado em frente à porta do maldito clube, uma placa adverte que não haverá atendimento, pois o mesmo está em reforma. Aqui eu não conseguirei nada. É melhor eu engolir meu orgulho e pedir ajuda a Peter ou deixar que as coisas esfriem e que eu perca o interesse por ela. Foi o melhor sexo da minha vida, mas é apenas sexo, certo?
Estou prestes a ir embora, quando reparo duas garotas saírem lá de dentro. Uma delas eu
reconheço, é mesma japonesa do outro dia.
— Olá — eu interpelo as duas, com um dos meus melhores sorrisos — Eu vi que o clube não irá funcionar hoje.
— Sim — a loira me encara com interesse — Houve uma grande confusão ontem à noite. Ficará fechado para reforma, por alguns dias.
— Foi horrível — a japonesa arregala os olhos — Eu conheço você, não conheço?
— Sim. Sou amigo da Demi — murmuro, com naturalidade — E combinei de encontrá-la aqui, hoje.— Ah meu Deus! — ela abre e fecha a boca algumas vezes — Você é o bonitão que estava interessado nela. É uma pena, mas Demi não trabalha mais aqui.
— Droga... — faço cara de desolado — Sabe onde posso encontrá-la?
— Desculpe, mas eu não posso passar essa informação — ela diz, receosa — Demi me mataria se eu desse o endereço a um estranho.
— Com certeza! Mayume tem razão — a loira platinada concorda, dando mais ênfase do que
necessário — Aquela garota é uma selvagem.
— Amanda, você sabe que Denu não é assim — Mayume a repreende — Você que nunca soube lidar com ela.
Sinceramente, a discussão entre essas duas está começando a me aborrecer. Então faço a minha melhor cara de menino carente e tento arrancar alguma informação da japonesa. Parece-me claro que a tal Amanda odeia Demi, consequentemente, dela eu não conseguirei nenhuma informação.
— Por favor, eu realmente preciso falar com ela — insisto, com um sorriso doce — É muito
importante.
— Sinto muito, senhor...?
— Jonas.
— Eu posso ligar para ela depois e dizer que está procurando-a. Se quiser deixar seu telefone?
Não é exatamente o que quero, entretanto, não tenho outra alternativa, a não ser confiar na jovem. Passo o número e, despeço-me das duas. Sigo até minha moto perto dali e volto para casa, completamente frustrado.

***

Algumas horas depois, estou em casa assistindo um jogo de basquete na tela plana, quando o celular toca. Penso em ignorar a ligação, mas pode ser o Peter com algum programa em mente.
— Alô?
— Sr. Jonas — uma voz feminina vibra do outro lado da linha — Aqui é Amanda Jones. Nós
nos esbarramos um pouco mais cedo.
— Como conseguiu meu telefone?
Pergunta idiota. Eu havia dado a amiga dela. Teria notícias de Demi? Agrado-me com a ideia.
— Peguei com Mayume quando ela se distraiu... — ela ronrona — Pensei que nós dois
pudéssemos, você sabe...
— Desculpe-me — corto-a, rudemente — Mas não estou interessado em um programa.
— Tem certeza? — Amanda pergunta, em uma voz rouca, mais para ridícula do que sensual, como era sua intenção — Poderíamos fazer qualquer coisa...
— Hoje não. Adeus.
— Espere! — ela grita, antes que eu possa desligar — Tenho algo que talvez queira.
— Amanda, eu já disse que não estou interessado — a insistência está me deixando impaciente.
Não sou do tipo que paga por um programa. Minha única exceção foi Demi, mas ela não havia levado meu dinheiro, pelo contrário, havia deixado o dela. Uma atitude realmente esquisita, cada vez que penso nisso, fico mais confuso.
— Eu tenho o endereço dela — Amanda põe-me alerta — Sinceramente eu não sei o que viu
naquela garota, mas se ainda quiser. Encontre-me em um bar perto do clube e traga mil dólares.
— O que? — pergunto, estupefato. Mil dólares por apenas uma informação. Claro que, no meu estado de desespero atual, eu pagarei dez vezes mais, se necessário.
— Bem se não quiser...
— Espere. Tudo bem — procuro um bloco de notas e uma caneta — Passe-me o endereço.
Meia hora depois estou em um bar decadente perto do clube. Encontro Amanda agarrada a um homem todo tatuado e, com enorme alargador na boca.
— Trouxe o dinheiro? — ela pergunta, assim que me vê.
— Como sei que não está mentindo?
— É um risco que terá que correr cara — o homem fala com desdém, enquanto acaricia Amanda de forma grotesca.
Dou o dinheiro a ela, que me entrega uma folha com o endereço. É uma região um pouco pesada do Bronx. Olho para relógio em meu pulso, já passam das dez horas, um pouco tarde, resolvo deixar a visita para o dia seguinte.


***

Após ter a noite povoada de sonhos sensuais, com uma morena, desisto de continuar dormindo. O dia já está clareando, então vou para sala de ginástica, perto da piscina. Tento gastar todas as minhas energias na esteira e equipamentos de musculação. Depois de suar muito e ficar exausto, resolvo dar um mergulho para relaxar os músculos.
Não sei quanto tempo fiquei ali, mas saí assim que pensamentos sensuais de como eu gostaria de possuí-la em cada canto da piscina, começaram a dominar minha mente. Que merda é essa? Por que é tão difícil tirá-la da minha cabeça?
Volto para o quarto, faço a barba e tomo uma ducha rápida. Não quero esperar nem mais um segundo para tê-la em meus braços, precisamente na minha cama. Visto uma calça jeans preta e camisa branca. Calço tênis esportivo e saio do quarto. Pego a chaves em cima da mesa e, confiro novamente o endereço na folha de papel.
Quando alcanço a porta, o telefone toca.
— Joseph?
Droga! O que minha mãe pode estar querendo comigo em pleno domingo de manhã?
— Olá, mamãe.
— Eu quero falar com você — diz ela, taxativa — Venha para o almoço, hoje.
Suas palavras deixam-me irritado. Nada de, por favor, ou se você puder.
— Hoje eu não posso. Estou de saída.
— Isso não me importa — diz ela— Desmarque.
— Sinto muito, mas eu não quero.
— Joseph, o que está acontecendo com você? — ela objeta — Já teve tempo o suficiente para
colocar a cabeça em ordem. Sophie me contou o que aconteceu. Eu sei que está apenas tentando dar uma lição a ela, mas...
— Eu preciso desligar.
— Joseph!
Encerro a ligação sem pensar duas vezes. Minha paciência para com minha mãe é praticamente nula. Meus pensamentos voltam para Demi. Ela me desconecta do mundo exterior. Mesmo agora, basta pensar nela e meu corpo se agita, de uma forma diferente. Perto dela eu perco o controle, essa é última coisa que quero. Eu não gosto disso. Não posso deixar que ela que se infiltre tanto assim em minha vida.
E eu só preciso vê-la mais uma única vez, tento me convencer. Depois eu me manterei o mais longe possível. É isso.
Com esse objetivo em mente eu sigo para o elevador. O celular vibra, ligação de Kevin. Droga!
Com certeza minha mãe entrou em contato com ele, pedindo que interferisse. Eu não atendo.
Ele insiste.
— O que você quer Kevin? — pergunto, raivoso.
— Mamãe foi para o hospital Mount Sinai.
— O que?
— Encontre-me lá agora! — ele desliga.
Tento retornar a ligação para saber o que está acontecendo, mas vai direto para caixa postal.
Provavelmente, Kevin havia desligado o telefone. O que teria acontecido? A pergunta martela e minha cabeça por todo percurso até o hospital. Apesar de tudo, ela é minha mãe, eu a amo e me preocupo com ela.
Uma onda de culpa e remorso me invade. Talvez tenha sido duro demais. Afinal, eu havia mudado de uma hora para outra, não deve ser sido fácil para ela assimilar isso, saber que não tem mais controle sobre mim.
Chego ao hospital em uma velocidade recorde. Encontro Kevin e Danielle esperando por notícias no corredor.
— Como ela está? — pergunto a Kevin.
— Ainda não sabemos — ele me encara com raiva — Estão fazendo alguns exames.
— O que aconteceu?
— Mamãe passou mal depois que você desligou — resmunga ele — O que você disse? Ela
desmaiou e nós a trouxemos para o hospital.
Então a culpa havia sido minha. Se algo acontecer a ela eu jamais conseguiria me perdoar, pelo olhar que recebo de Kevin, ele também não faria isso.
Os minutos se arrastam e fico cada vez mais apreensivo e culpado. Depois da morte trágica de meu pai em um acidente de carro, onde ele dirigia bêbado, minha mãe passou a ser ainda mais controladora com Kevin e eu. Sempre a considerei uma mulher inabalável, é difícil imaginá-la tão frágil assim.
— Como ela está doutor? — Kevin interpela o médico, assim que ele sai do quarto.
— Fizemos alguns exames — ele sorri — Está tudo bem.
— Então ela não corre mais risco, doutor? — pergunto, preocupado.
O médico nos encara com olhar divertido.
— Na verdade, ela nunca esteve — ele suspira — Senhores, a mãe de vocês tem um coração de ferro e viverá muito mais do que nós todos juntos.
— O que o senhor quer dizer? — Kevin pergunta, confuso — Eu a vi desmaiar, o senhor mesmo quis fazer os exames.
— Apenas por desencargo de consciência e por insistência sua — murmura ele — Sua mãe tem o que chamamos de... carência afetiva. Deem um pouco mais de atenção a ela e ficará tudo bem.
— Tem certeza doutor? — inquiro.
— Absoluta, fizemos todos os exames necessários. Sejam pacientes, tudo bem?
Ele nos informa que em alguns minutos, poderemos entrar e que minha mãe receberá alta em seguida.
Eu não sei se estou mais aliviado ou puto da vida com ela, pelo circo que ela havia montado. Se minha mãe pensa que armações como essa, irá conseguir com que eu faça o que quer, descobrirá o quanto está iludida.
Caminho em direção à porta com passos firmes e decididos. Nós dois precisamos ter uma boa conversa.
— Espere, Joseph! — Kevin segura meu braço — Lembre-se do que o médico falou. Temos
que ser pacientes.
Uma ova. Eu sinto vontade de rir na cara dele. Ao contrário de mim, ele caiu como um patinho na chantagem ela havia preparado. Com certeza para mim.
— Claro, eu vou me lembrar de cada palavra.
— Pobrezinha — ouço Danielle dizer, antes de entrarmos no quarto.
Encontro-a deitada com os olhos fechados. Para um desavisado, a cena pareceria comovente.
Pergunto-me por quanto tempo pretende manter a farsa.
— Mamãe? — Kevin aproxima da cama e segura a mão dela — Estamos aqui. Fique calma.
— Oh, Kevin querido — ela abre os olhos e choraminga para ele — Eu tive tanto medo.
— Pode parar com o show, mamãe — digo, impassível — Já sabemos que é tudo fingimento.
— Joseph! — Kevin me encara, furioso.
— Viu como seu irmão me trata, Kevin? Esse comportamento irá me levar para o túmulo com seu pai.
— Como pode ser tão insensível, Joseph? — Kevin estoura.
— Tudo isso, é por que ele está com uma desclassificada. Essa possibilidade já me faz perder os sentidos... — ela volta a encolher-se na cama — Aposto que é ela que está fazendo a cabeça dele.
O comentário me deixa colérico. A única pessoa manipuladora que conheço é ela mesma. Não foi Demi a causadora dessa mudança em mim, mas sim minha ex-noiva. Se algo que eu possa agradecer a Sophie, foi o fato de ter me aberto os olhos para vida inerte e sem graça que eu estava tendo.
Mas se minha mãe quer seguir por esse caminho, eu entrarei nesse jogo.
— Demi é sim, minha noiva, mas não tem nada a ver com isso — outra vez vou de encontro a essa mentira, que começa ganhar proporções gigantescas.
— Noiva? Quem é essa mulher? — Joseph inquire — E Sophie?
Porra, era só o que me faltava.  Kevin está mesmo me perguntando isso, depois de tudo o que havia acontecido?
— Sophie é a merda de uma cadela, que me traiu — grito, furioso para ele.
— Bem... — Kevin parece um pouco constrangido —Achei que estivessem...
— Faça o seguinte, Kevin — respiro fundo — Pegue a estúpida da sua mulher, na cama com
outro, tente lidar com isso, depois venha conversar comigo.
Acho que minhas palavras deve tê-lo atingido de alguma forma, pois ele abaixou o olhar e ficou em silêncio.
— Eu nunca faria isso! — Danielle se defende — E não sou estúpida.
— Claro que não querida — minha mãe olha carinhosamente para ela e, me encara fixamente — Não vai ficar com essa mulherzinha...
— Já me cansei disso aqui. Apenas observe.
Eu não posso ficar nem mais um minuto. Faria e diria coisas que me arrependeria, com certeza.
Estou cansado da minha mãe e de Kevin, querendo me controlar como uma marionete. Sinto-me enojado. Como eles podiam ser tão frios e calculistas? Que tipo de sangue corre em suas veias?
Eles precisam de uma lição e eu daria isso a eles. E sei quem pode me ajudar com isso.

Joseph arrasando com a cara da Sophie, adorei kkkkkkkk
e o Joseph desesperado atrás da demi, essa capítulo foi antes dele bater na porta da casa dela.
essa amanda não é de brincadeira não, uma cobra.
a mãe e o irmão do Joseph serão bem controladores e chatos, vai infernizar a vida do Joseph.
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui

29/05/2017

for you: capítulo 6


Paz

Abro os meus olhos com uma estranha sensação de paz e aconchego. Estou nua em uma cama e em um quarto a qual desconheço. Olho para uma mão enorme, com dedos longos e perfeitos em minha cintura e há uma perna enroscada na minha. Aos poucos, as lembranças de tudo o que aconteceu na noite anterior me vem à mente. O clube, Jenny, a briga, os homens atrás de nós dois e esse apartamento.
Levo à mão a boca para impedir que um gemido de desespero escape de meus lábios. Inferno! Eu tinha feito sexo com um completo desconhecido. E por mais que tenha sido o sexo mais louco, quente e maravilhoso da minha vida, ele ainda é um desconhecido.
Lindo, charmoso, sedutor e com uma boca que...
Não viaje Demi! Digo a mim mesma, em pensamento. Não é à toa que ele pense que sou uma prostituta. Não só havia ido até sua casa, como fiz sexo com ele no primeiro encontro. E nem ao menos posso chamar isso de encontro.
Cem dólares? Você merece mais que isso. Lembro-me de suas palavras ao encontrar o dinheiro escondido no meu vestido.
Droga! Droga! Droga! Mil vezes droga! Joseph acredita mesmo que sou uma prostituta sem classe alguma.
Com máximo cuidado possível para não acordá-lo, tento tirar suas mãos de mim. O contato com a mão forte e masculina, mão que deslizou pelo meu corpo e me fez ter sensações incríveis, faz minha pele arrepiar.
Joseph murmura algo e vira para o outro lado, afastando-se de mim. Livre dos tentáculos que prendia um corpo, eu procuro minhas roupas pelo quarto.
— Sophie... — Joseph murmura inquieto — Vá embora!
Quem é Sophie?
Sem tempo para meditar sobre isso e ainda nua, eu saio do quarto em direção as escadas. Minhas roupas estão no banheiro de baixo, agora me recordo de como e onde foram jogadas.
Ao entrar encaro a jovem nua e descabelada em frente ao espelho. Arrumo os cabelos da melhor forma possível. Lavo o rosto, pego uma das escovas de dentes reserva. Espero que ele não se importe com minha invasão no banheiro. Bem, depois da noite anterior a última coisa que me preocupa é o que ele pensará por usar uma das suas escovas de dentes.
Eu me visto com pressa, não quero me deparar com ele em plena luz do dia. Sei que estou sendo covarde, mas encará-lo sem a aura de mistério e sedução, não é uma coisa que eu possa lidar no momento. Aliás, não posso lidar com ele de forma alguma.
Sento- me no vaso para calçar as sandálias. A nota de cem dólares esquecida no chão me chama atenção. Uma ideia um tanto absurda e irresistível me vem à cabeça. Joseph até pode pensar que eu sou uma vadia, mas não me tratará como tal.
O bonito apartamento sempre será capaz de me tirar o fôlego não importa quantas vezes eu venha aqui. Duf. Como se eu fosse voltar aqui outra vez. Olho em volta e encontro o que preciso ao lado do telefone, em cima de uma mesinha de canto. Pego a caneta e bloco de notas com as mãos trêmulas.
Escrevo rapidamente, piso na ponta dos pés e subo a escadas em silêncio.
Encontro-o ainda dormindo tranquilamente. Sinto o ar me faltar e releio o que escrevi mais uma vez: Obrigada pela noite maravilhosa, fique com o troco.
Coloco o papel e nota em cima do travesseiro. Agindo por impulso ajoelho-me em frente a ele na cama. Deposito um último beijo em seus lábios, suave como um toque de borboleta. Vejo um sorriso torto desenhar seu rosto, passo a mão suavemente em seus cabelos macios. Errado ou não, eu guardarei essa noite na minha memória, para sempre.
Saio, outra vez, nas pontas dos pés e desço as escadas correndo em direção a saída. Com a
respiração acelerada encosto-me contra a porta fechada, assim que a fecho, em busca de apoio.
Chamo o elevador, que para o meu desespero para em vários andares antes de chegar até onde estou.
— Fugindo? — a voz enrouquecida de Joseph soa atrás de mim.
— Apenas poupando-o do constrangimento do dia seguinte — digo balançando os ombros em uma fingida indiferença.
Estou de costas para ele, mas sinto seus olhos fixos em mim. Olhando-me, apreciando e me
deixando mole.
— Cem dólares? — ele pergunta, parecendo estar muito zangado — É o que valho?
Viro-me para encará-lo e amaldiçoo a mim mesma. O homem é extremamente sexy em sua calça jeans e jaqueta de couro, mas parado ali usando apenas um roupão negro, ele é a perfeita personificação do pecado. Os cabelos em desalinhos, descalço e perigosamente sedutor. Sem dúvida alguma eu voltaria para os braços dele a qualquer hora do dia, da noite, sem qualquer sentimento de culpa.
— Eu pagaria duzentos. Mas você sabe como anda a crise — tenho a necessidade inexplicável de provocá-lo — E agora que estou sem emprego, não posso gastar tanto dinheiro à toa.
Joseph me puxa para seus braços. Eu fico sem reação. Por que esse homem é capaz de mexer comigo como nenhum outro? Nem mesmo com John, que eu namorei por mais de um ano foi assim. Nunca houve tanto desejo e paixão entre nós dois.
— Isso não vai ficar assim — Joseph murmura, antes de me beijar.
Ainda bem que seus braços me sustentam contra seu corpo, porque no momento que nossas bocas colam uma na outra, minhas pernas viram gelatinas. Agarro seus braços com força, como se fosse meu porto seguro. Nossas línguas brigam entre si, uma invadindo o território da outra, em um beijo profundo. Ouço gemidos enrouquecidos e percebo que alguns deles saem de minha garganta.  Joseph encosta-se à parede, levando-me com ele. Nossas mãos fazendo uma verdadeira turnê por nossos corpos de forma desesperada. Isso é loucura.
Estou apenas com vestido, já que ele havia destruído minha calcinha. Joseph puxa-me contra ele e se esfrega contra mim, agarra minha bunda com força e prende-me mais forte contra ele. O atrito de seu membro rijo me deixa completamente amolecida. Ele me sustenta pelas nádegas e eu agarro-me a seus cabelos. Seus gemidos, meus gemidos soam dolorosos. Ambos necessitamos aplacar essa chama de desejo que inflamam por nossa pele.
Ele introduz um dedo dentro de mim e com indicador massageio meu clitóris. Minhas pernas bambeiam e me agarro ainda mais a ele.
— Eu queria fodê-la agora, mas as camisinhas estão lá dentro — ele ronrona em meu pescoço.
— Eu tenho que ir... — ele introduz outro dedo, os movimentos precisos e vertiginosos e eu
perco a capacidade de qualquer raciocínio lógico — Ah...
Sua boca apodera-se da minha, exigente, faminta. Meu corpo grita em busca da libertação do prazer. Sinto que estou desabando.
— Joseph! — escuto uma voz feminina — Joseph! — estridente e irritante às minhas costas.
Ele me aperta ainda mais forte contra seu peito, ajeitando minha roupa. Escondo meu rosto contra ele e tento normalizar a respiração. Seu cheiro inebriante torna isso quase impossível. Ah, que droga!
— Sophie? — ele parece tenso — O que faz aqui?
Então essa é a mulher que ele citou em seu sonho? Curiosidade e vergonha duelam dentro de mim. E com certeza a primeira falou mais alto. Viro-me e me deparo com uma loira platinada, que me encara com olhar feroz. Meu sexto sentido me diz que aquela é a tal noiva sem vergonha e imoral a qual ele havia me falado. Instantaneamente me lembrei de John e Mary Anne. Não importa o que Joseph tenha feito ou não, se merecia ou não aquela atitude da parte dela, ninguém deve ser desleal com quem que se ama ou confia. Muito menos com alguém que se divide a vida ou planeja um futuro juntos.
— Quem é essa mulher? — a loira me encara com ódio.
— Essa mulher... — murmuro, sorrindo diabolicamente — É a noiva dele. Não é querido?
Viro-me toda dengosa para ele. Joseph olha-me atônito. Com certeza não esperava essa
reação de minha parte, nem mesmo eu entendo por que estou fazendo isso. Apenas tive a imensa vontade de dar uma boa lição nessa ordinária.
Para evitar que ele me desminta na frente da bruxa loira, colo meus lábios aos dele. O mesmo ardor anterior volta e sinto uma corrente elétrica pelo corpo, então, antes que eu me esqueça de que há pessoas desagradáveis na plateia e faça amor com ele ali mesmo no corredor, eu me afasto.
— Nos vemos à noite meu bem — encaro a loira com desdém — E livre-se dela — passo pela
loira que me olha furiosa e entro no elevador. Encaro Joseph pela última vez.
Ainda consigo detectar a chama de desejo em seu rosto surpreso. Pressinto que estou perdendo algo realmente importante. As portas se fecham e dou adeus ao homem que me atormentará para sempre.
Há muito tempo não tenho essa sensação de vazio e de abandono. A última vez, foi quando me despedi de Harry. Depois, esse sentimento de solidão e vazio no peito havia sido preenchido por Jenny.
Jenny principalmente, ela é a irmã que nunca tive. A pessoa que mais confio no mundo. Preciso dela tanto quando ela precisa de mim. E não por ela ser cega e eu uma solitária, mas porque ambas sabemos a importância da confiança e da amizade verdadeira. Jenny jamais me trairia assim como eu nunca a abandonaria. Como tenho certeza disso? Não tenho como explicar, coisas como essa não se sabe, a gente sente.
Quando saio, noto outro recepcionista, encarando-me com curiosidade. Se a noite eu pareceria uma prostituta de cabaré com essa roupa, nem quero imaginar o que devo parecer à luz do dia. Olho para o relógio na recepção, já passam das oito horas. Não esperava dormir tanto, na realidade, planejava ir embora no clarear do dia. Só que fui acordada várias vezes por ele, durante a noite, por seus toques e beijos irresistíveis.
Paro por alguns minutos quando alcanço a calçada. Tento me orientar para saber para que lado devo seguir. Sei que estou em algum lugar de Manhattan. Os prédios chiques em volta de mim, sugerem que estou em uma das partes mais nobres do bairro.
— Ei gatinha? — um homem grisalho em uma BMW me olha de cima a baixo. — Que tal fazer um show lá em casa?
Era o que me faltava, um babaca repugnante, que acha que estou à venda.
— Foda-se! — mostro o dedo do meio para ele — Babaca.
Começo a caminhar em busca de um ponto de ônibus e lembro que não tenho um centavo. Minha mochila havia ficado no camarim do clube e o único dinheiro que eu tinha, havia deixado com Joseph.
— Parabéns Demi! — eu grito ignorando as pessoas na rua — Você é mesmo muito inteligente. O que vou fazer agora? Sem dinheiro e vestida daquele jeito? Pior ainda, sem calcinha. Não posso andar sem calcinhas pelas ruas. Merda! Só de pensar nisso tenho vontade de voltar àquele apartamento e atirar um vaso na cabeça do Joseph. É tudo culpa dele e daquela noiva estúpida. Não, é tudo culpa minha por ser estúpida.
— Vamos lá? — o mesmo homem volta a me incomodar enquanto me segue com o carro — Qual o seu preço?
— Olha — encaro-o com ar de pouco caso — Eu até preciso de dinheiro nesse momento. Mas seu pintinho deve ser tão pequenininho que nem vai valer à pena.
Algumas jovens que passavam no momento começam a rir incontrolavelmente. Assisto o homem ficar vermelho de ódio e arrancar o carro com fúria. Vou para o outro lado da estrada para prevenir que ele me incomode outra vez. Um dia, minha boca grande me colocará em sérios problemas.
Alguns metros acima há um ponto de táxi. Sem alternativa e sabendo que irá me custar os olhos da cara, eu peço a um motorista de aparência indiana que me leve até o Bronx. Assim que chegamos meia hora depois, digo ao desconfiado motorista que me espere, pois subirei para pegar o dinheiro. 
Ao chegar ao meu apartamento eu me lembro de que estou sem a droga da chave. Minha única esperança de não ser presa por não pagar o motorista de taxi é que Jenny esteja em casa para que eu pegue minha chave reserva.
O que será que havia acontecido entre ela e Sr. Durant? Não cogito a possibilidade de que ele
tenha feito mal a ela, mas pela ira que vi em seus olhos, tenho certeza que a conversa não deve ter sido nada fácil.
Mais do que nunca desejo esganá-la por não ter um maldito celular. Paro em frente à porta dela. Não há nenhum sinal do segurança. Bato na porta e aguardo alguns minutos com o coração na boca.
— Quem é? — ouço sua voz através da porta fechada.
— Sou eu.
— Demi? — escuto o ferrolho sendo puxado — Onde está sua chave?
— É uma longa história — murmuro — Me empresta noventa dólares?
— Claro — ela responde com semblante confuso — Sabe onde fica.
Vou até seu quarto e pego uma caixa escondida no fundo do guarda roupa, conto o dinheiro e volto para sala.
— Eu já volto.
Desço as escadas correndo e encontro o motorista de táxi, pronto para entrar no prédio.
— Pensei que estava sendo ludibriado — ele me encara com raiva — Moça, eu não tenho o dia todo. — Desculpe-me — entrego o dinheiro a ele que sai pisando duro.
Volto para o apartamento de Jenny e encontro-a preparando o café. O cheiro é divino, preciso mesmo de algo forte.
— Então? — ela vira em minha direção assim que entro e fecho a porta — Onde esteve?
— Você saberia se tivesse um celular — resmungo — E você, onde esteve com aquele maluco?
Escuto o relato com atenção. Eles foram para um flat que ele tem na cidade.
— Ele achou que eu era garota de programa — Jenny murmura.
Também? O que há de errado com esses homens? Todas nós somos prostitutas e desprovidas de caráter?
— Não podemos continuar com isso. Ele é casado e tem uma filha. Isso não é certo — Jenny
continua — Não vou voltar a vê-lo. Nós nos beijamos e isso foi errado.
— Errado? — eu digo, angustiada — Eu transei com um desconhecido. E foi a melhor experiência da minha vida. Isso é fodidamente errado!
— Demi! — Jenny me encara, surpresa.
Ela me conhece muito bem. Sabe que não sou de casinhos de uma noite. Aliás, ultimamente não sou casinho de noite alguma. Até houve alguns homens interessados em mim, desejando um relacionamento sério, mas nenhum deles conseguiu me atrair tanto, nenhum me levou a cometer essa loucura, como o Joseph.
Talvez se tivesse saído mais ou dado chance a algum rapaz, eu não estivesse tão carente de sexo como ontem. É a única explicação plausível que encontro no momento. É isso, estava precisando liberar a tensão sexual.
— Eu não sei o que dizer — Jenny ainda parece chocada.
— Não diga nada — sussurro — Não me julgue, por favor.
— Eu sou a última pessoa que pode fazer isso.
— Apenas vamos esquecer esses dois e voltarmos para nossas vidas tranquilas — balanço a
cabeça, frustrada.
Ambas sabemos que isso é muito mais complicado do que gostaríamos. São dois homens com personalidades marcantes e que haviam alterado as nossas vidas de um jeito inexplicável, talvez para sempre.
No meu caso ainda tenho sorte por Joseph não saber onde moro e agora sem emprego as chances de encontrá-lo novamente são praticamente nulas. Jenny, no entanto, está vulnerável a palavra de Neil para deixá-la em paz. E sem o emprego e o dinheiro do clube, e até que eu encontre outro emprego, a possibilidade de que nos mudemos para um lugar melhor diminuem radicalmente. E mesmo que com as minhas economias e as dela possamos alugar um apartamento melhor, o que faríamos nos próximos meses? Eu não quero me arriscar a isso.
— Jenny, eu estou sem emprego — murmuro, jogando-me no sofá.
— Por quê? O que aconteceu?
— A briga de ontem foi à gota d’água. Ed me despediu.
— Ah. Sinto muito Demi — Jenny lamenta — Talvez eu possa falar com ele.
— Acho que não irá adiantar. Mais tarde vou até lá pegar nossas coisas e pegar o dinheiro da
semana. Quem sabe consiga convencê-lo a mudar de ideia.
— Tem certeza Demi que não quer que eu vá? Essa confusão foi causada por mim.
— Não se preocupe. Agora vou para casa, vou me livrar dessa roupa e pensar no que fazer.
De volta a meu apartamento eu me pego pensando nos últimos acontecimentos. Minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Eu posso dizer que ela se dividiu em duas, antes e depois de Joseph Jonas.
À tarde eu volto ao clube e encontro alguns homens trocando vidros, lâmpadas e algumas das meninas ocupadas com a limpeza.
Vou para o camarim e pego minha mochila, guardo todas as minhas maquiagens e as coisas de Jenny. Estou receosa se devo ou não falar com Ed. Acredito que ainda deva estar furioso comigo.
Então, resolvo procurá-lo no dia seguinte, ou melhor, semana seguinte.
— Então, a encrenqueira apareceu?
— O que você quer Amanda? — nem me digno a encará-la. Concentro-me em fechar a mochila. 
Amanda é uma das dançarinas mais antigas da casa. Sua animosidade comigo é gratuita. Ela me odeia e eu a detesto. Muitas vezes quase saímos no tapa e, agora se me encher a paciência, vou fazer o que tenho vontade há muito tempo... partir a cara dela em duas.
— Soube que vai embora — ela anda ao redor de mim, estalando os dedos — Já deveria ter feito isso muito tempo.
— Eu deveria ter partido sua cara — viro-me para ela decidida — Se você não sair daqui é isso o que eu vou fazer!
O que há nessas loiras platinadas? Não que eu seja adepta a essa idiotice de loiras contra
morenas, mas essa é a segunda bruxa loira que eu enfrento hoje.
— Pois tente e verá o que a espera — ela me diz, apontando um canivete, que eu nem sei de onde surgiu — De onde você veio, eu fiz pós-graduação querida.
Apesar de surpresa eu não irei me acovardar com sua ameaça. Se Amanda quer briga é isso que ela vai ter.
— Parem já as duas — Ed entra no camarim e arranca o canivete das mãos dela — Se eu pegar você com isso novamente juro que vou despedi-la, Amanda.
— Só estava me defendendo dela — diz ela, com falsa inocência.
— Não interessa quem começou. Agora saia — ele ordena — Eu quero falar com a Demi.
Agora estou realmente encrencada. Além de perder o emprego só me resta que ele me denuncie como baderneira.
— Bem Demi... — Ed parece nervoso — Conversei com algumas das garotas e elas me disseram que não teve nada a ver com aquilo, dessa vez. Além disso, seu show é um dos melhores da casa. Por isso, refleti muito e você pode ter o seu emprego de volta.
O que? Estou mesmo ouvindo isso? Ed está oferecendo meu emprego de volta? Ou que ouve com o nunca mais apareça aqui?
De todas as coisas que poderiam me surpreender naquele dia, essa ganha a quilômetros de
distância. E mesmo tendo muitas garotas legais por ali, jamais imaginei que alguma delas sairia em minha defesa, isso me deixa de certa forma comovida.
Quanto a sua proposta, eu preciso do emprego, o salário e as gorjetas são bons, além de que, Ed não nos obriga a sair ou entreter os clientes. As meninas que fazem isso é por livre e espontânea vontade ou necessidade. No entanto, eu tenho preocupações maiores agora. Como o dono de incríveis olhos esverdeados e um sorriso devastador.
— Eu agradeço, Ed. Mas preciso ficar longe daqui por um tempo.
— Se é por causa da Amanda eu darei um jeito nela — Ed me tranquiliza.
— Amanda não me assusta. Meu problema é outro. Posso tirar uns dias de folga?
— A casa não vai reabrir tão cedo — ele diz, desgostoso — Tire esses dias.
— Obrigada — coloco a mochila nas costas e caminho para saída.
Se em uma semana Joseph não me procurasse ele não procuraria mais. Portanto, poderei voltar sem o receio de encontrá-lo de novo.
A quem estou querendo enganar? Estou dando importância demais a mim. O cara é muito rico e a noiva ou ex-noiva é uma garota linda e pelas roupas que usava tão rica quanto ele. Sim, uma cadela rica. Bem diferente de mim e minha vida no Bronx. Com certeza eles já devem ter se reconciliado.
Além disso, não estou disposta a ser mais um casinho divertido para ele. Até porque, ele havia deixado bem claro na noite anterior, que era apenas sexo, nada mais. Então, definitivamente, custe o que custar eu preciso tirá-lo da minha cabeça. Voltar ao clube não é uma boa opção.  Não porque eu acredite que Joseph voltará a me procurar, mas pelo pouco tempo que esteve ali ele deixou lembranças demais para mim.

***

Dois dias depois o ocorrido, estou jogada no sofá de meu apartamento, suada e exausta, após
caminhar com alguns cachorros no parque. Consegui mais dois clientes, não é grande coisa, mas é melhor do que nada.
Ainda estou me decidindo se passo a tarde me lamentando da vida ou levanto para tomar uma ducha rápida, quando ouço uma batida na porta.
Provavelmente é minha vizinha fofoqueira que quer desperdiçar meu tempo falando mal do
síndico, de novo. Por alguns segundos tenho uma leve pretensão de ignorá-la e fingir que não estou em casa, mas as batidas insistentes começam me deixar irritada, então é melhor ir despachá-la de uma vez por todas.
Levanto sentindo cada fibra do meu corpo gritar em protesto.
— Você não tem coisa melhor para fazer? — escancaro a porta com raiva.
— Na realidade eu tenho. Só preciso de companhia.
Para minha surpresa, alegria e pavor, incredulidade, os olhos esverdeados sedutores e aquele sorriso arrebatador, que vem me assombrando sem piedade nos dois últimos dias, estão bem ali, na minha frente, como uma miragem no deserto. Sem conseguir raciocinar com clareza eu faço a primeira coisa que me vem à mente.
Eu bato a porta.

o começo é o que aconteceu antes da demi ir embora.
 e ela falando aquelas coisas para o cara do carro kkkkkkkkkk morri
pelo menos ela recuperou o seu emprego de volta e essa amanda é uma nojenta.
e o Joseph apareceu na casa dela, o que será que vai acontecer?
deixem seus palpites.
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui

24/05/2017

for you: capítulo 5


Desejo

Eu nunca me senti tão nervoso perto de uma linda mulher antes. Nem mesmo quando tive que convidar uma garota para o baile da escola pela primeira vez.
Agora, estou diante da mulher mais sexy e linda que já vi na minha vida e minhas mãos e pernas tremem como vara verde e um desejo incontrolável toma conta de mim.
Não é qualquer tipo de desejo. Não é aquela necessidade física que já tive antes, vai
muito além. É muito mais do que carnal. Eu quero mais do que seu corpo. Eu desejo sua alma. Parece uma coisa assustadora de se dizer, mas eu preciso estar tão profundo dentro dela como o ar para sobreviver. Isso não é uma coisa normal, eu sei.
E há algo dentro de mim que me alerta de que essa mulher é um perigo. Uma bomba relógio prestes a explodir. Entretanto, não há nada que eu possa fazer, eu a quero muito e vou tê-la. Nada me impedirá de sucumbir a esse desejo louco. Se para conhecer o céu eu tivesse que aderir ao inferno, então, eu dou boas-vindas ao demônio. E esse demônio que me escraviza, é uma linda morena que vem perturbando os meus sonhos da forma que nenhuma outra já fez. 
Estamos em meu apartamento, no banheiro, para mim minúsculo. Sentindo o algodão
umedecido, deslizando pelo corte em meu olho. Quero olhar em seus olhos e ver se há refletido a mesma necessidade que me incendeia o corpo. Mas eles estão fixos em meus lábios, seus longos cílios negros me provocando, me instigando ao proibido. Os dedos trêmulos tocam lentamente a ferida adquirida recentemente, através de uma inesquecível e prazerosa briga de bar. Eu gemo ao sentir seu toque. O volume entre minhas calças está prestes a explodir.
— Doí? — sua voz enrouquecida me faz enlouquecer.
— Muito — respondo, referindo-me ao desejo que vem me afligindo desde o dia anterior.
Esfrego-me contra ela na esperança que o simples contato possa aliviar a pressão. Nunca me senti tão potente e meu membro nunca esteve tão rijo e desesperado por alívio como agora. O frisar é delicioso demais para que me contente apenas com isso. Trespassando de meu conhecido alto controle pressiono-a contra parede. Puxo seus cabelos para ter contato com seus olhos. Testemunho o brilho indecifrável em seus olhos.
Inferno de mulher!
Ela é completamente deslumbrante e eu poderia ficar ali por longas e longas horas, absorto nessa imensidão .
— Eu quero você Demi! Porra como eu quero! — com essas palavras, uno meus lábios aos dela. Foi o meu erro e minha perdição ao mesmo tempo. Imaginar como seria sentir seus lábios sobre os meus é incomparável com a realidade desse momento. Eles são doces, macios e quentes. Não foi um beijo carinhoso, mas um beijo explosivo e carregado de um desejo carnal imensurável. Nossas línguas duelando com tamanho furor, que nos deixa sem ar por alguns segundos. Não me importo, à última coisa em que estou preocupado é em respirar.
— Joseph eu não acho que...
Volto a beijá-la para afastar todo receio que vejo em seu olhar. Não é hora de pensar. O que sentimos é forte demais para qualquer pensamento que não seja essa necessidade que nos envolve.
— Apenas sinta Demi — seguro sua mão e deslizo até meu membro pulsante. — Estou
explodindo. Estou ardendo por você.
O toque de sua mão me acariciando levemente me faz sentir vontade de me contorcer. Por incrível que pareça, fico mais duro do que já estava antes. Ouço-a gemer e mordo levemente seus lábios inchados por meus beijos. A porra daqueles lábios ainda irá deixar-me ensandecido. Lábios vermelhos, carnudos e em forma de coração que me imploram para serem devorados.
Sem parar de beijá-la passeio minhas mãos por seu corpo, explorando cada centímetro. As curvas são suaves, mas torneadas. Agarro seus seios e provoco seu mamilo intumescido. Ela geme e o som é a mais perfeita melodia para mim.
Resvalo a outra mão por seu corpo e introduzo meus dedos dentro de sua calcinha minúscula, eles deslizam em sua umidade, que evidencia o quanto ela também está excitada. Acaricio sua intimidade lisa, o líquido morno molhando meus dedos, lubrificando-o. Ela se contorce e eu gemo.
Escorrego meus lábios por seu pescoço, seios e ventre. Seguro a barra do vestido e subo-a lentamente. Literalmente minha boca saliva com a visão das pernas longas e torneadas. O pensamento de ter essas pernas ao redor de minha cintura me vem à cabeça como vem acontecendo desde que a vi dançando no mastro de pole dance.
— Lindas — sussurro, acariciando sua coxa com a mão livre, enquanto minha outra mão se mantem ocupada em seu clitóris.
— Joseph... — ela geme meu nome. O corpo contorcendo ao meu toque.
Colo meu nariz em seu monte de Vênus e sinto seu cheio embriagador, cheiro de mulher, mas principalmente cheiro de Demi. Mordo meus lábios imaginando se o gosto é tão delicioso quanto seu perfume, passo a língua por cima da calcinha molhada, provando seu gosto e num gesto impensado, rasgo o tecido e minha língua toca sua pele quente.
— Você rasgou minha calcinha? — Demi me olha com surpresa e desejo ao mesmo tempo.
— Pensei em rasgar sua roupa desde a primeira vez que a vi — respondo com ênfase. Passo um dedo de sua fenda molhada até o clitóris, desafiando-a com olhar — Compraria um milhão delas, pelo prazer de rasgar novamente.
Toco-a intimamente com os lábios, deliciando-me com seu gosto. Ela geme, eu estremeço. Ela grita, eu enlouqueço.
Passo a língua no clitóris como se quisesse tirá-lo do manto que o protege, faço um desenho de um oito, repito esse movimento várias vezes. Eu testo uma variação de movimentos e vejo pela sua reação qual aprecia mais e volto a repetir. Deleito-me com sua umidade plena e aumento a velocidade e pressão.
— Aonde você aprendeu a usar essa língua? — ela sussurra, quase sem ar, agarrada aos meus cabelos — Oh, céus!
— Tenho lido alguns romances femininos. Não é meu gênero, mas se aprende algumas coisas, neles eu sei o que as mulheres querem — digo, sorrindo da minha própria arrogância e minha boca nervosa volta à ação.
— Sim, você sabe — ela treme em meus braços, geme e choraminga ao mesmo tempo — Ai, caramba!
Introduzo um dedo dentro dela, começo com a pontinha do indicador, tirando e colocando até introduzi-lo completamente. Vejo-a se movimentar em torno de meu dedo, de seus lábios saem sons enrouquecidos. Introduzo outro dedo e começo a trabalhar com eles sem parar os movimentos com a língua em seu clitóris. Faço novamente o movimento de um oito dentro dela, alterno com movimentos em sua parede vaginal como se chamasse alguém. Misturo todas as técnicas por cerca de dez a vinte segundos cada uma.
— Joseph.... Joseph — Demi geme se contorcendo, enquanto noto seu corpo dar pequenos solavancos. Pressiono-a mais contra parede para que não caia e vejo-a gozar deliciosamente em minha boca e dedos.
Alguns segundos depois eu volto a ficar face a face com ela. Livro-a de seu vestido. Ela está sem sutiã e os mamilos saltam aos meus olhos, duros, firmes e tentadores. Não são enormes, mas também não são pequenos, para meu deleite é na medida certa para minhas mãos.
— Cem dólares? — pergunto ao ver uma nota cair no chão junto ao vestido — Você merece mais do que isso.
— Não é o que está pensando — ela parece indignada — Esse dinheiro...
— Tudo bem Demi — murmuro, entre seus lábios — Sem julgamentos.
— Mas... — selo seus lábios com beijos ardentes e volto a me concentrar em seus mamilos até que seus protestos não passem de alguns gemidos de prazer.
Acaricio-os, devoro-os e me alimento deles. Uno-os e sugo um mamilo depois outro, fazendo isso sucessivamente.
Endoidecido eu viro-a de frente a parede e de costas para mim. Escorrego minhas mãos pelas suas costas até as nádegas empinadas. Sem conseguir resistir dou um pequeno tapa e vejo uma das bochechas ficarem rosadas, isso me dá muito tesão.
— Joseph! — ela grita, surpreendida.
Incapaz de me segurar por mais tempo, abro uma gaveta do gabinete e pego um preservativo.
Livro-me da minha camiseta, calça jeans e cueca com pressa. Retiro o preservativo da embalagem e coloco-o com cuidado.
— Está pronta? — pergunto tocando-a para testar sua umidade. Esfrego meu membro em suas nádegas enquanto acaricio sua vagina molhada.
— Por favor! — ela se empina em direção a mim, me implorando — Joseph!
Descubro que pela primeira vez na vida, estou fora de controle. E jamais cogitei que essa experiência pudesse ser tão gratificante. Minhas mãos hábeis deslizam pelo corpo feminino fazendo a gemer. Por fim, afasto ligeiramente suas pernas e penetro dentro dela, com um único movimento. Oh Deus! A forma que sua vagina envolve meu pênis me faz querer perder os sentidos.
— Ah... — ela soluça.
Espero-a se acomodar a meu pênis e começo a me movimentar lentamente.
Hum. Perfeito! Bom pra cacete.
— Oh... Demi — começo a bater duro e rápido, meus dentes rangendo enquanto mergulho dentro dela — Isso, linda — acaricio o clitóris e ela acompanha meus movimentos — Assim, querida. 
Nós nos encaixamos perfeitamente, eu duro e forte, ela é macia e quente.
Cravo meus dentes em seu pescoço e ouço-a gemer algo incompreensivo. Suas súplicas e
espasmos de prazer me incendeiam. Sinto um prazer forte e intenso.
Seus músculos se contraem em torno de mim, meu pênis vibra em perfeita sintonia. Acelero os movimentos de vai e vem até explodirmos em um mar de cores e sensações.
Durante um tempo permanecemos em silêncio. Nossos corpos suados e molhados tentando recuperar-se. Viro-a de frente a mim pegando-a em meu colo.
— Ainda tenho fome de você — sussurro antes de colar meus lábios aos dela.
Nus como viemos ao mundo, subo as escadas, carrego-a até meu quarto, não, sem notar seu olhar encantado e admirado pelo que vê. Passo direto pela imensa cama, ela será usada mais tarde e sigo para o banheiro da suíte.
Coloco-a no chão e começo a encher a banheira redonda. Nós nos acariciamos e nos beijamos enquanto isso. Assim que banheira está completamente cheia e coberta de espuma, entro trazendo-a comigo. Nos estregamos novamente a paixão de modo tão devastador e com tanto ou mais abandono que antes.

***

Estamos ainda dentro da banheira. Minhas costas apoiadas contra os seios dela, enquanto suas longas pernas rodeiam minha cintura, como havia fantasiado antes. Suas mãos fazem espuma em meus ombros e eu acaricio suas coxas macias.
— Isso o que aconteceu... — ela começa, indecisa — Quer dizer eu...
— Estava destinado a acontecer desde que nos vimos — interrompo-a — Sempre soube que seria minha.
— Você é convencido não é? — Demi diz, contrariada — O Sr. ego em pessoa.
— Eu sou realista — revido com humor — E o fato de estar aqui, só prova como estava certo.
— E qual o próximo passo? — ela diz — Me ver rastejando de amor por você?
— Amor não tem nada a ver com isso! — sinto meu corpo enrijecer ao ouvir suas palavras — É apenas sexo. Não espere nada, além disso.
Claro que havia sido o sexo mais sensacional da minha vida. E com absoluta certeza eu quero me encontrar com ela novamente, pelo menos, até que essa atração poderosa diminua.
— Não se preocupe, eu não estou interessada nisso também, não espero uma casa com cerquinhas brancas ou um diamante em meu dedo — ela diz, amarga. Sinto seu corpo ficar tão tenso quanto o meu.
Permanecemos presos em nossos pensamentos por um longo tempo, cada um perdido em si mesmo.
— Então, quem é esse homem? — pergunto com curiosidade — O que ele fez para desistir do
sonho do casamento?
— Por que acha que foi um homem? — Demi dá de ombros.
— Foi uma mulher? — viro-me para ela, abismado.
Não que eu tenha algo contra, se ela for bixessual, não tenho preconceito. Conheço algumas até mesmo trabalham para mim, mas jamais imaginei que fosse o caso dela.
— Claro que não — Demi sorri — O que quis dizer é que posso ser uma mulher moderna.
— Moderna?
— Sim. Uma mulher moderna em busca de liberdade sexual e prazer. Há algo errado nisso? — ela pergunta, indignada.
— Nada, seria bom que todas as mulheres fossem sinceras assim, desde o início — murmuro.
— E quem é ela? — Demi repete minha pergunta.
— Ela?
— A mulher que o fez ter horror ao casamento.
— Minha ex-noiva — respondo, sem entender por que estou me abrindo com ela. Excluindo meus amigos, não voltei a tocar nesse assunto com mais ninguém — Encontrei-a gemendo na cama com outro quando voltei de viagem.
— Pelo menos ela não esvaziou sua casa e nem levou seu dinheiro — ela diz, num sussurro.
Assimilo suas palavras enquanto concluo que deve ter passado por uma traição semelhante. No fim, somos duas pessoas marcadas por mágoas e desilusões. O que nos torna perfeitos um para outro até seguirmos caminhos diferentes, mas por enquanto, desejo esquecer tudo e mergulhar em seu corpo novamente. Saio da banheira e, pego duas toalhas penduradas no cabideiro.
Envolvo-a em meus braços, as toalhas esquecidas. Finalmente a cama tem sua oportunidade.


***

Acordo com um sorriso languido. Escorrego minha mão pela cama em busca de seu corpo. Para mim sexo pela manhã é melhor forma de começar o meu dia.
Abro os olhos rapidamente ao sentir um pedaço de papel sobre a cama ainda quente.
Obrigada pela noite maravilhosa, fique com o troco.
Demi L.
Eu não sei se eu dou risada ou se faço como um tigre  e saio urrando pelo apartamento. Aquela pequena bruxinha havia deixado a nota de cem dólares em cima do travesseiro.
Se a intenção era fazer com que me sentisse usado, ela acertou em cheio.
Nenhuma outra mulher teve ousadia de me descartar tão descaradamente, nem mesmo Sophie. E essa linda e sedutora morena havia feito isso de uma maneira que me deixou bufando.
Levanto-me apressadamente e visto um roupão. Pego a nota e saio correndo descalço pelo apartamento, como um louco, esbarrando em todos os móveis que estão pelo caminho. Faço uma prece para que ainda haja tempo e que eu tenha sorte de encontrá-la.
— Fugindo? — pergunto aliviado ao vê-la parada em frente à porta do elevador.
— Apenas poupando-o do constrangimento do dia seguinte — Demi balança os ombros.
Olho-a de cima a baixo. Ainda sinto um desejo inexplicável. Para meu desespero é mais palpável que antes. Como se ela fosse uma droga a qual estou dependente.
— Cem dólares? — pergunto rangendo os dentes e mostrando a nota — É tudo o que valho?
— Eu pagaria duzentos. Mas você sabe como anda a crise. E agora estou sem emprego, não posso gastar tanto dinheiro assim, à toa.
À toa? Ah não! Aquela feiticeira não irá minimizar a melhor noite de nossas vidas em algo tão pequeno.
Sem dar tempo para que reaja, puxo-a para os meus braços. Viajo no fogo que me incendeia e brilha em seus olhos castanhos.
— Isso não vai ficar assim — digo antes de beijá-la.
Nós nos beijamos com desespero, suas mãos vão para meus cabelos enquanto as minhas deslizam por seu corpo. Sinto-me incendiar ao sentir que está sem calcinha, pois eu a rasguei na noite anterior.
O fato de imaginá-la andando apenas de vestido, deixa-me transtornado.
— Joseph! — as portas do elevador abrem e a voz de Sophie ecoa no corredor.
Mantendo Demi ainda sobre meus braços, encaro uma Sophie entre incrédula e indignada.
— Sophie? O que faz aqui?
— Quem é essa mulher? — ela encara Demi com ódio.
— Essa mulher... — Demi diz, sorrindo — É a noiva dele. Não é querido?
Encaro-a tão, ou mais surpreso que minha ex-noiva. Demi me lança um olhar meigo e beija-me nos lábios, carinhosamente.
— Nos vemos à noite meu bem — ela olha para Sophie com desdém — E livre-se dessa bruxa.
Ainda de queixo caído, vejo Demi entrar no elevador, lançar um beijo a mim, piscando o olho de forma marota.
A única coisa que meu cérebro me permite fazer é ficar encarando as portas que fecham em seguida, enquanto Sophie me chama insistentemente.
Dois segundos depois me dou conta de que ela foi embora.
Porra! E eu ainda estou ardendo de desejo aqui.

nem sei o que dizer sobre esse capítulo, finalmente eles se entregaram ao desejo.
 '' cem dólares? é tudo que valho?'' morri kkkkkkkkk
esse final? Demi provocando à Sophie, adorei.
agora que a história começa a ficar interessante, aguardem.
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
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