— Ei, acorde. — senti um leve cutucão na lateral do corpo e esfreguei os olhos. Ao abri-los
lentamente, fui inundada pela luz do sol e vi o rosto de Joseph bem em cima de mim. — Ei,
levante.
— Nossa... que horas são? — perguntei, bocejando. Eu não tinha planos de passar a noite
ali. Queria ir para casa, voltar para a minha cama quente e fingir que Joseph não existia mais no meu mundo, mas ele parecia tão arrasado na noite passada...
— Está na hora de você ir.
Eu me sentei, confusa com sua atitude. Ele jogou as embalagens vazias no saco plástico e o
empurrou na minha direção.
— Não volte aqui, está bem? — disse ele.
— Por que você está sendo tão rude?
— Porque eu não quero você aqui. E devolva meu casaco.
— Tudo bem — resmunguei, levantando-me e jogando o moletom para ele.
Segui para a escada, meu coração disparado. Mas, em vez de descer, eu me virei para Joseph.
— Eu não fiz nada de errado. Você veio até mim na noite passada. Não o contrário.
— Eu não pedi que viesse até aqui. Nem disse para trazer biscoitos, como nos velhos
tempos. Não somos as mesmas pessoas. Meu Deus. Será que o seu namorado sabe onde você
estava na noite passada?
Eu ri, chocada.
— Então isso tudo é porque você acha que eu tenho um namorado? Joseph, Dan não é...
Ele revirou os olhos.
— Eu poderia me preocupar com o seu namorado, mas acho que o fato de você pouco se
importar em passar a noite com outro cara diz muito a seu respeito. Ele sabe onde você está
agora? Caramba, Demi, você parece mesmo uma vagab...
Eu o interrompi, tapando sua boca antes que ele pudesse pronunciar a palavra.
— Eu entendo que você esteja sofrendo. Que esteja com medo e descontando tudo em
mim porque sou um alvo fácil. Tudo bem. Posso ser seu alvo. Direcione todo o seu ódio para
mim. Você pode me dizer para nunca mais voltar aqui, ao lugar que me faz lembrar de você.
Você pode mandar eu me foder. Mas não fale assim comigo, Joseph Adam Jonas. Eu
não sou o tipo de garota que você pode desprezar, porque eu tentei te dar apoio. Não sou o
tipo de garota que você pode chamar de vagabunda.
Joseph ficou boquiaberto por um instante, a culpa surgindo em seus olhos. Em seguida,
bufou, aborrecido.
— Vou ficar na cidade por um tempo, tá? Então podemos fazer um esforço para evitar um
ao outro? Foi minha culpa ter ido até sua casa primeiro, mas passou. Não há nenhuma razão
para mantermos contato. Não temos mais nada a dizer um ao outro.
— Sinto muito se dificultei as coisas para você. Vou ficar fora do seu caminho, mas, se você
precisar de mim, estou aqui. Ok? É só me avisar. E, para que fique claro, Dan não é meu
namorado. Nunca foi, nunca será. Ele é só um amigo que está me ajudando a encontrar um
imóvel. Ele bebeu demais e acabou desmaiado no meu sofá. Não estou namorando. Não
tenho um relacionamento há um bom tempo. Nenhum dos namoros que tive no passado
valeu a pena. E eu entendo agora por que não deram certo. — respirei fundo e fechei os
olhos. — Porque, durante todo esse tempo, fiquei esperando por um cara que eu pensei que
tivesse me amado.
— Cara, Demi, eu não me importo! Não me importo com o que acontece na sua vida. Põe
uma coisa na sua cabeça: nós nunca mais vamos ficar juntos. Não teremos um final feliz.
As palavras de Joseph me atingiram em cheio. Ele virou as costas para mim.
— Você pensa em nós em algum momento? Você pensa em mim? — sussurrei, passando a
mão pela nuca. — Você pensa no bebê?
Ele não se virou para olhar nos meus olhos, mas seus ombros se retraíram. Ele permaneceu
ali, imóvel. Diga algo! Diga qualquer coisa!
— Vá embora, Demi. E não volte mais.
Engoli em seco.
Diga qualquer coisa, menos isso.
voltei amores, eu estou simplesmente impactada com esse capítulo.
Joseph estou com vontade de te bater, vocês também? hahaha.
tadinha da Demi mas em breve os dois irão se acertar.
eu espero muito que vocês tenham gostado amores, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.