17/04/2017

heartbeat: capítulo 39


Um círculo se fecha

Subir a escada que levava ao segundo andar da casa de Joseph nos Hamptons provou ser um feito mais difícil do que no ano anterior. Segurando uma garrafa de água e um farto prato de comida chinesa requentada, Demi chegou ao último degrau quase sem fôlego. Ao seguir pelo corredor, não se conteve e parou do lado de fora do quarto que ela e Alex haviam compartilhado da última vez que estivera ali. Memórias contaminadas turbilhonaram em sua mente. Mas, enquanto contemplava o espaço vazio, uma lembrança se sobressaiu a todas as outras. Nocauteou todas as outras. Essa recordação em especial nunca a contaminaria. Ela a guardaria para sempre.

Abriu um pequeno sorriso ao entrar no quarto. Colocando a água e a comida sobre a cômoda grande, voltou a atenção para a mesa de cabeceira ao lado da cama queen-size. A curiosidade a fez abrir a gaveta. Riu ao ver o moletom que Joseph lhe dera para vestir enquanto jogava a sua primeiríssima partida de “atire a tampinha dentro do vaso”. Segurou-o junto ao nariz. Ainda guardava o cheiro dele, mesmo que fraco. Ela se lembrava de querer gravar o aroma dele na memória. Mal sabia que teria a sorte de acordar ao seu lado todas as manhãs. Foi inundada de calor ao colocá-lo por cima da camiseta. Fechando os olhos, abraçou a si mesma, tomada por imagens daquela noite. Olhando ao redor, pegou o prato e a água e deixou o quarto repleto de recordações boas e ruins.
Com um suspiro, entrou no quarto segurando o coração e o futuro nas mãos. Encostada no vão da porta, olhou sorrateiramente para Joseph. Sentado de pernas cruzadas, vestido apenas com as calças do pijama de algodão leve, estava concentrado no notebook. Apesar de ter prometido que não trabalharia durante o feriado de Quatro de Julho, Demi percebeu que era só isso que ele vinha fazendo. Ela sabia que Joseph estava tentando se manter ocupado, mergulhando em tudo o que pudesse. Procurava não pensar no novo jogo de espera, o teste de paternidade. Ela se lembrou de um ano antes, quando suas vidas eram tão diferentes.
Com o coração pesado pelo que ele vinha passando, Demi atravessou o quarto. Depois de largar a comida e a bebida, enfiou-se na cama e afastou o notebook de Joseph. Com um sorriso matreiro, fechou-o com um baque e subiu no seu colo.
Joseph ergueu uma das sobrancelhas.
– Você tem muita sorte de eu ter salvado o documento em que estava trabalhando.
– Isso está parecendo uma ameaça. – colocando as mãos em seus ombros nus, Demi inclinou a cabeça e imitou a expressão dele. – Você vai fazer mal ao meu corpo, Sr. Jonas Será que eu poderia implorar para você fazer um pouquinho de mal prazeroso ao meu corpo?
Ele riu e os olhos verdes faiscaram com o jeito brincalhão do qual Demi vinha sentindo tanta falta na última semana, desde que tinham ido fazer o exame.
Joseph mordeu o lábio inferior e enlaçou a cintura dela.
– Eu transformei você numa masoquistazinha sacana e tarada. Tem alguma ideia do que esse pensamento faz comigo?
Demi deu uma risadinha.
– Tenho. Dá para sentir neste exato instante.
– É tão óbvio assim?
– Muito. – Demi roçou o nariz na curva do pescoço dele, mordendo-o de leve. Inalando seu perfume, enfiou os dedos em seus cabelos. – Sua cabeça anda tão consumida pela minha recém-descoberta tara sacana que você nem notou o que eu estou usando.
Segurando-a pelas coxas, Joseph gemeu.
– E o que você está fazendo por acaso está ajudando?
– Está bem, eu paro – disse Demi, sarcástica, chegando o corpo para trás.
Joseph franziu a testa.
– Vou dar uma de homem das cavernas e exigir que você continue a sua tara sacana no meu pescoço.
– Não. Não até você reparar no que estou usando. Sério, é mole.
Joseph afundou as mãos nos cabelos dela e a guiou até os lábios.
– Errado – sussurrou ele, falando entre beijos. – É doloroso, torturante, agonizante de tão duro. Estou prestes a arrancar a sua calcinha.
No momento em que Demi começou a pensar em quanto os beijos dele eram deliciosos, inebriantes e viciantes, o celular dele tocou. Como sempre, Joseph não demonstrou a menor intenção de atender.
Demi recuou e o encarou.
– Você devia atender.
Ele voltou a beijá-la.
– De jeito nenhum – grunhiu, arrastando-se pela cama e puxando-a para perto. – Quem quer que seja vai esperar.
– Nananinanão – retrucou ela, o sorriso zombeteiro como nunca. – Podem ser os seus pais ligando para nos avisar a que horas vão estar aqui amanhã.
– Você gosta disso, não gosta?
Demi pestanejou várias vezes, brincalhona.
– De muitas... e muitas formas. Agora, atenda. – ela riu e, cuidadosamente, se levantou da cama, mais do que curtindo a palmadinha que ele lhe deu na bunda.
Enquanto o observava atender à ligação, Demi sentiu a barriga se retesar. Apesar de não estar com dor, não eram nada agradáveis aquelas contrações falsas. Meio sem fôlego, ela se deixou afundar numa poltrona estofada e tentou relaxar. Por via das dúvidas, considerando que estava a três semanas da data do parto, olhou para o relógio e começou a cronometrá-las. Quando a barriga foi se livrando do breve ataque, o bebê anunciou sua presença. Martelando o pé, devido ao que Demi acreditava ser raiva do próprio desconforto, ele acertou o alvo em algum lugar abaixo da costela dela.
– Eu sei, amiguinho – murmurou, esfregando a região atacada. – Logo, logo.
Demi percebeu a preocupação invadir os olhos de Joseph. Ao término da ligação, ele prontamente atravessou o quarto e se ajoelhou diante dela.
– O que foi? – perguntou, segurando a mão dela. – Você está bem?
Ela fez que sim e respirou fundo.
– Foi uma contração de mentirinha.
– Tem certeza?
– Tenho. Já estou começando a me acostumar. – Demi engoliu em seco e, com a ajuda de Joseph, se levantou. Sorrindo, passou os braços em torno do pescoço dele. – E então, você não consegue perceber nada de novo em mim? 
Perplexo com a indiferença de Demi, Joseph balançou a cabeça, descendo as mãos até a cintura dela.
– Demi, acho que você devia se deitar.
– Por quê?
– Porque você está tendo contrações.
– Tolinho, eu tive uma contração falsa. – ela descartou o comentário com um gesto e atravessou o quarto. Pegou a água da mesinha de cabeceira e quase bebeu a garrafa inteira. – Estou bem.
Joseph passou a mão pelos cabelos, tenso. Tinha certeza de que a namorada estava pirando.
– E como você sabe disso?
– Bem, vamos ver: o corpo é meu e eu aprendi a conhecê-lo muito bem nos últimos 25 anos. – ela caminhou até onde ele estava com um sorriso nos lábios e, mais uma vez, passou os braços ao redor do pescoço dele. – Quer saber duas coisas que eu aposto que você não sabia?
Joseph deixou escapar um suspiro, tentando se entregar.
– Claro.
Demi levantou e baixou as sobrancelhas duas vezes, brincando.
– Primeiro: você fica muito, muito shmexy quando está preocupado.
Joseph riu.
– Fico mesmo?
– Uhum.
– Eu já disse isso antes – Joseph deu um sorrisinho cretino, adorando o jeito brincalhão dela. – E vou continuar a dizer até o dia em que me enterrarem: você também é bem shmexy.
– Ora, obrigada, senhor. – ela ficou na ponta dos pés e o beijou. – Segundo: enquanto você se perdia em toda a minha shmexidade suja, tarada e sacana, deixou de notar que estou usando o moletom que, faz um ano esta noite, você me emprestou.
Joseph baixou os olhos para a roupa que ele jurava ter desaparecido como por encanto.
– Caramba! Olhe só para isso.
Sorrindo, ele levantou o capuz dela.
– Definitivamente, está cabendo melhor em você este ano.
Demi ficou de queixo caído e Joseph riu. Ela lhe deu um tapa no braço.
– Me diga que isso é mentira.
– Você sabe que eu estou brincando. – Joseph beijou o beicinho que ela fazia.
– Preciso me redimir?
– Na verdade, precisa, sim.
– Pode falar, docinho.
– Tampinhas.
Joseph ergueu a sobrancelha.
– Tampinhas?
Demi fez que sim.
– É. Um amigável jogo de “atire a tampinha no vaso”.
– Isso é alguma aposta por seu perdão? – os olhos de Joseph luziram travessamente. – E, quando você perder, o que acontece? Eu sou atirado em um dos quartos de hóspede para passar a noite?
Demi soltou um som de escárnio, dirigindo-se à porta da varanda.
– E por que você supõe que eu vá perder, espertinho? E, sim, você dorme sozinho se não me deixar ganhar.
Rindo, Joseph olhou-a dar a língua para ele, fiel ao seu jeito Demi de ser, enquanto desaparecia. Fiel ao seu jeito Joseph de ser, estava prestes a testar a memória da namorada. Pegando o controle remoto e ligando o som surround, colocou uma música em especial para repetir. Vestiu uma camisa de manga comprida e foi caminhando para a porta, levando na mão o saco do freezer cheio de tampinhas. Ao sair para o ar fresco da noite, Joseph inspirou o cheiro salgado do mar. Demi estava encostada no parapeito e, quando sorriu, atingiu o coração dele como um ano antes. Se chegasse um tempo em que ela não conseguisse lhe roubar o fôlego, saberia que o mundo à sua volta teria enlouquecido.
Deixando o saco de recordações cair sobre a cadeira, tomou a mão dela e a puxou em direção ao corpo.
– A senhorita me concederia uma dança antes da nossa disputa?
– Ao que parece, você já decidiu isso por mim – zombou ela, descansando a cabeça no peito dele enquanto balançavam o corpo.
Joseph beijou o topo da cabeça dela.
– Você teria sido capaz de recusar?
– Nunca – sussurrou ela.
– Foi o que imaginei.
– Você testa a sua sorte toda vez que tem uma oportunidade, não é mesmo?
– Sempre. – com uma das mãos espalmada na base da coluna de Demi, entrelaçou a outra com a dela e manteve-as junto ao peito. Olhando fixo para ela, sorriu. – Você sabe que música é essa?
– Sei, sim – sussurrou ela, os olhos hipnotizados pelos lábios dele. Os músculos dela se aqueceram enquanto a lembrança da primeira noite em que fizeram amor se irradiou por ela. – “La vie en rose”, na versão de Louis Armstrong. Também me lembro da primeira vez que dançamos ao som dessa canção.
– Muito bem, Srta. Lovato. Você continua a me impressionar.
Joseph parou de se mover e o coração de Demi se alvoroçou quando ele roçou os lábios nos dela. Uma provocação de beijo. Jamais o bastante. Mas Demi soubera, no instante em que o beijara pela primeira vez, que nunca teria o suficiente dele.
– Você sabe que eu vou dançar esta música com você no nosso casamento um dia. Isto é, se você me quiser.
Demi engoliu em seco, a respiração acelerada. Com os cabelos esvoaçando à brisa leve de verão, sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto. Um ano. Um círculo inteiro havia se fechado em torno da vida deles e, muito embora tivessem sido testados de todas as maneiras possíveis, ainda estavam juntos.
– Eu nunca poderia rejeitar você, Joseph. Nunca – sussurrou ela, apaixonando-se por ele ainda mais do que julgara possível.
Enquanto Louis Armstrong cantava comoventes melodias sobre feitiços lançados, Joseph lançou o seu sobre Demi, como sempre. Ele a beijou, lenta e profundamente. O coração dela acelerou, sabendo que há um ano, naquela mesma varanda, cervejas, lembranças e lágrimas haviam sido compartilhadas.
Mal sabia ela, então, que, com um momento roubado, um moletom, muitas tampinhas e algumas camadas descascadas depois, sua vida nunca mais seria a mesma.
E ela agradecia a Deus por cada minuto.


***

– Como você o convenceu a sair de barco? –Selena espalhou uma boa dose de filtro solar pelo peito. – Você, definitivamente, deu uma chave de boceta nesse cara. Ele se recusa a sair para pescar todo ano.
Demi cobriu as pernas de filtro solar.
– Não fui eu quem o convenceu. Foi o Kevin. – ela colocou o frasco sobre a mesa de ferro batido e ajustou o guarda-sol. Com um suspiro, balançou a cabeça e se recostou outra vez na cadeira à beira da piscina. – Estou curiosa para ver quanto ele vai estar enjoado quando voltar. Ele insistiu que o mar estava calmo o suficiente. Olhe só agora.
Selena meneou a cabeça.
– Ora, garanto que ele está abraçado à privada. Ele acha que, só porque aplicou aquela tal de escopolamina, está garantido. Sem chance. Me surpreende ele não vomitar depois de nadar na piscina.
As duas mulheres riram. Fallon voltou de dentro da casa e entregou um copo de limonada para Demi.
– Obrigada.
– De nada. Do que é que vocês estão rindo? – indagou Fallon, se acomodando numa cadeira.
– De como Joseph certamente vai fazer amor com as privadas da casa quando os homens voltarem. – Selena assentiu com conhecimento de causa, dando um sorriso malicioso e cretino. – A Demi sem dúvida vai brincar de enfermeira esta noite.
Os olhos de Demi passaram para as águas agitadas do Atlântico. Observando as ondas quebrarem na areia, perguntou-se se Joseph estaria bem. E se ele teria concordado em fazer o passeio em mais uma tentativa de não pensar no resultado do exame. Como estaria pronto a qualquer momento, ele ficava mais tenso a cada segundo que passava. Ele e Demi não eram os únicos nervosos, no entanto. Quando os pais haviam chegado naquela manhã para a festa de Quatro de Julho, Demi percebeu a preocupação em seus olhos. Podia percebê-la em todo mundo: Fallon, Trevor, Selena, Danielle e Kevin. Todos à sua volta pareciam inquietos quando ela prestava atenção de verdade.
– Selena – chamou Abel de dentro da piscina. Afastando os cabelos da testa, ele sorriu. – Se não entrar comigo, vou aí pegar você.
Selena o fuzilou com os olhos.
– E, se você fizer isso, nunca mais vai sentir a ponta do meu pincel no seu corpo. – ela inclinou a cabeça para o lado. – Sem contar que eu nunca mais deixo uma certa pontinha do seu corpo tocar o meu outra vez.
Demi ficou olhando enquanto Abel ponderava as ameaças de Selena. No entanto, as deliberações não duraram muito tempo. Ele saiu da piscina e correu na direção da namorada. Em questão de segundos, ela estava jogada por cima do ombro dele, chutando e gritando. Demi riu e Selena deu um mergulho indesejado na piscina. Abel era mesmo o par perfeito da amiga. Demi e Fallon davam risadinhas ao observarem a amiga cuspir água.
– Abel! – vociferou Selena enquanto ele pulava na água. Puxando- a para os braços, ele soltou uma gargalhada. – Vou me vingar feio de você.
Abel olhou para Demi e Fallon.
– O que é que as duas melhores amigas acham? Estou aqui me perguntando se ela não precisa de um bom caldo.
– Isso! – trinou Fallon, e tomou seu vinho.
– Vá se ferrar, Fallon – guinchou Selena, tentando se soltar de Abel.
Demi ergueu os braços em sinal de rendição.
– Prefiro ficar fora dessa.
– Obrigada, am...
Demi imaginou que a última palavra de Selena fosse ser “amiga”, mas Abel a afogou, interrompendo-a. Demi desviou a atenção da batalha de caldos ao ver Joseph e o grupo de pescadores atravessarem o quintal. Depois de amarrar a canga ao redor da cintura nada atraente, Demi se deslocou depressa, mas cuidadosamente, pelo piso encharcado. Ela não pôde deixar de franzir a testa ao ver a expressão de Joseph: ele não parecia nada bem.
Beijando-o, Demi passou os braços ao redor da sua cintura.
– Está passando mal?
Joseph passou a mão cansada pela face queimada de sol.
– Já estive melhor. Por que não dei ouvidos a você?
Demi sorriu.
– Porque você não quis amarelar na frente dos rapazes.
Um esboço de sorriso se insinuou na boca de Joseph.
– Ah, é, eu e esse meu desejo de ser o tal. Me faz um favor? Me acorrenta à cerca no ano que vem quando eles me sacanearem porque não quero ir.
– Fechado. – Demi passou as mãos pelos cabelos dele. – Chuveiro?
– Você vai me dar banho?
– Quer que eu dê?
Joseph ergueu a sobrancelha.
– Está falando sério?
– Só estou me certificando. – ela fez beicinho. – Você está com cara de doente mesmo.
– É. Mas uma pequena dose de Demi neste momento é capaz de curar a minha náusea.
– Vamos, meu doentinho. – ela deu uma risadinha e tomou a mão dele. – A
Demi aqui vai cuidar de você. 
E cuidou. Depois de uma chuveirada muito longa e cuidadosa, Joseph se sentiu menos nauseado.
Enquanto o aroma de hambúrgueres, cachorros-quentes e asinhas de frango flutuava pela brisa, Joseph puxou uma cadeira e esperou até que Demi terminasse de ajudar a mãe dele dentro de casa. Todos se sentaram para desfrutar de uma farta refeição preparada pelo pai de Joseph.
– Está se sentindo melhor, cara? – perguntou Trevor, comendo uma espiga de milho. – Ou tem chance de você vomitar em cima da mesa?
Fallon revirou os olhos.
– Eca, Trevor, que coisa mais nojenta.
– Não é? – Joseph balançou a cabeça e riu. – Se eu por acaso ficar enjoado, vou mirar bem em cima do Trevor.
– Já chega, está bem? – disse Selena, franzindo a testa, enojada. – Tem gente aqui tentando comer.
– Por que as mulheres ficam histéricas por causa disso, hein? – Abel colocou uma porção-monstro de salada de batata no prato. – Existem coisas mais nojentas do que vomitar.
– Concordo – falou Joseph, recostando-se na cadeira e entrelaçando as mãos sob o queixo. – Como o meu sobrinho, ali, com o dedo enfiado no nariz. Ele está cavucando atrás de alguma coisa.
Todos viraram a cabeça para a mesa ocupada por Danielle, Kevin e as crianças. De fato, o pequeno Timothy parecia ter outros planos para a sobremesa.
Selena e Fallon soltaram grunhidos revoltados e se retiraram da mesa, levando os próprios pratos.
– Kevin!– gritou Joseph, sorridente – Irmão, talvez você queira dar um jeito nessa criança.
Kevin ergueu os olhos do prato e fitou os filhos.
– Timmy, tire o dedo do nariz.
Danielle suspirou, tomando a mão livre do filho e o tirando da mesa.
– Vamos. Água e sabão para você.
Enquanto os homens riam e faziam piada, Demi, Denise e Paul surgiram de dentro de casa e sentaram-se a uma das mesas.
Com expressão de curiosidade, Demi pousou o prato.
– Por que Fallon e Selena acabaram de entrar em casa de forma tão intempestiva? Vocês as insultaram?
Houve mais uma rodada de gargalhadas, só aumentando a confusão de Demi.
Abel ficou de pé e foi para dentro. Joseph imaginou que ele tivesse ido ver como estava Selena. Ele passou o braço pelo encosto da cadeira de Demi.
– Não, é só que elas têm o estômago fraco.
Demi se pôs a colocar salada de pepino no prato.
– Hum... eu não vou nem perguntar.
– Ótimo. É melhor para você, Demi. – Trevor tomou um gole de cerveja e afastou o prato vazio. – E aí, vocês já têm um nome para o pequeno?
Demi olhou para Joseph.
– Temos, sim.
– Noah – respondeu Joseph, tentando não pensar que o filho poderia não ser dele. – Noah Alexander.
Trevor assentiu.
– Belo nome!
– É, sim. – Demi sorriu debilmente para Joseph, ciente de que a cabeça dele estava travando a mesma batalha outra vez. Com um suspiro, ela se virou para Trevor. – Fallon contou que vocês dois vão morar juntos.
Trevor se mostrou exultante.
– Pois é. 
Ela insistiu.
Demi ergueu uma das sobrancelhas, incrédula.
– Ouvi dizer que foi o contrário.
Joseph riu e balançou a cabeça.
– Ela nos contou a história toda um dias desses. As rosas. O jantar com o discurso todo nervoso.
– Está bem. Vocês me pegaram. – Trevor bebeu o resto da cerveja. – Até parece que você é muito melhor com a Demi, seu sentimentaloide. E nem vamos falar de discursos: os seus são infames.
– Ah, são mesmo. – Joseph deu um sorriso torto. – Mas você nunca vai me ver negando uma coisa dessas. O sentimentalismo aumenta o meu fator-desmaio.
Demi riu.
– Cara, você está pior do que eu imaginava – comentou Trevor. – Fator-desmaio?
– Isso mesmo, meu irmão. Eu sou digno de desmaios. – Joseph olhou para Demi de soslaio e lhe deu uma piscadela. – Conte só para ele, doçura.
Demi deixou o garfo cair no prato e se atirou no colo de Joseph, enlaçando-lhe o pescoço.
– Ele é o rei do desmaio, Trevor. Você devia ter umas aulas com ele.
Trevor se levantou, esticando os longos braços.
– Estou fora. Vocês dois estão me assustando.
Ele pegou o prato e foi para dentro de casa.
– Mmm, nós o assustamos – sussurrou Joseph, roçando a barba por fazer no queixo de Demi. – Como somos maus, né?
Um sorriso sedutor brotou nos lábios de Demi.
– Muito, muito maus.
Depois de aproveitar alguns instantes com a única mulher que ele queria que o considerasse digno de desmaios, Joseph olhou Demi desaparecer casa adentro para ajudar a mãe a preparar as sobremesas. Aquilo disparou nele uma onda de alívio. Nas últimas duas semanas, elas tinham se aproximado era o que Joseph mais queria. Curtindo a algazarra dos sobrinhos brincando de pique, ficou satisfeito por ter reduzido a festa daquele ano a apenas amigos íntimos e a familiares. Perto do pôr do sol, ele se sentou ao lado do fogo com o pai e o irmão.
– Obrigado, paizão – agradeceu Joseph, aceitando uma cerveja das mãos do pai. – Hoje foi muito bom.
– Foi mesmo. – Paul relaxou o corpo em sua cadeira, encarando Joseph. – Com a idade, você começa a se dar conta de que o caos de uma festa grande perde a graça. Isto aqui é bem melhor. 
Joseph sabia que o pai tinha razão. Enquanto era bem-sucedido com a Jonas Industries e desempenhava o papel de conquistador com as mulheres, ele perdera a noção do que importava de fato. Não que não tivesse se mantido perto da família era impossível, considerando que os pais o haviam criado para valorizá-la, mas meio que deturpara as coisas.
– E então, como você está lidando com a espera? – perguntou Kevin. – Mamãe contou que você e a Demi fizeram um exame de sangue para confirmar a paternidade do bebê há alguns dias.
Joseph olhou para a casa e avistou Demi pela janela da cozinha. Sabia que não estava lidando bem. Claro. Dissera a ela que não perderia a esperança de que Noah fosse seu filho, mas, à medida que o resultado do exame se aproximava, ele achava mais difícil ficar otimista. Joseph deu de ombros, tomando um gole de cerveja.
– Estou levando.
– Existe um propósito para tudo, filho. – Paul suspirou, dando um tapinha no ombro de Joseph. – Lembre-se disso.
– É, paizão? E se o filho não for meu, qual seria o propósito? – Joseph detestava questionar o pai, mas não conseguia encontrar um fiapo de sentido se o resultado ferrasse com a sua cabeça. O desalento nos olhos do pai o fez se sentir um babaca. – Me desculpe – lamentou-se Joseph, tentando não perder a fé que o pai sempre tentara incutir nele. – Eu disse à Demi que a gente enfrentaria tudo isso juntos, mesmo com medo. Foi mais para acalmá-la, pois isso está me matando. A ideia de ter aquele babaca metido na vida dela ou na do bebê acaba comigo.
Joseph massageou os músculos tensos da nuca com a palma da mão, os nervos protestando a cada sussurro malévolo que lhe passava pela cabeça.
– Alex acalmou um pouco nos últimos meses, mas imagino que seja porque dei um jeito nele. Mas, se o babaca for o pai, isso vai lhe subir à cabeça e ele vai levar tudo a outro nível. O idiota nos avisou que vai se mudar para a Flórida alguns meses depois do nascimento. A Demi ficou um caco com essa notícia. Eu vou me apaixonar por esse moleque e vou ter que observar Alex levá-lo para passar o verão e as festas de fim de ano com ele. Isso vai acabar com a gente.
Com a mão pousada no ombro de Joseph, o pai encarou Kevin, que fitava o irmão. Olhando outra vez para o filho, Paul balançou a cabeça e falou com a voz suave, mas decidida:
– Joseph, você é um homem forte. Sempre foi. Na primeira vez que o peguei no colo, você me disse com os olhos que ia deixar a sua marca neste mundo e, puta merda, filho, você tem mesmo deixado. Você tem dado orgulho à sua mãe e a mim. Eu sei que você sente que a força com a qual nasceu está se esvaindo, mas você pode impedir que ela escape. Encontre-a outra vez. Ela está aí dentro. Como homem e como pai dessa criança... mesmo que não biologicamente, ainda será o pai... você vai fazer de tudo para que ninguém perca a cabeça. Você é o homem que vai criar esse menino para ser um homem. Você e a Demi precisam um do outro e é possível que precisem mais do que nunca depois do resultado. Mas, independentemente de qualquer coisa, jamais questione as decisões do alto. Mais uma vez, existe um propósito para tudo. O que importa é o que você faz com essas decisões. Você pode permitir que elas o destruam ou que o moldem.
Aquelas eram as palavras que Joseph precisava ouvir. Ele olhou em direção à casa. Enquanto observava a mãe e Demi vindo da varanda, tentou se concentrar no que o pai dissera, mas, à medida que as estrelas começavam a cobrir o céu como um manto, teve medo de que, até ter o resultado nas mãos, não fosse capaz de encontrar a força da qual precisava para conduzi-los através daquilo tudo. Tomado pela dúvida, que se espalhava como uma praga, Joseph se levantou e caminhou em direção a Demi. Forçando um sorriso, abraçou-a. Teve a sensação de estar fracassando. De ser um homem que continuaria a fracassar se Noah não fosse seu.
– Ei – disse ela, sorrindo. – Está todo mundo indo para a praia para soltar os fogos. Não percebi que tinha ficado tão frio. Vou correr lá dentro e pegar o meu casaco. Quer alguma coisa?
Joseph não respondeu. Envergonhado e cheio de culpa por esconder os sentimentos, beijou-a com intensidade, enterrando as mãos em seus cachos macios. Imaginou se Demi conseguia sentir o sabor do medo na sua língua, ou a dúvida em seu abraço. Não soube dizer quanto tempo ficaram ali, envoltos nos braços um do outro, teve vontade de parar o tempo. De impedir que fosse adiante até um momento perverso em que ele não poderia cuidar dela.
Demi se afastou lentamente, fitando Joseph.
– Você está bem?
– Estou – mentiu Joseph, com facilidade. – Eu posso buscar o seu casaco.
– Não precisa. Tenho mesmo que ir ao banheiro. – ela tocou o rosto dele e sorriu. – Encontro você lá na praia.
Joseph assentiu e ela entrou na casa vazia. Enquanto lavava as mãos depois de ir ao banheiro, Demi ficou preocupada com a aparência do namorado. Meu Deus, ela só queria que a espera acabasse. Queria o seu torcedor fanático do Yankees de volta. A demora tinha arrancado muitas coisas de Joseph e Demi sentia compaixão. Com um suspiro, apagou a luz, rezando para que a espera terminasse logo. No quarto, tirou um casaco leve e primaveril da mala. Ficou feliz por tê-lo trazido. Demi o vestiu e partiu em direção à porta. Entretanto, no meio do caminho, deteve-se, os pés grudados ao chão: ali estava o notebook de Joseph. Ela sentiu uma pontada de ansiedade.
Curiosa, Demi afundou lentamente no colchão. Olhando fixo para o computador, não pôde impedir que os dedos teclassem a senha de Joseph. Repreendeu a si mesma, pois sabia que o resultado do exame de paternidade só sairia dali a alguns dias, mas algo a impeliu adiante. Digitou o endereço do site. Com o coração ribombando no peito, Demi inseriu o número que lhe tinham dado. Aquela série de números e de letras havia sido gravada a fogo na cabeça de Demi. Seu corpo se enrijeceu quando o site começou a carregar as informações. Não era a mesma página que tinha aparecido nas últimas vezes em que o visitara. Uma escarnecedora ampulheta surgiu. Demi a olhou fixamente.
Respire...
A ampulhetinha cruel desapareceu...
Respire...
Um triângulo azul, representando o pai, surgiu...
Respire...
Um gráfico mostrando a provável paternidade deu o ar da graça...
Respire...
O coração de Demi quase parou. Não conseguia respirar, falar nem pensar. A única parte do corpo dela que ainda funcionava com perfeição eram os canais lacrimais. Ela abriu o berreiro, respirando fundo enquanto tentava se acalmar. Atordoada diante do resultado, colocou-se de pé lentamente e desceu a escada. Como contar para Joseph? Precisava de palavras para aquele momento, mas sua mente era um branco só. Despojada de pensamentos coerentes, com o corpo trêmulo, Demi passou à varanda dos fundos. Avistou Joseph, sentado em uma das cadeiras à beira da piscina. Ele inclinou a cabeça ao vê-la. Ela ficou contente ao constatar que o namorado não tinha ido para a praia com os demais. Não queria contar aquilo na frente de ninguém. Precisava fazê-lo em particular. Só desejava saber como.
Parou na frente da piscina, olhando Joseph vir em sua direção. Claramente ele notou que ela estava confusa, seu coração ficou apertado diante do seu olhar.
Joseph tocou-lhe o rosto com uma das mãos e pousou a outra sobre a sua barriga com delicadeza.
– O que foi? – perguntou ele, o nervosismo palpável.
Demi  engoliu em seco e gaguejou. Então, inspirou fundo e respondeu:
– Você sabia que há exatamente um ano você começou a salvar a minha vida? – ele fez menção de falar, mas Demi foi em frente: – É verdade, 
Joseph. Eu não tinha consciência disso na época, mas foi o que você fez. Nós já passamos por mais coisas no último ano do que duas pessoas num relacionamento recente deveriam ter que aturar. Precisamos de um descanso. – ela consultou o relógio e voltou a encará-lo. – Me beije agora. Me beije do jeito que você me beijou ano passado, nesta mesma noite. Prometo que não vou impedir.
Sem parar para pensar, Joseph a puxou, deslizando a língua pela de Demi. Apesar de familiar, o beijo dela sempre seria uma novidade, algo de inexplorado a cada toque seu. Com os fogos explodindo acima de suas cabeças, Joseph a beijou como a beijara da primeira vez que tivera a sorte de sentir os seus lábios, de tê-la em seus braços. Dessa vez, Demi não interrompeu o beijo, foi Joseph que teve de parar, porque ela soluçava. Fez menção de falar, mas, de novo, ela foi mais rápida.
– Você disse que não importava quem fosse o pai de Noah, que você o amaria e o criaria como se fosse seu.
Deixando os braços penderem ao lado do corpo, Joseph sentiu o sangue se esvair do rosto, sentiu o coração martelar dentro do peito.
– Quando você me disse isso, eu não soube o que pensar. – chorando, Demi levou as mãos às faces dele. – Você tem ideia de quantos homens suportariam isso? Não muitos. Você me aceitou de volta depois de toda a dor que eu causei, e ainda aceitou o fato de que talvez não fosse o pai do filho que eu trago na barriga. Eu teria amado você por toda a eternidade antes de você assumir essa responsabilidade. Depois disso, eu soube que o encontraria na minha próxima vida. – ela roçou os lábios nos dele. – Joseph Jonas, o destino fodeu conosco só no início... mas agora acabou. Ele nos deu a folga que merecíamos desde o começo. O Noah é seu filho.
– O quê? – sussurrou ele, sentindo os ombros se erguerem com a ausência do peso que vinha carregando. – Eu sou o pai?
Demi fez que sim, as lágrimas fluindo numa torrente.
– É, é, sim. Eu verifiquei e...
Agora foi Joseph que a interrompeu. Enlaçou a cintura dela e a puxou mais uma vez para um beijo. Atordoado, ele falava enquanto venerava os lábios de sua amada:
– Você tem certeza? Diz que você tem certeza, Demi.
– Certeza absoluta – assegurou ela, beijando-o febrilmente. – Ele é seu, Joseph. Ele é seu.
– Meu Deus – zombou Selena, aproximando-se. – Tem um monte de quartos nessa casa. Quero dizer, é uma mansão, Jonas. Leve essa mulher lá para dentro. – Demi deu uma risadinha e secou as lágrimas. Com a testa franzida, Selena se mostrou para lá de confusa. – Espera aí. Você está chorando, mas o está beijando? Eu perdi alguma coisa?
Joseph deu um sorriso imenso, passando o braço pelos ombros de Demi.
– Pois é. Você perdeu o memorando que diz que eu sou pai do Noah.
Os olhos de Selena se arregalaram.
– Vocês estão de sacanagem! – ela só faltou se atirar nos braços de Joseph, seus guinchos mais altos do que a explosão dos fogos. – Vocês estão falando sério? Ele é o pai da criança?
– Estamos. – Demi ria enquanto Selena lhe dava um abraço de urso. – Ele é o pai da criança.
Joseph estalou os lábios.
– O pai digno de desmaios da criança.
Batendo palmas, Selena começou a correr em direção aos degraus que levavam à praia.
– Vou buscar todo mundo!
– Pode ir! – gritou Joseph. Roçando o nariz no de Demi, mordiscou o lábio inferior dela. – Você tem ideia de quanto eu vou fazê-la feliz?
Demi sorriu, livrando-se do fio de tensão que ainda restava em seu corpo.
– Não sei se você consegue me fazer mais feliz do que já faz.
– Você duvida da minha habilidade de fazer você feliz?
– Acho que sim.
Depois de comemorarem a notícia com os amigos e parentes, Joseph seguiu Demi até o segundo andar. Ela teria uma consulta médica na cidade no dia seguinte, às quatro horas, então haviam planejado sair relativamente cedo para evitar o trânsito do feriado. Antes de fazerem a viagem, Joseph planejava avisar a Alex que não precisava se dar o trabalho de aparecer. Estava mais do que ansioso em dar esse telefonema. Queria até gravá-lo. Ainda em choque por não estar mais vivendo no purgatório, com a sensação de estar enfim no céu, Joseph não pôde conter um sorriso quando Demi se enfiou na cama ao seu lado e se recostou nos travesseiros. Deslizou até ela e foi lhe beijando o pescoço, desceu a graciosa curva do seu ombro até, por fim, chegar à lateral de sua barriga. Joseph ergueu lentamente a camiseta de seda que ela usava e pousou os lábios no ventre que carregava o seu filho.
– Noah – sussurrou, beijando-a logo abaixo do umbigo. – Noah Alexander Jonas.
Demi deixou escapar um suspiro de satisfação.
– Soa bem.
– Também acho. – Joseph beijou-lhe a barriga outra vez e tomou a sua mão, beijando cada um dos dedos dela, e a encarou. – Obrigado.
Demi afastou os cabelos dele da testa. Seu olhar, o tom suave de sua voz e seu sorriso faziam o coração dela explodir de amor.
– Eu é que agradeço – sussurrou ela, uma única lágrima se libertando. – Muito, muito obrigada.
Joseph descansou o rosto sobre a barriga dela, rindo quando uma pequena onda quebrou na superfície.
– Braço? – perguntou, gostando da sensação.
– É possível. – sorrindo, Demi baixou os olhos. – O bumbum dele, talvez?
Joseph deu de ombros, curtindo o momento.
– Será que ele vai ser péssimo no jogo de atirar tampinhas igual à mãe?
– Será que ele vai ser um espertinho igual ao pai?
Joseph arqueou a sobrancelha enquanto passava o dedo em torno do umbigo dela.
– Um espertinho de olhos verdes e péssimo no jogo de atirar tampinhas. Gostei.
– Eu também.
Joseph beijou a barriga dela outra vez, abrindo um sorriso maroto.
– Será que ele vai odiar os passarinhos dos Orioles tanto quanto eu?
Demi grunhiu, atirando a cabeça de volta no travesseiro.
– Será que ele vai ser ainda mais engraçadinho que o pai?
– Essa alfinetada foi fraquinha.
– Cai como uma luva para o espertinho ao qual foi destinada.
– Não posso discordar. – Joseph beijou lentamente cada centímetro da barriga de Demi, observando-a se arrepiar. – Imagino se ele vai saber quanto a mãe é linda, por dentro e por fora.
Demi tocou o rosto de Joseph, a alma acalentada pelas palavras dele.
– Será que ele vai ser igualzinho ao pai?
Com os olhos se enchendo de ternura, Joseph seguiu pelo corpo de Demi, beijando-lhe as costelas, os seios e os ombros. Absorveu cada glorioso centímetro do que lhe pertencia.
– Espero que ele se apaixone por uma mulher tão generosa quanto a mãe, que coloque em jogo tudo o que tem arriscando-se pela esperteza dele.
Enquanto a vibrante explosão de cores dos fogos de artifício se irradiava para dentro do quarto escuro, Demi olhou nos olhos de Joseph, sem fôlego, correndo as pontas dos dedos pelas planícies rijas de seu peito, subindo até os ombros.
– Espero que ele seja tão piedoso, gentil e carinhoso quanto o pai se essa mulher o machucar um dia.
Joseph beijou-lhe os lábios, sussurrando carinhosamente:
– Será que ele tem ideia de que eu vou amá-lo e amar a sua mãe até o meu último suspiro?
Joseph não deixou que Demi dissesse mais nada. Ele deu continuidade à trilha de palavras doces e acariciou a sua alma como nunca antes. 
Com o coração acelerado, Demi o sentiu se tornar um com ela e com o filho, o amor inabalável em cada toque delicado, em cada doce abraço.

já ta acabando essa história :(
ainda bem que o filho é do Joseph né? que lindos, já até escolherão o nome do bebê.
muito amo por esses dois.
gostaram? comentem e até o próximo.
bjs amores <3

2 comentários:

  1. Que coisa fofa
    Fico só imaginando a cara do ex da demi quando souber que o filho não é dele

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  2. Sim e logo o Joseph vai contar à ele em primeira mão hahaha
    vou postar hoje, bjs lindona <3

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