Traição
Minha cunhada Danielle é tudo o que uma socialite precisa ser, linda, fútil e rica. Pelo menos, sabemos que o dinheiro não foi um dos motivos para esse casamento. Ela é muito rica e vem de uma família tão tradicional quanto a minha. Sangue nobre, como diz minha mãe. Que, aliás, sente orgulho por nossa família ser uma das poucas que ainda não foram manchadas com casamentos indecentes.
Não lhe importa que em sua maioria tenham sido casamentos arranjados, frustrados, marcados por tragédias e infelizes.
Tudo isso não me importa, na verdade nunca importou. Kevin e eu fomos criados para assumir os negócios da família, casar com moças de classe e gerar herdeiros. E assim continuaríamos esse ciclo aborrecido.
Nesse momento, como vice-presidente e bom filho, eu assumi as responsabilidades da empresa como presidente interino. E como tal, minha vida tem sido um verdadeiro inferno, nas últimas duas semanas. Compromissos e mais compromissos. Agora consigo entender porque Kevin parece uma bomba relógio prestes a estourar a qualquer minuto. Não que minha vida como vice-presidente seja fácil, mas as decisões finais não estavam em minhas mãos. Agora as pessoas esperam minha opinião para tudo. Além disso, minha noiva Sophie, está cada dia mais frustrada e irritada com minhas ausências. Um fato interessante, pois se há alguém que consegue ser mais controlado que eu, esse alguém é Sophie.
O que posso fazer se nós estamos em meio em a um dos mais importantes projetos da empresa?
Um dos maiores e mais luxuosos complexos hoteleiros em Dubai, cidade que hoje é o furacão do mundo. Foram investidos US$ 9 bilhões de dólares para torná-lo a construção particular mais cara do mundo. Com 1,9 bilhão de metros quadrados de área, o Jonas Center é um complexo de hotéis, residências e centro comercial sem precedentes. Um inovador e elegante projeto totalmente desenhado e idealizado por mim, que por si só já exige muito da minha presença a cada avanço. Um alto custo e muito investimento. Frustra-me que Sophie não consiga entender isso.
Com sorte, os problemas que haviam surgido foram resolvidos antes do que imaginei. Agora estou sentado neste taxi enfrentando o trânsito de Nova Iorque dois dias antes do previsto.
Estou a caminho do apartamento de Sophie, passei em casa apenas para deixar a mala e tomar um banho. Pretendo surpreendê-la hoje, com o tão esperado pedido de casamento. Kevin voltará em duas semanas e acredito que não há mais motivos para continuar adiando.
Já nos conhecemos há muito tempo. Apesar da última semana, posso contar nos dedos quantas vezes brigamos ou discutimos em quase três anos de relacionamento. Nós dois nos conhecemos por intermédio da minha mãe. Sophie é filha de sua amiga de colégio, que havia casado com um aristocrata francês e fora morar na França. A mãe dela, havia ficado viúva e as duas resolveram voltar para os Estados Unidos. Para minha mãe, Sophie é a candidata perfeita para mim. Linda, loira, cheia de classe e rica. E os dois últimos quesitos é o que realmente importam para minha mãe. Então, para sua felicidade e minha paz de espirito, após sairmos algumas vezes, logo ficamos comprometidos.
Não que eu seja filhinho da mamãe, visto que todas as outras mulheres com quem convivo, são iguais ou parecidas com minha mãe e Sophie. Então, eu não me importei em seguir com esse relacionamento. Afinal, mulheres são todas iguais em qualquer parte do mundo. Uma boa conta bancária e elas fariam tudo o que você desejar. Pelo menos, Sophie é bonita, discreta e não fala muito.
O sexo entre nós também é comum como nossas vidas. É muito bom, mas nada fenomenal como o que vemos em filmes e em livros. Aliás, não entendo a mania das pessoas em romantizar essas coisas. Até gostaria de experimentar algumas coisas, mas sempre que tento, Sophie fica horrorizada.
Por isso foquei-me no básico, afinal, sexo é uma forma de aliviarmos as tensões do corpo através do prazer.
Meus amigos costumam dizer que sou frio, certinho e controlado demais para apreciar uma boa foda. Mas o que eles entendem sobre isso?
Neil, é casado com uma bruxa descontrolada que faz da vida dele e da filha, um inferno. Peter, é um solteiro convicto que pula de cama em cama antes que possa piscar os olhos. Adam, só pensa em trabalho vinte e quatro horas por dia. Seu irmão, Liam, é o único que se salva, está noivo de uma das modelos mais famosas do país, embora eu ache que seja ainda mais fria e fútil que todas as mulheres que conheço.
Então, nenhum deles tem moral o suficiente para questionar como vivo minha vida. Que mal há em saber o que se quer da vida? Romantismo é para tolos. A vida é pratica e como tal, eu a vivo.
Antes que eu perceba, o taxi para em frente ao apartamento de luxo no bairro de Manhattan.
Dispensei o motorista pelo fim de semana, já que não era previsto que eu voltasse até segunda-feira.
Não quis interromper sua folga apenas por que meus planos foram alterados. Bill é um excelente motorista e como tal, merece esses três dias de folga que dei a ele.
Pago o taxista e deixo troco como gorjeta. O homem fica visivelmente feliz e se oferece para esperar até que eu saia, com certeza pensando na gorjeta seguinte. Agradeço à oferta e dispenso-o.
Pretendo passar a noite aqui como sempre faço quando venho para o apartamento de Sophie.
Digito o código de segurança e entro no prédio.
— Boa noite — cumprimento o porteiro e percebo que não é o mesmo de sempre.
— Boa noite senhor.
Vou para os elevadores e espero que ele chegue.
— É o novo porteiro? — pergunto, enquanto aguardo.
— Não senhor. Juarez precisou ver a esposa que está tendo bebê, vou substituí-lo por hoje — ele me responde.
— Bom trabalho — respondo e entro assim que as portas do elevador se abrem.
A notícia sobre Juarez me faz lembrar que Sophie e eu nunca conversamos sobre isso. É uma coisa estranha, já que estamos juntos há quase três anos e noivos a mais de um. Creio que hoje seja a noite ideal para conversarmos sobre filhos. Pretendo ter dois filhos no mínimo. Kevin e eu, apesar de termos personalidades diferentes, sempre fomos muito unidos na infância. O que nos ajudou a suportar a educação rígida e ausência que tivemos de nossos pais. Tenho certeza que Sophie não se oporá a isso. Sua infância foi mais solitária do que a minha. Não é algo que me choca, todas as pessoas que conheço em nosso meio, cresceram assim, entre colégios internos e acampamentos de férias, claro que sempre há suas exceções, mas essas são pouquíssimas.
O elevador para no sétimo andar. Espero as portas abrirem e saio para o corredor com seus bonitos vasos de plantas. Esse é um dos melhores prédios da cidade, além de bastante caro e elegante. Passo pelas portas com números dourados que identificam os apartamentos e paro no apartamento vinte e oito. Procuro as chaves em meu bolso e abro a porta, enquanto pergunto-me onde iremos morar? Embora esse apartamento seja glamoroso, é feminino demais para mim. Todo decorado em tons de branco, cinza e lilás. Além disso, gosto do meu, que é confortável e fica nos arredores da empresa, isso me poupa tempo para ir e voltar da empresa, o que, em uma cidade tão movimentada como Nova Iorque, é primordial.
Entro e tropeço em alguma coisa, olho para baixo e vejo que são sapatos femininos e tênis esportivo da Nike. O que esse tênis masculino está fazendo aqui? Vou para sala e encontro um vestido amarelo no chão, o sutiã jogado no sofá e uma garrafa de vinho com taças vazias, na mesa de centro.
Não posso acreditar no que eu vejo. Aquilo não pode ser o que estou imaginando. O sangue gela em minhas veias e, pela primeira vez, sinto que posso perder o controle.
Vou para o quarto no fim do corredor. Paro automaticamente ao ouvir os sons vindos de dentro. A porta está entreaberta e tenho uma visão parcial do que está acontecendo.
— Isso James, com força! Assim...
QUE PORRA É ESSA?
Minha noiva de quatro, sendo fodida por outro homem, enquanto grita como uma vadia.
— Isso gata — ouço-o gemer — Empina esse rabinho pra mim, vai.
Por dez segundos eu observo a cena sem poder acreditar no que acontece ali dentro. Meu sangue que antes estivera congelado, agora queima nas veias.
— Sophie! — urro com fúria.
— Joseph! — Sophie me encara com surpresa, atreves do espelho no closet — Joseph o que
está fazendo aqui?
— O porteiro não avisou que ele estava subindo — diz o homem a qual ela chamou de James — Ele sempre avisa.
Sem conseguir raciocinar direito, arranco o homem de cima da cama e desfiro um soco em seu rosto. Vejo o sangue jorrar por seu nariz, enquanto ele me encara com expressão de choque. Aqueles dois filhos da puta estavam rindo as minhas custas há muito mais tempo?
— Joseph, não é o que está pensando — Sophie se enrola no lençol e vem em minha direção — Eu posso explicar.
— Dane-se vagabunda! — grito, dando-lhe as costas.
Não estou disposto a dar atenção a nenhum dos dois. Pego essa puta fodendo com outro homem como uma gata no cio e ela me vem com não é o que estou vendo. Preciso sair daqui antes que minha vontade de matar os dois, prevaleça à minha razão.
Três anos! Três anos desperdiçados com uma ordinária a qual eu pensava ser uma verdadeira dama. Três anos fazendo planos, criando expectativas de uma vida juntos. Em pensar que hoje a pediria em casamento e até marcaríamos uma data. Como fui idiota e imbecil.
— Joseph, espere! — ouço sua voz estridente atrás de mim — Ouça-me.
— Não tenho nada para ouvir Sophie — viro-me para ela com olhar de desprezo — Aliás, nunca mais quero ver sua cara na minha frente.
— Não é o que pensa — Sophie começa a chorar — Ele me seduziu.
Sinceramente, tenho vontade de rir. A sua capacidade ilimitada de me tachar de imbecil é risível.
Será que pareço ser tão estúpido assim?
— Acho que isso explica tudo — suspiro e me aproximo dela — Ele a seduziu?
— Sim — ela balança a cabeça.
— Acha mesmo... — seguro seus cabelos e puxo-os para trás com força — Acha mesmo que acredito que seja uma pobre inocente, e que cairia nessa desculpa ridícula?
Empurro-a para longe de mim, sinto-me como se me contaminasse. Vejo-a bater as costas contra parede e cair de quatro a minha frente. Respiro fundo e saio, embora ela mereça uma surra, não sou covarde e não bato em mulheres, mesmo que seja uma vagabunda ordinária.
— Joseph! — saio ignorando seus gritos, ferozes.
Minha vontade é voltar e dar uma lição nos dois. Minha cabeça ferve e meu estômago está
embrulhado, tenho nojo de tudo que presenciei ali.
No entanto, em vez de me sentir com coração partido, eu tenho raiva. A ira correndo por minhas veias, veloz, quente. Não pela traição, mas por me sentir um idiota o tempo todo. Há quanto tempo eles vinham tendo um caso? De acordo com o sujeito, o porteiro a alertava quando eu subia. Nos últimos meses fui pouco a sua casa. Geralmente dormíamos na minha e nas últimas semanas, nem isso. Lembro que a última vez que nos vimos foi antes de viajar. Havia aparecido para levá-la para jantar, para compensá-la após uma discussão. Notei que parecia nervosa assim que entrei, mas achei que ainda estava chateada com minha viagem. Quando na verdade a vagabunda estava encobrindo o amante. Agora entendo porque insistiu em irmos para meu apartamento após o jantar, em vez de irmos para o seu, queria encobrir as pistas. Filha da puta, maldita.
Por isso o porteiro passou a ser tão comunicativo, sempre falando de sua esposa grávida e seus dois outros filhos. Não sou uma dessas pessoas ricas e esnobe que julga as pessoas pelo que têm, sempre o ouvia com simpatia e atenção. Grande tolo eu fui.
No entanto, por incrível que pareça, me sinto aliviado em ter descoberto tudo essa noite, seria muito pior descobrir seu comportamento desprezível se estivéssemos casados e com filhos.
Saio do prédio com pressa, agora me arrependo de ter dispensado o motorista. Após alguns
minutos frustrantes, consigo um taxi, entro e passo o endereço. Enquanto o carro entra em movimento e costura pelo engarrafamento, penso em tudo o que aconteceu. A raiva transformando-se em ódio.
A vida toda eu fiz o que as pessoas esperavam de mim. A criança educada, o estudante brilhante, o filho perfeito e o noivo fiel. Tudo isso para quê?
Juro que não será mais assim. De agora em diante, farei o que quero, quando e com quem quiser.
Que minha família e vida, até então perfeitas, vão para o inferno. Peter tem razão, o que preciso é de uma boa foda. E farei isso com todas as mulheres disponíveis dessa maldita cidade.
***
Pago o taxista e digito o código de segurança. Os portões abrem e entro rapidamente. Observo a enorme mansão branca diante de mim. Vivi aqui até ir para faculdade. Atravesso o imenso jardim e entro pelas portas dos fundos. Por sorte, a porta ainda está aberta, provavelmente a governanta está organizando tudo antes de se recolher para sua casa, nos fundos da propriedade.
Entro na imensa sala de estar e vou para o bar. Faço uma dose dupla de uísque e bebo em um só gole. A bebida imediatamente queima em meu estômago. Faço outra dose e ouço uma voz atrás de mim.
— Descontando a raiva na bebida, como seu pai? — minha mãe fala, atrás de mim.
— Hoje acho que sim — respondo, dando de ombros.
Não quero falar no assunto. Os acontecimentos de hoje foram fodidos o suficiente para que eu tenha que adicionar meu pai e seus problemas com a bebida.
— Sophie me contou o que aconteceu — minha mãe senta no sofá próximo a mim e me encara com naturalidade — Acho que está sendo dramático demais, não acha?
Dramático? A porra da minha noiva me chifra e minha mãe acha que estou sendo dramático?
— Eu realmente estou ouvindo isso? — pergunto, abismado. Sempre fiquei surpreso com minha mãe e sua atitude fria, mas dessa vez ela se superou — A vagabunda me trai e eu sou dramático?
— Vai me dizer que você também não a traía — ela sorri, ironicamente.
— Claro que não, porra! — grito batendo o copo sobre o balcão. Ela parece surpresa com o que eu disse.
— De qualquer forma, um dia fará isso — volta a ter um semblante indiferente — Espero que se lembre desse dia. Devem ignorar isso e seguirem em frente. Essas coisas acontecem...
— Está me dizendo para perdoá-la, mamãe? — estou cada vez mais abismado.
— Francamente, vocês homens, acham que podem tudo e nós mulheres não podemos ter nossos deslizes — ela resmunga — Esqueça isso e continuem a vida.
— Sophie vem me traindo a mais de um mês pelo que sei, mamãe, como pode me pedir que esqueça isso? — falo furiosamente — Não foi apenas um deslize.
— Isso acontece Joseph, além disso, você não vinha dando tanta atenção a ela.
— Eu estava cuidando da maldita empresa. Hoje, iria pedi-la em casamento. E o que acontece? — digo, frustrado — Pego-a na cama com outro.
Então minha noiva me trai e a culpa ainda é minha, por não ter dado devida atenção a ela.
— Vá dormir, Joseph — minha mãe suspira — Amanhã estará mais calmo e pensará com clareza. Sophie cometeu um erro, mas não deve pagar a vida toda por isso. Seu pai também me traiu antes e depois do casamento.
Esfrego o rosto desanimado. É exatamente por esse motivo que sempre fui fiel a Sophie, não
queria um casamento como os dos meus pais. Sei que grande parte da frieza de mamãe deve ter sido causada pela infidelidade dele e seu vício no álcool.
— Sinceramente, não posso ouvir mais nada — caminho até a porta, com raiva.
— Aonde você vai? — noto tom de preocupação em sua voz, mas ignoro. Alguns segundos atrás eu precisei que ela fosse uma boa mãe, e ela não foi.
— Acho que não importa.
Vou para garagem e entro no antigo conversível de Kevin. Ando pela cidade sem rumo. Ainda estou irritado com que minha mãe me disse. O que será que corre em suas veias? Ela seria a última pessoa no mundo que deveria pedir que eu perdoasse Sophie.
Nesse momento, meu telefone toca. Embora não tenha vontade de falar com ninguém, atendo sem tirar o olhar da estrada. Pode ser algo importante, deixo meu lado racional falar por mim, mais uma vez.
— Alô.
— Joseph?
— Neil? — pergunto confuso.
— Sua mãe me ligou, disse que haviam discutido e que saiu de casa com raiva. Você está bem?
— É complicado explicar — murmuro.
— Escuta, Anne foi para casa dos meus pais — me diz. — Por que não compra algumas pizzas no caminho e vem para cá, tomamos umas cervejas e conversamos.
Estou divido entre aceitar ou me enfiar em um bar e beber até cair. Porém, se há alguém que conseguiria me entender, esse alguém é o Neil. Tinha uma mãe tão complicada quanto a minha. Além de Sophia, que eu acho ser uma cadela.
— Tudo bem, eu estou indo — respondo, desligando em seguida.
Duas horas depois e muitas cervejas, termino de relatar tudo o que havia acontecido. Apesar de me ouvir com atenção, ele não me parece chocado e nem me olha com ar de piedade.
— Em partes sua mãe tem razão...
— O que? — interrompo-o chocado — Também acredita que devo perdoá-la?
— Não — ele murmura — Apenas se quiser, mas as pessoas cometem erros, Joseph. Eu tenho os meus. E olha você ficaria chocado se soubesse. Mas também temos que assumi-los e aceitar as consequências de nossas ações. Se você deseja pôr um fim a essa relação, faça-o. Sophie que conviva com o que fez.
Dou um longo gole na cerveja. Tento refletir sobre o que ele diz. Sim, as pessoas erram, mas deslealdade é algo que não aceito. Sophie sempre foi cheia de frescuras na cama comigo e no entanto, parecia uma meretriz com aquele cretino.
— Também não sou o mais indicado para dar conselhos, veja o meu casamento — ele encolhe os ombros e continua — Se é que posso chamar de casamento. Cada um tem sua própria vida. Seus casos.
— Sim, mas foi um acordo entre vocês dois. Não houve traição. Estão juntos por Anne.
— Eu estou com ela por Anne. Ela por capricho ou sei lá o que — ele suspira — Cada vez que Lea interrompe o tratamento e agride Anne é um tipo de traição para mim — Neil se queixa — Depende do ponto de vista.
Até hoje não entendo seu casamento com Lea. Apesar de eu conhecê-lo há quatro anos, e bem depois de seu casamento, não consigo entender por que ainda mantem esse casamento, no mínimo, ridículo.
— Por que não tira umas férias? Viaje para pensar um pouco — ele propõe.
— Acabei de voltar de viagem — murmuro, seco — A última coisa que quero é fazer outra. Além disso, Kevin só voltará em duas semanas.
— Dane-se seu irmão! — diz ele, irritado — Ele que encurte a viagem. Tenho uma cabana em
Vermont, vá para lá e descanse, volte quando toda essa merda em torno de você tiver passado.
— Não posso fazer isso com Kevin — respondo — Mas aceito a oferta para daqui a duas semanas.
— Você quem sabe — ele termina sua cerveja — Vou deixá-lo sozinho para que pense. Sabe
onde é o quarto de hóspedes.
Agradeço sua oferta e sensibilidade em me deixar sozinho com meus pensamentos. Foi bom conversar com alguém que consegue entender toda essa sujeira, sem críticas e julgamentos. Neil é um cara legal, merece ser feliz, bem longe de Lea e todas as mulheres ordinárias que existem por aí.
Afinal de contas, no fundo são todas iguais. Todas são falsas e dissimuladas.
É obvio que não me tornarei um celibatário frustrado, ainda sou muito jovem para isso. Pelo contrário, a partir de agora viverei para o prazer. O meu, é claro.
Entorno os últimos goles de cerveja e vou para o quarto de hóspedes com esse pensamento em mente. Nada de ideias tolas como casamento e família. Filhos? Não. Kevin está aí para isso, dar continuidade a família. Como minha mãe deseja. Chega de ser o cachorrinho. Agora só quero diversão. Afinal das contas, Sophie havia me feito um favor! O homem controlado e metódico, deu lugar a um bad boy ávido por novas aventuras.
primeiro capítulo conhecemos um pouco da vida do Joseph.
essa sophie não presta mesmo.
próximo capítulo promete
espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
até logo, bjs amores <3
respostas aqui
Essa história promete
ResponderExcluirTô amando
Promete mesmo hahaha
ExcluirQue bom que está gostando, fico feliz <3
vou postar hoje, bjs lindona <3