Paz
Abro os meus olhos com uma estranha sensação de paz e aconchego. Estou nua em uma cama e em um quarto a qual desconheço. Olho para uma mão enorme, com dedos longos e perfeitos em minha cintura e há uma perna enroscada na minha. Aos poucos, as lembranças de tudo o que aconteceu na noite anterior me vem à mente. O clube, Jenny, a briga, os homens atrás de nós dois e esse apartamento.
Levo à mão a boca para impedir que um gemido de desespero escape de meus lábios. Inferno! Eu tinha feito sexo com um completo desconhecido. E por mais que tenha sido o sexo mais louco, quente e maravilhoso da minha vida, ele ainda é um desconhecido.
Lindo, charmoso, sedutor e com uma boca que...
Não viaje Demi! Digo a mim mesma, em pensamento. Não é à toa que ele pense que sou uma prostituta. Não só havia ido até sua casa, como fiz sexo com ele no primeiro encontro. E nem ao menos posso chamar isso de encontro.
Cem dólares? Você merece mais que isso. Lembro-me de suas palavras ao encontrar o dinheiro escondido no meu vestido.
Droga! Droga! Droga! Mil vezes droga! Joseph acredita mesmo que sou uma prostituta sem classe alguma.
Com máximo cuidado possível para não acordá-lo, tento tirar suas mãos de mim. O contato com a mão forte e masculina, mão que deslizou pelo meu corpo e me fez ter sensações incríveis, faz minha pele arrepiar.
Joseph murmura algo e vira para o outro lado, afastando-se de mim. Livre dos tentáculos que prendia um corpo, eu procuro minhas roupas pelo quarto.
— Sophie... — Joseph murmura inquieto — Vá embora!
Quem é Sophie?
Sem tempo para meditar sobre isso e ainda nua, eu saio do quarto em direção as escadas. Minhas roupas estão no banheiro de baixo, agora me recordo de como e onde foram jogadas.
Ao entrar encaro a jovem nua e descabelada em frente ao espelho. Arrumo os cabelos da melhor forma possível. Lavo o rosto, pego uma das escovas de dentes reserva. Espero que ele não se importe com minha invasão no banheiro. Bem, depois da noite anterior a última coisa que me preocupa é o que ele pensará por usar uma das suas escovas de dentes.
Eu me visto com pressa, não quero me deparar com ele em plena luz do dia. Sei que estou sendo covarde, mas encará-lo sem a aura de mistério e sedução, não é uma coisa que eu possa lidar no momento. Aliás, não posso lidar com ele de forma alguma.
Sento- me no vaso para calçar as sandálias. A nota de cem dólares esquecida no chão me chama atenção. Uma ideia um tanto absurda e irresistível me vem à cabeça. Joseph até pode pensar que eu sou uma vadia, mas não me tratará como tal.
O bonito apartamento sempre será capaz de me tirar o fôlego não importa quantas vezes eu venha aqui. Duf. Como se eu fosse voltar aqui outra vez. Olho em volta e encontro o que preciso ao lado do telefone, em cima de uma mesinha de canto. Pego a caneta e bloco de notas com as mãos trêmulas.
Escrevo rapidamente, piso na ponta dos pés e subo a escadas em silêncio.
Encontro-o ainda dormindo tranquilamente. Sinto o ar me faltar e releio o que escrevi mais uma vez: Obrigada pela noite maravilhosa, fique com o troco.
Coloco o papel e nota em cima do travesseiro. Agindo por impulso ajoelho-me em frente a ele na cama. Deposito um último beijo em seus lábios, suave como um toque de borboleta. Vejo um sorriso torto desenhar seu rosto, passo a mão suavemente em seus cabelos macios. Errado ou não, eu guardarei essa noite na minha memória, para sempre.
Saio, outra vez, nas pontas dos pés e desço as escadas correndo em direção a saída. Com a
respiração acelerada encosto-me contra a porta fechada, assim que a fecho, em busca de apoio.
Chamo o elevador, que para o meu desespero para em vários andares antes de chegar até onde estou.
— Fugindo? — a voz enrouquecida de Joseph soa atrás de mim.
— Apenas poupando-o do constrangimento do dia seguinte — digo balançando os ombros em uma fingida indiferença.
Estou de costas para ele, mas sinto seus olhos fixos em mim. Olhando-me, apreciando e me
deixando mole.
— Cem dólares? — ele pergunta, parecendo estar muito zangado — É o que valho?
Viro-me para encará-lo e amaldiçoo a mim mesma. O homem é extremamente sexy em sua calça jeans e jaqueta de couro, mas parado ali usando apenas um roupão negro, ele é a perfeita personificação do pecado. Os cabelos em desalinhos, descalço e perigosamente sedutor. Sem dúvida alguma eu voltaria para os braços dele a qualquer hora do dia, da noite, sem qualquer sentimento de culpa.
— Eu pagaria duzentos. Mas você sabe como anda a crise — tenho a necessidade inexplicável de provocá-lo — E agora que estou sem emprego, não posso gastar tanto dinheiro à toa.
Joseph me puxa para seus braços. Eu fico sem reação. Por que esse homem é capaz de mexer comigo como nenhum outro? Nem mesmo com John, que eu namorei por mais de um ano foi assim. Nunca houve tanto desejo e paixão entre nós dois.
— Isso não vai ficar assim — Joseph murmura, antes de me beijar.
Ainda bem que seus braços me sustentam contra seu corpo, porque no momento que nossas bocas colam uma na outra, minhas pernas viram gelatinas. Agarro seus braços com força, como se fosse meu porto seguro. Nossas línguas brigam entre si, uma invadindo o território da outra, em um beijo profundo. Ouço gemidos enrouquecidos e percebo que alguns deles saem de minha garganta. Joseph encosta-se à parede, levando-me com ele. Nossas mãos fazendo uma verdadeira turnê por nossos corpos de forma desesperada. Isso é loucura.
Estou apenas com vestido, já que ele havia destruído minha calcinha. Joseph puxa-me contra ele e se esfrega contra mim, agarra minha bunda com força e prende-me mais forte contra ele. O atrito de seu membro rijo me deixa completamente amolecida. Ele me sustenta pelas nádegas e eu agarro-me a seus cabelos. Seus gemidos, meus gemidos soam dolorosos. Ambos necessitamos aplacar essa chama de desejo que inflamam por nossa pele.
Ele introduz um dedo dentro de mim e com indicador massageio meu clitóris. Minhas pernas bambeiam e me agarro ainda mais a ele.
— Eu queria fodê-la agora, mas as camisinhas estão lá dentro — ele ronrona em meu pescoço.
— Eu tenho que ir... — ele introduz outro dedo, os movimentos precisos e vertiginosos e eu
perco a capacidade de qualquer raciocínio lógico — Ah...
Sua boca apodera-se da minha, exigente, faminta. Meu corpo grita em busca da libertação do prazer. Sinto que estou desabando.
— Joseph! — escuto uma voz feminina — Joseph! — estridente e irritante às minhas costas.
Ele me aperta ainda mais forte contra seu peito, ajeitando minha roupa. Escondo meu rosto contra ele e tento normalizar a respiração. Seu cheiro inebriante torna isso quase impossível. Ah, que droga!
— Sophie? — ele parece tenso — O que faz aqui?
Então essa é a mulher que ele citou em seu sonho? Curiosidade e vergonha duelam dentro de mim. E com certeza a primeira falou mais alto. Viro-me e me deparo com uma loira platinada, que me encara com olhar feroz. Meu sexto sentido me diz que aquela é a tal noiva sem vergonha e imoral a qual ele havia me falado. Instantaneamente me lembrei de John e Mary Anne. Não importa o que Joseph tenha feito ou não, se merecia ou não aquela atitude da parte dela, ninguém deve ser desleal com quem que se ama ou confia. Muito menos com alguém que se divide a vida ou planeja um futuro juntos.
— Quem é essa mulher? — a loira me encara com ódio.
— Essa mulher... — murmuro, sorrindo diabolicamente — É a noiva dele. Não é querido?
Viro-me toda dengosa para ele. Joseph olha-me atônito. Com certeza não esperava essa
reação de minha parte, nem mesmo eu entendo por que estou fazendo isso. Apenas tive a imensa vontade de dar uma boa lição nessa ordinária.
Para evitar que ele me desminta na frente da bruxa loira, colo meus lábios aos dele. O mesmo ardor anterior volta e sinto uma corrente elétrica pelo corpo, então, antes que eu me esqueça de que há pessoas desagradáveis na plateia e faça amor com ele ali mesmo no corredor, eu me afasto.
— Nos vemos à noite meu bem — encaro a loira com desdém — E livre-se dela — passo pela
loira que me olha furiosa e entro no elevador. Encaro Joseph pela última vez.
Ainda consigo detectar a chama de desejo em seu rosto surpreso. Pressinto que estou perdendo algo realmente importante. As portas se fecham e dou adeus ao homem que me atormentará para sempre.
Há muito tempo não tenho essa sensação de vazio e de abandono. A última vez, foi quando me despedi de Harry. Depois, esse sentimento de solidão e vazio no peito havia sido preenchido por Jenny.
Jenny principalmente, ela é a irmã que nunca tive. A pessoa que mais confio no mundo. Preciso dela tanto quando ela precisa de mim. E não por ela ser cega e eu uma solitária, mas porque ambas sabemos a importância da confiança e da amizade verdadeira. Jenny jamais me trairia assim como eu nunca a abandonaria. Como tenho certeza disso? Não tenho como explicar, coisas como essa não se sabe, a gente sente.
Quando saio, noto outro recepcionista, encarando-me com curiosidade. Se a noite eu pareceria uma prostituta de cabaré com essa roupa, nem quero imaginar o que devo parecer à luz do dia. Olho para o relógio na recepção, já passam das oito horas. Não esperava dormir tanto, na realidade, planejava ir embora no clarear do dia. Só que fui acordada várias vezes por ele, durante a noite, por seus toques e beijos irresistíveis.
Paro por alguns minutos quando alcanço a calçada. Tento me orientar para saber para que lado devo seguir. Sei que estou em algum lugar de Manhattan. Os prédios chiques em volta de mim, sugerem que estou em uma das partes mais nobres do bairro.
— Ei gatinha? — um homem grisalho em uma BMW me olha de cima a baixo. — Que tal fazer um show lá em casa?
Era o que me faltava, um babaca repugnante, que acha que estou à venda.
— Foda-se! — mostro o dedo do meio para ele — Babaca.
Começo a caminhar em busca de um ponto de ônibus e lembro que não tenho um centavo. Minha mochila havia ficado no camarim do clube e o único dinheiro que eu tinha, havia deixado com Joseph.
— Parabéns Demi! — eu grito ignorando as pessoas na rua — Você é mesmo muito inteligente. O que vou fazer agora? Sem dinheiro e vestida daquele jeito? Pior ainda, sem calcinha. Não posso andar sem calcinhas pelas ruas. Merda! Só de pensar nisso tenho vontade de voltar àquele apartamento e atirar um vaso na cabeça do Joseph. É tudo culpa dele e daquela noiva estúpida. Não, é tudo culpa minha por ser estúpida.
— Vamos lá? — o mesmo homem volta a me incomodar enquanto me segue com o carro — Qual o seu preço?
— Olha — encaro-o com ar de pouco caso — Eu até preciso de dinheiro nesse momento. Mas seu pintinho deve ser tão pequenininho que nem vai valer à pena.
Algumas jovens que passavam no momento começam a rir incontrolavelmente. Assisto o homem ficar vermelho de ódio e arrancar o carro com fúria. Vou para o outro lado da estrada para prevenir que ele me incomode outra vez. Um dia, minha boca grande me colocará em sérios problemas.
Alguns metros acima há um ponto de táxi. Sem alternativa e sabendo que irá me custar os olhos da cara, eu peço a um motorista de aparência indiana que me leve até o Bronx. Assim que chegamos meia hora depois, digo ao desconfiado motorista que me espere, pois subirei para pegar o dinheiro.
Ao chegar ao meu apartamento eu me lembro de que estou sem a droga da chave. Minha única esperança de não ser presa por não pagar o motorista de taxi é que Jenny esteja em casa para que eu pegue minha chave reserva.
O que será que havia acontecido entre ela e Sr. Durant? Não cogito a possibilidade de que ele
tenha feito mal a ela, mas pela ira que vi em seus olhos, tenho certeza que a conversa não deve ter sido nada fácil.
Mais do que nunca desejo esganá-la por não ter um maldito celular. Paro em frente à porta dela. Não há nenhum sinal do segurança. Bato na porta e aguardo alguns minutos com o coração na boca.
— Quem é? — ouço sua voz através da porta fechada.
— Sou eu.
— Demi? — escuto o ferrolho sendo puxado — Onde está sua chave?
— É uma longa história — murmuro — Me empresta noventa dólares?
— Claro — ela responde com semblante confuso — Sabe onde fica.
Vou até seu quarto e pego uma caixa escondida no fundo do guarda roupa, conto o dinheiro e volto para sala.
— Eu já volto.
Desço as escadas correndo e encontro o motorista de táxi, pronto para entrar no prédio.
— Pensei que estava sendo ludibriado — ele me encara com raiva — Moça, eu não tenho o dia todo. — Desculpe-me — entrego o dinheiro a ele que sai pisando duro.
Volto para o apartamento de Jenny e encontro-a preparando o café. O cheiro é divino, preciso mesmo de algo forte.
— Então? — ela vira em minha direção assim que entro e fecho a porta — Onde esteve?
— Você saberia se tivesse um celular — resmungo — E você, onde esteve com aquele maluco?
Escuto o relato com atenção. Eles foram para um flat que ele tem na cidade.
— Ele achou que eu era garota de programa — Jenny murmura.
Também? O que há de errado com esses homens? Todas nós somos prostitutas e desprovidas de caráter?
— Não podemos continuar com isso. Ele é casado e tem uma filha. Isso não é certo — Jenny
continua — Não vou voltar a vê-lo. Nós nos beijamos e isso foi errado.
— Errado? — eu digo, angustiada — Eu transei com um desconhecido. E foi a melhor experiência da minha vida. Isso é fodidamente errado!
— Demi! — Jenny me encara, surpresa.
Ela me conhece muito bem. Sabe que não sou de casinhos de uma noite. Aliás, ultimamente não sou casinho de noite alguma. Até houve alguns homens interessados em mim, desejando um relacionamento sério, mas nenhum deles conseguiu me atrair tanto, nenhum me levou a cometer essa loucura, como o Joseph.
Talvez se tivesse saído mais ou dado chance a algum rapaz, eu não estivesse tão carente de sexo como ontem. É a única explicação plausível que encontro no momento. É isso, estava precisando liberar a tensão sexual.
— Eu não sei o que dizer — Jenny ainda parece chocada.
— Não diga nada — sussurro — Não me julgue, por favor.
— Eu sou a última pessoa que pode fazer isso.
— Apenas vamos esquecer esses dois e voltarmos para nossas vidas tranquilas — balanço a
cabeça, frustrada.
Ambas sabemos que isso é muito mais complicado do que gostaríamos. São dois homens com personalidades marcantes e que haviam alterado as nossas vidas de um jeito inexplicável, talvez para sempre.
No meu caso ainda tenho sorte por Joseph não saber onde moro e agora sem emprego as chances de encontrá-lo novamente são praticamente nulas. Jenny, no entanto, está vulnerável a palavra de Neil para deixá-la em paz. E sem o emprego e o dinheiro do clube, e até que eu encontre outro emprego, a possibilidade de que nos mudemos para um lugar melhor diminuem radicalmente. E mesmo que com as minhas economias e as dela possamos alugar um apartamento melhor, o que faríamos nos próximos meses? Eu não quero me arriscar a isso.
— Jenny, eu estou sem emprego — murmuro, jogando-me no sofá.
— Por quê? O que aconteceu?
— A briga de ontem foi à gota d’água. Ed me despediu.
— Ah. Sinto muito Demi — Jenny lamenta — Talvez eu possa falar com ele.
— Acho que não irá adiantar. Mais tarde vou até lá pegar nossas coisas e pegar o dinheiro da
semana. Quem sabe consiga convencê-lo a mudar de ideia.
— Tem certeza Demi que não quer que eu vá? Essa confusão foi causada por mim.
— Não se preocupe. Agora vou para casa, vou me livrar dessa roupa e pensar no que fazer.
De volta a meu apartamento eu me pego pensando nos últimos acontecimentos. Minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Eu posso dizer que ela se dividiu em duas, antes e depois de Joseph Jonas.
À tarde eu volto ao clube e encontro alguns homens trocando vidros, lâmpadas e algumas das meninas ocupadas com a limpeza.
Vou para o camarim e pego minha mochila, guardo todas as minhas maquiagens e as coisas de Jenny. Estou receosa se devo ou não falar com Ed. Acredito que ainda deva estar furioso comigo.
Então, resolvo procurá-lo no dia seguinte, ou melhor, semana seguinte.
— Então, a encrenqueira apareceu?
— O que você quer Amanda? — nem me digno a encará-la. Concentro-me em fechar a mochila.
Amanda é uma das dançarinas mais antigas da casa. Sua animosidade comigo é gratuita. Ela me odeia e eu a detesto. Muitas vezes quase saímos no tapa e, agora se me encher a paciência, vou fazer o que tenho vontade há muito tempo... partir a cara dela em duas.
— Soube que vai embora — ela anda ao redor de mim, estalando os dedos — Já deveria ter feito isso muito tempo.
— Eu deveria ter partido sua cara — viro-me para ela decidida — Se você não sair daqui é isso o que eu vou fazer!
O que há nessas loiras platinadas? Não que eu seja adepta a essa idiotice de loiras contra
morenas, mas essa é a segunda bruxa loira que eu enfrento hoje.
— Pois tente e verá o que a espera — ela me diz, apontando um canivete, que eu nem sei de onde surgiu — De onde você veio, eu fiz pós-graduação querida.
Apesar de surpresa eu não irei me acovardar com sua ameaça. Se Amanda quer briga é isso que ela vai ter.
— Parem já as duas — Ed entra no camarim e arranca o canivete das mãos dela — Se eu pegar você com isso novamente juro que vou despedi-la, Amanda.
— Só estava me defendendo dela — diz ela, com falsa inocência.
— Não interessa quem começou. Agora saia — ele ordena — Eu quero falar com a Demi.
Agora estou realmente encrencada. Além de perder o emprego só me resta que ele me denuncie como baderneira.
— Bem Demi... — Ed parece nervoso — Conversei com algumas das garotas e elas me disseram que não teve nada a ver com aquilo, dessa vez. Além disso, seu show é um dos melhores da casa. Por isso, refleti muito e você pode ter o seu emprego de volta.
O que? Estou mesmo ouvindo isso? Ed está oferecendo meu emprego de volta? Ou que ouve com o nunca mais apareça aqui?
De todas as coisas que poderiam me surpreender naquele dia, essa ganha a quilômetros de
distância. E mesmo tendo muitas garotas legais por ali, jamais imaginei que alguma delas sairia em minha defesa, isso me deixa de certa forma comovida.
Quanto a sua proposta, eu preciso do emprego, o salário e as gorjetas são bons, além de que, Ed não nos obriga a sair ou entreter os clientes. As meninas que fazem isso é por livre e espontânea vontade ou necessidade. No entanto, eu tenho preocupações maiores agora. Como o dono de incríveis olhos esverdeados e um sorriso devastador.
— Eu agradeço, Ed. Mas preciso ficar longe daqui por um tempo.
— Se é por causa da Amanda eu darei um jeito nela — Ed me tranquiliza.
— Amanda não me assusta. Meu problema é outro. Posso tirar uns dias de folga?
— A casa não vai reabrir tão cedo — ele diz, desgostoso — Tire esses dias.
— Obrigada — coloco a mochila nas costas e caminho para saída.
Se em uma semana Joseph não me procurasse ele não procuraria mais. Portanto, poderei voltar sem o receio de encontrá-lo de novo.
A quem estou querendo enganar? Estou dando importância demais a mim. O cara é muito rico e a noiva ou ex-noiva é uma garota linda e pelas roupas que usava tão rica quanto ele. Sim, uma cadela rica. Bem diferente de mim e minha vida no Bronx. Com certeza eles já devem ter se reconciliado.
Além disso, não estou disposta a ser mais um casinho divertido para ele. Até porque, ele havia deixado bem claro na noite anterior, que era apenas sexo, nada mais. Então, definitivamente, custe o que custar eu preciso tirá-lo da minha cabeça. Voltar ao clube não é uma boa opção. Não porque eu acredite que Joseph voltará a me procurar, mas pelo pouco tempo que esteve ali ele deixou lembranças demais para mim.
***
Dois dias depois o ocorrido, estou jogada no sofá de meu apartamento, suada e exausta, após
caminhar com alguns cachorros no parque. Consegui mais dois clientes, não é grande coisa, mas é melhor do que nada.
Ainda estou me decidindo se passo a tarde me lamentando da vida ou levanto para tomar uma ducha rápida, quando ouço uma batida na porta.
Provavelmente é minha vizinha fofoqueira que quer desperdiçar meu tempo falando mal do
síndico, de novo. Por alguns segundos tenho uma leve pretensão de ignorá-la e fingir que não estou em casa, mas as batidas insistentes começam me deixar irritada, então é melhor ir despachá-la de uma vez por todas.
Levanto sentindo cada fibra do meu corpo gritar em protesto.
— Você não tem coisa melhor para fazer? — escancaro a porta com raiva.
— Na realidade eu tenho. Só preciso de companhia.
Para minha surpresa, alegria e pavor, incredulidade, os olhos esverdeados sedutores e aquele sorriso arrebatador, que vem me assombrando sem piedade nos dois últimos dias, estão bem ali, na minha frente, como uma miragem no deserto. Sem conseguir raciocinar com clareza eu faço a primeira coisa que me vem à mente.
Eu bato a porta.
o começo é o que aconteceu antes da demi ir embora.
o começo é o que aconteceu antes da demi ir embora.
e ela falando aquelas coisas para o cara do carro kkkkkkkkkk morri
pelo menos ela recuperou o seu emprego de volta e essa amanda é uma nojenta.
e o Joseph apareceu na casa dela, o que será que vai acontecer?
deixem seus palpites.
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui
Jesus, que fanfic maravilhosa!!!!! ❤❤❤
ResponderExcluirque bom que está gostando amor, fico muito feliz.
Excluirvou postar hoje, bjs <3
AMANDO😍
ResponderExcluirque bom que está gostando amor, fico muito feliz.
Excluirvou postar hoje, bjs <3
cada dia mais amando essa fic! continua logo pfvr ❤
ResponderExcluirque bom que está gostando amor, fico muito feliz.
Excluirvou postar hoje, bjs <3