Nove anos antes
– Ei, menina da chuva!
Virei a cabeça de maneira repentina e quase deixei cair os livros que estava equilibrando precariamente nos braços. O gramado está repleto de estudantes. O sol está forte. Faz calor o suficiente para que as meninas vistam shorts minúsculos e blusinhas. Parece que metade dos garotos tirou a camisa, revelando a pele pálida que está se tornando mais rosada a cada segundo. Não consigo ver de onde vem a voz, então, dou de ombros e continuo andando. Minha última aula acaba de terminar e estou voltando pelos corredores dos alojamentos. Vestida com jeans e uma blusa de manga comprida, estou com calor e com roupa demais para o clima.
– Por aqui. – Joseph enrola a língua nos erres e por algum motivo soa incrivelmente sexy. Olho para a esquerda e o vejo, sentado com um grupo de amigos na beira do lago. Cruzamos o olhar e ele sorri, fazendo meu estômago apertar.
Quero acenar, mas estou segurando livros demais. Em vez disso, balanço um pouco a cabeça para o lado e mostro um sorriso torto e cheio de dentes. Dou um chute mental em mim mesma por ser tão patética, mas é de Joseph Jonas que estamos falando. Deus dos Deuses, Rei dos Reis, e ele está falando comigo. Ainda está sorrindo. Começo a me sentir idiota, em pé aqui como uma pateta, então levanto as sobrancelhas, esperando passar uma mensagem de indiferença, uma expressão meio como “vejo você por aí”, e começo a me afastar.
– Espere aí. – ele se levanta e vem até mim numa meia corrida. Está segurando um baseado entre o indicador e o dedo médio. Quando para na minha frente, leva-o aos lábios. Ele solta o ar, e a brisa joga a fumaça em meu rosto.
– Você quer?
Dou de ombros e olho para os meus braços. Ele segue meu olhar e percebe como minhas mãos estão cheias. Girando o baseado entre os dedos, ele o ergue, coloca nos meus lábios e eu dou uma tragada. Um momento depois, vejo seus olhos e ele ainda está sorrindo para mim, não sei se é Joseph ou a droga que me deixa um pouco zonza. Ele coloca o baseado de novo na própria boca e depois pega meus livros, erguendo-os facilmente nos braços. Sem nem me perguntar se quero me juntar a ele, Joseph caminha de volta para seu grupo. Claro, eu vou atrás. Meio sem jeito, eu me sento ao seu lado. Seus amigos são a nata do campus, ou são ricos, ou são talentosos, ou uma mistura de ambos. É difícil não se sentir sem graça e prosaica em comparação.
Joseph coloca o baseado de volta em meus lábios, apesar de minhas mãos agora estarem livres. Minhas bochechas esquentam quando percebo que ele ainda está olhando para mim. Ele tem uma intensidade que me faz estremecer, mesmo que eu esteja fervendo dentro da blusa de mangas compridas e da calça jeans.
– Ela tem nome? – o garoto sentado do outro lado de Joseph olha para mim. Ou eu acho que ele olha, é difícil dizer quando ele está usando óculos estilo aviador e um boné que cobre os olhos.
– Ela se chama menina da chuva. – a voz de Joseph é baixa. Seus lábios se repuxam em um sorriso e parece ser só para mim.
– Nome estranho. – o rapaz enruga o nariz. – E especialmente inadequado para este tipo de clima. Mas acho que combina com você. – ele passa o braço ao lado de Joseph e aperta minha mão. – Sou Digby.
Digby?
– Oi.
– Acho que vou chamar você pelo nome da deusa grega da chuva... que é...hum...
– Não existe deusa grega da chuva, idiota. – isso vem de uma garota deitada de bruços na nossa frente. Sua voz é profunda e rouca, parecendo pertencer a alguém que fuma sessenta cigarros por dia.
– Tem sim. É Íris.
A menina gutural ri.
– Ela é a deusa do arco-íris, não da chuva. Zeus é o responsável pela chuva.
– Eu não vou chamá-la de Zeus.
Graças a Deus pelas pequenas misericórdias.
– Meu nome é Demi – digo com uma vozinha. Todos param de falar e olham para mim. De repente, entendo como um animal de zoológico deve se sentir.
– Eu prefiro Íris – diz Digby.
– Bem, é melhor do que Zeus – diz a menina gutural.
Joseph se inclina um pouquinho para frente e encosta os lábios macios na pele sensível logo abaixo da minha orelha.
– Para mim você sempre vai ser a menina da chuva.
desculpe amores mas ficou um pouco pequeno o capítulo.
esse capítulo é mais um pouco do passado dos dois juntos.
um pouco também de como a Demi conheceu a Digby.
me digam o que acham nos comentários, ok?
espero muito que vocês gostem, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.
respostas do capítulo anterior aqui.
Mds eu estou Amando essa fic é maravilhosa.
ResponderExcluirFico feliz que esteja gostando amor.
ExcluirVou postar novo capítulo hoje.
Beijos, Jessie.
Oi!
ResponderExcluirA Demi nos dias atuais me deixa nervouser, porque eu acho que ela se esconde muito atrás do marido e espero muito que o Joe traga ela de volta. A Demi do passado eu tenho medo, principalmente depois do capítulo anterior, que deixou claro que aconteceu uma morte e eu fiquei maluca pra saber o que se desenrolou no meio tempo entre o futuro atual e o passado.
Estou curiosa. Poste mais!
Thay,
(a-dor-da-liberdade.blogspot.com)
Essa mistério entre o presente e o passado vão ser descobertos ao decorrer da fanfic e será melhor para entender.
ExcluirFico muito feliz que esteja gostando amor.
Vou postar novo capítulo hoje.
Beijos, Jessie.