Therapy
A cafeteira treme e solta vapor. Pego uma caneca e um pouco de creme. Se Simon estivesse aqui, faria piada sobre como gosto do meu café exatamente como gosto do meu homem: doce e forte. Rico. Esse pensamento traz dores de estômago que me fazem querer vomitar. O que aconteceu com a gente? Fomos engolidos por isso que chamam de vida e cuspidos, assim como em todos os outros casamentos que falham? Não me casei com ele para nos tornarmos uma estatística.
Sentada em um banquinho, pego o Ipad e começo a trabalhar em resolver minha própria confusão. Primeiro, encomendo um arranjo de flores caro para os anfitriões da noite passada, com um cartão adequadamente formulado para expressar meu pesar. Depois, entro num site de reservas de restaurante e escolho o preferido de Simon: um bistrô bonitinho nos arredores de Manhattan. Finalmente, me concentro no Google e digito “terapia de casais”. Se eu fizer um esforço, talvez ele me perdoe.
No entanto, Simon também precisa ceder um pouco. Não posso sair da clínica, afinal, eles são minha segunda família. Os filhos que nunca vou ter. Por mais que me deixem louca, também adoro aquelas crianças mais do que tudo. Preciso desse sentimento, até mesmo anseio por ele. Já que não vou poder canalizar afeição a um filho meu, eu opto por me concentrar naquelas crianças. Elas precisam sentir o amor, e eu preciso oferecê-lo a elas. É uma relação que funciona.
Possivelmente minha única.
Estou a caminho da clínica quando Selena me liga. Peço a ela que espere enquanto subo a escada da estação de metrô úmida e escura e saio para o ar fresco da manhã. A chuva de ontem à noite secou, deixando Nova York que se deleita positivamente em sua ausência. As árvores estão começando a brotar, os narcisos estão começando a florescer, e o sol está se esforçando ao máximo para aparecer. É um daqueles dias de primavera em que tudo parece um pouco mais brilhante. As pessoas sorriem um pouco mais, dão passagem quando andamos em sua direção. Nos jardins do outro lado da clínica, cerejeiras usam chapéus de algodão doce, e flores pairam lentamente na brisa leve.
– Oi. – levo o celular à orelha. – Tudo certo?
– Eu ia fazer a mesma pergunta. O que diabos aconteceu ontem à noite? Todos os tipos de homens estavam me ligando para saber onde você estava. – Selena soa adequadamente intrigada.
– Dois. Dois homens ligaram para você – respondo.
Ela tem esse jeito de fazer tudo parecer mais do que é. Pode ter a ver com sua formação; talvez esteja procurando uma forma de conseguir a verdade sem realmente me perguntar. Ou talvez eu só esteja querendo que seja assim.
– Homens que estavam muito agitados. Bem, Simon estava. Não sei se Joseph poderia ficar agitado nem se ele tentasse.
Joseph sabe ser agitado, disso eu me lembro. Agitado, atraente e desesperado. Dedos longos cravando nos meus quadris, lábios me pressionando até quase machucar. Ele pode ter amadurecido, espero que nós dois tenhamos, mas não acho que o fogo possa ser completamente apagado.
– Desculpe. Simon ter ligado foi totalmente culpa minha. Eu deveria ter avisado onde estava. – Joseph, por outro lado, não era culpa minha. Ele sabia exatamente onde eu estava. Ora, ele estava sentado do lado de fora da delegacia.
– Você quer falar sobre isso? Não tenho pacientes na próxima hora, a gente
poderia tomar um café em algum lugar.
Tenho alguns telefonemas para dar e alguns materiais para encomendar antes de as crianças chegarem, mas acho que posso encaixar. Adoro conversar com Selena, é algo que não temos mais oportunidade de fazer com tanta frequência.
– Sim, café parece ótimo. Estou quase chegando à clínica.
– E eu estou saindo. – um instante depois, Selena está diante de mim, bolsa marrom surrada pendurada no ombro. Nós duas desligamos a chamada do celular. – Oi. – ela estende as mãos e me abraça com força.
Seguimos para a cafeteria na esquina da clínica. Está quase vazia, naquela calmaria entre o pico do café da manhã e os clientes da hora do almoço. Pegamos uma mesa e esperamos a garçonete nos trazer os cafés. Não faz muito tempo que eles colocaram uma máquina decente. Antes, estávamos habituadas a café instantâneo morno, quase sem que os grânulos tivessem sido dissolvidos. Agora tudo são lattes e mocaccinos. Até mesmo o café foi elitizado.
Abro um sachê de açúcar e misturo no cappuccino, arruinando completamente o desenho de grão de café que a garçonete criou com chocolate em pó.
– Como vão as coisas? – pergunto.
– Eu iria fazer a mesma pergunta. – Selena toma um gole. – E aposto que a sua resposta é mais interessante.
Não é, não realmente. É chata e tediosa, e não é algo que eu queira comentar.
– Mas perguntei primeiro.
Ela enruga o nariz, espremendo as sardas umas nas outras.
– Nada bom.
– Ah, não. Por quê?
– Estão fazendo cortes de pessoal no trabalho do Nicholas. Ele pode ficar desempregado no mês que vem. Ele acha que está na lista de alvos porque o chefe não gosta nada dele. – Nicholas trabalha com gráfica em Wapping. É um trabalho muito bem pago, e sei que eles dependem desse dinheiro.
– Isso é péssimo, coitado do Nicholas. – olho nos olhos dela. – Pobre de você também, é horrível ver alguém que a gente ama passar por isso.
– Esta é a pior parte: ele acha que é maravilhoso. Assim ele vai ter carta branca para correr atrás dos sonhos dele de estrelato. Não sei como acha que vamos pagar o aluguel ou colocar comida na mesa. – ela revira os olhos. – E ele sabe que quero que a gente tenha um bebê. Não vai ter a menor possibilidade de conseguirmos arcar com isso usando apenas um salário.
Eu não sabia que eles tinham chegado a esse grau de planejamento. Sinto um certo peso no meu peito só de pensar. Eu amo Selena até os confins da Terra, mas só posso sentir inveja da ideia de um bebê. É algo que nunca vou ter, e pensei que tinha me conformado. Porém, pensar sobre o passado me fez mudar de ideia.
Talvez eu não estivesse pronta para um bebê até agora. Será que meu relógio biológico finalmente começou a se movimentar?
Vou me sentir assim para sempre?
– Nicholas não quer um bebê? – pergunto.
– Pensei que ele queria. Mas agora acho que ele está passando por uma crise de meia-idade. Ele diz que a ameaça de perder o emprego deu a ele a chance de reavaliar as coisas. Ele quer ver se consegue dar uma chance à música antes de tentarmos aumentar a família.
Ela parece realmente aborrecida, e não a culpo. Selena tem 28 anos e sei que ela está querendo um bebê faz tempo. Mas com os aluguéis de Nova York e com os salários ruins, nunca vai ser um bom momento para eles tentarem. A coisa triste é que eles realmente não podem arcar com os custos de ter um bebê, por mais que queiram. E, enquanto Simon e eu temos recursos, nunca vamos ter filhos.
– Talvez se você deixá-lo tentar, ele vai perceber que não é para ele.
– Ele está muito animado, apesar de tudo. Até pediu a Joseph que criasse a capa do CD. Diz que, só pela arte, as vendas já estão garantidas.
– Joseph Jonas? – esclareço. Eu quase disse “meu Joseph”, mas consegui me deter a tempo. Preciso ser mais cuidadosa.
– Isso. Eles fizeram amizade rápido naquela noite em que saímos todos juntos.
– Não tinha me dado conta. – não sei como me sinto a respeito. Parte de mim está animada que haja outra conexão entre nós, já que sou amiga da Selena e ele é amigo do Nicholas. Quando dou por mim, estou me perguntando como posso me convidar para a casa deles com mais frequência. Mas também tenho um pouco de ciúmes de que eles possam passar tempo com ele, que todos se divirtam sem mim. Soa infantil e egoísta, mas não consigo evitar.
– E por que se daria? A gente também não frequenta todos os mesmos círculos.
Embora às vezes eu ache que Joseph se encaixa melhor no seu do que no meu. Ele é um artista de sucesso, afinal de contas. Não um artista faminto como Nicholas vai ser.
– Você não vai morrer de fome, eu não vou deixar. Vou lhe dar cupons de desconto do McDonald’s ou algo assim – provoco. Arranca um pequeno sorriso dela, mas não o suficiente para arredondar suas bochechas ou enrugar seus olhos.
– Sério, o Nicholas vai receber alguma coisa de verbas rescisórias, o suficiente para vocês dois se manterem enquanto ele analisa se tudo isso vai dar certo. Talvez vocês devam combinar uma quantidade de tempo limite para ele investir nas tentativas de chegar ao estrelato. Um ano ou algo assim.
– Essa é uma boa ideia. – ela desvia o olhar, como se estivesse pensando a respeito. – Talvez a gente precise sentar e colocar tudo no papel, como uma agenda. Se eu souber que podemos tentar por um ano, mais ou menos, pode ser que eu aceite.
– Não que você já tenha de se preocupar com o tempo se esgotando. Além do mais, lhe dá algum tempo para beber o máximo possível, porque você vai ter de desistir de tudo isso quando chegar o bebê. – estou provocando novamente. Selena não bebe muito. Um shandy aqui, um Spritzer lá. Em geral, o que a anima é a vida.
– Vou ter de ler cinquenta coisas para fazer antes de ter um bebê.
– Não brinque, aposto que alguém já escreveu. Viaje para o Taj Mahal, coma cocô de canguru, veja se consegue transformar seu marido em uma estrela do rock.
Ela ri e parece genuíno.
– Obrigada. – Selena passa o braço por sobre a mesa e aperta minha mão. – Por me deixar desabafar e depois por me animar.
– É um prazer. – retribuo o sorriso dela e ignoro o aperto no meu peito.
Se ao menos meus próprios problemas fossem tão fáceis de resolver.
***
Simon ainda não está falando comigo. Nada mais do que cordialidades e a troca necessária de informações.
“Esta noite vou chegar tarde”, “Você pode me comprar mais desodorante?” e “Qual é a capital da Namíbia?” estão entre as interações mais notáveis que tivemos esta semana. A última foi ele tentando terminar as palavras cruzadas da Times, algo que parecia infinitamente preferível a ter de conviver comigo.
Quanto mais o tempo passa, pior eu me sinto. É com esse sentimento de vergonha que eu ligo para uma clínica de relacionamentos em St. John’s Wood e marco um horário para Simon e eu. Quando menciono, ele não se recusa a ir. Só pode ser algo bom. Talvez, se pudermos realmente conversar sobre as coisas, vamos conseguir seguir em frente. Tem de haver um jeito de entrarmos num acordo.
No entanto, eu me vejo sentada na sala de espera verde-clara, cinco minutos depois do nosso horário marcado, inventando desculpas idiotas por ele não ter aparecido. Talvez esteja amarrado com um cliente, ou seu táxi tenha quebrado do outro lado de Nova York. Jogo com uma dezena de cenários diferentes na minha cabeça, todos preferíveis ao que estou me esforçando ao máximo para ignorar.
Ele está passando uma mensagem.
Acho que eu poderia ligar e deixar recados na secretária eletrônica, ou enviar mensagens de textos que ele nunca responde. Eu poderia berrar, gritar e discutir e deixá-lo saber que ele está me machucando mais uma vez. Mas não. Em vez disso, desligo o celular e o enfio no fundo da bolsa até que esteja enterrado debaixo de lenços meio rasgados, bolinhas de papel amassado e pastilhas de chocolate maltado que caíram da embalagem aberta. Então eu a fecho firmemente e sigo as direções da recepcionista até o consultório de Louise Norton, esperando que eu vá encontrar lá algum tipo de salvação.
Louise está sentada em uma poltrona quando entro em sua sala. Olha para mim com um sorriso de boas-vindas nos lábios pintados de vermelho. Seu cabelo preto e curto cai nos olhos e ela os afasta delicadamente, levantando-se quando vou até lá para cumprimentá-la.
– Demi? Por favor, venha, sente-se. Simon está a caminho?
Isto é o que cem libras por hora nos compram: um rosto amigável e alguém que tem tempo suficiente para ler sua história antes do horário marcado. Sento- me na cadeira macia e confortável em frente à dela.
– Acho que ele não vem. Tentei ligar, mas não tive resposta. – é idiota começar com uma mentira, mas é preferível a olhares de pena. – Lamento por ele não estar aqui.
Ela inclina a cabeça para o lado e olha para mim.
– Você acha que ele vai chegar aqui em breve?
– Não sei. Acho que não. – é isso que mais mexe comigo. Estou toda nervosa e pronta para falar, pois venho me concentrando nisso há dias. É um chute no estômago. Todas as palavras que fui armazenando para dizer estão flutuando na minha mente, deixando-me tonta.
– Gostaria de remarcar? Posso pedir à recepcionista que agende outra data? – ela ainda está sorrindo, e não parece forçado de jeito nenhum. Estou pasma com a capacidade dela de parecer tão aberta e acessível.
– Na verdade, podemos conversar, só você e eu?
Pela primeira vez, Louise parece surpresa.
– Eu ofereço aconselhamento individual além da terapia de casais, mas receio não poder misturar as duas coisas. Se você quiser falar comigo agora, vai precisar encontrar outro terapeuta para tratar vocês dois juntos. – ela deve perceber a forma como o meu rosto mostra decepção, porque continua: – Às vezes isso funciona melhor. Muitas vezes peço aos casais que procurem terapia individual, antes de voltarem para mim. E também posso encaminhá-la a outro terapeuta de relacionamentos quando você estiver pronta.
– Parece uma boa ideia. – realmente parece. Pode ser autoindulgente usar uma hora para falar dos meus problemas, mas Selena me fez acreditar muito no poder da terapia. É uma oportunidade de revelar meus medos mais obscuros e minhas emoções mais cruas a alguém que não tem participação nenhuma na minha vida.
Louise inicia, falando-me um pouco sobre si mesma e sobre o tipo de terapia que ela oferece. Ela também me promete total confidencialidade. Percebo que começo a relaxar na cadeira.
– Vamos começar com o motivo de você estar aqui. O que a fez vir? – ela ainda está usando aquela expressão aberta. Fazendo com que eu me sinta especial. Como se ela estivesse genuinamente interessada.
– Acho que quero salvar meu casamento.
– Do que você está tentando salvá-lo?
Dou um pequeno sorriso.
– Não sei. Impedi-lo de fracassar, eu acho.
– O que faz você pensar que está fracassando?
Sua pergunta me faz parar e pensar. Por que está fracassando? Sou eu ou é Simon? Nós dois, talvez? Estamos afundando sob o peso das expectativas que colocamos um sobre o outro? O silêncio perdura enquanto tento encontrar as palavras.
– Nós dois queremos coisas diferentes. Simon quer que eu seja, em primeiro lugar, sua esposa, que eu o coloque antes de tudo. E parte de mim também tem esse desejo. Mas, se isso é tudo o que eu sou, acho que eu poderia simplesmente acabar desaparecendo. Eu quero mais. Quero ajudar as pessoas. Quero que meu trabalho tenha um significado.
– Que tipo de trabalho que você faz?
– Eu ajudo em uma clínica de dependentes químicos. Cuido de um clube para filhos dos pacientes e angario fundos em nome da clínica.
– Parece um papel importante.
Quero chorar com as palavras dela. Não sei se alguém já me disse isso antes. Que eu sou importante. Que o que eu faço é significativo.
– Para mim é.
– O que torna tão importante?
Outro momento de reflexão.
– É o fato de que tenho capacidade de fazer a diferença. Aquelas crianças não têm muito, e noto no rosto delas que elas gostam muito do programa. Às vezes, quando estão tendo uma semana ruim, o clube é tudo em que elas podem se agarrar.
– As crianças significam muito para você?
– Significam tudo. – minha voz fica embargada. – Elas podem ser irritantes, podem reclamar, mas são crianças, esse é o papel delas. No fim das contas, a maioria só precisa de um pouco de atenção e de amor. Mesmo que eu só possa proporcionar isso a elas durante algumas horas por semana, tem de ser melhor do que nada, não é? – percebo que estou começando a me sentir emotiva novamente. Lágrimas quentes fazem meus olhos arderem. – Não quero deixá- las, nem mesmo por causa de Simon. – pego um lenço de cima da mesa de centro e enxugo os olhos. Minha pele parece inchada e dolorida, e o lenço deixa pior.
– O que você acha que vai acontecer se não sair da clínica?
– Simon vai me deixar.
– Foi isso o que ele disse?
– Não com essas palavras, mas me disse que eu tinha de parar com a clínica. –
enrugo todo o meu rosto, pensando em quais seriam as consequências da minha recusa. Com o ultimato que recebi, presumi que acabaria tudo entre nós se eu me opusesse. – Acho que eu deveria ter perguntado a ele.
– Às vezes as pessoas dizem coisas no calor do momento, sem que tenham realmente intenção de dizê-las. E não dá para saber a menos que se coloque o assunto em pratos limpos. – ela se inclina para mim. – A lição de casa esta semana é tentar explicar a Simon por que a clínica é tão importante para você. Tente não assumir uma postura excessivamente emotiva, ou se colocar contra a parede. Apenas se certifique de que ele entenda o que a clínica significa para você. Nada mais.
Enquanto ela fala, balanço a cabeça e concordo, mas, no fundo, fico me perguntando se consigo mesmo fazer isso. Não sei nem se estamos em um ponto em que podemos falar sobre as coisas sem que terminem em discussão. Embora fosse melhor do que o tratamento silencioso que estou recebendo nesses últimos dias. Mas sempre tive dificuldade em desafiar autoridades. Eu odiava ser repreendida na escola, e fazia qualquer coisa para evitar ser repreendida pelos meus pais. Simon é apenas uma de uma longa sequência de figuras de autoridade diante das quais me senti intimidada. Quando terminarmos, Louise me entrega um caderno e me pede para começar a fazer um registro dos meus humores. Guardo-o na bolsa e me levanto, com as pernas bambas. Mesmo quando chego de volta à recepção, ainda estou trêmula. Não gosto de como o mundo está se tornando um lugar tão incerto.
Fecho o casaco, enrolo um cachecol verde no pescoço e então puxo a porta de vidro e metal que separa a clínica da rua. Quando saio para o ar livre, há um certo conforto na maneira como Nova York me engole inteira, arrastando-me fundo em suas veias pulsantes.
Demi está toda confusa, o que será que ela vai fazer da vida dela?
e esse crise no casamento será vai passar ou não?
amo essa amizade entre ela e a Selena <3
me digam o que acham nos comentários, ok?
espero que gostem do capítulo, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.
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espero que gostem do capítulo, volto em breve.
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