18/10/2017

begin again: capítulo 12


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Cameron olha para a parede com os olhos secos, os lábios estão apertados com firmeza sobre dentes cerrados. Seguindo seu olhar, procuro o que está atraindo sua atenção para longe do sargento que está sentado à sua frente, mas a única coisa que existe é a parede esburacada, cor de aço. A pintura é espessa, brilhante e chata, chata, chata.
Se Dulux a tivesse feito provavelmente a chamaria de “Cinza suicídio”.
Ele está com medo, eu sei que está. Por baixo da petulância e da arrogância que formam um escudo firme em torno de seu corpo, há um garotinho assustado. Sei disso com base no olhar ocasional que ele me dá e pela maneira como seus olhos suavizam e liquefazem enquanto ele é informado de seus direitos. É aquele garotinho que me mantém aqui, sentada ao lado dele como um adulto responsável, tentando convencê-lo a responder às perguntas.
– Temos a prova do circuito interno de TV – diz o sargento Collier. – Mostra você colocando aquele peso de papel no seu bolso como se fosse uma barra de chocolate. Você ainda vai negar?
Cameron dá de ombros e quero sacudi-lo. Sua falta de cooperação é enfurecedora. Não apenas para o policial, cujos olhos estreitos mostram a impaciência de um homem que está cansado de ser enganado. Eu também quero que ele se apresse em admitir o crime e que os deixe seguir em frente. Simon estava me esperando em casa uma hora atrás. Não tive oportunidade de ligar para ele ou de enviar uma mensagem. Vou estar em apuros quando enfim conversarmos.
– Cameron, talvez você deva responder às perguntas do policial.
Ele cruza os braços com força sobre o peito de pombo e pisca seu olhar azul desbotado para o outro lado da sala.
– Você já encontrou meu pai?
Eles enviaram um policial para localizar o Sr. Gibbs há duas horas. Esperamos por uma hora antes de Cameron finalmente ceder e concordar em ser interrogado na minha presença. Ele se recusou a ter um advogado público presente, alegou que todos só serviam para considerá-lo culpado e prendê-lo.
Como um garoto de 13 anos sabe qualquer coisa sobre defensores públicos eu não faço ideia. Acho que ele já esteve próximo a muitos crimes.
– Não. – há uma curva nos lábios do sargento Collier. Um sorriso de autossatisfação. Posso entender por que Cameron assumiu uma antipatia imediata por ele. Também não gostei muito.
– Quero esperar por ele.
– Você concordou em ser interrogado – Collier ressalta. – Se não conseguirmos encontrar seu pai, vamos ter de mantê-lo aqui durante a noite.
Um lampejo de desconforto passa pelo rosto de Cameron. Some num piscar de olhos.
– Tanto faz.
– Espere um minuto. – inclino-me para frente, descansando os antebraços sobre a mesa com revestimento de plástico. – Não vamos ser precipitados.
Collier olha para mim.
– Não sou precipitado.
Ah, maravilha. Agora eu também perdi o apoio dele.
– Posso ter uma palavra com Cameron? Em particular. – o folheto que me deram quando concordei em acompanhar Cameron me dizia que eu poderia pedir para ficar sozinha com ele. Se bem que Collier não estava lá quando obtive o papel. Por um momento, ele apenas me olha feio. Olhos de aço. Olhar inflexível. Ele me deixa nervosa.
– Por favor?
– Acho que sim.
– Não preciso de favor nenhum – murmura Cameron, e tenho vontade de bater nele. Meus dedos formigam. Ele está me deixando louca. Sua rota sem volta para a autodestruição parece ter pegado um carona, e, infelizmente, sou eu.
– Você pode se controlar por um minuto? – sussurro. Cameron parece chocado com a minha veemência, mas sabiamente não diz nada. Talvez ele não seja tão idiota, afinal.
– Vocês têm dez minutos. Vou pegar uma xícara de chá. – Collier pausa a gravação e sai da sala, fechando a porta atrás de si. Fico olhando para a porta fechada por um minuto, como se o estivesse esperando voltar. O que estou fazendo realmente é contar até dez. Tentando me acalmar.
Não está funcionando.
Alguns instantes depois, me viro e olho para Cameron.
– O que diabos você está fazendo?
Ele se balança lentamente na cadeira. Para frente e para trás. Cada vez que oscila, acho que vai cair. Mas ele não cai. É como se tivesse um senso inato de equilíbrio, acionado por praticamente nada.
– Ele está me deixando puto.
– Não fale palavrão. – é uma reação automática.
Cameron ri. Não é uma risada, é aguda demais.
– Você está preocupada com o meu jeito de falar?
Empurro a mesa e me levanto.
– Não, Cameron, não estou preocupada com o seu jeito de falar. Estou preocupada com o seu futuro. Você foi pego em flagrante roubando uma loja. A polícia tem provas do circuito interno de TV e testemunhas, mesmo assim você não está cooperando.
– Mickey sempre me diz para manter a boca fechada quando a porca torce o rabo.
Há tantos nuances de errado nas palavras dele que não sei por onde começar.
Suspirando, tomo o caminho mais fácil.
– Quem é Mickey?
– Meu primo. – ele se balança para frente e então acrescenta: – Ele tem dezesseis anos. – Como se isso explicasse tudo.
– E o que faz do seu primo de dezesseis anos um especialista em ser preso? – será que eu realmente quero saber?
Cameron dá de ombros.
– Foi preso algumas vezes. Tráfico, roubo, lesão corporal.
Adorável.
– Bater em alguém é um pouco diferente de sujar a ficha pela primeira vez – aponto. – Se você cooperar, é provável que só receba uma reprimenda.
E talvez eu saia daqui antes que Simon jogue todas as minhas coisas na rua.
– Não me importo.
Ando e paro na frente dele, apoiando-me na mesa.
– Bom, você deve se preocupar. Isso não é engraçado, Cameron, é na sua vida que você está mijando...
– Olha a boca.
– Cale a boca e escute por um minuto. Esta é sua primeira vez nesta delegacia. A primeira vez que foi preso. Se você não tomar uma atitude, não vai ser a última. Quer mesmo acabar como Mickey, ou como qualquer um dos outros bandidos que são constantemente perseguidos pela polícia?
Seu rosto mostra decepção.
– Não sei bem se tenho escolha. – e naquela voz há algo que eu quero captar. A falta de certeza, um medo vacilante.
– Você tem. Você tem escolha, sim. E quero que faça a escolha certa.
Sua testa se franze, como se ele estivesse tentando entender uma língua estrangeira.
– Porque não tem que ser assim, Cameron. Você não tem que ser aquele cara que simplesmente segue com a maré, para um lado e para o outro. Aquele que acaba cumprindo pena em uma prisão de merda e sai para encontrar crianças que não o conhecem e uma garota que não suporta olhar para você. – eu mordo meu lábio, tentando não ficar sentimental demais. – Nós todos temos que tomar decisões. Qual caminho tomar, qual rota escolher. Tomar a decisão certa. Seus olhos encontram os meus.
– Eu não sei o que fazer. – soa como uma súplica.
Suavizo.
– Deixe-me falar com o sargento. Dizer a ele que você quer falar. Vamos ver o que ele pode oferecer? – respirando fundo, chego a tocar seu ombro. – Está bem?
– Está.
Não sou idiota. Sei que não é um grande avanço. Pode não ser nada, mas deixei um pouco de esperança florescer no meu coração. Talvez, no final, ele ainda vá acabar como seu primo Mickey, o presidiário, ou seu pai folgado e ausente, mas realmente espero que ele não seja assim.


***

Leva mais uma hora para o assistente social de plantão buscar Cameron. A essa altura, estamos os dois exaustos, emocional e fisicamente e ele mal revira os olhos quando vê que é Ryan Clark. O cara de aparência desafortunada com o apelido de “supergaroto”, porque tem cara de 12 anos e não tem nada de super-herói. Ainda assim, Cameron vai com Ryan em silêncio, só parando para me dar uma piscadela insolente antes de seguir o assistente pela porta afora. 
E então restava um.
Já passa das 22h quando saio da delegacia e entro no ar frio da noite. Sou imediatamente envolta por uma bruma de chuva. Paira na atmosfera, cobre meu cabelo, forma pequenos grânulos nos meus cílios. Quando pisco, posso sentir a umidade fria na minha bochecha.
A rua aqui fora está banhada por um brilho âmbar, e os postes de iluminação da cidade se estendem até onde a vista alcança. Nunca fica realmente escuro aqui em Nova York, nem mesmo na calada da noite. Ruas e becos que um dia já foram contaminados por nuvens grossas de fumaça adocicada agora são poluídos pela luz.
Não o noto de início. Não até que Joseph dê um passo para fora de seu carro e caminhe até mim, seus dedos correndo o cabelo como um pente nervoso, só então percebo que ele está aqui. Quando para diante de mim, sinto meu coração apertar por um segundo. Na meia-luz, ele parece mais glorioso do que nunca.
Olho para ele, seus olhos escuros, apesar das lâmpadas, e tudo desmorona em cima de mim. O estresse da delegacia, o sofrimento de saber que Cameron poderia se autodestruir. Meus medos sobre a reação de Simon.
O fato de que Joseph está aqui, esperando por mim, quando me sinto tão esgotada.
Faço uma coisa realmente estúpida. Começo a chorar.
Assim que cai a primeira lágrima, já me sinto envergonhada. Um soluço roubado escapa dos meus lábios. Sinto-me exposta, como se ele pudesse ver, debaixo da minha pele, o meu eu verdadeiro.
Nem sei quando acontece. Um minuto estou olhando para ele, com o rosto borrado, em meio a uma cortina de lágrimas, no minuto seguinte, estou em seus braços, meu peito apertado ao seu. Joseph enterra o rosto no meu cabelo. Ele abafa as palavras, mas não o suficiente para que desapareçam.
– Porra, eu sinto tanto.
Seu casaco está aberto, e, quando envolvo os braços na cintura dele, minhas mãos deslizam por baixo. Elas repousam nas costas dele, logo acima da cintura. O calor de seu corpo irradia através da camisa fina. Enquanto ele me segura, dou longas inspirações com o ar fresco da noite. A chuva nevoenta cobre meus lábios quando respiro.
Há uma parte de mim que quer ficar aqui para sempre. Não tenho de pensar em quanto Simon vai ficar zangado e em como estou com medo de ligar meu telefone e ver dezenas de chamadas perdidas. Ainda pior, por um instante, posso esquecer tudo sobre Cameron Gibbs e sua mistura de medo e otimismo que tanto me enfurece e me dilacera. Neste momento, com Joseph, posso apenas ser. É um luxo em que eu quero me segurar.
Mas não é para eu ter.
– O que aconteceu? – ele envolve minha nuca com as mãos, dedos enredando- se com meu cabelo molhado. É gostoso. Bom demais. Dou um passo para trás e os braços dele me soltam.
A chuva fez o cabelo dele brilhar. Toda vez que olho para ele, meu coração
estremece.
– Ele recebeu uma reprimenda. – afasto a franja molhada dos olhos. Só Deus sabe com que aparência péssima eu estou. Rosto pálido, rímel escorrendo, olhos vermelhos.
– Isso é bom, não é? Apenas um aviso?
Nego com a cabeça.
– Vai entrar na ficha dele, foi o que disseram. – dói mais do que qualquer coisa. A ficha de Cameron era limpa, sem mácula. O que está feito não pode ser desfeito.
– Mas nada mais? Nenhuma audiência?
– Não. – pelo menos alguma coisa. – E espero que ele tenha aprendido uma lição. – cruzando os olhos com os de Joseph, enrugo a testa. – O que você está fazendo aqui, afinal? O resto das crianças está bem?
– Estão ótimas. Comprei jantar para todas elas, estavam mais felizes que pintinho no lixo. – ele passa a mão pelos cabelos, e a chuva os mantém penteados, afastados do rosto. Brilha sob a luz dos postes. – Todos eles perguntaram quando podemos ir de novo.
Levanto as sobrancelhas.
– Que tal nunca?
– Exatamente o que pensei. – ele ri. Só dura um instante antes de ele ficar sério novamente. – Eu lhe devo um grande pedido de desculpas.
– Por quê?
– Você me disse que isso iria acontecer. Que não conseguiríamos manter o controle. Eu deveria ter dado ouvidos.
– Eu estava pensando que as crianças sairiam correndo pela galeria e falariam muito alto. Não isso.
Um sorriso ameaça surgir em seus lábios.
– Você tem a visão muito curta.
– Talvez da próxima vez possamos tentar furto qualificado.
– Ei, achei que tínhamos dito que não haveria uma próxima vez.
Bem observado, penso. Uma noite em uma delegacia é mais do que suficiente, não quero voltar lá. Não que eu tenha permissão de voltar, se Simon tiver qualquer coisa a ver com isso. Talvez ele esteja certo. Não consigo fazer nada direito. Daisy ainda está no hospital, Cameron ainda está seguindo para uma vida de crime, e pareço estar fazendo tudo que posso para atrapalhar meu casamento.
– Preciso ligar para o meu marido. – não sei por que não consigo dizer o nome dele. – Ele deve estar se perguntando onde estou.
– Vamos sair da chuva – sugere Joseph, baixando a cabeça para que eu não possa ver sua expressão. – Meu carro está ali. Posso dar carona até a sua casa.
– Vou chamar um táxi.
– Não seja boba. – ele já está caminhando em direção a seu carro, um Ford Fiesta velho e surrado. Não sei o que eu esperava dele, mas não era esse carro detonado e enferrujado.
É despretensioso. Por alguma razão, me aquece por dentro.
– É seu?
– É. – ele aperta a chave e as travas se abrem com um clique. – Por quê?
Porque penso em você como um gênio glamoroso. Porque eu esperava que seu carro fosse mais rock’n’roll.
Porque eu amo o jeito como você sempre me surpreende.
– Por nada.
Dentro, o ar é úmido e mofado, como um par de sapatos deixados na chuva. Ele tentou disfarçar com um desodorizador pendurado no espelho, mas a árvore de papelão não é páreo para o cheiro mais poderoso. Sento-me no assento do carona, de tecido, chutando uma garrafa plástica vazia de Coca-Cola com os pés.
O carro está cheio de lixo: embalagens usadas, pilhas de papéis, até mesmo algumas telas.
– Está um pouco bagunçado – ele afirma o óbvio.
– Combina com você.
Joseph me dá um olhar de “o que você quer dizer com isso” e dá a partida. Embora o rádio ligue de imediato, o aquecedor sopra ar frio. Ele se inclina para frente e abaixa a saída de vento.
– Deve aquecer em um minuto.
Minha bolsa está no meu colo. Abro o zíper e pego o iPhone. Desliguei quando chegamos à delegacia, principalmente para preservar a bateria que não segura mais a carga. É preciso um momento para a tela acender. Enquanto olho para ela, uma pedra enorme de medo se assenta no fundo do meu estômago, azedando o conteúdo até que eu quase consiga sentir minha própria náusea.
– Você está bem?
Não, realmente não estou bem. Tenho medo de que meu marido me odeie, e que ele tenha deixado uma mensagem com esse efeito no meu telefone. Sinto- me como uma criança esperando do lado de fora do escritório do diretor. O celular treme na minha mão conforme alertas começam a piscar no topo da tela. E-mails de sites de roupas que usei anos atrás, tuítes em que fui mencionada.
Também há quatro mensagens de texto e três mensagens de voz. Como a gata assustada que sou, verifico primeiro o Twitter. Alguém da clínica perguntou se estou bem. Um cara de quem nunca ouvi falar antes começou a me seguir. Retuitaram um livro que recomendei.
Li as mensagens depois disso.
Onde você está? Simon acabou de me ligar. Essa é de Selena.
Acabei de falar com Joseph Jonas. Cameron Gibbs merece ser preso. Me liga
quando você sair, está bem? Selena, novamente.
Espero que você não se importe, Selena me deu o seu número. Como você está aí
dentro? Joseph.
Olho para ele.
– Você me mandou mensagem?
– Mandei, eu estava preocupado com você. A mulher na recepção da delegacia não quis me dizer nada.
Não sei por quê, mas sua preocupação me toca. Quando ele capta meu olhar, tento mostrar um sorriso. Sai aguado e torcido.
Apenas uma mensagem é de Simon. Me liga.
Eu vou, digo a mim mesma. Definitivamente vou ligar para ele. Mas primeiro eu gostaria de verificar as mensagens de voz, querendo saber qual é seu estado de espírito. Se eu deveria me preparar para o pior.
“Demi, achei que você estaria em casa às sete. Agora... hum... já passou meia hora. Precisamos sair logo. Venha rápido, está bem?
A seguinte soa mais irritada.
Agora são oito e quinze. Vou para a casa do Bryan, você vai ter de me encontrar lá. Me liga, por favor.
A última foi deixada há dez minutos, de acordo com o registro. Aperto o 2 e ela começa. “Acabei de falar com Selena, porque eu estava morrendo de preocupação que você estivesse no fundo de uma vala em algum lugar. Estou com raiva. Você prometeu. Você disse que a clínica não afetaria nossa vida, e então ouço que você está em alguma delegacia de Nova York. Me liga quando você sair. Precisamos conversar.” Ele soa ameaçador.
A mensagem termina e apago a chamada. Não quero ouvi-la de novo. Tudo o que vou fazer é tentar analisar exatamente o quanto ele está aborrecido. Simon é um homem que mantém as emoções sob controle. Calmo, contido, talvez ocasionalmente calculista. Ao contrário de mim, ele não demonstra seus sentimentos. A escola pública e uma temporada no exército teriam eliminado isso dele, se seus pais já não o tivessem feito antes.
– Você está bem, Demi?
Olho para Joseph e percebo que ele está esperando por uma resposta. Uma superficial e evasiva está na ponta da língua e estou pronta para dizer a ele que estou bem.
Mas não estou.
– Simon está realmente aborrecido comigo. Perdi um jantar importante com alguns clientes. – olho para o meu celular, observando a tela se apagar e ficar preta. – Na verdade não sei por que acabei de lhe dizer isso. Não importa, não de verdade.
– É claro que importa. Me deixe levá-la para casa e falar com ele, dizer que foi tudo culpa minha.
Tento imaginar esse cenário. Joseph parado na porta e explicando a Simon por que ele está me levado para casa. Imagino os lábios finos de Simon e os braços cruzados enquanto escuta Joseph. Então, minhas explicações confusas, como por que Joseph esperou durante três horas na chuva só para me levar para casa. Isso não vai acontecer.
– Está tudo bem. Ele vai superar isso.
– Você não parece bem. Parece chateada e com medo. – Joseph passa o braço e aperta minha mão. – Parece que você precisa de um amigo.
É exatamente disso que preciso. Alguém com quem conversar, alguém que não vá me dizer como sou uma decepção. Nunca imaginei que Joseph Jonas seria o voluntário para o trabalho. Aperto sua mão e olho para minhas pernas, seguindo a trama do jeans de lavagem escura que me cobre as coxas.
– Parece bom.
Sua mão ainda está envolta na minha.
– Mas, primeiro, me deixe levá-la para casa. Você parece exausta. As coisas vão ficar melhores depois de uma boa noite de sono.
Inclino a cabeça no encosto que pinica. A batida da chuva sobre o teto metálico do carro parece um tambor suave. Nossa respiração quente embaçou as janelas, deixando-as opacas e brancas. Quando criança, eu gostava de desenhar meu nome no embaçado, vendo a água correr pela janela em filetes finos. Deus, eu queria poder voltar àqueles dias.
– Não quero ir para casa.
– Não?
– Não.
Ele faz uma pausa por um minuto e, em seguida, se inclina para frente e limpa o para-brisa com a mão.
– Então, aonde você quer ir?
São quase onze da noite. Está frio e chovendo. Meu marido não sabe onde estou. Eu deveria ir para casa e me jogar em sua misericórdia.
– Vamos a um pub.

esse Cameron só arrumando problemas.
Simon super irritado com a Demi.
o que posso dizer é que vai ter treta entre os dois.
Joseph super preocupado com ela. 
o que será que vai acontecer no pub?
me digam o que acham nos comentários, ok?
espero que gostem do capítulo, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.

2 comentários:

  1. Aaaaaaaaa como vc pode para logo ai aaaaaa Mds posta logo tu que Mr matar do coraçao.to loca pra saber o q vai acontecer no pub aaaaa ai meu Deus sera q Jemi vai ter o momento de Jemi se pegando querooooooo.Amei o Capitulo
    Pelo Amor De Jemi Posta Logo!!!

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    1. Vai ser surpresa.
      Vou postar capítulo hoje.
      Beijos, Jessie.

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