Bachelor Party
Não foi o ambiente vazio e sem vida que me desestabilizou, mas a velha e conhecida sensação de abandono. Não foram apenas móveis e dinheiro que aqueles dois vigaristas haviam levado de mim.
Eles levaram a fé que eu tinha na vida. Afortunadamente o destino havia colocado em meu caminho uma pessoa tão ou mais sofrida que eu.
Minha querida Jenny. É estranho quando acreditamos que nossa vida é uma verdadeira merda até nos depararmos com pessoas com dificuldades ou cicatrizes que nos fazem sentir vergonha de reclamarmos dos nossos problemas. Sim, eu fui abandonada pela minha mãe, eu tive um pai alcoólatra e violento. Meu namorado e minha amiga haviam fugido juntos levando todo o meu dinheiro. Mas Jenny havia passado por algo muito pior.
Viu a irmã sendo violentada pelo irmão gêmeo do homem que hoje é o amor de sua vida. Aos
quatorze anos perdeu a visão, teve que lidar com a morte inesperada dos pais e o vício do irmão.
Agora, luta para recuperar o amor do homem que ama. Quantas desgraças uma pessoa pode suportar e continuar de pé. Apesar de tudo, ela tem uma força incrível e se eu não tivesse cruzado com ela nessa cidade gigantesca e assustadora, talvez eu tivesse me perdido.
A coragem que via nela, fez-me encarar de frente todos os meus problemas e que em nada se
comparava a sua luta diária. Ficamos mais fortes quando temos a nossa frente pessoas teoricamente mais frágeis que nós, enfrentando a vida de coração aberto. Graças a Deus, esses momentos de tristeza e escuridão haviam ficado para trás, e espero que dessa vez, para sempre.
— Tem certeza que deseja fazer isso, amor — Joseph acaricia meu rosto. O toque é tão suave
como uma pluma — Eu posso ir até lá por você.
Estamos escorados na moto dele, em frente ao prédio que há mais de dois anos eu havia saído fugida. É menor do que eu vivi no Bronx, mas é bem mais conservado e seguro.
— Eu preciso fazer isso — murmuro — Hora do acerto de contas.
Toco a mão estendida para mim. Ele enche-me de conforto e coragem. Se tudo o que passei e vivi, levaram-me até Joseph, eu posso garantir que valeu à pena.
Subimos as escadas, porque para variar, o pequeno elevador estava quebrado. Algumas coisas não mudam nunca. Em meio a um degrau e outro, ele me puxa para seus braços roubando um beijo.
— Comporte-se! — dou um pequeno tapa na mão atrevida, que havia acabado de acariciar minha bunda.
— Eu não posso fazer nada, feiticeira — ele prende-me pela nunca, colando nossos corpos, em busca de outro beijo — Sou viciado em você.
Ficamos por alguns minutos presos em nossa bolha de felicidade. Quando o clima começa ficar um pouco mais quente eu me afasto, com dificuldade quase dolorosa. Eu olho a minha volta e felizmente o corredor está vazio. Estamos na fase do relacionamento que não existe lugar ou local para que essa combustão entre nós comece a explodir. Se bem que, desde a primeira vez que nos vimos foi assim. Eu desejo que continue assim por muitos anos.
— Pare, Joseph — sussurro, languida — Vamos resolver isso logo. Depois eu prometo ser bem boazinha.
Os olhos dele brilham em antecipação, e Joseph parece uma criança esperando o primeiro
pedaço de bolo.
— Então vamos logo com isso — ele me arrasta até a porta, batendo com força.
Jesus! O homem é uma máquina de fazer sexo. Eu não sei como eu ainda sou capaz de fazer coisas tão simples, como, levantar da cama.
— Tem certeza que ele ainda mora aí?
Há alguns dias havíamos desenterrado algumas coisas do nosso passado. Esse é um acerto de contas que eu sempre quis. Como eu tenho um noivo que me daria a lua se eu pedisse, estamos aqui, prestes a passar a borracha em meu passado.
— Peter garantiu que... — antes que ele pudesse concluir, a porta é aberta por um homem magro e carrancudo.
Apesar de visivelmente estar abatido e de longe, lembrar o homem que sempre me atormentou nas datas em que vencia o aluguel, eu o reconheço.
— Olá, Craig — cumprimento-o, com um sorriso nervoso.
Ele me encara com olhos apáticos. Retiro o que eu disse, algumas coisas mudam sim, e parece que com ele andam bem ruins.
— Vejam se não é a jovem caloteira — murmura ele, seco — Que ventos a trazem aqui? Outro
namorado trambiqueiro? Não há vagas aqui para vocês!
O olhar dele vai de mim para Joseph. Que na verdade não ficou nada satisfeito com as palavras de Craig. Eu sinto sua tensão em volta de mim.
— Não estou procurando um apartamento Craig — começo a me explicar, envergonhada. Eu havia fugido devendo o aluguel e não sou caloteira.
Eu havia jurado que um dia voltaria aqui e pagaria tudo a ele. Graças ao dinheiro que Joseph
havia me dado e o que ganhei como modelo da joalheria, eu poderei fazer isso, com toda dignidade.
— Eu vim pagar o aluguel — estendo o envelope a ele, que olha para o papel como se fosse uma bomba prestes a explodir — Com juros e correção.
Olho por um longo tempo o rosto que há poucos minutos estivera severo e duro, mas que nesse momento parece abalado. O homem apoia-se contra a porta ao verificar o valor no envelope. Uma mão vai ao rosto e a outra prende o cheque contra o peito, em uma reação emocionada.
— Existem — sussurra ele — Milagres existem.
Eu fico estática observando a cena. O homem rabugento e que sempre reclamava de tudo comigo, sete dias por semana, pouco se assemelha com o frágil e emocionado a minha frente.
— Desculpem-me. Você realmente veio do céu. Já havia perdido as esperanças — ele respira
fundo e volta a nos encarar — Entrem e vão entender ao que me refiro.
Apesar de desconfortável com a situação, faço menção de entrar. Joseph segura meu braço,
interrompendo meu caminho entre a porta e a sala do apartamento.
— Tem certeza? — ele me encara preocupado. Meu menino super protetor.
— Olhe para ele — sussurro, baixinho — Acho que não representa nenhum perigo.
Apesar de concordar comigo, ele entra na minha frente, mantendo-me a suas costas. Eu sempre soube me defender sozinha. Faço isso há tanto tempo que já nem me lembro, penso que mesmo antes de minha mãe e eu fugirmos de casa. No entanto, ter o homem que amo agindo como um leão em volta de mim deixa-me flutuando e emocionada.
— Esta é minha filha, Chloe — sussurra Craig, interrompendo meus devaneios.
Saio de trás de Joseph e vejo uma jovem franzina deitada em um sofá desgastado, creio que tenha em torno de dezesseis ou dezessete anos, não sei dizer com certeza. Sobre ela, há uma manta xadrez e alguns travesseiros em volta, ela dorme profundamente.
— Chloe possui uma doença rara — continua ele, com a voz entrecortada — Os medicamentos são muito caros e as últimas doses já estavam acabando eu.... — ele pigarreia — Eu não sabia como iria resolver isso. O salário como síndico não é muito bom, mas me permite cuidar dela o máximo possível.
Outra vez a vida me dá uma bela lição de moral. Eu jamais vi o lado B daquela história. Nunca imaginei que ele tivesse uma filha, e muito menos que fosse doente. O que posso dizer em minha defesa? Estava preocupada com Harry, a ameaça do banco contra ele, meu futuro sem um emprego.
Meus problemas eram importantes demais para mim, para que olhasse as pessoas ao meu redor. Eu havia ido embora com o dinheiro que havia recebido, talvez fosse algo importante para Craig na época. Sinto-me uma pessoa horrível nesse momento.
— Obrigada — ele sorri pela primeira vez — Sinto muito pela forma que a tratei naquela época, mas aquele seu namorado era insuportável. Vivia com som alto e fazendo algazarras pelo prédio. Chloe é sensível ao barulho.
— Eu entendo — apoio minha mão em seu ombro — Espero que tudo fique bem. Desculpe-me também. Por tudo.
Olho novamente para a garota e não têm como eu não me sensibilizar com isso.
— Joseph? — digo chorosa, há mais do que súplica em minha voz. Preciso ajudá-los de alguma forma.
Não foi preciso dizer mais nada. Ele solta minha mão pela primeira vez e vejo-o tirar a carteira do bolso da jaqueta.
— Você tem uma caneta? — ele pergunta ao dono da casa que nos encara com olhar confuso.
Craig vai até uma mesinha próxima a janela e volta com a caneta, entregando a Joseph. Chloe solta um gemido fraco e seu pai corre até ela, ajeitando a coberta e travesseiros. Ela não chega a acordar, mas solta um suspiro suave. Pergunto-me onde anda a mãe da menina. Espero que não seja outra Sophia da vida. Pelo que eu me lembre, ele não tinha esposa.
— Creio que poderá ajudar por um tempo — Joseph entrega a folha de cheque e um cartão a ele — Esse é meu número procure-me se ela precisar de algo.
Eu não sei a quantia que ele havia preenchido no cheque, mas conhecendo Joseph como conheço, o pai da jovem não se preocupará por longos meses, arrisco-me a dizer, anos.
— Eu não posso aceitar — Craig devolve o cheque — É muito dinheiro.
— Não é para você — Joseph dá de ombros — É para a jovenzinha ali. Irá negar isso a ela?
Craig volta a olhar para filha e depois para a folha de cheque em sua mão. Nenhum orgulho no mundo é maior do que amor de pai, então, ele não tem alternativa além de aceitar a oferta generosa.
— Então, obrigado — lágrimas enchem seus olhos e ele tenta esconder — Se minha esposa fosse viva, ela faria uma torta para vocês, era especialidade dela, mas eu posso oferecer um café.
Vamos embora meia hora depois e sinto como se um peso enorme fosse tirado de cima de mim.
Abraço Joseph antes de subirmos na moto. Sempre me pergunto se é possível amá-lo ainda mais, hoje descubro que sim.
— É a pessoa mais generosa que eu conheço — murmuro, emocionada — E o homem mais fofo do mundo.
Ele parece encabulado e me aperta contra seu peito.
— Poder usar meu dinheiro em causas tão importantes, me faz feliz — murmura ele — Se isso a faz feliz eu fico em dobro. E, eu não sou fofo.
— Não? — ah, ele é sim.
— Homens não são fofos. Somos fodões — diz ele, contrariado — E eu tenho segundas e todas intensões envolvidas aqui.
— Ah é? Sr. Fodão! — aconchego-me mais contra ele — E o que você espera?
— Você me disse que seria boazinha — ele sussurra, antes de depositar um beijo na curva do meu pescoço — Gosto quando você é boazinha...
Sim, ele gosta. Não posso dizer que me comportei bem por muito tempo. Meu lado perverso é muito mais divertido. Ah, que se dane, eu nunca fui santa, na cama então, não seria diferente.
***
Estamos no quarto de hóspedes, o mesmo que Joseph irá se unir a mim, quando a brincadeira entre meninos tiver um fim, pelo andar da carruagem, atravessará a madrugada inteira.
Tranço os cabelos de Jenny enquanto ela passa gloss nos lábios de Amanda.
— Então Jenny... — começo de forma despretensiosa — Ainda está em greve?
Recebo um tapa em minhas mãos e ela indica Anne com os olhos.
— O que é greve? — pergunta a garota com curiosidade.
— Greve é quando você se recusa a fazer uma coisa para conseguir outra — começo a explicar.
Em outras palavras, quando você quer castigar marido de alguma forma — Amanda. Não quer ir até seu quarto buscar uma linda presilha para que eu faça um lindo penteado em você? Gostaria de testar alguns para o casamento.
— Está bem — Amanda sorri — Eu tenho muitas presilhas bonitas, tia Demi.
Vejo-a sair mancando e meu coração enche-se de amor por ela. Depois do orfanato eu não tive contato com crianças. Eu sei muito bem como algumas podem ser cruéis ou mimadas, Amanda é a criança mais doce que eu já vi. Nos aproximamos muito, e sinto como se fosse tia dela, de verdade.
É tão estranho, as crianças, naturalmente gostam de mim.
— Traga todas — oriento antes que ela atravesse a porta. Quero arrancar de Jenny tudo o que puder. A maluca está fazendo greve de sexo só porque o pobre Neil havia sido vítima de uma ex-amante sem vergonha — E traga laços e fitas e tudo que tiver lá.
— Então, me conte tudo — sento de frente a ela na cama.
— Não há muito que contar — murmura.
— Não acha que está sendo teimosa? Querida, não há muitos homens como ele por aí. Porém, existem milhares de Millas, Annes e etc.
Mas nem em um milhões de anos, eu me privaria de todo aquele corpo gostoso do Joseph.
Encontraria outra forma de perturbá-lo.
— Isso é o que me deixa aborrecida Demi — responde ela, frustrada — Com tantas mulheres
lindas ao redor dele. E isso sem contar Penélope, e todas as mulheres lindas que deve ter no
escritório.
— Ah não! — levo-a até o espelho — Você é lindíssima, Jenny. Não deve nada a nenhuma delas.
Às vezes eu tenho a incontrolável necessidade de bater a cabeça dela na parede. Quantas vezes o homem precisa provar que a ama?
— No próximo mês, você matará todas as rivais de inveja.
— Próximo mês? — Jenny enruga a testa — O que há no próximo mês?
— A inauguração do complexo de Joseph, lembra? Em Dubai. Neil não contou a você?
— Está muito aborrecido comigo. Não temos conversado muito. Talvez não queira que eu vá — ela dá de ombros e se joga na cama, enquanto choraminga — Acho que peguei pesado. Só que fiquei com muita raiva. Imagina você chegar em casa e pegar o Joseph com outra debruçada nele.
— Eu arranco os cabelos dela — digo, indignada — E depois os olhos dele, com a pinça de
sobrancelhas.
— Foi exatamente isso que eu quis fazer.
— Nesse caso, penso que está sendo tola. Não disse que o deixou dormindo? A culpa é daquela ordinária — digo, fazendo uma careta — E quanto a viagem, acho que Neil pretende fazer uma surpresa. Joseph me disse que ele confirmou a presença de vocês dois.
— Você tem certeza?
— Absoluta.
Ela fica um pouco mais animada. Minutos depois conversamos sobre outras coisas. Anne já está de volta e ela é uma criança extremamente perceptiva. Por volta das nove, Jenny vai até a cozinha, buscar leite e biscoitos para Amanda. A menina insiste em ficar acordada, mas mal consegue manter os olhos abertos por muito tempo. Distraio-me com a TV e espero que isso a ajude a pegar no sono.
Estou quase dormindo com Amanda ao meu lado, quando Jenny retorna, abalada.
— Demi! — ela cai em meus braços — Eu estraguei tudo. Neil não me ama mais.
Tento tranquilizá-la da melhor forma possível. Assim que ela se acalma ajudo-a a colocar Amanda na cama. Por sorte ela não havia acordado. Passei a próxima hora tentando colocar um pouco de juízo na cabeça de Jenny. O fato de Neil não ter demonstrado ciúmes ao vê-la com Peter, não quer dizer que não a ame. Que conclusão mais ridícula.
Eu vou descobrir o que está acontecendo, prometo ao vê-la um pouco mais calma. Joseph deve saber de alguma coisa. Eu desço as escadas em silêncio. Há caixas vazias de pizzas e garrafas de refrigerante e cervejas, por todos os lados. Céus como em poucas horas eles haviam transformado a linda sala em um completo chiqueiro?
— Então, Joseph? Quando teremos nossa despedida de solteiro? — a voz provocativa de Peter para-me no meio do caminho.
Despedida de solteiro? Escondo-me contra a pilastra, desejo saber onde essa conversa chegaria.
— Pensei que estivéssemos fazendo isso, agora — Joseph responde.
Boa. Eu gostei disso. Conheço a fama de Peter. Despedida de solteiro para ele é: bebidas, festa e mulheres, muitas mulheres. Mas não mesmo.
— Nem vem cordeirinho — Peter continua com o mesmo tom sarcástico — Fizemos juramentos de sangue, de que esses encontros seriam eternos. Não vai desfalcar o time aqui só porque se casou.
— Demi não me pediu isso — ele vem em minha defesa — Mas não há dúvidas quem eu
escolheria se ela pedisse.
—Por isso eu não me caso — Peter rebate contrariado.
— Eu gosto de ser casado — Neil rebate, com a boca cheia.
Jenny deveria estar comigo ouvindo isso. Talvez deixasse de ser tão insegura.
— Legalmente, você não é casado ainda, Neil — Adam provoca — Mudaria de ideia se
lembrasse de Anne. E sim, Joseph, você terá uma despedida de solteiro. Isso é uma tradição.
— É como se eu fosse — Neil insiste.
— Adam, esses dois são um caso perdido — diz Peter, provocativo — São duas marionetes.
Se eu tivesse algo em minhas mãos eu lançaria na cabeça de Adam e Peter. Querem usar meu casamento e meu noivo em benefício próprio. Um motivo para ficarem rodeados de mulheres sem vergonhas. Apenas a ideia de Joseph em volta de mulheres semi nuas e desfrutáveis, deixa-me ensandecida.
— Eu lembro muito bem o que fizeram no casamento do Kevin. Quase deu em divórcio antes
mesmo de ter chegado a igreja. Não quero problemas com a Demi — Joseph parece determinado — Ela é capaz de arrancar minhas bolas com os dentes.
Hum... Ele me conhece tão bem. Afasto-me da pilastra e volto para o quarto com um enorme
sorriso no rosto. Pobre garotos, eles queriam uma despedida de solteiro. Eu não vou bancar a estraga prazeres. Não quando ideias maravilhosas me veem a cabeça. Com certeza será inesquecível.
***
Mordo meu lábio quando sinto o pequeno tapa, seguido de uma leve carícia.
— Para de fingir, Demi. Sei que não está dormindo — as mãos acariciam minha bunda,
levantando o tecido até a cintura — Porra!
Eu não consigo frear o sorriso. Não estou de calcinha. Às vezes eu gosto de facilitar as coisas
para ele, ás vezes. Isso sempre o deixa muito feliz ou muito enciumado. Como no dia que saímos para jantar e eu resolvi estrear um vestido novo. O que posso fazer se a peça gritava: sem calcinha, não quis provocá-lo. Na verdade, quis sim.
Escuto um farfalhar de roupas e em seguida sua boca faz o mesmo caminho que seus dedos,
espalhando beijos quentes por todo meu corpo. As mãos deslizam pelas minhas coxas, separando minhas pernas. Ele me coloca de joelhos.
— Você está tão molhada — ele geme. É o suficiente. Minha vagina pulsa e eu fico eriçada.
Quando a língua dele imersa dentro de mim, meus olhos saem de órbita e minha respiração passa a ser irregular, tremores sacodem meu corpo e agarro-me ao lençol da cama em busca de apoio.
Língua e dedos fazem amor comigo de modo que logo estou gemendo e ondulando meu corpo em direção a ele, mergulhando em um mar de sensações delirantes.
Com um puxão em meus cabelos, ele me ergue, colando nossos corpos. Suas mãos deslizam pela lateral de meu corpo, acariciam minhas coxas, lentamente, continuam subindo, ventre, seios e logo ele livra-me de minha camisola, jogando-a longe. Joseph, agarra meus seios, os dedos apertam e pressionam meus mamilos e uma carga elétrica espalha-se pelo meu corpo. Pendo a cabeça em seu peito enquanto as mãos ávidas continuam reivindicando-me. Continua essa doce tortura, suas mãos em cada parte de meu corpo.
Ele se afasta um pouco em busca de um preservativo no bolso do jeans. Então, após alguns
segundos, seu pênis está dentro de mim, empurrando com força. Uma mão em minha garganta e a outra cravada em minha cintura, coloco minhas mãos para trás, prendendo-as em seu pescoço, agarrando-me a ele. E encontramos nosso ritmo. Eu estou à beira de ir, quando seus dedos acariciam meu clitóris minutos antes de eu sentir a construção de um orgasmo vindo, enquanto ele mergulha duro dentro de mim.
— Demi... — ele suspira em meu ouvido, voltando a puxar meus cabelos — Você é... muito
gostosa, amor!
Seu corpo másculo, rijo como aço, sobrepondo-se ao meu, me subjugando. As mãos agora,
cravam em minha cintura. Seu membro entrando e saindo de dentro de mim, arrepiando minha pele a cada estocada.
— Ahh... — choramingo e minha visão começa ficar turva. Começo uma respiração cachorrinho de forma inconsciente e uma avalanche de sensações tomam conta de mim — Eu quero... eu quero...
— Vamos bebê — ele aterra profundamente. E um prazer indescritível castiga todo meu corpo — Entregue-se! Goze para mim, bebê.
— Ohhh... Merda! — fecho os olhos, minhas pernas tremem — Deussssssss! Joseph! — o grito estridente acompanha os espasmos que devoram meu corpo — Ohh — derretendo, tal como a chama beijando a vela.
Quanto mais forte ele estoca, mais intensamente eu vou esvaindo, até que não há nada além do prazer e plenitude. Então, deixo-me ir. Com seu pênis pulsando dentro de mim, desabo em seguida.
Caímos sobre a cama. O corpo dele sobre o meu, tal como um cobertor. Estou sendo esmagada pela montanha de músculos, eu não me importo. Joseph rola na cama e coloca-me de lado, virada de frente a ele. Sua mão suave, afasta os cabelos suados do meu rosto.
— Nossa — um sorriso languido brilha em seu rosto, ele morde meus lábios.
— Nossa, nossa — sussurro, fraca.
Então, eu faço o que sempre acontece quando ele me deixa destruída. Durmo. Não antes de ouvir o que provavelmente deixou-me com um largo sorriso madrugada à dentro:
— Amo você, feiticeira.
— Também te amo, menino lindo — acho que disse isso, eu espero ter dito.
***
— Bom dia — ele sorri.
Deveria ser ilegal alguém sorrir assim. Eu vi isso em um livro, agora eu entendo a veracidade
dessas palavras.
— Bom dia — espreguiço e aconchego-me a ele — Ótimo dia.
Tomamos café da manhã e não há nenhum sinal do casal vinte, então, tudo deve ter se resolvido entre eles. É domingo então, resolvemos voltar para o apartamento de Joseph e passamos o dia curtindo um ao outro.
No momento, estamos deitados no sofá da sala. Ele assiste um jogo de basquete na tela plana e eu estou concentrada em um dos livros eróticos que encontrei em sua biblioteca.
— Leu mesmo isso? — viro-me para ele, após derreter como margarina, depois que li uma cena quente.
— O que? — ele sorri, maroto — Eu já disse, era uma pesquisa. Quer conhecer as mulheres, veja o que elas leem. Tirando essas partes melosas, até que é interessante.
Tá, ele gostou da parte do sexo. Joseph é inacreditável. Eu jamais encontraria outro homem como ele por aí; sexy, lindo, carinhoso, safado... A lista é longa demais para enumerar. Sou uma mulher de muita sorte.
— Quer praticar? — ele desliga a TV e senta-me em seu colo — Gosto do capítulo doze.
— Não temos todas aquelas coisas — digo com minhas bochechas queimando.
— Quem disse que não? — ele alisa minhas coxas nuas. Uso apenas uma camiseta dele e calcinha.
— Sério? — sussurro quando a mão vai subindo lentamente — Algemas, chicotes e todas as
outras coisas?
— Chicote não, mas as outras coisas... — ele senta e prende minhas pernas em volta de sua
cintura. Afasta os cabelos que caem em meu rosto e sussurra com a voz fodidamente rouca em meu ouvido — No closet. Na caixa preta.
Eu vi a caixa, imaginei que fossem cartas, fotos, coisas antigas de ex-namoradas. Embora eu tenha ficado mortificada de ciúmes, respeitei a privacidade dele.
Excluindo o chicote, ele tinha brinquedos bem interessantes. Ele havia dado luz a um pequeno monstrinho, uma nova mulher havia nascido em mim. Sem limites.
— Quando você irá me contar? — pergunto, horas depois, enquanto faço aspirais em seu peito.
— Contar o que?
— Sua despedida de solteiro.
Ele fica tenso, os músculos de seu peito enrijecem e suas mãos agarram as minhas. Apoio meu queixo em seu peito, encarando-o.
— Não haverá uma — é impossível não notar o nervosismo em seu rosto — Já avisei ao Peter
que não rola. Não tem porque se preocupar com isso. Como soube disso?
— Eu imaginei que fariam. É uma tradição — volto a me concentrar em desenhos imaginários em seu peito. Se eu olhasse em seus olhos ele saberia que minto — Por que não terá?
— As festas do Peter são... — ele parece buscar as palavras — Animadas.
— Tudo bem. Eu não me importo.
Ele ergue meu rosto e me olha fixamente, como se estivesse me analisando.
— Está falando sério? — o tom incrédulo não me passa despercebido.
— Claro que estou —dou um sorriso inocente — Confio em você.
Eu já havia arquitetado tudo em minha mente e ele não estragaria bancando o bom moço
— Nada de brigas, coisas voando em minha cabeça? — ele me encara como se não pudesse
acreditar no que afirmo — Nem lágrimas e ofensas? O que você está aprontando?
— Que tal praticarmos o capítulo doze — pulo em cima dele, desconversando, o cobrindo de
beijos desde o pescoço até o peito malhado.
— Demi! — apesar do sorriso maroto, o olhar compenetrado avisou-me que não esqueceria o
assunto, seria apenas ignorado, por um tempo — Endiabrada.
***
Eu a vejo assim que entro no escritório. Observo-a quando paro na soleira da porta e dedico
alguns minutos para analisá-la de longe. Os cabelos, aparentemente loiros naturais, estão presos em um coque severo. O vestido azul marinho é discreto, mas elegante. Caramba, ela é muito bonita, isso é inegável.
Como se notasse que está sendo observada, Penélope ergue o rosto, os olhos azuis encontram os meus.
— Srta. Lovato? — apesar de surpresa, o sorriso é sincero — Como vai?
— Nós já passamos dessa formalidade, Penélope — atento — Demi apenas.
— Certo. Demi — ela parece encabulada —Deseja contato de outro buffet ou a organizadora que indiquei não alçou suas expectativas?
— Não. Ela é ótima.
Penélope tem sido de grande ajuda nos preparativos do casamento. São tantos detalhes que me levam a loucura. A sorte, é que eu havia jogado toda a responsabilidade para a organizadora indicada por ela, mas ainda assim; a escolha das flores, o tipo de bolo, a comida, as músicas e todas as coisas que fazem um casamento perfeito, precisavam ser aprovadas por mim. Sem contar, o vestido de noiva.
— Na verdade, é um outro assunto — falo, com a voz mansa — Eu preciso muito da sua ajuda.
Eu não sei exatamente o que Peter e Adam estão tramando. Mas eu vou descobrir, cada detalhe sórdido. Porque com aqueles dois envolvidos, coisa boa não seria.
— Você quer que eu descubra onde será a festa? — enfatiza Penélope, após eu explicar o motivo da minha visita — Como espera que eu consiga isso?
Pelo fato de que você é mulher? Por que Adam está caidinho por você, embora goste de negar isso?
— Agora que Neil está afastado da empresa, Adam tem vindo bastante aqui, não tem?
— Sim, mas...
A simples alusão do nome dele faz com que ela fique vermelha e nervosa. Observo a boca ser
aberta e fechada diversas vezes e não consigo controlar meu interesse. Quem não gosta de uma boa história? E esse, parece ser um romance bem apimentado.
— Com jeitinho — acrescento, com a voz adocicada — Você consegue algumas informações. Por favor!
Penélope parece meditar por alguns instantes. Ela fecha os olhos e faz uma careta engraçada, como se tivesse em uma discussão interna.
— Por favor! — faço caro de choro — Meu casamento depende disso.
Tudo bem, há um certo drama aqui. Ela me encara com ar de que não está caindo nessa.
— Certo, eu quero dar uma lição neles — digo, frustrada — Por favor. Mulheres unidas.
— Está bem, farei o que posso — diz ela, numa voz abafada — Mas eu não prometo nada.
Saltito em direção a ela e arranco-a da cadeira para um abraço apertado. Não me importa os
meios ou fins que ela usará, apenas que me dê as informações necessárias. Os homens podem parecer criaturas dominadoras, ariscas, perspicazes, mas quando “nós mulheres”, queremos algo, somos capazes de tudo.
— Você é maluca — ela sorri.
***
Às vezes eu tenho vontade de desistir de tudo, fugir para Las Vegas como ele me propôs, sempre que eu tenho uma crise. Então, eu me lembro que isso não é justo. É meu primeiro, único e último casamento. E no fundo, eu sou uma romântica. Eu quero festa, ter todos meus amigos e familiares reunidos. Um álbum de fotos para mostrar aos nossos filhos e netos. Memórias.
— Tem certeza que quer fazer isso? — Jenny repete a mesma pergunta que tem feito desde que saímos de sua casa.
Estamos paradas em frente à casa de porta branca há quase dez minutos e eu reluto se devo bater ou não. A ideia pareceu maravilhosa quando a tive, agora parece um pouco absurda. Eu e minhas ideias malucas. Quer dizer, como abordar uma pessoa que você nunca viu na vida e dizer: “Olá, sou a noiva do irmão que você detesta. Quer ir ao meu casamento?”
— Eu quero — respondo frustrada — Só não sei se consigo.
Ao invés de aproximá-los, eu poderia estar contribuindo ainda mais com enorme rachadura que há entre eles. Respiro fundo e decido ir embora. Não precisamos de nenhuma dessas pessoas. Temos um ao outro e isso é o suficiente.
Como tudo na minha vida não segue uma ordem lógica, a porta foi aberta exatamente no momento em que decidi ir.
Uma jovem bonita encara-nos com curiosidade e surpresa.
Boca pequena em forma de coração, nariz arrebitado, os cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo frouxo. Ela usa jeans e camiseta preta. Em sua mão há alguns livros, que ela tenta equilibrar em uma mão enquanto segura uma mochila na outra. É impossível não notar a semelhança com Joseph, embora os olhos dela sejam azuis e os dele verdes.
— Pois não? — diz ela, com suavidade na voz.
— Eu sou Demi — murmuro — Essa é Jenny.
Ela arqueia a sobrancelha e sorri, dou-me conta do absurdo da apresentação. É obvio que ela não está entendendo nada.
— Noiva de Joseph— suspiro — Seu irmão. Quer dizer eu sou... Ela é nossa amiga.
Droga, como eu consigo ser tão estúpida.
O sorriso se desfaz. A garota olha para dentro da casa e em seguida fecha a porta, como se
quisesse nos ocultar de quem estiver lá dentro.
— Não sei do que está falando — diz ela, com um sinal de irritação — Por favor, vão embora.
Vejo-a descer a escadinha que dá para rua. Apresso-me em alcançá-la, afinal, eu já que havia
feito a merda, então jogaria tudo no ventilador.
— Espera — puxo-a pelo braço, os livros caem de suas mãos — Hanna não é? Você pode me
ouvir?
Ela me olha com fúria. Jenny apressa-se em recolher os livros. A tensão entre nós é palpável. Mas eu não sou do tipo que desiste com facilidade.
— Deixe-me ir! — ela me encara de frente, os punhos fechados e os lábios cerrados em uma linha fina.
— Eu não vou — digo determinada — Não até que me ouça. Tem um café aqui perto. Se depois do que eu tenho para dizer, quiser manter distância, irei respeitar isso.
— Ela não vai desistir — diz Jenny, num tom aflito, ao entregar os livros a ela — Ouça-a.
— Seja rápida, eu não tenho muito tempo.
Sorrio para Jenny, em agradecimento. Caminhamos até um pequeno café do outro lado da rua. Não foi uma conversa fácil. É difícil derrubar as barreiras de alguém que alimentou algumas feridas por tanto tempo. Uma grande parte do distanciamento entre Joseph e os irmãos, foi causado pela a mãe deles, seu orgulho e arrogância. Hanna e o irmão tentaram uma aproximação no velório do pai deles, mas haviam sido expulsos. Nem ao menos tiveram a oportunidade de se despedirem. Ela não havia permitido. Foram tantos desencontros entre eles. Um lado acreditando que era desprezado o outro com medo da rejeição. Meu Deus, quanto tempo havia sido perdido, causado pelo veneno de uma mulher amarga e preconceituosa. Irmãos, separados por uma crueldade incompreensível.
— Sabia que ele paga seus estudos?
— Eu tenho uma bolsa de estudos — Hanna abaixa os olhos e fixa-os no café a sua frente em cima da mesa.
— Sério? — olho-a séria e um pouco irritada — Nunca se perguntou a procedência disso?
— Demi... — Jenny tenta acalmar-me, sem sucesso.
— Ela precisa saber — insisto, determinada.
— Foi uma doação anônima... — Hanna empina o queixo.
— Uma ova! Joseph pagou por tudo. Sabia que sua mãe aceita o dinheiro dele? Que ele pagou a hipoteca da sua casa? Fez todas essas coisas em silêncio, enquanto você e seu irmão alimentavam esse orgulho bobo — solto tudo de uma vez.
— Não — ela parece chocada.
Não é por menos eu havia descoberto todas essas coisas há pouco tempo, quando a mãe dela
havia ido ao escritório dele em busca dos cheques mensais.
— Mamãe dizia que era do seguro — diz ela, espantada.
— Faça-me o favor! Seus pais não eram casados. Ela não teria direito a nada.
Ela não me parece uma pessoa má, apenas machucada.
— Pode passar a vida inteira carregando toda essa mágoa e revolta dentro de você. Ou pode ter a chance de conhecer uma pessoa maravilhosa. Eu sei o que é não ter ninguém, não sentir-se de parte nada.
Ela parece ponderar sobre o que falo.
— Eu gostaria muito que estivesse em nosso casamento — continuo, agora mais calma — Que faça parte de nossas vidas. Que nossos filhos um dia possam brincar juntos, talvez pudéssemos ser amigas. Espero que pense sobre isso e um dia deseje o mesmo.
Coloco o convite em cima da mesa e deixo-a sozinha com suas reflexões. No final, eu acho que havia feito o correto. Já era hora de pôr um fim a isso. Espero sinceramente que ela se deixe guiar pelo coração.
***
— Eu tenho que resolver algumas coisas — Joseph beija meus lábios assim que acordo.
Eu espreguiço na cama enorme. A suíte tem uma decoração árabe, teto curvado, cortinas
amarradas em volta das paredes de vidro que circulam o quarto e outras em volta da cama.
— Não — eu faço manha com a esperança de que ele fique comigo — Não vá.
Puxo-o para cama novamente, abrindo os botões de sua camisa. Ele tenta resistir, mas sou
insistente. Caímos rindo em volta dos lençóis emaranhados.
— Ah, que se dane! — diz ele, antes de se livrar do resto das roupas — Isso é mais importante.
Joseph sempre coloca-me em primeiro lugar em tudo. Ele é possessivo, ciumento, ás vezes age como um idiota, mas seu amor é inegável.
Nos entregamos a essa paixão desenfreada. Ele me faz sua. Exigindo e entregando-se na mesma medida. Tudo é questão de pele, toque, cheiro, e um desejo inexplicável.
— Se eu continuar assim, irei à falência — diz ele, uma hora depois, enquanto se equilibra para colocar os sapatos.
— Com tudo isso aqui — giro o dedo, indicando o quarto — Deve valer milhões.
— Bilhões, na verdade — corrigi ele, enquanto ajeita a gravata — Mas eu tenho sócios, que nesse momento, devem querer o meu fígado.
O dinheiro e posição social dele nunca haviam me incomodado. Talvez, porque ele houvesse me mostrado seu outro lado. Essa parte glamorosa da vida dele não deixa de ser aterrorizadora para mim. Poderei me adaptar a isso? Ou serei um fracasso como a mãe dele falou?
— Que carinha é essa? — diz ele, ignorando meus temores. Meu lado da cama afunda levemente quando ele senta para beijar meu pescoço.
— Aproveite o dia — ele mordisca o lóbulo de minha orelha — Faça compras, compre tudo o
que quiser. Fique ainda mais estonteante. Quero que todos os homens sintam inveja de mim, hoje à noite.
Com essas palavras e mais alguns beijos ele vai embora, deixando-me com o coração palpitante e um maravilhoso cartão de crédito. Sim, eu posso me adaptar a isso muito bem.
***
Ela está em volta da enorme mesa de café da manhã.
— É muito lindo. Olhe essa vista Demi. Ficaria aqui para sempre.
A paisagem paradisíaca e o mar cristalino ao fundo, são realmente estonteantes.
— É um sonho — suspiro — Quando estive aqui a primeira vez também fiquei impressionada.
— Demi, você não tem medo? — ela pergunta, receosa.
— Medo de quê? — sento na cadeira de frente a ela e pego algumas uvas.
— Joseph é tão bonito e rico. Neil e ele estão sempre cercados de mulheres glamorosas. E nós somos simplesmente nós, Demi. Não nascemos nesse mundo.
— Em que mundo você acha que nasceu, Jenny? — encaro-a com simpatia. Eu não vou ficar me lamentado por não ter nascido em uma gaiola dourada — Querida, tirando as roupas, joias e tudo isso, o que fica é o que temos aqui.
Levo a mão ao coração enfatizando o discurso.
— Tire isso tudo dessas mulheres e o que resta? Garanto que nem de longe são melhores que nós duas. Somos reais e não dondocas afetas e é isso que nossos homens admiram. Joseph prova-me isso a cada dia. Ele me ama e eu o amo, apenas isso me importa.
— Acho que tem razão — Jenny responde envergonhada — Nunca me importei com essas coisas. Estou sendo tola.
— Uma grandíssima tola — aperto sua mão em conforto — Agora termine esse café, pois temos um dia cheio. Vamos nos divertir, ficar lindíssimas e deixar todas essas esnobes no chinelo.
— Demi, minha vida não seria a mesma sem você.
Passamos o resto da manhã na piscina. Enquanto Jenny se envergonha de alguns olhares
masculinos, eu me sinto maravilhosa. Não que eu vá dar bola a algum deles, mas é bom se sentir admirada. Enriquece o ego.
Por volta do meio dia, Joseph me liga para adiar nosso almoço na cidade. Jenny e eu resolvemos almoçamos ali mesmo, no hotel.
— Sabe... — começo receosa — Tenho uma coisa para contar.
— Agora sim está grávida.
— Não, Jenny — dou risada — Por que invocou que estou grávida?
— Bem... — ela balança os ombros — Pessoas sempre começam a frase assim, quando vão
comunicar algo tão bombástico. E depois da última vez.
— Joseph e eu agora somos cuidadosos — murmuro. Já não dói tanto tocar no assunto — O que quero contar, é que eu me matriculei na universidade. Começo meu curso de arquitetura no início do ano.
— Demi que notícia maravilhosa! — ela levanta, sem se importar com as pessoas em volta e me dá um abraço de urso — Esse sempre foi o seu sonho.
Conversamos animadamente sobre essa nova etapa em minha vida. À tarde passamos o dia no salão com tudo o que temos direito e mais um pouco.
***
— E perder uma grande festa? — faço cara de emburrada — Não mesmo!
Uso um lindo vestido tomara que caia, marrom para nude, decote em coração, com tecidos
transpassados, justo até cintura, calda mais clara, toda drapeada. Meu cabelo está preso em um coque elegante e maquiagem, impecável.
— Eu quero dançar com meu noivo a noite toda — ajeito a gravata branca. Joseph está lindo em seu smoking cinza. Eu não vou perder a oportunidade de desfilar com esse homem lindo e garantir que todas as mulheres presentes saibam que ele é meu.
— Está proibida de falar com qualquer um que use calça — diz ele, em tom de brincadeira.
— Joseph! — no fundo eu sei que está falando sério.
Encontramos Neil e Jenny no saguão. Uma Limusine nos espera em frente ao hotel. Após posar para algumas fotos, somos direcionados às nossas mesas. Após o jantar, Joseph vai para centro do palco, para o discurso que dará início ao baile.
— Quando era menino eu tive um sonho. Um sonho de criar um lugar mágico. Minha própria terra da fantasia. Eu cresci e meus sonhos não mudaram, apenas cresceram ou se modificaram. Inicialmente este era um ideal de isolamento. Para fugir da dura realidade da vida. Um lugar onde eu pudesse escapar da correria do dia a dia e das tristezas. Um lugar onde pudesse encontrar paz e isolamento.
Sinto tanto orgulho por ele. Por como havia se dedicado e se doado por esse sonho.
— Hoje, eu quero compartilhar esse sonho com vocês e principalmente com a mulher mais
importante para mim. Demi, esse não é mais um lugar onde procuro me esconder, mas é o paraíso onde me encontrei e descobri o quanto a amo, você é meu sonho que se tornou realidade. Que todos vocês possam ser tão felizes aqui como eu. Que encontrem a paz, amor e felicidade. Sejam bem vindos ao Jonas Center.
Claro que eu estou em lágrimas. Meu menino lindo. Meu sonho transformado em realidade. Ele finaliza estourando uma champanhe sob som de aplausos e gritos ovacionados.
— Joseph, foi tão lindo — abraço-o assim que ele retorna à mesa — Amo você.
que bom que o Joseph ajudou a filhinha do Craig.
será que a Hanna irá ao casamento? o que acham?
Demi vai entrar finalmente na faculdade.
vai ter muitas surpresas nessa despedida de solteiro.
e essa festa de inauguração do Jonas Center vai ter uma treta grande.
resolvi postar hoje para vocês, quarta estou de volta.
espero que tenham gostado e comentem o que acharam.
até logo, bjs amores <3
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui
Fiquei sem ler um e O PEDIDO DE CASAMENTO MEU DEUS.
ResponderExcluirAdorando e imagino que vai acabar porque eles já estão juntos e acredito que nada vão separa-los. Está tudo muito bom.
Posta logo.
Beijos, Métis (gyllenswift.blogspot.com.br)
Fico feliz que esteja gostando amor, vai ter treta mas não vai ser entre os dois.
Excluirvou postar hoje, bjs amor <3
Huummm...amei!!!!!! E aí, gostou da história lá???? Escreveria algo desse jeito?!!?!? É que eu sei que é um pouco diferente, mas é ótimo do mesmo jeito
ResponderExcluirAinda não tive tempo de ler amor pois está tendo obra aqui em casa e não estou tendo como parar para ler algo mas já finalizou aqui e final de semana vou ver se tiro um tempinho para ler ok?
Excluirvou postar novo capítulo hoje, bjs <3