Nove anos antes
– Estou dormindo.
– Então acorde.
Reconheço aquela voz. Aquela cadência. Um pequeno impulso de entusiasmo percorre meu corpo de chumbo.
– Não consigo. Seus amigos me envenenaram.
Uma risada baixa.
– A porta está trancada?
Não faço ideia. Antes que eu possa raciocinar a respeito, a maçaneta se vira e a porta se abre. Através de olhos semicerrados, eu o vejo entrar no quarto, segurando um saco de batatas-fritas e uma garrafa de Coca-Cola não diet.
– Você está um pouco atrasado para a larica – digo.
Joseph se senta ao pé da minha cama e afasta o cabelo dos olhos.
– Procurei por você hoje depois das aulas.
– Eu não fui. – isso é bastante óbvio. Tenho quase certeza de que estou com a aparência de uma garota que passou o dia todo na cama.
– Pois é, eu percebi. – ele faz uma pausa por um momento. – Ouvi dizer que a noite de ontem foi divertida.
Finalmente eu me sento e olho para ele.
– Pensei que você também estaria lá. Não sabia que era para eu convidar você. Foi tudo muito confuso.
– Não é culpa sua. Digby não serve para organizar nada. É isso que dá ter dinheiro a vida inteira. Ele precisa de uma secretária.
Sorrio, me lembrando de como ele cuidou de mim. Estou começando a ter uma quedinha por ele.
– Que tipo de pai dá ao filho o nome de Digby, hein?
Joseph começa a rir.
– Você acha que os pais dele o chamavam de Digby? Ele se parece com o maior cachorro do mundo para você?
– Na verdade, não. Então, por que ele é chamado de Digby?
– Não faço ideia. Acho que tinha uma propensão a cavar buracos quando era criança ou algo assim. O nome verdadeiro dele é James.
Não há como parar o riso que sai da minha boca. Olho para Joseph maravilhada que esse garoto lindo e divertido esteja passando tempo comigo. Se não estivesse me sentindo tão mal, eu o puxaria para cima de mim.
– Aqui, beba isto. – ele me passa a garrafa de um litro de Coca-Cola que acabou de abrir. Levanto-a até a boca e tomo grandes goles. O líquido doce e pegajoso se derrama pela minha garganta e entra fácil no meu estômago. Depois de eu ter engolido quase metade da garrafa, devolvo-a para ele.
– Agora você pode se levantar. – Joseph puxa as cobertas de cima da minha cama. Ainda estou com o jeans e a blusa da noite passada. – Vamos, ande.
Enrugo a testa.
– Por quê, o que nós vamos fazer? – gosto do som de “nós”. Quero dizer de novo.
– Vamos invadir o prédio de artes. Todos os meus apetrechos estão lá. Já é hora de eu começar a pintar você.
esse capítulo ficou um pouco pequeno, sorry.
como será que irá ficar essa pintura dela? hahaha
mas um pouco das lembranças do passado dos dois.
me digam o que acham nos comentários, ok?
espero que gostem do capítulo, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.
espero que gostem do capítulo, volto em breve.
respostas do capítulo anterior aqui.
Muito bom. Amei. Continua. ❤
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado amor.
ResponderExcluirVou postar hoje.
Beijos, Jessie.