Love
– Eles não vão me deixar levá-la. – três horas de reuniões e cerca de uma centena de formulários mais tarde, eles me disseram que pode demorar semanas para qualquer autorização sair. – Até eu ter um lar estável, eles vão mantê-la aqui.
Ele inclina a cabeça. Embora sua expressão seja de empatia, não é de choque. Acho que tive esperanças muito altas e pensei que estar dentro do sistema fosse me ajudar. Tudo o que fiz foi ganhar a xícara quente da decepção.
– Nós temos que arranjar um advogado – diz ele. Minhas sobrancelhas se levantam quando o ouço falar em “nós”. – Você conhece algum bom?
Pela primeira vez em dias eu me sinto à vontade para rir. Porque os advogados que conheço dão para encher um fórum, não que isso sirva para alguma coisa agora.
– Além de Simon?
Joseph olha para mim por um minuto. Sua frase seguinte é completamente inesperada: – Você deveria ligar para ele.
Em um minuto ele está me beijando, no seguinte está me dizendo para ligar para meu marido. Não sei o que fazer com isso.
– Sério?
– O quê? Você acha que vou virar macho alfa e te proibir de vê-lo? – seus lábios se contorcem como se ele estivesse tentando suprimir uma risada. – Não sou assim, você sabe disso.
Percorrendo os dedos pelo meu cabelo bagunçado, ele afasta os fios do meu rosto. Não consigo parar de olhá-lo. Ele sabe o quanto me faz sentir que as coisas estão certas? Como se eu não fosse aquela garota boba que se acabou depois da morte de Digby. Ele olha para mim como se eu fosse forte. Capaz de tudo.
– Eu te amo – digo isso porque não consigo pensar em nenhuma outra coisa. Porque parece que meu peito está prestes a explodir se eu guardar isso por mais tempo.
Dessa vez, ele tem a benevolência de parecer surpreso.
– Porque eu te disse para ligar pro seu ex?
– Porque você é você. Eu queria te dizer isso antes, quando estávamos no seu ateliê, mas...
Ele começa a rir.
– Você ficou de boca cheia o tempo todo?
Bato no braço dele, mas o sorriso não escapa de seus lábios. Então, me inclino e o beijo para tirá-lo de seu rosto, roçando a boca na dele. Ele me beija também e sinto a curva de seus lábios enquanto seu sorriso se alarga.
– Eu também te amo. Pra caralho. E é por isso que vamos resolver essa situação. Você, eu e todo um exército de ex-maridos. O que for preciso.
Quando ligo para Simon, a primeira coisa que ele faz é me oferecer sua casa. É claro que recuso, dizendo-lhe que eu não poderia cuidar das coisas. A verdade é que não posso nem nos imaginar lá. É a casa de Simon e sempre vai ser.
Ele parece aliviado quando recuso, depois começa a me contar sobre o amigo de um amigo que tem uma casinha de campo para alugar em Hudson. Por um minuto, acho que ele está de papo-furado, e começo a ficar inquieta. Só então percebo que ele a está oferecendo para mim.
– Hudson? – meu tom é cético. – Você acha que eu deveria me mudar para lá?
Joseph olha de seu celular, com uma expressão ilegível. Seus olhos permanecem em mim enquanto ouço Simon.
– É apenas uma opção – Simon continua. – O custo de vida é mais barato do que em Nova York e as crianças adoram o mar.
Por um minuto, consigo imaginar Charlotte na praia de cascalho, vento levantando seu cabelo e tornando suas bochechas coradas. Na minha imaginação, ela parece feliz e isso me faz começar a cogitar a ideia.
– Hudson... – digo novamente. Joseph sorri e olha de novo para seu celular. – Qual é a faixa de preço do aluguel?
Conversamos por mais algum tempo. Simon promete enviar um e-mail com mais alguns detalhes da casa de campo, e depois me diz que ele vai falar com o departamento de direito da família para descobrir o que posso fazer. Ele não menciona a noite passada, ou seus apelos para eu voltar.
Talvez realmente tenha aceitado dessa vez.
Quando nos despedimos, me sinto quase esperançosa, o suficiente para sorrir para Joseph quando ele se levanta e caminha em minha direção.
– O que é isso?
– O quê?
– Esse sorriso?
– Você quer dizer esse aqui? – arreganho os dentes pra ele, rindo como uma lunática. – Estou sorrindo porque você é lindo. E não tem nada de macho alfa.
Ele parece ofendido, embora eu ache que é um ardil.
– Eu sou macho. – quando ele me puxa para seus braços e me levanta do chão, eu começo a rir. – E mais tarde, quando você estiver pronta, vou te mostrar o quanto eu posso ser macho.
***
Depois que enxáguo o condicionador do cabelo, saio e enrolo uma toalha em volta do corpo, tremendo ligeiramente, apesar do calor do verão. Não é a primeira vez que estive no quarto de Joseph, mas é a primeira vez que estive aqui sozinha. Não consigo deixar de me sentir um pouco intrometida, andando pelo espaço dele.
Dou uma olhada no guarda-roupa e vejo que Joseph é tão bagunçado em casa quanto no carro. O chão está coberto com uma miríade de diferentes tênis e sapatos. Algumas camisetas estão jogadas por cima, tendo caído dos cabides. No entanto, a desordem não é limitada à roupa. O resto de seu quarto está cheio de telas e tintas, apoiadas contra as paredes e empilhadas nos cantos. Tenho que admitir: ele conseguiu usar todo o espaço disponível.
Na cômoda ao lado de seu guarda-roupa está uma fotografia da família. Seu braço está sobre os ombros da mãe. Próximo a ele estão dois homens que parecem tão iguais que devem ser seus irmãos. Com o mesmo cabelo muito preto e os olhos verdes penetrantes. Eu me lembro da nossa primeira vez juntos que eles eram mais novos do que Joseph, mas não consigo me lembrar de seus nomes por nada.
Ainda há muito para aprender.
Sento-me na borda do colchão e uso uma segunda toalha para secar meu cabelo. Em algum momento, ele tirou o relógio e o colocou no criado-mudo, e eu inclino para ver que horas são.
É quando me sinto à vontade para olhar em suas gavetas. Não tenho certeza sobre o que espero ver, exceto um monte de cuecas e meias, mas preciso de todas as minhas forças para não abrir a gaveta, embora meus dedos estejam se demorando no puxador.
– O que você está fazendo? – Joseph entra, segurando uma espátula na mão. Ele parece achar graça em vez de estar ofendido, sorrindo enquanto olha para minha expressão de culpa.
– Nada. – rapidamente, puxo a mão de volta. – Só secando meu cabelo.
– Você precisa das minhas cuecas para te ajudar com isso?
– Eu não estava olhando lá dentro – digo. – Eu estava só... descansando um pouco. – que explicação mais tonta. Mas é verdade, ainda não olhei as cuecas.
Ainda.
– O que você espera ver? – sua voz suaviza quando ele vem em minha direção e coloca a espátula ao lado da foto de família, na cômoda.
Meus olhos se arregalam.
– Não sei. Cuecas, meias... camisinhas. – começo a tagarelar, tentando pensar em que diabos os homens realmente guardam nas gavetas do criado-mudo. As minhas sempre estão cheias de livros e chocolate, mas Joseph não precisa saber disso.
– Camisinhas? – sua voz mostra tanto divertimento quanto sua expressão.
Minha garganta fica seca quando ele vem e para na minha frente. Sua altura faz eu me sentir minúscula em comparação, e estremeço de novo, mas dessa vez não por causa do frio.
– E cuecas – digo.
– Você tem uma estranha obsessão com as minhas cuecas e minhas camisinhas. – ele se ajoelha diante de mim, afastando meu cabelo molhado do rosto. – Quer investigar isso mais a fundo?
Engulo, mas minha garganta continua ressecada. Quando ele fica assim tão perto, acho difícil pensar. A sensação de sua mão áspera na minha bochecha me faz suspirar.
Minha pele ainda está úmida do banho quando ele corre um dedo pelo meu pescoço, descendo até o peito. Ele desenrola minha toalha com um movimento, e ela cai aberta, amontoada em cima da cama.
Seus olhos estão escuros e estreitos quando ele olha para mim. Estendo a mão para ele, correndo os dedos pelos seus cabelos. Então seus lábios estão nos meus, duros e frenéticos, movendo-se desesperadamente em nosso beijo.
– Algum problema com isso? – ele me empurra de volta na cama, e meus cabelos molhados se espalham atrás de mim.
– Não.
Ele arrasta os lábios sobre minha garganta.
– Sei que você teve um dia difícil.
– Sim. – ainda estou respondendo por monossílabos. É difícil pensar em qualquer coisa, exceto na sensação do corpo dele, o quanto ele cheira bem. Em seguida, suas mãos estão cobrindo meus seios, e os dedos estão roçando os bicos, de forma que qualquer pensamento consciente é afugentado.
Seus lábios capturam um dos meus mamilos, seus dentes puxam suavemente a pele excitada. Preciso de todas as forças para não me esfregar nele.
Para conseguir respirar.
– A gente pode tornar isso um pouco mais difícil – ele murmura no meu peito.
Então me mostra o que quer dizer, pressionando a ereção na minha coxa, e também empurro o quadril, desesperada para senti-lo, sentindo vontade de retribuir na mesma moeda.
Somos uma confusão de toalhas molhadas e roupas secas. Meus dedos tremem enquanto desabotoo sua camisa e abro o zíper de sua calça jeans. Um minuto depois, nós dois estamos nus e necessitados, nossa pele quente, nossa respiração rápida. Fico maravilhada como estar com Joseph é tão bom quanto me lembro.
Musculoso e suave. Todos os músculos rígidos e a pele macia. Posso sentir seu peito quando ele o pressiona contra o meu. O abdome duro quando desço a mão. Curvo os dedos ao redor dele, e é sua vez de suspirar. Ele fecha os olhos e abre a boca quando começo a mover a mão para cima e para baixo. Seus quadris se movimentam no ritmo que criei, ondulando suavemente enquanto percorro seu comprimento com a palma da mão.
Estou tão consumida, que a sensação de seu dedo em mim é um choque. Abro os olhos e o vejo olhando diretamente para mim, fazendo um movimento circular, suave. O suficiente para me fazer gemer.
– Tudo bem? – ele pergunta de novo.
– Tudo, tudo. – mal consigo manter a respiração. Olhando para baixo, vejo sua mão me pressionando. Sua pele bronzeada é um contraste à minha cor-de-rosa.
Vejo os tendões e as articulações flexionarem e se contraírem, e sinto a sensação disparar direto por mim. Meus dedos se curvam cada vez que ele toca meu clitóris.
Então ele está em cima de mim, deslizando o corpo contra o meu. Juntos, molhada e ereto, somos nada além de sensações. Minha cabeça cai para trás na cama. Balanço os quadris para cima, e ele está a um momento de distância de deslizar para dentro de mim.
É muito diferente, ainda que a sensação seja conhecida. Porque nós mudamos, Joseph e eu, mas voltamos ao início, voltamos a ficar juntos. Quando ele empurra o quadril para frente, a ponta de seu pênis deslizando na minha carne dolorida, tenho que morder seu pescoço para não gritar.
– Caramba – ele suspira, fechando os olhos com força. – Ah, caramba.
– Por favor. – nem sequer reconheço a voz como minha. É necessitada. Desesperada.
– Demi, eu só...
– O quê? – minha respiração é rápida. Posso sentir meus músculos se contraírem, embora ele ainda não esteja dentro. Balanço novamente, e o modo como seu pênis desliza em mim, quase me faz gozar.
– Camisinha. Gaveta de cima – ele diz com dificuldade. Há um olhar de concentração em seu rosto, e todo o seu corpo fica tenso de encontro ao meu.
Embora leve um instante para localizar o preservativo e deslizar ao redor dele, ainda estou tremendo quando ele finalmente se alinha em cima de mim. Sinto sua pressão, quente e grossa. Minhas coxas se curvam em volta dos quadris dele, com medo de se afastarem.
Antes que ele sequer esteja dentro, estou no limite, com o fôlego prisioneiro da minha garganta. Joseph penetra facilmente no meu corpo escorregadio e então está me preenchendo, pressionando-se em mim da maneira mais deliciosa.
Começo a apertar em volta dele e todo meu corpo fica rígido, esperando... esperando por aquele momento de explosão.
Deixo escapar um gemido quando o prazer toma conta, chamas lambendo-me de dentro para fora. Estou pulsando e chorando e fincando as unhas na carne dele e então é a vez de Joseph soltar um grunhido grave.
E é a vez dele de ficar imóvel. Ele se impulsiona dentro de mim uma última vez, respiração presa na garganta. Eu o embalo nos meus braços, e ele pressiona todo o seu peso no meu, me beijando com lábios macios, desesperados.
– Demi...
Enterra o rosto no meu ombro, respirando depressa. Posso sentir seu coração batendo no peito enquanto ele relaxa sobre mim.
– Era isso que você estava procurando?
Fecho os olhos e deixo o sorriso puxar meus lábios. Ele me beija mais uma vez e eu faço que sim.
– Acho que era.
me desculpem a demora para postar mas minha vida foi bem corrida essas dias.
mais um capítulo de Jemi, que lindos eles dois <3
e a Charlotte? será que ela irá conseguir um lar para ela?
só temos apenas mais dois capítulos e agora é só alegria.
espero que tenham gostado amores.
me digam o que acharam nos comentários, volto logo.
me digam o que acharam nos comentários, volto logo.
respostas do capítulo anterior aqui.
Ahhhhhh amém hot
ResponderExcluirDemorou mais chegou hahaha.
ExcluirFico feliz que tenha gostado amor.
Vou postar o penúltimo capitulo hoje :(
Beijos, Jessie.
Jéssie... Meu Deus, acabei de abrir meu blog, tu não tem noção do meu estado aqui em casa.
ResponderExcluirMulher, tu é um ícone pra mim, tu sabe. Vivo comentando aqui e te incentivando pq tu escreve mto bem.
Dai eu abro meu blog e vejo seu comentário desde novembro! Meu Deus, eu tô surtando.
Eu tinha desistido dessa fic, mas porra... que incentivo o seu comentário! Não só por você incentivar, mas por ser você!
Obrigada, linda!!!!
E enfim sobre a sua fic...
Veyyyy, coitadinha de Charlotte.
E hot. né danada?
Toppezera.
Tu manda muito bem, esguicho!
Continua que eu to neuvosa já.
Que bom amor, fico muito feliz que você irá continuar com o blog e como eu disse não desista, a história é muito boa.
ExcluirMuito obrigada pelo o seu carinho amor, fico muito feliz por gostar das minhas histórias e eu adoro o seu blog.
A Charlotte terá um final feliz e sempre tem que ter aquele hot né? hahaha.
Vou postar o penúltimo capítulo hoje, infelizmente :(
Beijo, Jessie.