05/06/2017

for you: capítulo 8


Jantar


Parece que meu coração vai sair pela boca a qualquer momento. O que ele está fazendo aqui,
parado do lado de fora do meu apartamento? Como descobriu meu endereço e o que quer comigo?
— Abra a porta Demi — a voz de Joseph ressoa, através da porta fechada.
De jeito nenhum eu vou abrir a porta para ele. Não há a mínima possibilidade de isso acontecer.
Não mesmo. Ainda não estou louca. Eu estou?
Esse homem é um perigo e já havia feito estragos demais em minha vida. A começar por meu coração disparado no peito, depois, pelas minhas pernas bambas, incapazes de sustentar meu próprio corpo e, finalizando com essa imensa vontade que sinto de jogar toda razão pela janela, puxá-lo pela camisa, beijar seus lábios tentadores e...
Pare com isso Demi! Ordeno a mim mesma.
— Demi abra — Joseph bate, insistentemente, esmurrando a porta — Não vou embora até que eu possa falar com você.
— O que você quer? — pergunto, encostando minha testa contra a madeira fria.
— Abra a porta Demi — ouço um sussurro fraco do outro lado — Por favor.
Não posso abrir a maldita porta. Se eu fizer isso, estarei completamente perdida. Eu não soube dizer não a ele dois dias atrás e não tenho certeza se conseguirei dizer não agora.
— Como descobriu meu endereço?
Por mais que Ed esteja zangado comigo, ele não faria isso. A única pessoa tola suficiente seria Mayume. Mas a mesma me garantiu no dia anterior que não havia feito.
— Abra a porta e eu respondo — Joseph insiste, do outro lado — É apenas uma conversa Demi. Juro.
— Não!
— Demi... — pelo seu tom de voz percebo que está ficando impaciente — Não vou fazer nada
que não queira.
Que idiota! Será que ele não entende que o problema sou eu e não ele. Não tenho medo do que ele possa ou não fazer contra mim, eu sei me defender, mas o grande impasse é o que eu quero fazer com ele. E as ideias que passam por minha cabeça, não são nada decorosas.
— Vá embora, Joseph.
— Não!
Um sorriso desenha meus lábios ao ouvi-lo repetir deliberadamente a minha negação anterior.
Pelo visto, ele está tão determinado a falar comigo como eu estou em fugir dele. E como eu não tenho propensão ao masoquismo, resolvo abrir a porta e terminar logo com aquilo.
— Seja rápido — encaro-o, furiosa — Eu tenho um compromisso.
Uma mentira que ele não precisa saber.
Joseph me olha de cima a baixo. Há um brilho selvagem refletindo em seus olhos ao percorrer meu corpo, ainda suado, da atividade no parque. Eu me sinto grudenta e pegajosa. O sorriso dele me diz outra coisa.
— Cancele — diz ele, autoritário — Pago o que for preciso.
O cretino, ainda pensa que sou prostituta? Mesmo depois do bilhete e o dinheiro que deixei em sua cama? Como os homens às vezes conseguem ser tão estúpidos?
— É mesmo? — olho-o com desdém — E quanto está disposto a pagar?
— O dobro. Não, o triplo — diz ele, angustiado — O que for preciso.
Uma parte de mim fica magoada por ele realmente acreditar que estou à venda. Já outra parte, a mais perversa, salta de alegria ao saber que ele iria além do esperado, só para me ter em seus braços novamente.
Jamais pensei em vender meu corpo para viver, mesmo que de certa forma ao dançar no clube eu fizesse exatamente isso. Afinal, os homens iam até lá para nos ver seminuas, só que não indo para cama com eles, eu me sentia de certa forma pura. Meu lema era, olhe, babe, mas não toque.
Só que com esse homem, parado a minha porta, eu estaria disposta a rever todas as minhas
convicções. A única explicação plausível, é que eu sou uma libertina. Há um lado safado em mim que eu desconhecia. Porque eu iria para cama com ele de novo, com certeza, não pelo dinheiro, mas por que eu tenho uma imensa necessidade disso.
— Não vai me convidar para entrar?
— Não!
Uma coisa é o que meu corpo idiota deseja. Outra, é o que minha razão ordena que eu faça. E minha razão me diz para fugir e, manter o máximo de distância desse homem lindo e perigoso. Já está sendo ferrado demais ter que lidar com fato de ter sido uma vadia e ter ido para cama com ele como uma gata no cio. Definitivamente eu não vou colocar mais merda no ventilador. Errar uma vez é humano, permanecer no erro é estupidez.
— Diga o que quer e vá embora, Joseph.
— Não acho que você queira falar sobre isso aqui fora — Joseph indica com a cabeça, a porta
entreaberta da minha vizinha fofoqueira.
— Eu tenho uma proposta para você — ele continua, parece meio receoso em dizer isso — Eu
pago cem mil dólares se aceitar.
— Jesus Cristo! — minha vizinha brada, abrindo a porta completamente — Aceita garota.
— Foda-se, Joseph!
Eu bato a porta com tanta força que acho que o prédio inteiro tremeu. Como ele podia ser tão idiota e cretino. Cem mil dólares? Cem mil dólares para que eu fosse sua bonequinha de luxo, até que estivesse cansado e procurasse por outra novidade. Puta merda, mesmo assim é muito dinheiro.
Ignorando as batidas na porta eu ligo o MP3 do meu celular e deixo o som no último volume. Ele que grite e esperneie o quanto quiser. A vizinha fofoqueira já tinha escutado tudo mesmo.
Vou para o minúsculo banheiro, com a esperança que um banho frio tire toda a tensão de meu corpo. Acho bom que funcione, porque eu odeio banho frio. Não importa se estamos em um calor de quarenta graus, só de pensar na água fria pelo meu corpo, eu fujo como gato escaldado. 
Após dez minutos, com raiva redobrada e morrendo de frio, enrolo-me em uma toalha felpuda. Quem disse que banho frio acalma os ânimos deve ser um idiota. Se tivesse a pessoa que inventou isso na minha frente, eu a mataria com as minhas próprias mãos. Tudo o que consegui foi ficar ainda mais chateada e, com um risco de pegar uma pneumonia.
Saio tremendo de frio, as batidas na porta haviam cessado. Sinto-me aliviada e com sentimento de vazio duelando dentro de mim. Maldita hora em que aquele homem havia cruzado meu caminho e ter bagunçado minha vida dessa maneira.
Olho ao redor da casa e dou graças a Deus por ter feito uma grande faxina no domingo. Não
gostaria que além de prostituta, ele me achasse porca. 
Vou para o quarto e vasculho o guarda roupa atrás de algo confortável e quentinho para vestir. Escolho uma calça skinny preta, blusa listrada, branca e preta e um suéter de tricô cinza. Calço sapatilhas confortáveis e saio em direção à casa de minha melhor amiga. Preciso falar com alguém ou sinto que posso enlouquecer a qualquer minuto. Que Deus me ajude e ele já tenha ido embora. Para minha sorte, Joseph e a fofoqueira da vizinha não estão mais no corredor. Pego a chave reserva em meu chaveiro e entro no apartamento da Jenny.
Ela não está em casa, acho aquilo esquisito, mas imagino que deve ter ido ao mercado ou algo parecido. Pensar em mercado me lembra de que ainda não comi. Vasculho a geladeira sem nenhum sentimento de culpa. Até porque, tenho total liberdade para isso. Sou péssima cozinheira, uma coisa contraditória para uma garota que trabalhou quatro anos em uma lanchonete. No entanto, cozinhar simplesmente não é meu forte, então ao invés de fazer compras para mim eu deixo a cozinha de Jenny sempre abastecida.
Eu não faço dela minha cozinheira particular, aos fins de semana mesmo sobre seus protestos, saímos para comer fora ou pedimos comida pronta.
Faço um prato com carne assada e batatas. Coloco no microondas, enquanto tento me decidir se como ali mesmo ou vou para minha casa devorar a comida em frente à TV. Jenny não tem uma ali e não vê necessidade disso. Como não quero ficar sozinha pensando em coisas que não devo, decido ir para casa.
O microondas apita, viro-me para pegar o prato quando a porta da frente abre e Jenny aparece em seguida. Carrega algo embrulhado em um plástico com, símbolo de uma lavanderia da região.
— Demi?
— Aqui na cozinha — respondo, para indicar minha posição — Onde esteve?
— Fui buscar o casaco do Neil na lavanderia — Jenny tranca a porta e coloca o embrulho em
cima de uma cadeira — Você poderia entregar para mim?
Penso que ela está sendo tola em fazer isso. Eu gostaria de ter algo de Joseph para me manter aquecida. Algo com cheiro dele, que iria me aquecer todas as noites e...
Pare Demi! Quando foi que eu havia começado a romantizar tudo aquilo? Eu preciso manter esse homem afastado da minha vida a qualquer custo, antes que eu comece a sonhar com grinaldas e sinos de igreja. Isso seria completamente absurdo. Nós somos diferentes como água e vinho. E a história da gata borralheira que conquista o príncipe, só acontece nos contos de fada. Eu nunca fui do tipo que gosta de contos infantis.
— Farei isso amanhã de manhã — respondo, olhando para minha comida, ainda intacta sobre a mesa. Perdi o apetite completamente. Isso sempre acontece quando me lembro dele e seus olhos esverdeados.
— Joseph esteve aqui.
— Jura? — Jenny arregala os olhos — Quando?
— Há uns quarenta minutos. Você acredita que ele quer me pagar cem mil dólares para dormir com ele? — murmuro, desanimada — Em pensar que eu fiz isso de graça.
Nem mesmo para meus ouvidos, a brincadeira pareceu surtir o efeito desejado. Jenny me olha com aquele olhar que eu sempre odiei nas pessoas. Piedade.
— Você esclareceu as coisas não é?
— Não — murmuro, com a voz embargada — O que ele pensa não me importa. Esqueça isso.
— Se você diz — Jenny balança os ombros.
Pensativa, sento-me na cadeira e fixo o olhar no prato. Que diferença fará se ele souber ou não a verdade. Nada mudaria entre nós, não há dúvidas quanto a isso.

***

No dia seguinte, antes de levar os cachorros para passear vejo-me em frente a imponente Durant &Tecnologia. Um prédio negro espelhado, o maior que já vi. Passo sem grandes problemas pelo segurança na portaria, mas quando sigo em direção aos elevadores, uma jovem loira, alta e bem vestida, com as cores da empresa se interpõe em meu caminho.
— Posso ajudá-la em alguma coisa?
Outra loira? Irrevogavelmente eu tenho algum tipo de problema com elas. Sério, já me vejo tendo pesadelos assustadores com alguma loira e sua tesoura assassina.
— Preciso entregar isso ao Sr. Durant.
— Desculpe, mas não trabalhamos com essa lavanderia — ela olha com desprezo para meu top branco, camiseta preta sem mangas, saia jeans desbotada e tênis de corrida — Deve ter sido engano.
Tudo bem, que eu não esteja vestida apropriadamente para um prédio elegante como aquele, mas eu iria caminhar com cachorros no Central Park. O que ela queria? Vestidos de gala e salto alto?
— Não estou vindo da lavanderia, senhorita — murmuro, tentando manter a calma — Ele deixou isso com uma amiga e preciso devolver.
Observo a desagradável recepcionista voltar a me encarar, com um olhar de desdém.
— Olhe, eu tenho mais o que fazer — falo entregando o embrulho e bilhete para ela — Não vou passar o dia todo sentada criticando as pessoas como você. Então, entregue isso ao seu chefe ou jogue no lixo. Faça como quiser.
Deixo a loira completamente desconcertada e sigo em direção à casa dos meus clientes. Hoje só terei um poodle médio e um pastor alemão. Um contraste interessante, mas os dois cachorros se davam muito bem, quase não me davam trabalho.
Após correr com eles e brincar com seus brinquedos preferidos, amarro suas coleiras na perna de um banco e desabo sobre ele. Fecho os olhos e aprecio a sombra de uma árvore.
— Acho que devo acorrentá-la aí, também — ouço uma voz conhecida — Deve ser a única
maneira de mantê-la junto a mim.
Abro os olhos e, me deparo com imensidão verde de seus olhos. Minha sorte é já estar sentada ou cairia como um abacate maduro. Levanto-me com grande esforço e vou em direção as coleiras, pronta para fugir.
— Você não vai fazer isso! — Joseph segura minhas mãos e me aconchega contra seu peito —
Não vou deixar você fugir de mim de novo, Demi.
Olho para aqueles lábios tentadores, anseio para que eles toquem os meus. Passo a língua pelos meus lábios e mordo-os em antecipação.
— Não faça isso, Ana — Joseph diz, com a voz enrouquecida.
Ana? Quem é essa mulher agora? Isso não me importa, eu já a odeio fervorosamente. Aposto que deve ser uma loira curvilínea e intragável.
— Quem é Ana? — pergunto, contrariada — Se pensa nela, por que vem atrás de mim.
Eu tento me livrar de seus braços, enquanto ele me puxa ainda mais para perto dele.
— Ela é um personagem, Demi — ele sorri, como se estivesse encantado com minha cena de
ciúme. Sinto vontade de abrir um buraco no chão e me enfiar dentro dele. Tudo o que preciso é que o Sr. todo convencido de si, ache que estou caindo de amores por ele.
— Isso é ridículo — murmuro.
— Eu disse que me aventurei no universo literário feminino. Você não leu esse livro? — ele
enruga a testa — Danielle disse que todas as mulheres estão lendo isso. Deveria saber que não posso confiar nela.
Danielle? Se esse homem tem uma lista incontável de mulheres ao redor dele, por que diabos, havia me oferecido uma fortuna para ficar com ele? Engulo meu orgulho e recuso-me perguntar sobre ela.
— Confesso que achei essa ideia de morder os lábios um pouco piegas, mas vendo-a assim, tão deliciosamente provocante, eu tenho pena do Grey.
Joseph aproxima seus lábios dos meus e desliza sobre eles em uma carícia suave. Não tenho a mínima ideia do que ele possa estar falando. Isso não é novidade, eu nunca raciocínio direito, quando ele está perto de mim. E não, eu não quero saber. Tudo que me importa é sentir seus lábios sobre os meus, mais uma vez.
— Cala boca e me beija — murmuro, entre seus lábios.
Antes que eu possa me arrepender, me autoflagelar por isso, sinto sua boca tomando posse da minha. Não importa quantas vezes ele me beije, sempre será único, sempre me fará sentir
transportada para outro mundo. Quando estou em seus baços não há diferenças, nem certo ou errado.
Suas mãos deslizando pelo meu corpo de forma primitiva e tão familiar que me faz tremer.
Excitando-me, com seus beijos, mãos e sua evidente ereção cutucando contra mim.
— Você é deliciosa — Joseph afasta-se alguns centímetros de mim e sussurra em meu ouvido — Mas acho que esse não é o lugar apropriado para isso.
Mortificada, escondo meu rosto em seu peito. O leve balançar me diz que ele está rindo. Acabei de passar pelo maior constrangimento da minha vida e esse imbecil está rindo.
— Pare de rir seu idiota! — afasto-me dele e dou um murro em seu peito.
Os cachorros latem em nossa direção, como se só agora notassem o quanto foram esquecidos.
— Eu não posso — Joseph coloca o punho sobre a boca — Nunca pensei que faria algo como
isso.
— Beijar uma mulher em público?
— Demi olhe bem para mim —murmura, frustrado — A última coisa que estava pensando era em beijá-la.
Meu coração parece bater mais forte. Suas palavras me deixam desconcertada e encantada ao mesmo tempo. Ao menos, eu sei que seu corpo me cobiça tanto como eu desejo o dele.
Esfrego as mãos de maneira nervosa e me viro em direção aos cachorros, preciso de algo que
mantenha minhas mãos afastadas dele. Nunca sou eu mesma perto de Joseph. Eu perco o controle e a capacidade de raciocinar coerentemente.
Os cachorros parecem um pouco agitados. Não estão acostumados com outras pessoas tão
próximas a nós. Afago suas cabeças para acalmá-los e mantê-los tranquilos.
— Precisamos conversar sobre minha proposta.
De novo aquele assunto? Por que ele simplesmente não esquece e, deixa que guardemos cada momento que vivemos de uma forma especial.
— Eu não sou prostituta, Joseph — ergo-me para encará-lo — Embora tenha agido como uma, eu não sou.
Ele parece paralisado pela surpresa.
— Você não é? — sussurra — Bem, isso muda tudo.
— Eu acho que não muda nada — retruco, virando para ir embora.
— Espere! — ele me impede, segurando meus ombros. Sinto uma descarga elétrica correr pelo meu corpo ao seu toque — Jante comigo essa noite. Eu poderei explicar tudo, por favor.
Vejo-me fitando sua boca sensual. Minha razão diz não e meu coração grita que sim. E essas
emoções conflitantes, duelam dentro de mim.
— Eu não creio que...
— Apenas um jantar, Demi. Se depois disso, sua resposta for negativa, eu a deixo em paz.
Talvez precisemos mesmo dessa conversa. Muitas coisas precisam ser esclarecidas. Afinal, é
apenas um jantar não é? O que poderá acontecer em um restaurante?
— Está bem. Vamos a algum lugar especial?
Meu repertório de roupas elegantes, não é muito vasto. Na realidade, acho que não devo ter
nenhuma em meu guarda roupa, além das minhas roupas de shows. E seria inaceitável entrar em um restaurante refinado como os que ele deve frequentar, com um vestido de cabaré, dos anos sessenta.
— Pensei em um restaurante francês: Saveur Suprême, é novo — diz ele, sorrindo — Conhece?
A pergunta foi feita, como se ele me perguntasse se já havia entrado no Wal-Mart. Somente por notar que seu tom e olhar em direção a mim não é de superioridade, mas sim inocente, eu resolvo deixar passar batido.
Por sorte ou destino, é o mesmo restaurante que Jenny irá trabalhar. Já estive lá com ela semana passada. O local é lindíssimo e muito bem frequentado. Eu jamais teria condições de entrar ali.
— Sim eu conheço.
— Eu pego você as sete — ele abre um sorriso ainda mais largo.
— Até a noite, então.
Caminho em direção à saída do parque, com a certeza que os olhos dele estão sobre mim. Um sorriso safado surge em meu rosto. Joseph já havia elogiado minhas pernas, quando estivemos na banheira da casa dele. E pela primeira vez no dia, alegro-me por ter escolhido aquela minissaia.
Entrego os cachorros para seus respectivos donos. Passo em casa e tomo uma ducha rápida. Ainda tenho que ir até o shopping mais próximo e achar algo dentro de minhas economias, que não me faça sentir como a gata borralheira indo para o baile.
Na saída do prédio encontro Jenny conversando com o síndico. Ele parece estar testando um novo sistema de segurança.
— Até que enfim ele resolveu tirar o escorpião do bolso, não é Jenny? — digo, referindo-me ao síndico — Essa porta deveria ter sido arrumada há muito tempo.
— Agradeça ao namorado da jovem aí— o síndico sorri, exibindo dentes amarelos.
— Neil?
— Parece que sim.
— Caramba, o cara está caidinho mesmo.
— Eu não sei o que fazer Demi — ela murmura, nervosa — Isso é errado.
Sou a última pessoa que pode dizer o que é certo ou não. Depois de todas as coisas que haviam acontecido entre eu e Joseph, não tenho mais moral alguma. Pelo menos Jenny não havia ido para cama com Neil. Aí sim as coisas estariam ruins.
— Eu tenho que sair agora — seguro sua mão, confortando-a — Quando voltar, nós podemos
conversar, certo?
— Está bem — Jenny responde, não parecendo muito animada sobre isso.
Despeço-me dela e saio em busca do vestido perfeito e que não me custe os olhos da cara. Já é bastante difícil eu ter que mexer em minhas economias.
Após duas horas, cansada e pronta para jogar a toalha eu paro em frente a uma vitrine. Diante de mim está o vestido perfeito. Entro na loja, rezando fervorosamente, que não seja mais um que poderá limpar toda a minha conta bancária.
A vendedora foi muito simpática em me atender. A peça era única e estava em liquidação, pois eles estavam renovando a coleção. É um pouquinho mais caro do que esperava, mas caiu como uma luva em meu corpo. Pensando nele como um investimento futuro, resolvo levá-lo. 
Joseph, não ficará apenas satisfeito com minha escolha, ele ficará abobalhado, de queixo caído. Essa é a última expressão que quero ver em seu rosto, quando disser adeus pela última vez.

Demi batendo a porta na cara dele kkkkkkk
ainda bem que ela aceitou o jantar e esse beijo? eles não resistem.
o que será que vai acontecer hein, deixem seus palpites.
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui

4 comentários:

  1. aaaaaa amei!!! e esse beijo, meu Deus �� muito ansiosa pra esse jantar

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    1. que bom que gostou amor, fico feliz.
      vou postar hoje e saberá hahaha, bjs <3

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  2. Respostas
    1. que bom que gostou amor, fico feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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