28/06/2017

for you: capítulo 15


Passeio

Nunca a espera de uma resposta foi tão importante para mim. Nem mesmo quando tinha quatorze anos, e pedi uma garota em namoro pela primeira vez. Talvez, porque eu fosse mais seguro de mim mesmo do que imaginava, na época, não são assim todos os jovens? Ou quem sabe, eu não desse tanta importância a relacionamentos como hoje. Talvez a razão real, seja a mulher em questão. Com Sophie, segui apenas as expectativas de todos, o que era esperado de mim. Já com Demi, tudo sempre é surpreendente, eu nunca sei onde estou pisando ou o que ela irá fazer.
Se me dissessem alguns meses atrás, após pegar minha ex-noiva com outro, que em breve estaria em expectativa à espera desse sim, eu diria que a pessoa era completamente insana.
No entanto, aqui estou eu, com o coração na mão, batendo acelerado no meu peito e mais forte que um maratonista. O fato de saber que eu tenho menos de dois meses, dois meses para provar a essa mulher, que eu sou tudo o que ela precisa e que ela é tudo o que eu quero, não ajuda muito. Mesmo que para isso eu tenha que mostrar o meu verdadeiro eu. Inteiro, completo, desnudo. Então, é isso o que farei, mesmo parecendo assustador. O mais irônico é que Demi tem o poder de me levar do céu ou inferno e não tem a menor consciência disso.
— Então, o que me diz? — insisto, ansioso.
— Eu aceito.
Pausa. Alívio.
— Pego você amanhã às dez — murmuro, sorrindo como um babaca, caminhando de costas até o carro. A visão dessa jovem mulher, linda, encantadora e sedutora a minha frente é fascinante demais para que eu dê as costas a ela. Eu estou embriagado — Ah, use algo casual. Faremos algo diferente.
— Está bem — ela continua parada a entrada, olhar pesaroso, encostada contra o portão — Até amanhã.
Nunca foi tão difícil agir da forma certa, acredite tenho feito isso a minha vida inteira. O que eu quero, é ir até ela e arrastá-la para cama, sofá ou chão de seu apartamento, o lugar não importa, desde que estivesse em meus braços. Todavia, eu não tenho escapatória. Ou a conquisto da forma que ela espera ou a perco de vez.
— Demi? — entro no carro e baixo o vidro encarando-a.
— Hum?
— Entre! — falo, impaciente.
Que droga, uma vez na vida ela poderia facilitar as coisas para mim. Em vez de parecer uma
donzela a espera de um beijo. Pois é exatamente isso que eu quero fazer. Talvez puxá-la para dentro do carro e fodê-la ali mesmo, como da outra vez.
Como se libertar de um transe, ou estivesse pensando o mesmo que eu, vejo-a ficar rubra e
desaparecer no interior do prédio.
— Podemos ir agora — sentencio, através do intercomunicador.
Chego em casa, tendo a TV e o controle remoto como minhas únicas companhias da noite. O que deveria fazer, é mandar todas as minhas boas intenções para o inferno e procurá-la. Como sei, que tenho mais a perder do que ganhar, afasto esses pensamentos contraditórios.
Uma coisa é desejar, outra, é que meu corpo em chamas entenda o recado. Sem outra opção,
alivio-me como posso. Enquanto dou prazer a mim mesmo, fantasio todas as formas que vou tê-la amanhã, quando estiver em minha cama. Com esse pensamento, grito seu nome e libero meu prazer, caio no sono em seguida.

***

Óculos escuros, vestido solto, sandália baixa, cabelos ao vento e sorriso encantador. Esse é o
quadro que eu diria ser perfeito, como um quadro de Joaquin Sorolla. Eu nunca serei capaz de deixar de admirar sua beleza exótica, nunca. Sou um filho da puta de muita sorte.
— Bom dia — tiro meus óculos para observá-la melhor — Está pronta?
Demi encara a moto, como se fosse o monstro do lago Ness e não como uma Harley Davison
legítima, pensei que ficaria feliz em ver novamente a reluzente, potente moto vermelha e prata. Sua reação é no mínimo estranha. A última vez que esteve em minha moto ela parecia uma roqueira selvagem. Hoje, parece condenada a execução. A menos que tenha adquirido um trauma nos últimos dias nada justifica essa reação.
— Vamos nisso? — geme ela.
— Não está com medo não é? — analiso-a com calma — Não há perigo algum. Já andou nela
antes.
— Não é isso. É que.... — ela inclina a cabeça e morde os lábios da forma que eu adoro — Acho que precisamos conversar antes de ir.
Ah não, ela não virá com todas aquelas historias e desculpas de sempre. Eu até imagino que deva sentir insegurança. Não é diferente comigo. Porra, alguns meses atrás eu fui traído da pior maneira. Eu, deveria ser a pessoa cheia de receios aqui. Volto para moto e pego um capacete preto.
— É sério Joseph... — ela começa a protestar, coisa que ignoro.
— Temos o dia inteiro para conversar — coloco o capacete em sua cabeça e a guio até a Harley — Agora aproveite.
— Você terá cuidado? — murmura.
— Demi, o que está havendo com você? — digo, confuso — Do jeito que fala parece que vamos para um rally.
Dou risada e coloco-a na moto, suas mãos agarram minha cintura com força e noto que estão trêmulas.
— Tudo bem — levanto e ergo sua viseira fixando meu olhar em seus olhos — Se está
com medo não vamos.
— Só tenha cuidado — ela sorri, reajustando a viseira — Vamos lá campeão.
Coloco a moto em movimento. Com cuidado como exigiu. Não entendo essa reação. Uma das coisas que mais me encantou em nosso primeiro encontro foi seu espírito livre e aventureiro. Bem, isso não importa agora, teremos o dia inteiro para que ela me conte o que está acontecendo.
Saímos de Manhattan pegamos a Time Square em sentindo a Coney Island, no Brooklyn. Aos poucos, o ar da cidade é substituído pelo da maresia e uma linda paisagem de céu e mar se erguem diante de nossos olhos. A praia é um dos meus lugares preferidos desde criança, e essa praia a qual estamos indo, é o meu refúgio particular. Estaciono próximo as mediações da enorme roda gigante o sorrio da expressão de surpresa no rosto dela.
— O que foi? —murmuro maroto —Não gosta de parques?
Demi me encara encantada enquanto a ajudo descer da moto.
— Eu adoro — sorri tímida para mim — Só não pensei que também gostasse.
— Gosto de todas as coisas boas da vida Demi — murmuro pegando a mão dela — Desde as
mais simples até as mais exóticas. Preparada?
—Sim, mas eu me recuso a andar naquela montanha-russa assustadora.
Faço bico de desapontamento e olho para ela como um cachorro pidão.
—Vai perder mesmo essa montanha-russa, com queda de 35 metros e um loop com quatro oportunidades de ficar de cabeça para baixo em dois minutos de trajeto em queda livre?
— Jesus! Eu vou, com certeza! — Demi me encara horrorizada. Suas mãos pousam em seu ventre com suavidade e concluo que talvez, ela não seja tão selvagem como imaginei. Não importa, até acho bonitinho.
— Eu não aceito recusa em ralação a roda gigante — afirmo, enquanto a conduzo em meio à
multidão — A vista é linda de lá.
— Acho que posso abrir outra exceção.
Começamos o dia no carrossel B&B que foi restaurado há pouco tempo. Passamos por uma dessas barracas de azar e a presenteie com um sapo de pelúcia, algo que ela não desgrudou um segundo.
Passamos mais de uma hora na fila da roda gigante, mas a vista magnífica, além da companhia, compensou cada instante. Por volta das três, após termos ido a todos as barracas e brinquedos possíveis. Deixo-a em um dos bancos no calçadão e eu vou à busca de comida.
— Aqui — entrego o embrulho a ela — O melhor e verdadeiro cachorro quente de Nova York
diretamente do Nathan’s.
— Cachorro quente? — Demi me encara surpresa.
— Saiba, que esse cachorro quente foi servido para a ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy na Casa Branca — passo a perna por cima do banco e sento a seu lado — Não deveria falar com tanto desdém.
— Eu não fiz isso — ela ri, antes de dar uma pequena mordida — Só fiquei surpresa. Barracas, carrossel, cachorro quente. Não combina com essa imagem de homem de negócios e rico.
— Srta. Lovato, você é uma esnobe — provoco-a.
Demi começa a rir e se engasga com o refrigerante. Ajudo-a se recompor e limpo uma gota de mostarda de seu queixo. Nossos olhos se conectam e ficamos assim por alguns segundos.
— Quem imaginaria que por trás de todos esses músculos há um garotinho fofo — diz ela, segura minha mão que está em seu queixo, desliza os lábios por meus dedos, fecha os olhos apreciando o contato. Eu quero beijá-la, só não tenho certeza se esse é o momento certo, então me afasto. Voltamos a comer em silêncio. A decepção em seu rosto, me diz que desejou que a beijasse. Desejo que um caminhão passe por cima de meu corpo. Eu quis beijá-la e ela esperava isso, então por que agi como um covarde idiota?
— Quer dar uma volta? — fico de pé e estendo a mão à ela.
Caminhamos através da orla da praia, nos afastando da multidão. Aos poucos, a praia vai ficando deserta e as pessoas longe da vista. Sento-me na areia e observo o mar calmo. Tiro a jaqueta e estendo na areia para que ela se acomode ao meu lado, apesar do céu nublado, não está um dia muito frio.
— Sempre que preciso de um lugar para pensar eu venho até aqui — murmuro, antes de jogar uma pedra sobre a água — Essa paz me acalma. É um dos meus lugares preferidos.
— É muito bonito — sussurra ela, segura minhas mãos e me dá um sorriso doce —Acho que agora,é um dos meus também.
Não preciso de outro incentivo, desejei isso o dia inteiro, francamente, desde o dia anterior,
desde que saí do apartamento dela aquele dia, e eu não vou perder a oportunidade novamente. Beijo-a, com paixão, saudade, desejo e desespero. O néctar de seus lábios é o que preciso para me sentir vivo.
Deito-a na areia e me esparramo sobre ela com certo cuidado para que meu peso não a sufoque. Deslizo minhas mãos por seu corpo desfrutando de cada curva suave. Afasto meus lábios dos dela e enrosco minha cabeça em seu pescoço delgado. O aroma é inebriante e me deixa duro. Meu membro pulsa dentro da cueca pedindo por liberdade. Dominado por um desejo perturbador, volto a beijar seus lábios para sugá-los, devorá-los, comê-los como pedaços de marshmallows.
— Oh... — Demi fecha olhos e se contorce em meus braços — Joseph!
Fico transtornado pela expressão de desejo em seu rosto. Não posso afastar os olhos dela. Tento controlar meu desejo em fúria, mas, minha normalmente disciplinada libido, se comporta como um trem descarrilhado.
— Isso é loucura — geme Demi.
— Sex on the beach, baby — mordisco sua orelha, e ela treme.
— Joseph! — geme, em uma advertência.
— Demi!
Esfrego o nariz em seu pescoço e deslizo meus lábios por seu colo, absorvo seu seio sob o
vestido deixando a marca circular de minha boca no tecido fino. Procuro o outro seio com um gemido rouco, fico de joelhos na areia e sugo os mamilos até que ela arqueie a coluna balançando a cabeça enlouquecida.
— Eu tenho desejado isso todos os dias — murmuro, voltando para o outro seio. Afasto a alça do vestido e abocanho o seio desnudo.
— Joseph... — ela volta a gemer.
— Eu sei — sussurro, tomando seu rosto entre as mãos. Mergulho outra vez em seus lábios
saboreando-a.
— Eu a desejo tanto Demi...
Sinto como se estivesse fora de mim. Como se apenas um beijo convertesse um animal feroz
dentro de meu corpo, forte, selvagem. Com Demi, eu me sinto livre, nós podemos voar juntos, em qualquer lugar que estivermos, livres, soltos, alto. Ela é minha fantasia em realidade.
— Joseph... Eu preciso dizer algo — diz ela, sem fôlego.
Minhas mãos agarram a barra de seu vestido e eu subo lentamente revelando as pernas torneadas. Minhas mãos vagueiam até as laterais da calcinha de renda e eu me detenho, há um brilho urgente em seus olhos.
— Se entregue querida... — beijo seus lábios — Apenas sinta!
Demi se agarra a minha camisa puxando-me para ela. O que quer que tenha para dizer, está
esquecido, e a razão dá lugar à loucura do momento.
Volto a ficar de joelhos e tiro-lhe a peça íntima, mergulho em seu monte de Vênus como um oásis no deserto. Suas mãos agarram meus cabelos em um pedido mudo para que eu continue. Sem intenção alguma de me deter, continuo tomando-a com minha boca, circulo o clitóris com a língua e meus dedos penetram seu sexo. Demi treme desfrutando das carícias. Por vários anos, eu tenho sido um bom rapaz, por uma vez, por hoje, serei mal e não quero nada, além disso, de Demi, de desfrutar tudo o que posso exigir e ela a oferecer.
Abro o cós da calça e deixou escapar uma espécie de rugido, quando meu pênis salta liberto e duro. Ela me toca com uma mistura de vergonha e sensualidade. Afogo-me no mar de seus
olhos e volto a beijá-la com reverência. Demi, a começa brincar com o meu membro, suas mãos delicadas massageando-o, deixando-me a beira da vertigem. Porra, as mãos dela parecem seda, mas seu toque é como brasa, um toque mágico que me leva a perdição. Não imagino como poderia ficar mais duro, mas estou potente, explodindo e sinto-me queimando por dentro. Estou perdido por inteiro, centrado na mulher em meus braços e no que as mãos dela fazem comigo.
— Espere querida — urro, afastando suas mãos — Não quero gozar agora, pare...
Volto a acariciar seu monte com a língua, dentes e dedos. Seus gemidos enrouquecidos fazem me sentir poderoso. Apoio minha mão em seu ventre impedido que se afaste de meus ataques furiosos.
Demi se contorce e sou impiedoso. Eu quero que ela goze em minha boca, quero que goze em meu pênis eu quero que goze apenas em olhar para mim.
— Joseph... — Demi não consegue ficar quieta. Seu clitóris incrivelmente sensível e a vagina
úmida entre suas pernas, demonstram que está perto — Estou caindo...
Sem desviar os lábios de seu sexo, vejo-a se contorcer e agarrar os grãos de areia voando tão alto como as gaivotas na praia.
Enquanto ela se recupera, saco o envelope laminado do bolso e visto a camisinha em meu pênis ereto.
—Benditas são as mulheres — mergulho fundo dentro dela — Não precisam de tempo para se recuperar e, querida, eu quero fodê-la muitas vezes.
— Joseph — Demi sussurra meu nome, eu a toco onde ela anseia e tomo-a como deseja.
A sensação é eletrizante, nos levando a um lugar nunca estado antes. Onde a única coisa que
importa é estarmos juntos, perdidos no aroma de nossas peles, o desejo que arde sobre elas. Demi move-se, e me fundo mais a ela, meu rosto mergulhado em seu cabelo macio, minhas mãos passeando na suavidade do corpo feminino.
— Não posso... — confessa ela, a paixão rompendo as barreiras do controle, excitada, perdida, entregue.
— Goze! — ordeno, com um gemido rouco, enterro-me mais fundo dentro dela, uma... duas... três vezes — Goze para mim querida! — imerso de novo, mais fundo em sua cova úmida. Uma...duas...três vezes.
— Não pare! — diz ela, enredando os braços ao redor de meu pescoço. Suas pernas enroscando minha cintura. Começo a mexer com mais velocidade, isso é primitivo, selvagem e louco. Agarro suas mãos e prendo sob a areia, nossos dedos enroscados, eu a absorvo mais e mais.
Gemo... Isso!
Fecho os olhos, estoco dentro dela, seu interior pulsa ao redor de meu membro. Mergulho dentro dela de novo e de novo. Busco meu prazer bruscamente e encontro o dela. Mergulhamos e caímos juntos nesse abismo de sensações, como um caleidoscópio de puro êxtase. Desabo a seu lado e deito-a em meu peito. O que eu sempre soube cai sobre minha cabeça como um terremoto. Estou apaixonado por essa mulher e não consigo ver minha vida longe dela.

***

— Isso foi loucura — ela desenha algo em meu peito com os dedos — Poderíamos ser presos,
sabia?
Respiro fundo e prendo-a ainda mais em meu peito.
— Estamos longe, talvez uma ou outra pessoa tenha visto, mas eu não creio nisso.
— Joseph! —grita ela e se coloca de joelho a minha frente. Seu rosto está corado devido ao sexo e pela raiva momentânea. Está linda — Fala isso com tanta naturalidade?
Observo Demi ficar de pé, com raiva arrumando sua roupa, um sorriso frouxo desenha meu rosto.
Levanto apressadamente e encaixo-a de costas contra meu peito.
— Isso até que é excitante — murmuro, em seu pescoço, beijando-a ali — Alguém nos
observando enquanto damos prazer um ao outro. Eufóricos, ouvindo seus gritos e...
— Pare! — ronrona ela, ficando de frente a mim — Você é um pervertido.
— O que posso fazer? — mordo lhe os lábios e dou um tapa em sua bunda — Você é gostosa.
— Tarado!
Ela corre pela praia e eu corro atrás dela. Creio que minha vida de agora em diante será essa,
correr atrás dessa linda, perfeita e endiabrada mulher, que mudou minha vida em todos os sentidos.
— Você coloca o pé aqui — ajudo-a se posicionar corretamente na moto — E as mãos aqui, então você gira... Demi!
— Ahh...
Corro até ela assustado, impedindo que a moto caísse levando-a junto.
— Desculpe-me — aperto seu corpo trêmulo contra o meu.
Porra! Se antes ela estava com medo, agora deve estar apavorada. Que ideia ridícula eu tive em ensiná-la a andar de moto, além disso, a areia da praia não é o melhor local para isso. Amaldiçoo-me internamente, até perceber com alívio, que seu corpo estremecido é devido a um ataque de risos.
— Você está bem? — sorrio para ela.
— Eu não deveria ter feito isso — sua mão pousa no ventre — Eu não pensei sobre os riscos.
Mas foi muito divertido.
— Chega por hoje — murmuro — Vamos, quero te mostrar outra coisa.
Coloco o capacete de volta em sua cabeça e acomodo-a atrás de mim. Abandonamos a praia e voltamos para cidade. Sigo para um bairro de classe média e casas simples. Paro próximo a uma casa pequena de dois andares.
Uma jovem loira e atrapalhada briga com o portão enquanto tenta firmar o telefone com os
ombros. De onde estamos, ela não consegue nos ver, e eu posso observá-la com tranquilidade.
— Às vezes eu paro aqui — murmuro, com pesar — Penso em tomar coragem e falar com ela.
— É a sua irmã não é? — sussurra ela, baixinho.
— Sabe que ela estuda engenharia? — murmuro, ignorando sua pergunta — Igual ao meu pai...
— E você — Demi toca meu rosto — É indisfarçável o orgulho em sua voz. Por que não fala com ela?
— Não é tão fácil assim — digo, seco — Eles me odeiam — respiro fundo — Odeiam minha
família e tudo que representa. Procurei-a uma vez, quis pagar seus estudos e ela se recusou. Mas se você soubesse como é brilhante. Se Kevin e minha mãe dessem o que lhe é de direito...
— E o que você fez? — murmura ela — Eu sei que não se deu por vencido.
— A universidade tem um ótimo programa de bolsas — rio, amargo — Eu só precisei ser bem
generoso com eles.
Demi me abraça forte, e ergo seu rosto para que me encare.
— É a única mulher que eu trouxe aqui Demi— confesso, num tom amargo — Esse sou eu, por inteiro. O melhor que consegui ser, apesar de tudo.
— Você é um homem bom, um irmão incrível — seus olhos estão úmidos, suas mãos guiam as minhas até a altura de seu estômago, pousando-as lá — Será um pai maravilhoso.
Não parei para pensar sobre crianças durante os últimos anos. As poucas vezes que conversei sobre isso, Sophie desconversava. Minha única certeza é que não daria o mesmo tratamento que meus pais me deram, regado à mentiras e manipulações. E hoje, a única mulher que vejo como mãe deles está a minha frente, com um sorriso lindo e acolhedor.
— Talvez um dia — murmuro, acaricio seu rosto. Não quero assustá-la com pensamentos como esse. Não sei nem como será nossa relação daqui para frente. Tudo que sei é que preciso dela em minha vida — Quem sabe um dia.
— Você não entendeu — diz ela angustiada — Eu...
— Chega de pensamentos melancólicos — coloco-a de volta na moto — A única coisa que
entendo, é que a quero nua em minha cama.
O seu olhar frustrado parece querer me dizer algo. Eu não quero ouvir algo como não estamos prontos para isso agora.
— Acho que aqui não é lugar de qualquer forma — sussurra ela, baixinho.
Haverá tempo para conversas, no momento, quero tê-la novamente e por toda a noite. Acomodo-me e vamos embora. Não há mais nada para fazer aqui.
Rimos e nos beijamos ao mesmo tempo. Nossas mãos ansiosas não param um segundo. Mal
consigo abrir a porta de casa. Demi briga com os botões da camisa e eu acaricio suas nádegas.
Beijo-a e gememos juntos alheios ao mundo ao nosso redor.
— Poupem-me dessa cena romântica.
— Kevin?
Ele está em meu sofá, um copo de uísque na mão e com um olhar debochado em nossa direção. O que ele faz aqui? Por que minha família sempre encontra uma forma de arruinar minha vida? InfernoÉ a última pessoa que gostaria de ver essa noite. E pelo seu olhar e expressão, a visita não é amistosa.

que lindos os dois juntos <3
agora sabem que o Joseph tem uma irmã e que não fala com ele.
Demi tentou contar à ele que acha que está grávida mas não deu certo.
 Kevin só aparecendo nas horas erradas, o que será que ele quer agora?
o que acharam? espero que tenham gostado.
até logo, bjs amores <3

4 comentários:

  1. Ameiiiiiiiiiiiiii
    Continua, linda 💕💕💕

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    1. que bom que gostou amor, fico super feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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  2. Respostas
    1. que bom que gostou amor, fico super feliz.
      vou postar hoje, bjs <3

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