15/02/2017

heartbeat: capítulo 28


Ajuste

A luz do sol espiou por cima do horizonte e invadiu o quarto enquanto Joseph permanecia acordado, absorvendo o som do corpo adormecido de Demi. Ela estava enroscada de lado, as mãos enfiadas debaixo do travesseiro. Ele traçou com o olhar cada linha do seu rosto. Meu Deus, como parecia doce, um anjo tão belo deitado ao seu lado. Quis estender a mão e tocá-la, mas suspirou e resistiu à tentação, decidindo deixá-la dormir. Observou, hipnotizado, a mente repassando as últimas semanas enquanto a exaustão provocada por tudo aquilo deixava seu peito. Os dois haviam se livrado de todas as camadas complexas e emaranhadas do início. Demi se enroscou nele, fazendo-o sorrir. Ela soltou um suspiro sonolento e se aconchegou, a perna cobrindo a coxa dele. Foda-se. Todas as boas intenções de deixá-la dormir foram demolidas. Sumiram.
Puxando seu corpo nu para dentro dos braços e erguendo-o até o peito, Joseph fundiu os lábios nos dela e a abraçou com força.
– Eu tentei. Juro que tentei.
Um ronronar de prazer foi subindo pela garganta dela enquanto os olhos se abriam de mansinho. Com um sorriso, ela ergueu uma das sobrancelhas.
– Seu bundão.
– Sim, este bundão é meu. – Joseph foi descendo as mãos pela cintura dela até repousarem sobre a bunda. – É, sim. Eu amo esta bunda.
– Ela pertence a você? – questionou Demi, brincalhona.
– Isso mesmo, pertence. Para jamais ser cedida a outro. Sou rei e senhorio, benzinho. – ele mordeu o lábio e ela riu. – Não aceito cheques, mas aceito a maior parte das preliminares e sexo como forma de pagamento.
Demi passou os dedos pelos cabelos dele e balançou a cabeça. Ela remexeu o traseiro que se encontrava cuidadosamente seguro entre as mãos dele, provocando-o.
– Só faço sexo selvagem pendurada em um lustre.
– Humm, isso é difícil. – Joseph mordeu o lábio, a satisfação primal deixando os olhos vidrados. – Eu aceito a oferta, contanto que possa amarrá-la ao lustre e fazer o que quiser com você.
Rindo, Demi inclinou a cabeça para o lado.
– Quem é você? Christian Grey?
As mãos de Joseph deslizaram pelas costas dela e um sulco surgiu entre as sobrancelhas.
– Quem é Christian Grey?
Com os olhos arregalados, Demi se sentou e prendeu as mãos de Joseph acima de sua cabeça, roçando o nariz no dele.
– Você não sabe quem é Christian Grey?
– Não tenho a menor ideia. – Joseph esticou a cabeça para cima, dando-lhe um beijo. – Você fez faculdade com ele? – antes que Demi pudesse responder, ele puxou o lábio dela com delicadeza entre os dentes. – Espere aí. Você nunca foi amarrada por ninguém, né?
– Não, ainda não. – Demi riu, entrelaçando os dedos nos dele. – E eu não estudei com Christian Grey. Mas tenho certeza de que não existe uma única mulher no mundo que não tenha ouvido falar dele. – Joseph olhou para Demi com igual confusão. – Ah, deixa pra lá. – ela se enrolou no lençol de cetim, levantando-se da cama. – Um dia eu explico.
– Espere, aonde você vai? Não acredito que esteja pensando em tomar banho sem mim. – ele se ergueu sobre os cotovelos. – Lembre-se, eu sou o senhorio. Precisa da minha permissão para fazer qualquer coisa.
Bem-humorada, Demi observou Joseph sair da cama e dar um largo passo em sua direção.
– Você sempre age como um homem das cavernas?
Joseph não respondeu. Em vez disso, a arrancou do chão. Inclinando a boca sobre a dela, beijou-a com força, inalando profundamente, como se tentasse inspirá-la. Carregou Demi até o banheiro e a colocou sobre a bancada da pia. O corpo rijo de Joseph lhe provocou um arrepio muito bem-vindo, fazendo-a esquecer o granito frio sob a bunda. O sangue de Demi subia-lhe à cabeça e ela sentiu um rubor subir lentamente por seu pescoço enquanto afastava o lençol.
O olhar dele percorreu seu corpo antes de parar em seus lábios.
– Meu Deus, você é incrível! – Joseph se postou entre as coxas dela. Agarrando-lhe as pernas, colocou-as ao redor da própria cintura. – Um despertador de primeira qualidade.
O prazer que estava por vir deixou turva a mente de Demi enquanto o olhava enfiar os dedos na boca. De forma dolorosamente lenta, com os olhos cravados nela, tirou-os da boca e os deslizou por sua barriga. Ela se arrepiou toda.
Perdeu o fôlego quando ele deslizou os dedos bem fundo em sua boceta. Um gemido escapou dela no momento em que Joseph pousou a mão na lateral do pescoço dela e a encostou no espelho.
– Quero que você se toque junto comigo – disse ele asperamente, a respiração irregular.
– O quê? – gemeu Demi, incapaz de impedir que a voz falhasse. – Eu nunca...
– Você nunca se masturbou?
Ele fez um círculo com o polegar em torno do seu clitóris. Arqueando as costas contra o espelho, Demi começou a ofegar.
– Não.
Joseph mordeu o lábio e fechou os olhos. Grunhiu ao enfiar os dedos para dentro e para fora dela, o movimento lento e constante. Abrindo os olhos, afastou a mão do pescoço de Demi e lhe agarrou o pulso. Guiando-a entre as pernas, colocou os dedos dela sobre o clitóris.
– Esfregue aí para mim.
Demi piscou timidamente, mas se viu fazendo o que ele ordenara. Respirou fundo enquanto deslizava dois dedos sobre a carne inchada. Com os lábios entreabertos diante das múltiplas sensações, olhou para Joseph e agarrou seus dedos. Todas as terminações nervosas estavam em alerta e um desejo incontrolável por um orgasmo praticamente a desintegrava. Ela gemia, mexendo os quadris em círculos.
– Oh, meu Deus, Joseph – disse ela, esfregando com mais e mais força.
Joseph se acariciava com a mão livre, a mais impiedosa excitação queimando em seus olhos.
– Assim mesmo, amor, agora enfie os seus dedos junto com os meus.
Seu pedido, tão cru e primitivo, fez Demi se render. Enfiando dois dedos com os dele, ela estremeceu. O sangue corria pelo corpo com a força de um trem de carga, calando seus pensamentos. Quanto mais rápido Joseph se masturbava, mais rápido enfiava os dedos dentro dela. Com os olhos fixos um no outro, suas respirações eram erráticas, os rostos se contorciam em êxtase total.
– Meu Deus, como a sua boceta é perfeita!
Joseph jogou a cabeça para trás por um segundo, gemendo. O prazer o invadiu, vindo do fundo de suas entranhas, enquanto Demi se encostava ainda mais no espelho. Ela soltou as pernas de sua cintura e plantou os pés na bancada.
Completamente exposta, continuou a empurrar os dedos para dentro de si junto com os dele. O pau duro pulsava na mão de Joseph enquanto ele a via fechar os olhos devagar.
– Merda, eu tenho que sentir o seu gosto – disse Joseph, feroz, as narinas dilatadas. – Tire os dedos e esfregue esse clitóris gostoso para mim.
Ansiando pelo orgasmo, Demi arquejou e tirou os dedos. Observou Joseph se ajoelhar. Agarrando-lhe os quadris, ele puxou sua bunda até a ponta da bancada. Colou a boca à sua boceta, a língua lambendo com urgência. Instantaneamente, a necessidade cresceu, ampliando-se no âmago de Demi.
Contraído, seu corpo se perdeu por completo na paixão daquele ato tão íntimo. Nunca tinha se aberto daquele jeito para ninguém, mas ficava muito à vontade com Joseph. Esfregando-se mais rápido, a respiração foi ficando entrecortada para, logo, parar por completo. Joseph afastou os dedos dela e passou a língua por cima dela, puxando o clitóris para dentro da boca, mordiscando e sugando. Ela se desfez toda.
Arfou longamente, tentando respirar.
– Oh, meu Deus, Joseph... Eu vou... Eu vou... gozar.
Não conseguia respirar. Não conseguia pensar. Perdida nas sensações que a percorriam, estremeceu ao estender a mão em direção aos cabelos de Joseph, puxando-o para si enquanto se deliciava com os últimos instantes do orgasmo. De pé, Joseph continuou a se masturbar e agarrou Demi pela nuca, dando-lhe um beijo de língua. O sabor da mistura dos sumos dos dois quase o fez perder o controle. Demi soltou um gemido, o barulho mais tesudo que Joseph já tinha ouvido. Deslizou os dedos por baixo dos dele e se pôs a acariciá-lo, a mão subindo e descendo pelo pau. Josephh enfiou a língua ainda mais fundo na boca de Demi e gemeu, o corpo todo se comprimindo enquanto o orgasmo chacoalhava seus músculos.
Com um grunhido, ergueu as mãos e agarrou os cabelos de Demi, deixando que ela o fizesse gozar. Cada líquido que ele tinha para despejar escorreu por cima dos dedos dela, a respiração dos dois pesada, até Joseph afastar a boca com rispidez e enterrar o rosto na curva do pescoço de Demi. Um instante depois, Joseph deu um passo atrás e encontrou os olhos castanhos e saciados de Demi, que lhe beijou os lábios. Suave e docilmente, com os corpos relaxados, eles se apaixonaram com ainda mais profundidade enquanto sorviam um ao outro, como se em estado de choque ao constatarem que agora o tempo... o tempo estava do seu lado. 
Tempo era tudo o que tinham.

***


Uma hora e um longo banho quente depois, Joseph e Demi deixaram o hotel e adentraram o calor da tarde. Enquanto esperavam o manobrista trazer o carro, Demi deu um enorme sorriso para Joseph que fez o coração dele vibrar. Os olhos dela brilhavam de felicidade e aquilo mexeu com ele de uma maneira que nunca poderia ter imaginado. Foi para trás dela e a abraçou.
– Obrigado – sussurrou, a boca encostada em sua nuca, tomando-lhe a mão. Levou-a à boca e a beijou.
Demi esticou a cabeça em direção a ele, ficou nas pontas dos pés e roçou a língua por seu queixo.
– Não, eu é que agradeço.
Joseph sorriu e se inclinou para beijá-la. Ambos mergulharam naquela sensação de entorpecimento até o manobrista voltar.
O motorista saltou e se aproximou de Joseph.
– Carro muy bonito.
Pegando a bagagem de Demi, Joseph olhou para ela e, em seguida, de volta para o manobrista. Um sorriso reverente surgiu no seu rosto.
– Muchas gracias. Además de esta hermosa mujer que tengo a mi lado, los carros son mi segunda pasión.
O homem olhou para Demi assentindo com entusiasmo.
– Claro que sí, los dos son muy hermosos.
Demi olhou para Joseph.
– Do que vocês estão falando?
– De carros e de você. Minhas duas coisas favoritas.
Joseph piscou para ela, colocando a bagagem no porta-malas. Demi balançou a cabeça e sorriu. 
Caminhando até o manobrista, Joseph enfiou a mão no bolso, tirou a carteira e lhe entregou uma gorjeta.
– Gracias de nuevo.
O manobrista aquiesceu em sinal de agradecimento e, quando foi dar as chaves a Joseph, Demi  as arrancou de sua mão.
Ela olhou para Joseph e lhe devolveu a piscadela.
– Então suponho que não se importe se uma das suas coisas favoritas dirigir a outra, não é?
– O câmbio é manual, boneca.
Inclinando a cabeça de leve, Demi deixou o queixo cair.
– Você acha que eu não sei dirigir um carro com câmbio manual?
Joseph a abraçou e sussurrou em seu ouvido:
– Bem, pelo menos eu sei que você domina a condução de um certo tipo de câmbio manual. – Demi  ergueu uma das sobrancelhas e Joseph riu. Tomou seu rosto entre as mãos e beijou-lhe a cabeça. – Mas, é verdade, achei mesmo que você não soubesse usar o outro tipo.
– Bem – ronronou Demi, passando o braço pelo ombro dele. – Uma das suas coisas favoritas sabe dirigir um carro com câmbio manual, e muito bem, por sinal. – ela o beijou. – E também gosto de velocidade.
– Que tesão. – ele roçou os lábios contra a orelha dela. – Você pode dirigir todos os meus câmbios manuais quando quiser.
A excitação borbulhava no estômago de Demi enquanto ela girava sobre os calcanhares e caminhava para o lado do motorista. Abrindo a porta, entrou e ajustou o cinto de segurança. Joseph afundou em seu assento e Demi o olhou com um sorriso.
– Agora é a minha vez de mandar você usar o cinto de segurança.
– Uma mulher dominante. Adoro isso. – Joseph pegou o cinto. – Só não nos mate.
Demi deu um tapinha brincalhão em seu braço. Com as chaves na mão, ela franziu a testa por não conseguir encontrar a ignição.
– Como é que eu dou partida?
Joseph não conseguiu conter o riso.
– Srta. Indianápolis, o carro já está ligado. Era só apertar um botão.
Demi revirou os olhos, pisou na embreagem e deixou o estacionamento lentamente.
– Pare de tirar sarro com a minha cara, espertinho.
As palavras fofas e atrevidas fizeram Joseph rir.
– Mulheres como eu não estão acostumadas a dirigir carrões como este. Os que eu já tive costumavam berrar comigo quando eu dava partida.
Joseph se fez de chocado, os olhos esverdeados arregalados.
– Eles berravam com você? Filhos da mãe!
Olhando pelo retrovisor, Demi sorriu e assentiu.
– Na verdade, eles me xingavam. – Joseph soltou uma gargalhada. Demi
parou antes de tomar a estrada e perguntou: – Como você conseguiu que consertassem a janela com tanta rapidez?
– O dinheiro tem as suas vantagens, docinho. – ele sorriu, pousando a mão em sua nuca. – Agora encha o seu senhorio de tesão e mostre do que você é capaz, demônio da velocidade.
Demi sorriu como o Gato de Cheshire e entrou na estrada.
Joseph observou-lhe as pernas torneadas, que pertenciam a ele, se moverem por baixo do vestido leve de seda a cada vez que Demi pisava na embreagem. Os dedos delicados se curvavam em torno do câmbio da marcha. Os cabelos castanhos caíam em cachos e o faziam se remexer no assento. Porra, estava ficando excitado. O calor lhe varava o estômago. Mas, caramba, se ela não estava dirigindo igual à avó dele!
Ele pigarreou e apertou alguns botões na tela para ligar o rádio via satélite.
– Você pode dirigir um pouco mais rápido.
Demi o encarou com um olhar questionador.
– Estou dirigindo no limite.
– Pensei que você gostasse de correr.
Joseph ergueu uma das sobrancelhas, confuso.
– Eu disse isso para você me deixar dirigir, considerando a velocidade com a qual dirigiu ontem. – ela deu de ombros. – Eu nunca corro.
Um sorriso malicioso retorceu a boca de Joseph. Ele se inclinou, descansou a mão sobre sua coxa direita e a apertou. Para acrescentar um pouco de combustível ao fogo, acariciou-lhe a carne com movimentos lentos e circulares. Agora a tinha sob controle. O carro acelerou, dando um solavanco para a frente e ultrapassando os outros veículos.
– Estou me sentindo como em Conduzindo Miss Daisy. Você tinha que mostrar a este senhorio do que é capaz e, até agora, não fez nada.
– Joseph– disse Demi, ofegante, com os olhos arregalados, tentando ignorar o toque de sua mão. – Você acabou de me pedir para não matar a gente e agora quer que eu corra? – Demi pisou mais fundo no acelerador, como se tivesse que se autoafirmar. – Então está bem. Aqui vamos nós em direção à morte certa.
Enquanto os Lumineers cantavam no rádio, uma inconfundível expressão de satisfação cruzou o rosto de Joseph ao olhar o velocímetro. Com a mão ainda sobre a coxa dela, apoiou os pés no painel do carro e apertou o botão que abria a janela. Uma rajada de ar quente entrou no carro. Ele aumentou o volume do rádio. Batucando no joelho, olhou para Demi, o sorriso sexy mais largo do que ela já vira um dia.
Demi deu uma risadinha e começou a batucar no volante em sincronia.
– Espere! Encoste aqui.
Joseph baixou as pernas. Pousou a mão na de Demi e passou o carro para o ponto morto. Segurando o volante, puxou-o para a direita e o carro se dirigiu para o acostamento, triturando o cascalho, e parou com um guincho.
Demi ficou confusa.
– O que houve?
Olhando fixamente em seus olhos, com a expressão séria, Joseph não respondeu. Em vez disso, inclinou o corpo e roçou os lábios contra os dela suavemente. Demi fechou os olhos e tentou respirar. Joseph tomou seu rosto entre as mãos.
– Saia do carro – disse ele com a voz baixa.
Com os olhos ainda fechados, Demi suspirou ao sentir a mão e os lábios dele deixarem seu rosto. Etta James agora cantava e ela viu, sem fôlego, Joseph deixando o assento. Tentou recuperar a compostura enquanto seguia seu exemplo e saltava do carro. Deu a volta até onde ele se encontrava. Joseph se aproximou e tomou a mão dela. No calor do sol de fim de tarde, Demi quase congelou. Joseph deslizou o braço em torno de sua cintura e aninhou a mão dela de encontro ao próprio peito.
– O que estamos fazendo? – perguntou ela, quase sem fôlego.
Joseph inclinou a cabeça e roçou os lábios nos dela, atormentando-a. Nem de longe chegaram a satisfazer sua necessidade. Os nervos de Demi se inflamaram, selvagens e elétricos.
– Um ajuste – respondeu ele, baixinho, embalando o corpo dos dois para a frente e para trás. Ele mordiscou o lábio dela, a mão livre agarrando-lhe a cintura. – Foi aqui que a gente brigou ontem. Quero um ajuste de forma que, quando você pensar nesta estrada, se lembre disto. Eu a abraçando... você me olhando nos olhos... nós dois nos beijando.
Como se quisesse enlouquecê-la, brincou com os lábios dela outra vez, sorvendo-lhe mais um pouco. Enfiou a língua lenta e profundamente. Demi gemeu, todos os sentidos voltados para a sensação da mão de Joseph descendo até seu quadril.
– Você sabe que música é essa? – perguntou ele, os olhos grudados nos dela enquanto balançavam devagar ao som da canção. – Melhor ainda, você sabe quem está cantando?
Acima do sangue que rugia em seus ouvidos e dos carros que passavam em disparada, Demi registrou a voz sensual de Etta James, ronronando pelos alto-falantes das portas abertas do carro.
– “At Last”, da Etta James.
– Muito bem, Srta. Lovato – sussurrou ele em seu ouvido. – Você tem estudado jazz?
Demi engoliu em seco e balançou a cabeça.
– Minha... minha avó costumava...
Joseph cobriu sua boca com a dele. Entreabriu seus lábios e deslizou a língua para dentro, grunhindo enquanto tomava-lhe o rosto entre as mãos. Tomou controle do beijo, a língua mergulhando, acariciando e dançando sobre a dela. Joseph a explorava, voraz, como se não houvesse o bastante dela para satisfazê-lo. Demi perdeu o ar. O útero se contraiu. Sentindo-se como uma delicada flor encostada no peito dele, ficou lânguida. O corpo se derreteu no dele. O amor e a devoção dele a cercaram com um carinho e uma paixão que iam além das palavras.
– Eu te amo – sussurrou Joseph, interrompendo o beijo aos poucos. Ainda com o rosto dela entre as mãos, baixou a cabeça e encostou a testa contra a dela.
– Quero quebrar as regras. Beijar você apaixonadamente todos os dias. Fazer você sorrir quando estiver prestes a chorar. Não quero arrependimento nenhum entre a gente. Quero que a gente ria junto até doer a barriga, até perder o fôlego. Nenhum homem nunca vai te amar como eu, Demi. Você é tudo. Minha última. Minha eterna.
Demi sentiu um nó na garganta.
– Não sei o que dizer – sussurrou ela, as lágrimas nublando seus olhos. – Você me enche de vida e eu te amo de mais maneiras do que pensava ser capaz, mas você é muito mais do que sinto que mereço.
– Não, eu sou o que você merece. – Joseph beijou-a novamente. – Você merece um homem que lembre que sua avó ouvia jazz enquanto cozinhava.
– Você se lembra disso?
– Eu me lembro de tudo o que você já me disse. – ele passou as mãos por seus cabelos. – Vou quebrar você em pedacinhos, Demi Lovato, e reconstruí-la devagarinho. Segundo a segundo, peça por peça, lembrança por lembrança, vou fazer você perceber que merece o que eu vou dar. Se eu tiver que abrir um dicionário todos os dias para fazer você olhar para a palavra “merecimento”, é o que vou fazer. – Joseph a puxou para mais perto e riu. – Vou até colar uma foto minha ao lado da palavra.
Demi fungou e deu uma risadinha.
– Uma foto sua, é?
– É. Uma foto minha. – Joseph a abraçou com ainda mais força, aproximando-se do seu ouvido. Roçou os lábios em sua orelha. – Pode ser uma foto minha nu, se você realmente insistir.
Descansando a face contra seu peito, Demi sorriu.
– O que vou fazer com você?
Com a expressão mais suave, Joseph a olhou, inquisitivo.
– More comigo.
Demi respirou fundo e mencionou falar, mas hesitou. Foi tomada pela ansiedade e o pulso acelerou. Tocou o queixo dele, fitando-o com seus grandes olhos castanhos.
– Como?
Ele colocou a mão sobre a dela.
– Você me ouviu. Eu quero que você vá morar comigo. Eu sei que é...
– Loucura.
As mãos de Joseph encontraram a curva de seu pescoço.
– É. É louco e rápido demais. É perigoso, imprudente e inebriante. – Joseph fez uma pausa, puxando o rosto dela para mais perto. – Mas é o que nos torna únicos. É o que nos fez únicos desde o instante em que nos conhecemos. More comigo, Demi. Venha ser louca, perigosa, imprudente e inebriante comigo. Basta vir e acordar ao meu lado todas as manhãs.
Demi encarou o chão e mordiscou a unha do polegar. A ideia era mais do que intoxicante. Meu Deus, tudo o que dizia respeito a Joseph a despia de qualquer pensamento negativo. No entanto, a incerteza sobre se conseguiria ou não fazê-lo feliz ficava martelando a sua cabeça. Já era o bastante que ele a tivesse aceitado de volta, confiando-lhe o coração outra vez, mas algo dentro dela gritava que nunca conseguiria satisfazê-lo.
– Eu não sei – respondeu Demi, olhando para ele. – Vamos ver como ficam as coisas quando a gente voltar para Nova York. Dar tempo ao tempo, talvez. 
Um sorriso lento se abriu no rosto de Joseph e, sem aviso, ele tirou Demi do chão, jogando seu corpo delicado por cima do ombro como se fosse um saco de batatas.
– Demi Lovato, está pedindo que eu espere mais do que já esperei?
– Joseph Jonas, você está louco? – indagou ela, arfante, agarrando as costas da camiseta dele.
– Quem faz as perguntas aqui sou eu.
Rindo, Joseph caminhou até o carro e colocou Demi em cima do capô. Ela ofegou e saltou.
– O que foi? – perguntou ele.
Com os olhos arregalados, Demi afastou os cabelos do rosto. Ela franziu a testa.
– O capô queimou a minha bunda.
Joseph sorriu e puxou a camiseta por cima da cabeça. Abriu-a em cima do capô, ergueu Demi mais uma vez e a colocou em cima.
– E eu achando que a sua bunda não tinha como ficar mais quente.
Demi o olhava como se ele tivesse dez cabeças, mas, ainda assim, Joseph manteve um sorriso afetado enquanto se postava entre as suas pernas. Inclinando-se para a frente, beijou-a suavemente.
– Está melhor assim? Se não estiver, eu posso tirar a bermuda para deixar a superfície mais macia para esse traseiro gostoso.
Ele começou a desafivelar o cinto.
– Você é louco. – Demi deteve as suas mãos, examinando seu abdômen bronzeado. – Louco de carteirinha.
Joseph ergueu uma única sobrancelha e assentiu.
– Louco de paixão – concordou, beijando-a outra vez. Passando o braço ao redor de sua cintura, ele a puxou para mais perto. – Enganche.
– O quê?
Demi inclinou a cabeça automaticamente enquanto ele percorria seu queixo com a boca.
– As pernas – respondeu ele, passando os braços dela por cima dos próprios ombros. – Engancha as suas pernas em torno da minha cintura.
Demi corou.
– A gente está no acostamento de uma autoestrada, Joseph.
– Eu sei. Exótico, não é?
Com um largo sorriso, ele não esperou que ela lhe obedecesse. Tomou as providências necessárias agarrando as suas panturrilhas e passando-as em torno da própria cintura.
– Ah, é assim que se faz.
Visivelmente constrangida, Demi mordeu o lábio, fitando a autoestrada, onde os carros passavam em alta velocidade. Joseph riu diante de seus olhos arregalados quando um carro passou por eles buzinando, um dos passageiros assoviando pela janela.
Joseph colocou um dedo sob seu queixo, trazendo a atenção de Demi de volta para ele. Os olhos percorreram os exuberantes lábios avermelhados, o pulso automaticamente acelerado.
– More comigo, Demi. Ora, a gente se apaixonou desse jeito... então vamos em frente.
Olhando para aquele mar que eram os olhos esverdeados dele, Demi engoliu em seco e apertou seus ombros nus.
Joseph chegou mais perto, roçando os lábios.
– Eu não posso prometer que as coisas vão ser sempre doces e ternas, porque, quando a gente briga, é para valer. Mas estou certo de que também não vai ser um show de horrores, porque a gente ama com ainda mais vontade. O que posso prometer é que você vai sempre significar mais para mim do que a minha próxima respiração e que sempre vai ser você na minha vida. Mais ninguém.
Naquele momento, tudo o que Demi temera desmoronou, sumiu, sendo silenciado com todos os sons que os cercavam, exceto a respiração dela e de Joseph. Seu coração, tão vazio havia poucos dias, parecia prestes a explodir.
Puxando-o para mais perto, ela fez que sim, o sorriso se abrindo ao mesmo tempo que as lágrimas caíam.
– Está bem, Sr. Jonas. Vamos em frente.
Uma ligeira surpresa brilhou nos olhos de Joseph quando ele pressionou seus lábios nos dela.
– Sério?
– É. –  Demi riu com os lábios encostados nos dele. – Sério. Vamos com essa porra até o fim.
Com seu sorriso infame, Joseph arrancou Demi de cima do capô. Ela soltou um gritinho agudo e sacudiu os pés.
– Isso foi muito fácil. Achei que você iria resistir um pouco mais. Foi o meu striptease, acertei?
– Foi, Joseph – respondeu ela, embora o divertimento em seus olhos fosse tangível. – O striptease acabou comigo. Senhor, me ajude.
Joseph e Demi se beijaram e foi ali, naquele longo trecho de estrada no México, que ele soube de todo o coração que ajustariam.

essa parte do christian grey hahahaha
e Joseph pedindo para ela morar com ele? e ela aceitou ufa.
morri com a parte do capô kkkkkkkkkk
no próximo capítulo aparecerá um pessoa nada agradável, quem será que é? 
aguardem!!! 
gostaram? deixem seus palpites.
até o próximo.
bjs amores <3

2 comentários:

  1. Simplesmente amo essa história!!! Feliz demais que ela aceitou morar com ele!!! Apaixonada por esses momentos Jemi!!! Quem é o encosto que vai aparecer? Louca pra saber a reação dele sobre o Alex ter batido na Demi!!! Posta logooo!!!

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    1. Também fiquei muito feliz quando ela disse que aceitava ir morar com ele.
      Vai descobrir no próximo capítulo uma presença de uma pessoa mal caráter.
      A reação dele vai ser só de raiva mesmo.
      Vou postar hoje, bjs lindona <3

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