16/01/2017

heartbeat: capítulo 18


Relaxando por inteiro

Se preparem que é hoje!

O céu de outubro, frio e infinito, era iluminado pela lua cheia quando Demi e 
Selena deixaram o prédio. Respirando fundo, Demi olhou para as estrelas cintilantes, sobre

os edifícios muito altos.
Adorava o outono. O ar, apesar de frio, tinha o poder de acalentá-la, fazendo com que se
lembrasse do Colorado.
Seu lar.
Se havia um momento na vida no qual mais precisava da mãe, era este.
– Nós estamos o máximo, amiga – vibrou Selena, fazendo sinal para um táxi. – Minha mãe sempre diz que não existe dinheiro mais bem gasto do que em cabelo, maquiagem e unhas para uma noite como esta.
Antes que Demi pudesse concordar, uma elegante limusine preta parou à sua frente. O chofer saltou e Demi recordou que ele os havia levado à casa de Joseph nos Hamptons.
– Boa noite, Srta. Gomez – disse o cavalheiro rechonchudo de cabelos grisalhos para Selena. – Perdoe-me o atraso. A cidade está com várias quadras fechadas para obras que eu desconhecia.
– Oi, Marcus – disse Selena com um sorriso. – Foi aquele filho da mãe traiçoeiro que mandou você, não foi?
– Sim, Srta. Gomez. O Sr. Joseph me mandou chegar às seis horas em ponto para buscar você e a Srta. Lovato. Mais uma vez, peço desculpas pelo atraso.
– Caramba, adoro surpresas! Achei que iríamos de táxi. – Selena se virou para Demi com as sobrancelhas erguidas. – Pelo visto o Sr. Joseph cobre as pessoas que ele deseja desesperadamente com o que há de melhor... porque ele nunca mandou uma dessas antes. – Demi balançou a cabeça e entrou na limusine. Depois de se acomodarem, Selena abriu uma garrafa de champanhe e serviu uma taça para si e outra para a amiga. – Dinkerbell ligou para você hoje de novo?
– Dinkerbell?
– É, como Tinkerbell. Ele ligou de novo?
– Esse apelido é novo. – Demi suspirou. – O que você acha?
– Bem, pensei que ele tivesse se tocado, já que você não tem atendido os telefonemas dele. – ela deu de ombros. – E não chegou nenhuma flor no apartamento hoje, então presumi que ele enfim tivesse desistido.
Demi sabia que não era o estilo de Alex desistir de nada com tanta facilidade.
– Certo, talvez não para o apartamento, mas mandou para o Bella Lucina.
– Caramba! – exclamou Selena, arregalando os olhos. – Quantas dessa vez?
Demi olhou para ela por cima da borda da taça.
– Digamos apenas que foi o suficiente para Antonio decorar todas as mesas, o bar e ainda ficar com uma dúzia inteira para levar para a namorada.
Virando a bebida, Selena se recostou no assento, suavizando a expressão.
– Bem, estou orgulhosa de você por não ceder. Com toda sinceridade, espero que se mantenha firme quando ele voltar da Flórida. Quando falei com Trevor hoje mais cedo, ele contou que, desde que chegaram lá, o idiota só fala sobre como está decidido a reconquistar você.
Demi espiou pela janela, os olhos absorvendo as luzes cintilantes da cidade. Enquanto as via passar, pensou em quanto se sentia como a vítima de um acidente violento, machucada e cheia de hematomas. Embora não tivesse nenhum osso quebrado, o coração sangrava das feridas infligidas por Alex. As palavras ditas por ele não lhe saíam da mente, ferindo tanto agora quanto no momento em que ele as pronunciou.
Não tinha como negar que se sentia culpada por causar a situação como um todo. Sabia que poderia ter evitado aquilo. Mesmo assim não iria ceder. Não podia. Estava mandando os telefonemas dele direto para a caixa postal. Alex chegara a ligar para a escola onde ela lecionava.
Demi ignorara esses recados também. No entanto, sua maior surpresa foi quando a mãe dele apareceu no apartamento dela, sem aviso e puta da vida. Demi encurtou a visita ao máximo batendo a porta na cara de Lee.
– Vou ter que conversar com Alex quando ele voltar – suspirou Demi. – Não posso terminar o noivado sem dar nem uma explicação.
– Por que não? Ele não merece explicação alguma, Demi.
– Não estou falando de fazer isso por ele, Selena. Mas eu preciso botar um ponto final. –Demi virou o resto do champanhe e imediatamente encheu a taça outra vez. – De uma forma ou de outra, Alex fez muito por mim e pela minha família. Sei que o que ele fez no bar foi errado, mas estava bêbado e essa é uma coisa que preciso levar em consideração.
Selena a olhou de cara feia do outro lado da limusine.
– Você está caindo na armadilha dele outra vez.
– Como estou caindo na armadilha dele, Selena? Ele nem está aqui.
Selena deu uma batidinha na têmpora da amiga.
– Certo, mas ele está aí dentro desse seu cérebro, igual a um funguinho. Meu irmão fica
de porre e não pira para cima da Fallon. – Selena inclinou o corpo para a frente e se serviu de uma segunda taça de champanhe. – Eu já saí com um monte de caras que ficavam chapados e não faziam a merda que ele fez com você. E estou certa de que você já teve ex-namorados que também não fizeram.
– Eu não namorei muito antes de Alex. – Demi deu de ombros. – Na verdade, não tenho nenhuma base de comparação.
O rosto de Selena se contraiu, demonstrando confusão.
– E por que você precisaria de uma base de comparação para uma coisa dessas, Demi? Já chega dessa história. Bêbado ou sóbrio, para baixo ou para cima, puto da vida ou feliz, nenhum homem tem o direito de tocar um dedo sequer numa mulher. Nunca. – tomando um gole de champanhe, Demi desviou o olhar. – Não estou brincando, Demi. Você pode achar que o que seu pai fez com sua mãe é normal, mas não é, amiga. Longe disso. – Engolindo com dificuldade diante das lembranças ruins, Demi forçou-se a se concentrar em Selena. – Eu sugiro que você se livre da necessidade de dar uma conclusão ao que você teve com aquele babaca porque ele é igualzinho ao seu pai. Separe as coisas que ele deixou no nosso apartamento e eu mando meu irmão buscar suas coisas na casa do cuzão. – cruzando as pernas por baixo do vestido de noite vermelho, ela acrescentou: – Graças a Deus vocês ainda não tinham assinado o contrato daquele apartamento.
– Não quero mais falar sobre isso hoje – pediu Demi, a voz entre o limite da frustração e da súplica. – Quero curtir uma noite sem pensar em toda essa confusão com Alex. Por favor, Selena?
– Está certo, mas amanhã vou voltar a atazanar você.
Demi suspirou e assentiu.
– Tudo bem.
Cinco minutos depois, a limusine parava na frente do hotel St. Regis. Marcus abriu a porta e elas deslizaram até a calçada, agradecendo-lhe. Puxando o xale por cima dos ombros,
Demi enlaçou o braço de Selena e elas entraram no lobby.
Depois que Selena deixou o casaco na chapelaria, elas se dirigiram ao amplo salão de baile. O evento estava a todo vapor. A música da banda enchia o local enquanto garçons de luvas brancas percorriam o salão com caviar e taças de champanhe. O ambiente extravagante tinha tetos abobadados salpicados de nuvens que realçavam os lustres dourados. Uma iluminação suave em rosa-claro em homenagem à cor da campanha de conscientização contra o câncer de mama deixava a seda branca que cobria as mesas com aparência de cascatas. Lindas rosas e cravos pink despontavam de dentro de reluzentes montanhas de hortênsias no centro de cada mesa.
No segundo em que Demi entrou no salão, seus olhos encontraram os de Joseph. Ela percebeu que precisava se lembrar de respirar. Um sorriso surgiu no rosto dele enquanto ela o observava pedir licença e se afastar de um grupo de homens. Demi não só se concentrou nele enquanto Joseph atravessava o ambiente, como notou que os olhos de todas as outras mulheres gravitavam na direção dele. Jovens, velhas, altas, baixas, negras ou brancas, nenhuma conseguia evitar fitá-lo. Ele estava impressionante, trajando um smoking Armani cortado à perfeição. Deslizando a mão pelos cabelos, atravessou o salão com passadas ao mesmo tempo sensuais, poderosas e fortes.
Selena o abraçou.
– Obrigada por ter mandado a limusine para nos buscar. – ela fez uma pausa e um sorriso malicioso dançou em seus lábios. – Bem, não foi para nos buscar, mas ainda assim, foi um gesto simpático.
Balançando a cabeça, Demi mordeu o lábio para esconder a onda de vergonha que fez sua barriga revirar.
– É claro que era para buscar as duas. – ele riu, erguendo uma das sobrancelhas, culpado. – Só nunca tinha pensado em mandar uma antes.
– Claro, Joseph, como você preferir – rebateu Selena, a voz contendo um ceticismo brincalhão.
Joseph riu outra vez, pois sabia que ela o havia desmascarado. – Onde estão seus pais? Quero dar um oi.
– Estão ali – respondeu ele, apontando uma mesa no meio do salão.
– Beleza, depois eu falo com vocês.
Com isso, Selena saiu em direção a Paul e Denise.
Joseph se virou para Demi, os olhos ansiando por cada centímetro daquele corpo. Ela estava estonteante: uma princesa entre camponeses. Ele ficou sem fôlego. Ela usava um vestido tomara que caia de veludo preto que destacava o colo e descia até o chão, abraçando como uma luva suas curvas sutis. Os olhos de Joseph subiram pela gargantilha de diamantes, ignorando o brilho da joia, e se fixaram naqueles lábios cor de rubi: impressionantes, fartos,
brilhantes. Minúsculos grampos de diamantes prendiam os cabelos dela, deixando apenas alguns fios a emoldurar o rosto em formato de coração. Tons de cinza esfumaçado cintilavam em suas pálpebras enquanto os lindos olhos cor de mel fitavam os dele. Tentando se recompor, Joseph tomou a mão de Demi e, num gesto régio, a levou até os lábios, dando-lhe um beijo delicado.
– Palavras seriam incapazes de descrever sua beleza esta noite.
– Obrigada – disse ela, nervosa, agarrando a clutch. – Você também está ótimo.
– Ora, muito obrigado. – ele deu um sorriso carinhoso. – Vamos?
Com alguma hesitação, ela assentiu e Joseph pousou a mão dela sobre a dobra de seu braço. Ele a conduziu através do salão, parando um instante para conversar com alguns dos convidados que o detinham. Ao longo do caminho, apresentou Demi a algumas das famílias que a fundação da mãe tinha ajudado ao longo dos anos. Seus rostos alegres revelavam sua gratidão. Dentre os convidados estavam alguns dos principais pesquisadores de câncer de mama de Nova York, representantes de organizações, entidades e alguns políticos que tiveram um ente querido acometido pela doença.
Como o tema afetara Joseph e a família de maneira tão íntima, Demi ficou impressionada com a generosidade que haviam estendido aos necessitados.
Joseph puxou uma cadeira para ela.
– Demi, você se lembra do meu irmão, Kevin, e da esposa dele, Danielle.
Assentindo, Demi apertou as mãos de ambos.
– Lembro, sim. É bom revê-los.
– Você também – replicou Danielle. – Na verdade, meus filhos já perguntaram por você algumas vezes.
– É mesmo? – indagou Demi, a surpresa estampada nos olhos.
Passando o braço por cima do encosto da cadeira de Danielle, Kevin respondeu:
– Com certeza. Nos disseram que você é a melhor jogadora de futebol do mundo.
– Que engraçado – observou Demi, sorrindo. – Bem, diga a eles que mandei um “oi”. Temos que organizar outra partida de futebol.
Joseph sorriu e sentou-se ao lado de Demi.
– Não deixe que ela engane vocês. Se bem me lembro, fui eu que lhe ensinei a jogar futebol. – Olhando para Demi, ele piscou. Ela balançou a cabeça.
– Ah, claro, cunhado, fique com todo o crédito. – Danielle afastou os cabelos louros do ombro, os olhos revelando anos de sabedoria. – Demi, é bom você ser avisada de antemão que todos os homens da família Jonas tentam levar o crédito por tudo que puderem.
Demi arqueou a sobrancelha para Joseph e ele riu.
– Mas, neste exato momento, esta mulher do clã dos Jonas está prestes a levar o crédito por ensinar o marido a dançar – continuou Danielle, levantando-se e tomando a mão de Kevin. – Não é verdade, meu bem?
De pé, Kevin passou o braço pela cintura da esposa e lhe deu um beijo na cabeça.
– Eu tenho dois pés esquerdos, então vou mesmo lhe dar o crédito por tentar me ensinar a dançar.
– Cuidado para não cair de bunda, maninho – gritou Joseph enquanto o casal seguia para a pista de dança.
Kevin se virou e fez um gesto obsceno com o dedo do meio para Joseph.
– Hum, será que estou percebendo certa rivalidade entre irmãos? – perguntou Emily.
– A mais completa rivalidade entre irmãos – respondeu ele, chamando um dos garçons. – Eu me divirto com qualquer chance que tiver de fazê-lo de bobo.
– Você é de mais! – disse ela, rindo.
– Eu sei, mas ele merece.
O garçom se aproximou da mesa com uma garrafa de champanhe caríssimo e uma toalha estendida sobre um dos braços.
– O que você gostaria de beber? – perguntou Joseph.
Sabendo que ela e Joseph não combinavam bem com bebidas alcoólicas, Demi achou melhor pegar leve.
– Na verdade, vou querer uma água gelada.
Ele franziu a testa.
– Tem certeza? – respondendo com um sorriso, Demi assentiu. Depois de pedir um bourbon com gelo, Joseph se recostou na cadeira e olhou para ela. – Estou feliz em ver que você não está mais doente.
– Obrigada. Foram dias bastante difíceis.
– Tenho certeza que sim – respondeu ele, sabendo que tinham sido difíceis o suficiente para ela, mesmo tendo sarado da gripe. – Dei uma passada pelo restaurante para ver como você estava e Fallon disse que você já tinha saído.
– Eu soube. Quis telefonar, mas acabei me esquecendo. Desculpe.
– Não precisa se desculpar. Eu só queria ter certeza de que você estava bem.
– Obrigada por se preocupar. Agradeço de coração. Mas estou bem, de verdade.
Ela sorriu e pôs um guardanapo no colo. Ainda assim, Joseph não percebeu nem um traço de felicidade em seus olhos. Durante toda a noite, manteve a conversa leve, evitando qualquer coisa que tivesse a ver com Alex. Descobriu que, embora o trabalho como professora devesse ter sido em tempo integral, algo dera errado e Demi só estava trabalhando em meio período, como substituta. Ainda assim, ela parecia satisfeita. Ele a provocou um pouco mais pela classificação dos Yankees para o World Series, prometendo- lhe que um dia a transformaria numa torcedora de carteirinha. Ela discordava, mas mesmo assim riu, e isso era tudo que importava para Joseph.
Depois que todos jantaram, os pais de Joseph foram até a mesa deles. O imponente casal chegou de braços dados, os rostos corados por causa da dança e do champanhe.
– Selena – começou Paul com um sorriso maroto.  – Minha linda esposa me deu permissão para dançar com você.
Ela arqueou uma sobrancelha, incrédula.
– Deu mesmo?
– Deu, sim – observou ele, pegando a mão dela.
– Você tem certeza, Denise? – Selena se levantou. – É bem possível que eu o roube de você.
– Ele é mesmo um homem muito simpático. – Denise sorriu, os olhos verdes brilhando, deliciados. – É bem possível que ele vire a sua cabeça, menina. No seu lugar, eu tomaria cuidado.
– Não posso discordar de você quanto a isso. – Selena caminhou até ele. – Vamos lá, meu velho. Vou lhe mostrar como nós, jovenzinhos, fazemos as coisas. – rindo, Paul deu um beijo na bochecha da esposa e em seguida Selena o conduziu até a pista.
– Você está linda esta noite, Demi – disse Denise, sentando-se ao seu lado. – Espero que esteja se divertindo.
– Obrigada, Sra. Jonas, a senhora também está linda. Eu estou me divertindo, sim. Está tudo espetacular.
– Ai, ai, ai. – Denise deu um tapinha carinhoso na mão de Demi. – Lembre-se de que o “Sra. Jonas” faz eu me sentir velha. Mas fico feliz que esteja se divertindo.
– Obrigada, Denise.
– Você está mesmo linda esta noite, mãe. – Joseph se levantou da cadeira e pôs a mão no ombro de Denise. – Talvez eu tenha que ficar de olho em você para me certificar de que nenhum homem a roube do papai.
Erguendo a vista para o filho, ela cobriu a mão dele com a sua.
– Você sempre foi meu maior fã, Joseph – vibrou ela, sua alegria evidente. – Mas, na verdade, querido, depois de 35 anos de casamento, não vou a lugar algum. É bastante seguro dizer que seu pai não precisa se preocupar com isso.
– Não tem que se preocupar com o quê? – perguntou Kevin, aproximando-se da mesa com uma bebida na mão.
– Ah, não é nada. Seu irmão está sendo super protetor. – ela riu, levantando-se. – Onde está Danielle?
Kevin apontou para trás.
– Está no saguão, ligando para a babá para ver como estão as crianças.
– Bem na hora, então – retrucou Denise, pegando o braço dele. – Quer dançar com a mulher que o pôs no mundo?
– Sem dúvida. – ele virou o restante da bebida. – Vou fazer o possível para não pisar no seu pé.
Assim que mãe e filho desapareceram em direção à pista de dança, Joseph olhou para Demi.
– Quer dançar?
Mordendo o lábio, Demi olhou ao redor do salão de baile e de volta para ele.
– Dançar, é?
– Sim, dançar – afirmou ele, fingindo-se de inocente. – Prometo que vou me comportar.
– Disso eu realmente duvido, mas vou confiar em você uma última vez.
Joseph deu uma risada simpática enquanto ela removia o guardanapo do colo. De pé,
Demi sorriu.
– Mas devo avisar que provavelmente não sou muito melhor do que seu irmão.
– Isso é impossível – retrucou Joseph. – Espere aqui um segundo. Já volto.
Ela assentiu e o viu caminhar até a banda. Ele falou com o vocalista por alguns instantes e em seguida voltou com um sorriso malicioso.
– Por que está com cara de quem está aprontando alguma? – indagou ela, erguendo uma das sobrancelhas.
O sorriso de covinhas se abriu ainda mais quando Joseph pegou a mão dela e a pôs em seu braço dobrado.
– Deve ser porque estou aprontando alguma.
– E o que é?
Conduzindo-a até a pista de dança, ele permaneceu em silêncio.
– Joseph – disse ela, com uma risada.
– Demi.
– O que você está aprontando?
Ele esperou até que a banda começasse a tocar os primeiros acordes de seu pedido.
– Você ouve jazz? – ele pôs a mão nas costas de Demi. Entrelaçando a outra mão na dela, ele a trouxe de encontro ao peito.
Surpresa pela enorme proximidade, ela levou um segundo para organizar os pensamentos.
– Hum, ouço. Minha avó costumava escutar enquanto cozinhava.
– Conhece esta música?
– Não sei o nome, nem quem canta – respondeu ela, lutando para ignorar o perfume sedutor dele. – Mas eu me lembro de tê-la achado linda na primeira vez em que a ouvi.
Olhando para ela, Joseph não pôde deixar de notar o nervosismo com o qual Demi o abraçava enquanto ele os embalava num ritmo lento. Sentiu o coração inflar.
– O nome é “La Vie en rose” e a cantora original era a francesa Édith Piaf, mas a versão que eu gosto mesmo é do Louis Armstrong.
– É linda.
– É, sim. E era isso que eu estava aprontando – sussurrou ele ao ouvido dela.
Tentando recuperar o fôlego, Demi mordeu o lábio quando um arrepio percorreu seu corpo.
– O que quer dizer com isso?
– Bem, é que já nos imaginei dançando esta música.
– É mesmo? – perguntou ela, tentando esconder qualquer sugestão de choque diante da revelação. Por dentro, riu de si, pensando nas confissões que já havia feito a ele.
– É. – A voz suave de Joseph transbordava carinho. – E, sendo assim, muito obrigado por esta dança.
– De nada.
Ela viu a expressão nos olhos dele: a mesma que quase a afogava sempre que a fitava daquela forma. Desviou o olhar para o local onde os pais dele agora dançavam juntos.
– É impressionante que estejam casados há tanto tempo. É quase impossível acreditar que um amor forte assim possa existir.
Joseph estudou o rosto dela enquanto Demi observava seus pais. Algo no tom cansado e
no olhar distante dela ansiavam por algo mais profundo do que a relação que tivera com Alex. Foi então que Joseph se deu conta de que precisava acordar com ela ao seu lado.
Queria ver que tom tinham aqueles olhos cor de mel quando ainda estavam lânguidos de sono. Queria os cabelos dela emaranhados e caídos em seus braços fortes quando acordasse e a visse sorrindo para ele. No mais frio dos invernos, quando cobertores não pudessem aquecer o corpo dela o suficiente, ele queria lhe proporcionar o calor de que precisava. Mais do que tudo, queria que Demi se apaixonasse por ele.
Era mais do que um desejo pelo corpo dela; era a necessidade de possuir seu coração e sua alma. Se pudesse ter uma noite com ela, Joseph tinha certeza de que seria capaz de convencê-la de que haviam sido feitos um para o outro. Seus dedos cálidos foram subindo preguiçosamente pela coluna dela, parando na nuca.
– Você merece ser amada assim – sussurrou ele de encontro aos seus cabelos.
Quando recuou, os lábios de ambos ficaram muito próximos. Ao menor movimento de qualquer um dos dois, se tocariam. Com o hálito de Joseph, suave e sensual, a revigorá-la, Demi respirou com dificuldade e tentou ignorar a eletricidade que formigava em sua pele. A combinação do toque à voz sedutora fizeram a dor do desejo se espalhar pelo seu corpo. Sua respiração estava pesada.
Sentia os seios subindo e descendo e notou os olhos de Joseph neles quando ela desviou o olhar sem dizer nada.
Joseph parou de se mexer e Demi voltou a atenção ao rosto dele. O contato físico era quase insuportável.
– Ainda consigo sentir seu sabor – sussurrou ele, enquanto os olhos a penetravam.
Com o coração ricocheteando no peito, Demi perdeu toda a capacidade de raciocínio e simplesmente se deixou afundar na sensação das mãos de Joseph, que deslizaram, carinhosas, até sua cintura. Incapaz de falar, ela apenas olhou fundo nos olhos dele.
– Sinto falta do seu corpo no meu. – umedecendo os lábios, ele apertou a cintura dela com mais força. – Sinto falta de como minha pulsação fica acelerada quando toco você. –
Joseph engoliu em seco, fechou os olhos e respirou fundo, inalando o perfume dela, o doce
aroma de jasmim o intoxicando. Quando abriu os olhos, a voz ganhou um tom mais grave,
porém ainda mais suave, ao mesmo tempo que as mãos emolduravam o rosto de Demi. – Quero me demorar com você, roçando os dedos nos locais que ele negligenciou. Ele nunca a amou da maneira que você merece ser amada – murmurou em seu ouvido, puxando-a para mais perto. – Deixe que eu ame cada pedacinho de você. Sua mente... – os dedos trilharam pelo pescoço de Demi. – Seu corpo... Seu coração... Suas cicatrizes... – as mãos desceram até a cintura outra vez. – Suas peculiaridades... Seus hábitos... Seus pensamentos... você inteira. Me dê tudo, Demi.
Engolindo em seco, o corpo dela estremeceu. Demi se afastou, sem deixar que os olhares se cruzassem outra vez.
– Não posso fazer isso com você, Joseph – disse, em voz baixa. – Nós... nós não podemos fazer isso.
Ele se aproximou dela, mas ela deu um passo atrás.
– Diga para Selena que eu a encontro em casa. Preciso ir. – ela deu meia-volta e se dirigiu à mesa para pegar a bolsa e o xale.
Com o choque estampado no rosto, Joseph a observou atravessar o salão, apressada, abrindo caminho pela multidão. No entanto, não estava disposto a deixá-la partir. Não estava disposto a permitir que ela saísse de sua vida.
Não agora. Nem nunca.
Com algumas passadas rápidas, atravessou a aglomeração e a tomou pelo cotovelo já no saguão.
Fitou-a com os olhos cheios de confusão, o coração disparado.
– Por que está fugindo de mim, Demi?
– Eu não estou fugindo de você – sussurrou ela, os olhos se enchendo de lágrimas.
Suspirando, ele passou os dedos pelos cabelos.
– Você está fugindo, sim, e quero saber por quê.
Ela desviou o olhar. Recusava-se a reconhecer a dor na expressão dele e recusava-se a sentir a dor no próprio coração.
– Nunca vai funcionar. Você e Alex eram amigos e ele nunca admitiria que ficássemos juntos.
– O quê? – perguntou Joseph, incrédulo. – Como você acha que ele seria capaz de controlar qualquer coisa entre mim e você?
– Ele vai – afirmou ela, as lágrimas escorrendo.
– De jeito nenhum – esbravejou ele, chegando mais perto.
Antes que Demi pudesse se afastar, Joseph a agarrou pela cintura e enxugou as lágrimas de seu rosto.
– Você tem que ficar comigo, e sabe disso. Você mesma disse que sente minha presença quando não estou por perto. – baixando a cabeça, ele olhou diretamente para dentro dos olhos dela, a voz baixa: – Demi, por favor... Você tem que nos dar uma chance. Deixe-me cuidar de você. Deixe-me amá-la.
Ela esperou que as palavras certas lhe ocorressem, mas elas não vieram. Cobrindo a boca
com a mão, cambaleou para trás, sentindo as pontas dos dedos de Joseph deixarem sua cintura. Um fluxo constante de lágrimas escorria de seus olhos. Ela olhou para ele por um momento, sentindo o coração arrebentar e, sem mais uma palavra, se foi.
Observando-a tomar um táxi, Joseph ficou ali parado, o coração afundando no peito enquanto tentava processar o que havia acabado de acontecer. Ele sabia que Alex exercia um poder sobre Demi, mas o fato de ela acreditar que ele seria capaz de separá-los deixava Joseph completamente perdido. Antes que se desse conta do que fazia, ele estava vasculhando os bolsos atrás das chaves e se dirigindo para o carro. Depois de enviar uma mensagem de texto para o irmão avisando que tinha ido embora, Joseph se pegou dirigindo por toda a cidade. Parte dele queria ir até o apartamento de Demi e pressioná-la ainda mais. No entanto, a razão lhe dizia que ele já havia forçado até o limite. Não podia dizer mais nada para ela, então acabou indo para casa.
Ao entrar em sua cobertura, Joseph tirou o paletó do smoking, pegou uma garrafa de bourbon e serviu-se de uma dose. Depois de virá-la, arrancou a gravata-borboleta, chutou os sapatos para longe e se sentou à ilha da cozinha. Não pôde deixar de rir, embora por dentro não achasse graça alguma. Estava afundando ainda mais naquilo de que precisava.
Esmurrando os punhos contra a bancada, ele se amaldiçoou por não ter ido ao apartamento
de Demi. Recordando-se das palavras do irmão, Joseph soube naquele momento que não
havia lutado o bastante. Levantando-se, começou a andar de um lado para outro, fitando o telefone enquanto se perguntava o que fazer. Fez menção de ligar para Demi, mas se deteve. A situação deles não pedia um telefonema. Ele precisava ir até ela e se recusava a não seguir seus instintos dessa vez.
– Foda-se – enfiou a mão no bolso em busca das chaves.
Abrindo a porta, ele quase se esqueceu dos sapatos, mas isso não tinha importância, pois
deu de cara com os mais lindos olhos o encarando. Eles não o cumprimentaram.
Palavras eram desnecessárias. Ambos compreenderam, no mesmo momento, que falariam tudo por meio de suas atitudes antes de o dia amanhecer. Um incêndio espontâneo começou dentro dos dois ao se moverem ao mesmo tempo, unindo-se, as bocas deslizando uma sobre a outra. Em algum momento, a porta se fechou e a camisa de Joseph foi arrancada. Ele segurava Demi pela nuca, e o beijo explodiu como balas traçantes. Antes que ela se desse conta, Joseph a havia erguido e encostado na parede. Colocando os braços dela acima da cabeça, ele prendeu seus pulsos ao mesmo tempo em que Demi enroscava as pernas na cintura dele. Com o corpo dele pressionando o dela com força e rigidez durante o beijo ardente, a mão livre de Joseph desceu pela coxa de Demi, levantando o vestido dela. Um ruído se fez ouvir quando a calcinha foi rasgada. Cheia de expectativa, a fenda molhada e lisa dela escorregava pelo tecido refinado da calça dele. À medida que um desejo enorme começava a se espalhar como fogo através de Demi, ela relaxava sob o controle de Joseph.
Soltando os braços, começou a desafivelar o cinto dele, freneticamente.
– Não consegui descer do táxi em casa, Joseph. Meu Deus, não consegui – gemeu ela, a boca colada à dele.
Não podia mais ignorar o desejo, a necessidade e a sensação de que pertenciam um ao outro. Não queria mais ignorar. Joseph era tudo o que Demi desejava e a única coisa que temia era que não houvesse o suficiente dele para satisfazê-la.
– Eu estava indo atrás de você – rosnou ele, deslizando a língua pelo queixo dela. – Não iria permitir que escapasse desta vez.
Deslizando a mão, Demi a enfiou na cueca dele, acariciando o membro espesso e duro.
Deleitava-se com a sensação do fluido perolado na pontinha, que molhava seu polegar.
Um gemido entrecortado atravessou a garganta de Joseph enquanto ela subia a mão outra vez, libertando seu membro ereto. Os lábios dele passaram da boca ao ouvido dela e desceram ao pescoço, mordendo e sugando enquanto ela o estimulava.
– Preciso sentir você dentro de mim, Joseph. Agora, por favor.
– Tenho que pegar uma camisinha – gemeu ele.
– Eu tomo pílula.
Foi só o que ele precisou ouvir antes de erguê-la ainda mais alto apenas para puxá-la sobre si.
Enquanto ele penetrava aquele calor úmido, Demi jogou a cabeça para trás, de encontro à parede, incapaz de acreditar em como era incrível senti-lo. Deu um suspiro profundo enquanto enlaçava o pescoço de Joseph. Arqueou as costas e ele a penetrou com força, outra vez, enterrando-se por completo. Com a língua deslizando por dentro e por fora da boca de Demi, gemeu quando ela fechou as pernas com ainda mais força em torno da cintura dele, as mãos agarrando seus cabelos.
Embora as costas dela roçassem contra a parede a cada estocada, a queimação prazerosa que ele lhe proporcionava era maior do que qualquer dor.
Joseph recuou um pouco e eles se olharam, sorvendo as emoções. Seus peitos subiam e desciam, compassados, toda vez que inspiravam, ofegantes. Enquanto ondas de prazer faziam o corpo de Demi estremecer, Joseph cobriu-lhe a boca com a dele, continuando a exploração com a língua enquanto a carregava até o quarto.
Ela deu um gemidinho quando ele a pôs de pé. Então Demi se viu diante de Joseph, o corpo tremendo da cabeça aos pés enquanto tentava recuperar o fôlego. Sem hesitar, ele se livrou da cueca e das meias, o olhar predador quente e concentrado sobre os lábios dela.
Os olhos de Demi deixaram o belo rosto de Joseph e deslizaram por seu lindo abdômen plano. Era magnífico.
– Não existe um homem sequer na Terra que não desejaria ser eu nesse instante – disse ele, tomando o rosto dela entre as mãos enquanto lhe acariciava os lábios com o polegar.
Como um animal selvagem perseguindo a presa, ele passou os lábios pelos ombros dela e subiu a língua pelo pescoço. – Sua mente e seu corpo nunca mais vão se esquecer das coisas que vou fazer com você esta noite. Cada... mínimo... centímetro do seu corpo vai me sentir. 
Além do toque provocante, as palavras dele davam a Demi a sensação de estar prestes a entrar em combustão.
– Ai, meu Deus! – ela arfou.
– Sim – disse Joseph, com um sorriso pretensioso.
Ele continuou a circundar e a tentar o corpo de Demi com beijos suaves, e então se posicionou atrás dela. Com o hálito quente, beijou sua orelha. Com os cílios se agitando até se fecharem, ela sentia o prazer percorrer seu corpo feito um raio a cada suave roçar dos lábios dele. Joseph foi abrindo o zíper do vestido de veludo, lentamente, e o observou deslizar até o chão, embolando-se aos seus pés.
Soltou os grampos de diamantes que prendiam os cabelos dela e a fez dar um passo à frente, livrando-a da roupa no chão.
Os fios caíram feito cascatas sobre os ombros, espalhando-se acima dos seios. Tentando respirar, Demi se afastou do vestido enquanto um desejo ainda maior arrepiava sua pele.
Ainda de pé atrás dela, Joseph lhe abriu o sutiã tomara que caia com uma das mãos enquanto a outra deslizou até sua barriga. Ela ficou paralisada. Enterrando o rosto na curva do pescoço macio, Joseph a agarrou com todo cuidado pela parte de trás das coxas e posicionou a perna dela em cima da cama. Demi gemeu quando ele enfiou os dedos bem fundo dentro dela. Um prazer abrasador percorreu cada terminação nervosa do corpo mignon. Jogando os braços para trás, ela enterrou os dedos nos cabelos de Joseph, arranhando e agarrando com toda sua força. Segurando o queixo dela entre as mãos, Joseph inclinou seu rosto para o lado, apenas o suficiente para grudar os lábios nos dela, gemendo enquanto a língua adejava para dentro e para fora. Enquanto uma das mãos penetrava ainda mais fundo nela, a outra alisava seu seio, segurando o mamilo rijo entre os dedos. Um tremor quente fez Demi vacilar, o corpo inteiro formigando. Ofegante, ela levou os dedos úmidos de Joseph até a boca, chupando e girando a língua por eles. Joseph a virou e a beijou outra vez.
– Você me enlouquece quando faz isso – gemeu ele, a voz cada vez mais áspera e rouca.
Com o coração aos saltos, Demi afundou os dedos nos cabelos dele.
– Que bom, agora me enlouqueça – gemeu ela, o corpo quente, arrebatado de desejo.
– É pra já. – ele deslizou a língua pela clavícula dela. – Deite este corpo maravilhoso na cama, mas não tire as meias nem os saltos – ordenou ele.
As palavras dele fizeram um arrepio subir pela espinha de Demi e só lhe restou obedecer. O frescor dos lençóis de seda deslizavam pelo seu corpo quente enquanto ela ia descendo pela cama king-size. Joseph estava tão perto que ela sentia o calor e o desejo emanando dos poros dele. O coração de Demi acelerou quando ela sentiu os olhos ardentes deslizando por seu corpo nu, devorando cada centímetro.
Com os olhos penetrando os dela, Joseph se ajoelhou lentamente e puxou o corpo de Demi até a beirada da cama. Abriu-lhe bem as pernas e as pôs sobre seus ombros.
Deleitou-se com os sons de seus gemidos antes mesmo de fazer contato com a carne.
Passando uma das mãos pela barriga dela, ele ergueu um de seus pés e beijou-lhe o tornozelo através da meia.
– Diga quanto você quer que eu a saboreie – sussurrou ele, movimentando a língua, muito devagar, panturrilha acima, ao mesmo tempo que o dedo fazia pequenos círculos sobre a fenda molhada.
Demi estava encharcada de desejo e Joseph mal conseguia se controlar.
– Ah, meu Deus, Joseph, por favor – implorou ela, erguendo os quadris e apertando os seios.
Abrindo ainda mais as pernas dela, ele exalou um último sopro quente em suas partes íntimas antes de lamber o clitóris. Escorregando o dedo para dentro dela, sorveu os fluidos doces que escorriam. E, por Deus, foi a coisa mais doce que sua língua já provou. Ele lambeu ainda mais fundo e enfiou a língua, sorvendo a umidade como se temesse nunca mais ter aquela experiência. Ela era puro mel. Joseph abriria mão de qualquer coisa para sentir aquele sabor, para cheirar, tocar e explorar cada centímetro dela de forma tão íntima, todos os dias, para o resto de sua vida.
– Você é deliciosa – sussurrou ele, enfiando os dedos ainda mais fundo.
A respiração de Demi cortou o ar, o corpo arqueando e tremendo de encontro à boca de Joseph, o que só o deixava ainda mais ávido. Seu membro estava quente e duro, cada
centímetro ardendo para estar dentro dela. Toda vez que Demi gritava seu nome e puxava seus cabelos, ele sentia o próprio corpo tremer com uma expectativa que jamais experimentara. Teve de se controlar ao máximo para não explodir sem nem mesmo penetrá- la. Quando a sentiu chegar perto do limite, diminuiu a velocidade da língua, deixou que ela se recompusesse e começou tudo de novo, até estar certo de que Demi não aguentava mais.
Quando as coxas macias estremeceram com as ondas do orgasmo, ele agarrou as laterais dos quadris dela, puxando-a com mais força ainda de encontro à sua boca faminta, mordiscando, sugando e puxando a carne intumescida e aveludada entre os dentes. Antes que Emily pudesse descer das alturas às quais Joseph a levara, ele foi desenhando círculos lânguidos com a língua pelo seu corpo acima. Ele a olhou nos olhos, o rosto dela ruborizado, a respiração entrecortada.
– Meu Deus, você é tão linda – gemeu ele.
Investiu contra um dos seios, a língua fazendo círculos e chupando o bico rijo. Ele agarrou a parte de trás dos joelhos dela para colocar suas pernas ao redor de sua cintura. Demi prendeu a respiração enquanto Joseph continuava a provocá-la com a língua no mamilo.
Cada toque era proposital, cada investida da língua tinha a intenção de provocar uma reação. E ela reagia. Os seus gemidos ecoavam pelo quarto, a respiração difícil perfurava até mesmo os próprios ouvidos. A língua dele redemoinhando ao redor do seio fazia o corpo de Demi saltar em direção àquela boca diabólica.
Demi já não conseguia respirar direito quando Joseph enfim mergulhou dentro dela. Nenhum homem, nem mesmo Alex lhe dera o prazer que Joseph proporcionava. Eles se perderam naquele momento, olhando fundo nos olhos um do outro enquanto emoções inomináveis os dominavam. Foi então que Demi sentiu que, sem precisar dizer nada, Joseph a reivindicara como sua. Ela havia perdido seu corpo, que agora era definido apenas pelo corpo de Joseph.
Gemendo, Joseph a penetrou ainda mais fundo e Demi soltou a respiração com força, tomando a boca dele com a sua. Ele deslizava a língua, entrando e saindo, enterrando as mãos nos cabelos castanho-avermelhados enquanto a respiração de ambos ficava mais rápida por causa das sensações que transbordavam de dentro deles.
– Você gosta do seu sabor na minha língua, não gosta? – indagou ele, a respiração arfante, entrecortada.
Demi arquejava, as unhas cravadas nas costas dele enquanto o beijava com intensidade crescente.
– Gosto.
– Seu corpo foi feito para o meu. – ele deslizou a língua até o queixo dela, as mãos segurando-lhe a cabeça. – Cada centímetro do seu corpo foi feito para mim, Demi.
Beijando-a, Joseph passava as mãos pelos cabelos dela enquanto Demi afundava a cabeça no travesseiro, erguendo os quadris para receber as estocadas. Os corpos se movimentavam juntos, como se fossem peças perfeitas, feitos um para o outro, ambos se contorcendo sob o calor e a necessidade que sentiam. Embora o corpo dele fosse todo músculos, seu abraço era suave e carinhoso. Ele não fazia nada com rapidez ou com força. Seus movimentos pacientes e deliberados demonstravam controle, e ele se demorava aproveitando o momento, adorando cada centímetro do corpo de Demi. Conforme os hálitos se misturavam, as bocas brincavam, unidas, as mãos deslizando sobre o corpo um do outro. Aumentando o ritmo, Joseph tomou os seios de Demi, enchendo as mãos com aquela maciez enquanto os ouvidos se deliciavam com cada gemido que saía dos lábios dela.
Joseph mergulhou no pescoço dela.
– Você é minha fraqueza, Demi – gemeu, deslizando a língua pelo pescoço dela. – Uma fraqueza muito doce.
Enfiando os dedos pelos cabelos dele, Demi o puxou para a própria boca quando ele se enterrou ainda mais fundo dentro de seu calor. Joseph sentiu que ela estava prestes a gozar assim que Demi lhe agarrou os braços, enterrando as unhas na carne enquanto a boceta escorregadia se fechava à sua volta com a força de um torno. Posicionando o braço sob as costas dela, ele a puxou de encontro ao peito enquanto os dedos se enroscavam em seus cabelos.
– Goza para mim, Demi – gemeu.
Os músculos de Joseph tremiam de tanta força que estava fazendo para controlar o próprio orgasmo. Assim que sentiu o corpo de Demi desmoronando sob o seu, ele se permitiu gozar com ela. Seus corpos se entrelaçaram no mais puro prazer enquanto estremeciam nos braços um do outro. Suor contra suor, alma contra alma, eles subiram às maiores alturas e caíram juntos, perguntando-se se algum dia voltariam a aterrissar.
Quando a respiração e os corpos desaceleraram, Joseph a fitou nos olhos. Afastou os cabelos dela do rosto, ainda admirado por ser Demi a mulher debaixo dele. Demorou-se beijando-a apaixonadamente. Demi retribuiu o beijo, os dedos alisando os cabelos dele, acariciando o rosto esculpido. Joseph nunca se sentira tão ligado a alguém. Abraçá-la o completava, senti-la o tornava inteiro, e ele precisava que ela soubesse disso.
– Amo você, Demi – sussurrou, os lábios colados aos dela. – Acho que a amei desde o segundo em que pus os olhos em você. – ele inclinou a cabeça levemente para trás e Demi fez menção de falar, mas ele colocou um dos dedos sobre seus lábios. – Não espero que você me diga o mesmo. Só quero que saiba que não era só sexo para mim. – ele deu mais um beijo suave em seu queixo. – Eu quero tudo, Demi. Quero passar minhas noites de mãos dadas com você. – ele sussurrava as palavras em seu ouvido. – Quero mensagens de texto o dia inteiro. – ele beijou-a na têmpora e acariciou seu rosto. – Quero risadas e beijos na testa. Quero noites com encontros românticos, quero assistir a filmes e preparar o café da manhã juntos. – ele correu as mãos pelos cabelos dela, mordiscando de leve seu lábio inferior. – Quero passeios de carro tarde da noite, ver o pôr do sol com você, quero gritos, berros e choro. – beijando-a, ele sorriu. – Tenho certeza de que vou querer o tipo de sexo que só se tem quando se está fazendo as pazes com alguém depois de todos aqueles berros e choros. Eu quero o bom, o ruim e tudo o que há entre um e outro. Tudo isso é o que vai nos tornar incríveis juntos.
Embora tivesse dificuldade para engolir, Demi não demorou muito para responder, pois não tinha muitas dúvidas. Agora ela enxergava com clareza, no fundo de sua alma e com
cada fibra do seu ser, que também o amava. O toque de Joseph, as emoções que sangravam de suas palavras e a sinceridade em seus olhos afastavam qualquer medo que ela pudesse ter dele – ou de ficar com ele.
Olhando para o belo rosto, ela passou as mãos em torno do pescoço dele, as lágrimas correndo.
– Também amo você, Joseph.
Erguendo a cabeça, ela beijou-lhe os lábios com suavidade e percebeu o choque percorrê- lo. Daí o beijou ainda mais profundamente, na tentativa de aliviar aquele mesmo choque. Funcionou, pois sentiu o corpo másculo relaxar.
– Também quero todas essas coisas... e com você. Quero fazê-lo feliz.
Encostando a testa na dela, Joseph tomou seu queixo na mão e lhe acariciou os lábios com o polegar.
– É impossível não ser feliz com você.
Joseph rolou para o lado, puxando Demi sobre si. Fizeram amor de maneira apaixonada e terna até as primeiras horas da manhã seguinte.

Selena dando conselhos para Demi, espero que ela siga esses conselhos.
e eles dançando a música que o Joseph imaginou, que amor <3
finalmente ela se entregou à ele, Joseph confessando que ama ela, to apaixonada pelos os dois.
gostaram? demorou, mais saiu a noite de amor deles.
ate o próximo, bjs amores <3
respostas aqui

2 comentários:

  1. Aleluia!!! Graças a Deus esses dois se entenderam!!!E que hot foi esse? Eles são perfeitos juntos!!! Chupa Alex, quero ver a reação dele quando ver Jemi juntos!!! Quero mais... Posta logooo!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Demorou mas finalmente eles se entenderam.
      Muitas coisas vai acontecer que não será nada boas, mas temos que ver pra ver.
      Vou postar hoje, bjs lindona <3

      Excluir