Passei a odiar telefonemas no meio da noite. Eles sempre me deixavam nervosa. Nenhuma
boa notícia viria às três e meia da manhã. Infelizmente, nos últimos meses, essas ligações
começaram a fazer parte da minha rotina, tudo culpa de um cara que roubou meu coração.
Sempre que o telefone tocava, eu imaginava as piores situações possíveis: doença, acidente,
morte. Algumas noites eu ficava acordada, com as pálpebras pesadas, esperando as ligações.
Quando o telefone não tocava, às vezes eu pensava em ligar para o número de Joseph só para ouvir sua voz, só para ter certeza de que ele estava bem.
— Estou bem, Demetria Devonne Lovato — diria ele.
— Que bom, Joseph Adam Jonas — eu responderia, antes de adormecer ao som de
sua respiração.
Mas fazia tempo que não nos falávamos.
Quando eu ficava preocupada, não podia ligar para ele.
Quando eu sentia medo, não ouvia o som de sua respiração do outro lado da linha.
Quando o telefone tocou naquela noite, eu entrei em pânico.
— Demi? — soou uma voz ao meu ouvido, mas não era Joseph, mesmo que o nome dele
tivesse aparecido na tela.
— Quem é? — perguntei, o sono ainda deixando minhas pálpebras pesadas.
— É Jacob... amigo do Joseph. Eu... — ele hesitou. — Olha, estou em uma festa e encontrei
Joseph. Ele não está muito bem. Eu não sabia para quem ligar.
Eu me sentei na cama.
— Onde ele está?
Jacob me deu todas as informações e eu me levantei da cama, procurando papel e caneta para anotar tudo.
— Obrigada, Jacob. Estarei aí em breve.
— Está bem. É melhor você trazer Nicholas.
Corri até o quarto de Ncholas e Dallas e bati à porta. Meu coração estava acelerado, e tive
que fazer um grande esforço para conter as lágrimas. Quando ele abriu a porta, respirei
fundo. Sua voz era tão parecida com a do irmão que, por um momento, fiquei abalada. Fazia
algumas semanas desde que Joseph tinha parado de falar comigo. Tudo o que eu queria era
ouvir a voz dele novamente.
— Demi? O que houve? — perguntou Nicholas, preocupado. Ele sabia tanto quanto eu que,
com Joseph usando drogas por aí, uma ligação tarde da noite não era sinônimo de boas
notícias. — Ele...
— Não sei — respondi.
Contei a Nicholas tudo o que sabia, e saímos de casa em poucos minutos.
Quando chegamos à festa, Jacob estava na varanda de uma casa caindo aos pedaços. Joseph
estava deitado em um banco. Ele mal conseguia abrir os olhos, e a saliva escorria pela boca.
— Meu Deus — murmurou Nicholas, indo até o irmão.
— Ele não está reagindo.
— O que ele usou? — perguntou Nicholas.
— Ele estava com um pouco de heroína, acho que a usou mais cedo. Mas não sei se teve
mais alguma coisa.
— Por que você não chamou a polícia? — gritei.
Corri até Joseph e tentei erguê-lo. Ele se retraiu e começou a vomitar na varanda.
— Não sei, cara. Normalmente Joseph é bem resistente a esse troço, mas, nas últimas
semanas, ele tem se afundado cada vez mais. Eu não chamei a polícia porque... Olha, eu não
sabia o que fazer. Então liguei para vocês.
Eu conhecia Jacob há um tempo. Joseph não tinha muitos amigos, e Jacob era uma das
poucas pessoas que ele considerava como tal. Mas discordei dele naquela noite. Um amigo de verdade jamais deixaria alguém chegar ao fundo do poço daquele jeito sem sequer estender a mão.
— Você deveria ter chamado uma ambulância — sibilei, irritada. Assustada. Irritada e
assustada.
— Preciso de ajuda para levá-lo até o carro — disse Nicholas a Jacob. Os dois o colocaram no banco de trás, e eu me sentei com ele. — Joseph pode vomitar de novo, Demi. Talvez você
queira se sentar na frente.
— Estou bem aqui — respondi.
Nicholas agradeceu a Jacob, e seguimos para o hospital mais próximo. Eu nunca tinha visto Joseph daquele jeito e estava a segundos de enlouquecer.
— Mantenha-o acordado, ok? — pediu Nicholas.
Assenti, minhas lágrimas caindo nas bochechas de Joseph.
— Você tem que ficar acordado, tá? Fique de olhos abertos, Joseph.
Ele deitou a cabeça no meu colo. Eu tinha medo de que, se ele fechasse os olhos, talvez não
conseguisse abri-los novamente. Seu corpo estava encharcado de suor, e cada inspiração
parecia dolorosa. Cada expiração, exaustiva.
Ele riu.
— Oi.
Dei um sorriso torto.
— Oi, Joseph.
A cabeça dele balançou para a frente e para trás, e ele se apoiou nos cotovelos.
— Estou chapado. C-H-A-P-A-D-O
Eu odiava quando ele dizia isso. Odiava quando ele se perdia, quando deixava de ser meu
melhor amigo e se transformava em meu maior medo. O que aconteceu com você, Joseph? O que o fez ir tão fundo na escuridão?
Fiz uma pausa, sabendo a resposta.
Fui eu.
Eu fiz isso com ele.
Eu o fiz ir em busca de seus demônios.
Sinto muito, Joseph.
As palavras de minha mãe ecoaram em minha mente enquanto eu olhava nos olhos de
Joseph. Está doente e não vai melhorar. Ele vai te arrastar para o fundo do poço antes que você consiga tirá-lo de lá. Você precisa desistir desse garoto. Ele é uma causa perdida. Você e Nicholas permitem que ele faça esse tipo de coisa. Vocês permitem que essas coisas aconteçam, e ele só vai piorar.
— Demi? — sussurrou Joseph, a cabeça tombando novamente no meu colo.
— O quê?
— Você me chama de Joe, uma palavrinha de nada, insignificante. Eu sou insignificante,
porra. Mas você? — ele riu e fechou os olhos. — Você acabou comigo.
Senti uma imensa tristeza me invadir e o abracei.
— Fique de olhos abertos, Joseph. Está bem? Só fique de olhos abertos.
Olhei para o banco do motorista, Nicholas passava a mão pelo rosto para secar as lágrimas.
Eu sabia que ver o irmão daquele jeito era muito difícil para ele.
Eu sabia que o coração de Nicholas estava tão dilacerado quanto o meu.
— Me leve de volta — murmurou Joseph, tentando se sentar no banco de trás.
— Fique calmo, Joseph. Está tudo bem — disse Nicholas.
— Não, eu quero voltar! — gritou Joseph, levantando-se de repente e lançando-se ao volante. Nicholas conseguiu evitar uma colisão. — Me leve de volta!
Nós dois tentamos detê-lo e acalmá-lo, mas Nicholas acabou perdendo o controle do carro.
O veículo deu uma guinada à esquerda.
E tudo ficou escuro.
Demi finalmente reencontrou o Joseph mas não numa situação boa.
todos sofreram um acidente e uma coisa ruim esta para acontecer :(
o que acham que será? o que posso dizer é que Joseph se sentirá culpado.
o que acharam do capítulo? eu espero muito que vocês tenham gostado amores.
o que acharam do capítulo? eu espero muito que vocês tenham gostado amores.
respostas do capítulo anterior aqui.
Ou o Nicolas morre ou ela perde o bebê!!! De todo jeito é triste!!continua!!!
ResponderExcluirDe qualquer forma será triste mas terão que ver no próximo capítulo para saber o que realmente aconteceu.
ExcluirVou postar mais hoje.
Beijos, Jessie.
Meu coração 💔💔💔💔💔😭😭😭😭
ResponderExcluirPostaaaa logooooo
Fico feliz que esteja gostado amor.
ExcluirVou postar mais hoje.
Beijos, Jessie.
Oi! Já leio o blog há algum tempo mas nunca comentei.
ResponderExcluirEstá havendo um desafio literário sobre a copa. Consiste em assistir os jogos e dependendo dos resultados você posta livros.
Se quiser participar, as regras e outras informações estão aqui: https://dianaisabelpinto.blogspot.com/2018/06/desafio-world-cup-literario.html
Achei muito legal o desafio!
Beijos!
Fico feliz que tenha comentado e obrigado pelo o comentário.
ExcluirAchei super interessante o desafio mas infelizmente não irei participar pois eu estou com o blog aqui e estou sem tempo para postar aqui e ainda focar em outro coisa também, fico meio perdida kakakaka, sinto muito amor.
Beijos, Jessie.
Joseph filho da puta
ResponderExcluirMas o Joseph ele irá ficar uma pessoa muito melhor.
ExcluirVou postar mais hoje.
Beijos, Jessie.