18/03/2019

35. to get better


Quando saímos do restaurante, Joseph cerrou os punhos. Seu rosto estava vermelho, tamanha sua irritação com o pai. Eu não conhecia a história de Joseph e Sadie, mas sabia que ele temia pelo bem-estar dela, assim como já temeu por seu próprio bem-estar. O pai de Joseph era aterrorizante. Eu não podia imaginar como era estar no lugar de Sadie, ser incapaz de escapar dele.
— Você está bem? — perguntei.
— Só preciso de um tempo.
Joseph colocou as mãos na nuca e começou a andar pelo estacionamento. Havia muitos
carros ali, e as pessoas estavam do lado de fora do restaurante aproveitando o tempo bom,
socializando e rindo. Enquanto isso, Joseph lutava contra os demônios que o assombravam.
Ele merecia um tempo.
Eu me encostei na parede do prédio e esperei que ele se acalmasse. Joseph chutava a grama
alta para a frente e para trás.
— Está sentindo vontade de usar drogas? — perguntei.
— Estou — murmurou ele, fechando os olhos e andando em círculos.
Pobre Joseph.
— Sabe o que melhoraria as coisas? — perguntei, colocando as mãos nos quadris, o pé
esquerdo apoiado na parede.
— O quê?
— Sabe o que devemos fazer para você se sentir melhor de verdade?
— Hum, não, mas suponho que você tenha uma ideia.
— Ah, eu sempre tenho. Está ouvindo?
— Estou.
— Não, quero dizer, está ouvindo mesmo?
Joseph riu. Ótimo. Fiquei muito feliz por ele estar rindo. Ri também, porque ele era muito
lindo. Porque ele era meu amigo novamente. Porque meu coração sabia que isso nunca seria
o suficiente para mim.
— Sim, estou ouvindo.
Fiquei de pé, estufei o peito e disse:
— Karaokê.
— Meu Deus, não.
— O quê? Vamos! Não se lembra da vez que fomos ao karaokê quando éramos mais
novos? E você cantou “Billy Jean”, do Michael Jackson, fazendo aquela coisa com o quadril e
tudo o mais?
Repeti os movimentos que ele tinha feito na época, e Joseph riu de novo.
— Sim. Também me lembro de ter cheirado cocaína antes de fazer isso.
Meu rosto ficou em estado de choque.
— O quê? Você estava chapado quando fez aquilo?
— Sim, caso contrário, nunca teria concordado em cantar em um karaokê, acredite.
— Ah. Só achei que você estava animado com as músicas do Michael Jackson e do Justin
Bieber. Bom, não importa. Hoje vamos cantar no karaokê do O’Reilly’s Bar.
— De jeito nenhum.
Peguei a mão dele.
— Vamos sim.
— Demi, entendo que você esteja tentando me fazer sentir melhor e tal, mas, sério, isso
não é necessário. Estou melhor agora. Você me deixou melhor. Além disso, não vou cantar no karaokê de novo de jeito nenhum.

amores, postei mais um hoje é o próximo posto no dia 25/03.
estou postando pelo o celular, me desculpem qualquer erro.
espero que tenham gostado amores, volto em breve.
o que acharam? deixem seus comentários.
respondo os comentários no próximo capítulo <3

2 comentários:

  1. Eu ameeei
    me perdoe por nao ter comentado antes, certo?
    continua, ta????
    💛

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  2. Sem problemas amor, fico feliz que tenha gostado.
    Vou postar mais hoje.
    Beijos, Jessie.

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