26/09/2016

breathe: capítulo 21


Alguns dias depois, Sam ligou para saber se eu queria sair com ele na sexta-feira. Achei até que ele tinha esquecido, porque já fazia um tempo desde que ele me convidou para dar uma volta pela cidade, mas acho que algumas pessoas são mais lentas mesmo. Na sexta, ele apareceu na minha casa dirigindo a caminhonete da loja do pai. Da janela, observei-o sair do carro e ajeitar a gravata-borboleta. Ele começou a andar na direção da casa, mas depois parou e voltou. Fez isso umas cinco vezes antes de, finalmente, chegar à varanda. Diante da porta, hesitou, tentando decidir se batia ou não. 
Joseph se aproximou por trás de mim e ficou analisando os movimentos de Sam. 
Ahh, você tem um encontro hoje à noite? 
Joseph passava uns dias no meu quarto de hóspedes enquanto a casa dele estava sendo pintada. Naquela noite, apresentei a ele algumas ideias e avaliamos minhas sugestões de decoração. Ele não parecia nem um pouco interessado, mas eu estava muito feliz em trabalhar novamente numa coisa que amava. 
— Não é bem um encontro — respondi. — Só vamos passear um pouco pela cidade, sair de casa. — Joseph ergueu a sobrancelha. — Por quê? Algum problema? — perguntei. 
— Você sabe que pra ele isso é um encontro, não sabe? 
— O quê? Não, nada disso. Ele só não quer que eu fique trancada em casa. — Joseph me dirigiu um olhar do tipo “a quem você pensa que está enganando?”. — Cala a boca, Joseph. 
— Eu só quero dizer que, na cabeça do nosso amigo stalker, é um encontro, sim. 
— O quê? Como assim, stalker? — perguntei baixinho. Joseph olhou para mim, rindo, e se afastou. — Joseph! O que quer dizer com isso? 
— Desde que se mudou pra cá, ele tem fama de ser muito... assertivo, só isso. Eu já o vi seguindo várias garotas na cidade durante as minhas corridas. Ele falou aonde vai te levar? — Sim, e não é um lugar nada propício a um encontro. Acho que você está totalmente enganado. 
— Na reunião do conselho da cidade? 
— Exato — exclamei, animada com a ideia. — E você não levaria alguém à reunião do conselho se quisesse ter um encontro romântico — Joseph comprimiu os lábios, como se estivesse segurando o riso. — Para com isso — ouvi uma batida na porta. — Ele não pode achar que é um encontro, certo? 
— Aposto 10 dólares que o stalker vai perguntar, durante o discurso do xerife Johnson, se você não quer ir depois da reunião naquele bar-karaokê que sempre tem peixe frito e música pra dançar. 
— Você não vai querer me pagar os 10 dólares. 
— Isso mesmo, não quero. Mas não faz diferença, porque sei que vou ganhar a aposta — debochou ele, confiante. — O stalker vai dar em cima de você. 
Segunda batida na porta
— Pare de chamá-lo de stalker! — sussurrei, sentindo meu batimento acelerar. — Ele não vai me convidar pra ir ao bar. 
— Quer apostar ou não? — perguntou Joseph, estendendo a mão. 
Apertei a mão dele. 
— Tudo bem, 10 dólares que não é um encontro. 
— Ah, Demis, esse é o dinheiro mais fácil que já ganhei. 
O apelido saiu de seus lábios naturalmente. Quando soltei sua mão, tentei disfarçar o quanto isso havia me deixado abalada. 
Terceira batida na porta
— O que foi? 
— Você me chamou de Demis — ele ergueu a sobrancelha, confuso. — É que... só Zachary me chamava assim. 
— Desculpe. Foi sem querer. 
— Não, não. Eu gostei. 
Senti falta disso... Dei um sorriso. Ficamos nos olhando como se nossos pés estivessem presos no chão. 
— Eu gostei — repeti. 
— Então vou continuar a te chamar assim. 
Quarta batida na porta. 
— Bom, acho que você deveria... 
Joseph inclinou a cabeça na direção da porta. Assenti e corri para abrir a porta para Sam, que estava com um sorriso imenso no rosto, segurando um buquê de flores. 
— Oi, Demi. — Sam me entregou as flores. — Nossa, você está muito bonita. São pra você. Eu estava lá fora e percebi que não tinha comprado nada, nem sei por quê. Então, peguei essas flores do seu jardim. — ele olhou para Joseph, que estava em pé, perto de nós. — O que esse idiota está fazendo aqui? 
— Ah, Sam. Esse é Joseph. Joseph, esse é Sam. A casa do Joseph está sendo pintada, e ele está passando uns dias aqui, comigo e com Elizabeth. 
Joseph estendeu a mão para Sam, com seu belo sorriso no rosto. 
— Prazer em conhecê-lo, Sam. 
— O prazer é meu — disse Sam, cauteloso. 
Joseph deu uns tapinhas nas costas dele, sarcástico. 
— Não precisa ser tão formal. Fique à vontade pra me chamar de idiota. 
Eu ri. Que babaca
Sam pigarreou. 
— Desculpe pelas flores. Eu deveria ter comprado alguma coisa na cidade, mas... 
— Não se preocupe, cara — falou  Joseph, ciente de que estava deixando Sam ainda mais desconfortável. — Por que você não entra e senta na sala com Demi enquanto eu procuro um vaso para colocar as flores? 
— Tá. Tudo bem — concordou Sam, permitindo que eu pegasse as flores da mão dele. — Cuidado. Tem espinhos. 
— Não se preocupe. Obrigada, Sam. Sente um pouco, eu já volto. 
Joseph já estava rindo quando pus os pés na cozinha. 
— Se você continuar a me olhar desse jeito, vou te bater, Joseph. Isso não é um encontro. — ele riu, dissimulado. — Não mesmo! 
— Ele roubou flores do seu jardim pra te dar. É muito mais sério do que eu pensava. Ele te ama. Um amor tipo Bonnie e Clyde. 
— Você é muito bobo. 
Joseph começou a encher o vaso de água. Quando dei as flores para ele, um espinho espetou meu dedo e praguejei ao ver o sangue. 
— Droga 
Ele pegou as flores, ajeitou-as no vaso e segurou minha mão, examinando o pequeno ferimento no meu dedo. 
— Não é nada profundo — disse ao limpar o sangue com um pano. Senti um frio na barriga. Tentei ignorá-lo ao máximo, mas a verdade era que cada toque de Joseph era gentil, amável e bem-vindo. — Sam acertou uma coisa — acrescentou ele, olhando para o meu dedo. 
— O quê? 
— Você está muito bonita — ele chegou perto, ainda segurando minha mão. Eu gostava dessa proximidade. Adorava essa proximidade. A respiração dele estava ofegante. — Demis? — Sim? 
— Seria loucura se eu te beijasse? Quer dizer, se eu beijasse você e não a memória de Ashley? — seus olhos perscrutaram meus lábios. Meu coração disparou quando ele colocou uma mecha de cabelo solto atrás da minha orelha. Ele pigarreou e se afastou. — Desculpe. Deixa isso pra lá — pisquei algumas vezes, tentando dissipar o nervosismo. Não funcionou. Joseph passou a mão pela nuca. — É melhor você voltar para o seu encontro. 
— Não é um... — comecei a dizer, mas, quando percebi que ele estava rindo, desisti. — Tenha uma boa noite. 
Ele assentiu. 
— Você também, Demis. 


***

Na tribuna, Stephen discursava sobre a razão pela qual a Artigos de Utilidade deveria ser fechada. Eu me senti mal ao ouvi-lo falar do Sr. Henson, que estava sentado numa fileira ao fundo, mas não parecia nem um pouco preocupado com Stephen. 
Eu nunca tinha visto aquele lado de Stephen, de empresário ambicioso. Aquele que diria qualquer coisa para conseguir o que queria, mesmo que para isso tivesse que passar por cima de um velhinho bonzinho. 
Aquilo me deu nojo. 
— Stephen tem bons argumentos para a loja ser fechada. Ele diz que é uma perda de espaço, porque ninguém nunca vai lá — comentou Sam. 
— Acho que a loja é ótima. 
Ele demonstrou surpresa. 
— Você já foi lá? 
— Várias vezes. 
— E não apareceu nenhuma verruga ou algo do tipo em você? O Sr. Henson pratica vodu e magia negra no quarto dos fundos. Quando Molly, a gata dos Clinton, sumiu, alguém a viu perto da loja. E depois ela se tornou um pit bull. Sem brincadeira! Até respondia quando a chamavam pelo nome. Foi muito bizarro.
 — Você não acredita nisso de verdade, acredita? 
— Claro que acredito. Estou até surpreso por você não ter saído de lá com um terceiro olho ou outra coisa estranha. 
— Eu saí, sim. É que eu sou ótima com maquiagem. 
Ele riu. 
— Você me faz rir, Demi. Eu gosto disso. 
Sam ficou me encarando. Ah, não... 
Quebrei o clima e apontei para outra pessoa. 
— E eles? Qual é a história deles? 
Não deu tempo de aguardar a resposta, pois o xerife Johnson se dirigiu à tribuna. 
Na hora em que ele pegou o microfone para falar, eu soube que tinha perdido a aposta e que estava devendo 10 dólares para Joseph. Exatamente como ele disse, Sam se aproximou e sussurrou no meu ouvido. 
— Eu estava pensando, que tal irmos comer um peixe frito depois? O lugar é muito legal, com música e tal. É divertido. 
Sorri. Não queria desapontá-lo. Ele parecia tão esperançoso. 
— Bem... — os olhos de Sam brilhavam de excitação. — Eu adoraria. 
Ele tirou o boné da cabeça e bateu-o no joelho. 
— Legal, legal, legal, legal.
Sam não conseguia parar de sorrir, e eu não conseguia parar de pensar que acompanhá-lo seria um grande erro. Além do mais, eu já estava 10 dólares mais pobre. 


***

Sam e eu nos sentamos e ficamos assistindo às pessoas dançando, já meio bêbadas. Eu o fiz contar um pouco da história de cada uma delas. Em determinado momento, ele se virou para mim. 
— Espero que esteja se divertindo. 
— Estou. 
Dei um sorriso. 
— Talvez a gente possa repetir esse encontro... 
Meu rosto assumiu uma expressão tensa. 
— Sam, você é uma pessoa maravilhosa, mas não estou preparada para um novo relacionamento. Você entende? Minha vida está uma bagunça. 
Ele riu, nervoso, e assentiu. 
— Eu entendo. Só pensei... — ele colocou a mão no meu joelho, e nossos olhos se encontraram. — Eu tinha que tentar. Tinha que correr o risco. 
— Fico feliz por você ter feito isso. 
— Você disse que não está pronta para um relacionamento... Tem certeza de que isso não tem nada a ver com seus sentimentos por Joseph? 
— O quê? 
— Eu conheço as pessoas, lembra? Vi o modo como ele olhou pra você na sua casa. Ele te deixa feliz. Acho que isso é legal. 
— Somos apenas amigos. 
Ele não tocou mais no assunto. Aproveitei para dar um leve esbarrão em seu ombro: 
— Tem certeza de que você não quer dançar?
 Ele cruzou os dedos e baixou os olhos. 
— Não sou muito bom dançando. Prefiro observar. 
— Vamos lá — falei, estendendo a mão para ele. — Vai ser divertido. 
Sam hesitou um pouco antes de pegar minha mão. Fomos até a pista, e vi que ficava cada vez mais nervoso. Ele baixou os olhos para seu tênis branco, e parecia contar mentalmente os passos da dança. 
Um. 
Dois. 
Três. 
Um. 
Dois. 
Três. 
— Estabelecer contato visual ajuda — sugeri, mas ele nem retrucou. Continuou contando, seu rosto ficando vermelho de nervoso. — Acho que quero beber água... 
Seus olhos encontraram os meus. 
— Posso pegar pra você — ofereceu Sam, aliviado por não ter que dançar mais. Voltei para o nosso lugar, e logo ele chegou com a água. — Aqui é legal, não é?
 — É sim. 
Ele pigarreou e apontou para uma pessoa na pista. 
— Aquela ali é Susie. Acho que ela já ganhou várias vezes o primeiro lugar no concurso de quem come mais cachorros-quentes na feira da cidade. E ali está... 
— E você, Sam? Me conte algo sobre você. 
Percebi a hesitação em seu olhar. Ele piscou e deu de ombros. 
— Não tenho muito pra contar.
 — Acho que não é verdade. Por que você trabalha no café se seu pai ofereceu uma vaga em período integral na loja dele? 
Ele avaliou meu rosto, e eu o dele. Sam tinha olhos lindos, e através deles pude notar seu desconforto. Ele desviou o olhar. 
— Meu pai quer que eu cuide dos negócios, mas não é isso que eu quero. 
— E o que você quer? 
— Ser chef. Achei que trabalhar no café seria um começo, eu poderia aprender um pouco e economizar pra faculdade. Mas nunca me deixam entrar na cozinha. É meio que andar pra trás. 
— Posso falar com Matty e pedir que você fique na cozinha de vez em quando. 
Um sorriso genuíno surgiu em seus lábios. Ele agradeceu, mas recusou minha oferta, dizendo que precisava fazer aquilo sozinho. E então se levantou. 
— Bom, isso aqui está muito “sessão de terapia” para o meu gosto, então vou lá pegar mais peixe frito. Você quer? 
Eu balancei a cabeça e o vi se afastar. 
— Graças a Deus você ainda está viva — murmurou uma voz perto de mim. Virei-me e vi Joseph se sentando no lugar que antes tinha sido ocupado por Sam. 
— O que você está fazendo aqui? 
— Bom — começou ele a explicar. — Quando uma amiga sai num encontro com um stalker, é responsabilidade do amigo ter certeza de que ela está bem. 
Amigo. 
Fiquei na friendzonePergunta do beijo, por favor 
— E desde quando você é um amigo responsável? — perguntei brincando, parecendo bastante tranquila, quando, na verdade meu estômago estava dando piruetas e unicórnios e gatinhos dançavam loucamente dentro de mim. 
— Faz uns... — ele deu uma olhada em um relógio invisível no braço direito. — Cinco segundos. Achei que seria divertido vir aqui e observar essa baboseira de vocês. 
Ele bateu com os dedos no joelho de leve, evitando estabelecer contato visual comigo.. 
Ai, meu Deus… 
Ele estava com ciúmes. 
Eu jamais zombaria dele com relação a isso. 
— Quer dançar comigo? — perguntei. 
Quando ele estendeu a mão, meu coração deu um salto. Segurei a mão dele e fomos para a pista. Ele me girou antes de me puxar para perto do seu corpo. Senti minha respiração ofegante e olhei nos olhos de Joseph. O que será que está se passando nesses olhos sombrios? Ele era mais alto que eu, e seus braços me seguravam bem firme. Eu conseguia sentir todos os olhares voltados para nós, quase podia ouvir os comentários maldosos, os murmúrios. 
Abaixei a cabeça e olhei para o chão. Senti o dedo dele erguer meu queixo, me forçando a encará-lo novamente. Eu gostava de olhar para Joseph, de ver a forma como ele me fitava. Nós dois ali, nos perdendo um no outro... eu não sabia muito bem o que isso significava. 
— Você mentiu pra mim — disse a ele. 
— Nunca. 
— Mentiu, sim. 
— Não sou mentiroso. 
— Mas mentiu. 
— Sobre o quê? 
— As plumas brancas. Eu vi o recibo. Você falou que as tinha encontrado na loja do Sr. Henson. 
Ele riu e ergueu a sobrancelha. 
— Talvez eu tenha mentido sobre isso. 
Cheguei bem perto de seus lábios, a segundos de beijá-lo, a segundos do primeiro beijo em que seríamos eu e ele. 
Minhas mãos pousaram em seu peito e senti as batidas de seu coração. A música parou, mas nós continuamos próximos, respirando juntos, ofegantes e nervosos. Agitados e ansiosos. O dedo dele percorreu minha nuca, e ele se aproximou. Eu gostava dessa proximidade. Eu a temia. Ele inclinou levemente a cabeça e sorriu, como se prometesse nunca mais desviar os olhos de mim. 
Todos falavam mal de Joseph, imploravam para que eu não me aproximasse dele. Ele é um grosso, um desequilibrado, um homem devastado, Demi, todos diziam. Ele não é nada além das cicatrizes do passado, garantiam. 
Mas as pessoas não o viam como ele era. Ignoravam o fato de que eu também era meio esquisita, meio desequilibrada e estava completamente devastada. 
Mas, quando estava com ele, eu me lembrava de como respirar. 
— Você se importa se trocarmos de par? — interrompeu uma voz familiar. Vi Stephen sorrindo, com Selena em seus braços. 
Retribuí o sorriso, mesmo querendo fechar a cara. 
— Claro que não. 
Stephen pegou minha mão, Joseph pegou a de Selena. Eu já sentia falta dele, mesmo estando a poucos passos de distância. 
— Não fique tão desapontada — disse Stephen. — Sei que tenho dois pés esquerdos, mas ainda consigo mexer o quadril muito bem — brincou ele. 
— Lembro de uma festa em que você foi eleito o pior dançarino. 
Ele fez uma careta. 
— Ainda acho que deveria ter vencido aquele concurso, com aquela performance do carrinho de compras. Mas com seu marido como jurado, eu sabia que estava ferrado. 
Eu ri. 
— Aquela performance? Como foi mesmo? 
Ele deu dois passos para trás e fingiu que estava empurrando um carrinho de compras e colocando coisas dentro. Ele começou a pegar itens invisíveis para passar no caixa, e em seguida fingiu colocá-los nas sacolas. Eu não conseguia parar de rir. Ele também riu e voltou a dançar comigo. 
— Perfeito. Você realmente deveria ter vencido naquela noite. 
— Verdade? — ele mordeu o lábio inferior. — Fui sacaneado. 
— Não se preocupe. Tenho certeza de que haverá muitas festas no futuro e você ainda vai conseguir a vitória. 
Ele assentiu e ajeitou meu cabelo atrás da orelha. 
— Meu Deus, como senti sua falta, Demi. 
— Poxa, eu também senti falta de todo mundo. É tão bom sentir algo novamente... 
— Sim, isso deve ser maravilhoso. Bom... Não tem jeito, esse é o momento em que preciso limpar a garganta e dar um pequeno salto no escuro. Demi, você quer sair pra jantar comigo? 
— Jantar? — perguntei, assustada com o convite. — Como um encontro? — com o canto do olho, vi Joseph dançando com Selena. 
— Bom, não como um encontro. Só uma saída mesmo. Eu e você. Sei que pode até parecer estranho, mas... 
— Eu meio que estou ficando com alguém, Stephen. 
Seu rosto ficou sério, e ele pareceu confuso. 
— Ficando com alguém? — ele se empertigou, perplexo. — Você está ficando com Sam? Sei que vocês vieram juntos, mas não imaginei que ele fosse seu tipo. Não pensei... 
— Não é o Sam. 
— Não? — ele olhou em volta e parou em Joseph e Selena. Quando olhou para mim novamente, toda a alegria de minutos atrás tinha desaparecido. O rosto dele estava branco, e dava para ver sua irritação. — Joseph Jonas? Você está saindo com Joseph Jonas? — perguntou quase gritando. 
Recuei. Eu não estava exatamente saindo com Joseph. Eu nem tinha ideia do que ele sentia por mim, mas sabia que sentia algo por ele e não podia mais ignorar isso. 
— Você volta à cidade e escolhe a pior pessoa do universo pra namorar — continuou Stephen. 
— Ele não é tão mau como todos pensam. 
— Tem razão, ele é muito pior. 
— Stephen.. — pousei as mãos em seu peito. — Não planejei nada. Eu não queria sentir o que sinto por ele, mas você sabe que não escolhemos por quem nos apaixonamos. 
— Sim, nós podemos escolher sim. Joseph e o Sr. Henson não são pessoas com as quais você deveria conviver. 
— Qual é o seu problema com a loja do Sr. Henson? Ele é um dos homens mais gentis que conheci. 
Ele coçou o nariz. 
— Você está enganada, Demi. Temo por você, porque sei que ele vai te machucar. 
— Ele não vai me machucar. — Stephen não acreditava em mim. Estava convicto de que Joseph e eu juntos éramos a pior coisa do mundo, exatamente como o resto da cidade. — Isso não vai acontecer. Para com isso — falei, puxando-o para perto, sentindo a tensão em seu corpo. — Apenas dance com sua amiga e pare de se preocupar tanto. 
— Temo pelo seu coração, Demi. Depois do Zachary, você ficou destruída. Não quero ver seu coração despedaçado de novo. 
Ah, Stephen
Encostei a cabeça em seu peito e ele passou os dedos pelo meu cabelo. 
— Vou ficar bem. Prometo. 
— E se não ficar? 
— Bem, então vou precisar que você me abrace de vez em quando.


E o Joseph com ciúmes da Demi? Que lindinhos, e esse quase beijo? aí aí
O Stephen sempre se metendo na vida da Demi, logo logo ele vai mostrar quem ele realmente é
Gostaram? Comentem aqui
bjs amores e até o próximo <3

4 comentários:

  1. amei o capítulo!
    acho que esse stephen ainda vai aprontar muito por aqui.
    achei que ia rolar beijo, eita tombo!
    posta logo, amore. bjs

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    1. Ele vai mesmo.
      Mais logo irá rolar beijinhos deles, não se preocupe hahaha
      Vou postar hoje amor, bjs <3

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  2. Amei!!! Também achei que ia ter beijo, duas vezes!!! Graças a Deus eles estão percebendo os verdadeiros sentimentos um pelo outro... continua... eles vão embora juntos? A noite vai continua na casa dele ou dela? Ansiosaaaa....

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    1. Vai rolar beijo no próximo, prometo hahaha
      Irá que conferir nos próximos capítulos hahaha
      Vou postar hoje amor, bjs <3

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