09/07/2017

for you: capítulo 18 (Parte 1)


Encontro

Joseph desligou na minha cara, sem me dar a mínima chance de explicação. Isso foi como uma martelada em meu peito.
— Era o Joseph? — pergunta Jenny, ainda está encolhida no mesmo canto no sofá.
— Hum, hum — É tudo o que consigo responder, minha garganta está obstruída pelo nó causado pela dor em meu peito.
Jenny ajeita-se no sofá, senta-se sobre seus pés e inclina a cabeça em direção onde imagina que eu esteja.
— Vai se encontrar com ele?
— Não — nego sem muita convicção. Eu gostaria de correr até o aeroporto, pegar aquele jatinho e dizer na cara dele o quanto ele está sendo idiota, precipitado e burro — Eu não vou deixá-la aqui, sozinha.
— Por favor, Demi! — diz Jenny, zangada — Estou bem, já basta uma pessoa deprimida nessa casa.
— Não vou deixá-la sozinha, além disso, teria que ficar fora por alguns dias.
— Chamarei Paul para ficar comigo se isso que a preocupa — ela ri, mas o brilho não chega a
seus olhos — Vá de uma vez, caso contrário, ao invés de melancólica, estarei furiosa com você.
— Você tem certeza? — insisto, preocupada — Vai mesmo ligar para o Paul? Não quero que
fique sozinha, estando tão triste.
— Eu prometo.
— Certo, então vou fazer minha mala — murmuro, feliz — Ficará bem mesmo?
— Suma daqui agora! — Jenny atira algumas almofadas em minha direção.
Corro para o quarto animada. Jenny ficará bem com Paul. Ele é o tipo de pessoa que não admite ninguém triste ou melancólico perto dele. Em se tratando de Jenny, isso vai muito além. Eu posso viajar tranquila sem ficar imaginando-a sozinha e triste pela casa.
Jogo na mala tudo o que acho que irei precisar; biquínis, saída de banho, vestidos, tudo o que é necessário para alguns dias na praia. Pelo que Joseph me contou, o complexo é de frente a uma praia magnífica. Um homem lindo e um lugar paradisíaco. O que mais posso querer da vida?
Mas, só depois de colocar um pouco de juízo naquele homem quente e cabeça oca. Explico a
Jenny rapidamente para onde vou antes de sair e prometo ligar para ela assim que chegar lá. Graças a todos os deuses eu consigo um táxi assim que saio do prédio. Joseph me disse que o avião estaria esperando-me em três horas e, já havia se passado uma. Cruzo minhas mãos sobre o colo com nervosismo. Rezo para que o trânsito lento da cidade não me faça perder o voo, mesmo que seja um avião particular, o piloto não me esperará eternamente. Isso me lembra que eu não tive tempo de perguntar em que hangar sairá o avião e nem qual o nome dele.
Ligo de volta para Joseph, após o terceiro toque cai na caixa postal, faço diversas tentativas sem sucesso até chegar ao aeroporto. A frustração e desespero começam a me angustiar. O que farei agora, sem nenhum tipo de informação? A cada vez que penso nisso, tenho vontade de me jogar na primeira pista de avião, melhor, jogar o Joseph em frente a um.
Jogo a mala em um carrinho e começo a andar pelo aeroporto. Após me informar com um
atendente, sigo em direção de onde saem os voos particulares. Graças a Deus não há muitos, mas de qualquer forma, seria constrangedor bater de porta em porta como um vendedor de enciclopédias.
— Srta. Lovato?
Viro e me deparo com um homem de terno escuro e camisa branca, ele vem até mim. Está
segurando uma folha branca contra o peito e encara-me insistentemente.
— É a Srta. Lovato?
— Sim — respondo, vacilante — Eu sou.
O homem respira aliviado e sorri pela primeira vez. Os músculos do rosto relaxam e entrega-me a folha, é uma foto minha ao lado de Joseph, estamos abraçados, a imagem é do dia que
comparecemos ao evento beneficente de Diana.
— O Sr. Jonas pediu que a encontrasse aqui — murmura ele — Já estava ficando preocupado.
— Joseph? — pergunto, e logo em seguida me dou conta da pergunta estúpida.
— Não — responde, e em seguida, diz algo que me surpreende — Kevin Jonas, o irmão dele.
A informação deixa-me totalmente atônita. Kevin havia providenciado o voo até Dubai? O que exatamente ele está planejando com isso?
— Eu não entendo — dou alguns passos para trás em uma atitude de autodefesa — Foi o Joseph que me ligou.
Ele me encara meio desconcertado, como se procurasse as palavras certas para me dizer. Eu não estou gostando nada do caminho em que essa história está enveredando. Até onde sei, Kevin odeia-me, qual o motivo dele estar metido nisso? A desconfiança e preocupação rondam minha cabeça.
— O Sr. Jonas — diz ele, todo atrapalhado — Quero dizer o Joseph — novamente o homem
me encara sem saber o fazer — Não pôde cuidar disso pessoalmente.
— Por que? — pergunto, desconfiada.
— Ele está hospitalizado senhorita.
— O que? — meu grito foi tão alto, que algumas pessoas ao nosso redor param o que estão
fazendo para olhar em nossa direção.
Minhas mãos ficam gélidas e minhas pernas enfraquecem, tremem como vara verde. O homem coloca-se ao meu lado com pressa, aparando-me. Sinto dificuldade em respirar e tudo ao meu redor começa a girar. É a sensação mais estranha que já tive na minha vida, imagino que vou desmaiar a qualquer momento, não sou do tipo que desmaia, aliás, jamais havia desmaiado em toda minha vida.
— Senhorita? — O zunido da voz dele me força a ficar consciente — Sente-se aqui, por favor.
Ele me conduz até um dos bancos próximos a nós. Todos os lugares estão ocupados, mas um
jovem simpático, ao perceber meu estado e palidez, levanta-se para que eu possa me acomodar e recuperar-me.
— Como ele está? O que aconteceu? Quando aconteceu? Por que não me disseram nada?
Disparo as perguntas de uma vez só, de forma atropelada e quase incoerente. Joseph havia se machucado antes ou depois de ligar para mim? Se foi antes, deve estar magoado por não ter aceito encontrar-me com ele como me pediu. Agora, se foi após o telefonema, teria eu causado isso? Por minha culpa ele teria feito algo irresponsável?
— O que aconteceu com ele? — repito, desesperada.
— Eu não sei ao certo senhorita — murmura o homem — Apenas pediram que a encontrasse e que eu deveria colocá-la no avião.
— Mas Joseph está bem?
Eu não conseguirei passar as horas seguintes imaginando-o em uma cama de hospital, sem saber se está em perigo ou não.
— Ao que me parece, está bem sim — diz ele — A senhorita já está melhor?
Não! Eu estou em pânico. A possibilidade de que algo aconteça a ele destrói-me completamente. 
Agora eu vejo a profundidade dos meus sentimentos por ele. É claro, que antes eu já tinha certeza de que eu o amo, mas nesse momento, a intensidade desse sentimento assusta-me muito. Apoio os cotovelos em meus joelhos, minhas mãos estão agarradas aos meus cabelos, enquanto as lágrimas descem livremente pelo meu rosto. Como conduzirei minha vida daqui para frente? Deus, eu o amo muito! Estou completa e perdidamente apaixonada por Joseph. Inferno, eu amo-o loucamente. E não sei o que fazer com todo esse sentimento explodindo dentro de mim.
— Senhorita? — o homem movimenta-se a minha frente, completamente desconcertado — Se não se sente bem, podemos adiar a viagem.
— Não! — levanto-me de supetão —Desculpe, como se chama?
Seco as lágrimas com as costas das mãos. Aceito o lenço que ele me estende e assoou o nariz de forma grosseira, pouco me importando com seu olhar horrorizado. Céus, devo estar péssima. Eu sei que fico horrível quando choro e agora não devo estar diferente. Afinal, qual pessoa fica bonita chorando?
— Daniel, senhorita.
— Preciso vê-lo, Daniel — murmuro —Pode levar-me até o avião?
— Certamente Srta. Lovato, siga-me, por favor.
— Obrigada — respondo, agora um pouco mais calma.


***

As horas seguintes não foram as das mais tranquilas, mesmo com o comandante e comissário tentando ser gentis e solícitos comigo o tempo todo. Apesar de tensa, consegui desligar-me entre um cochilo e outro, sempre acordando sobressaltada e perdida. O jatinho é de pequeno porte, pelo menos em comparação aos outros que observei no aeroporto, mas seu interior é aconchegante e elegante. Nem mesmo o fato dessa ser a minha primeira experiência em um avião, consegue minimizar minha angústia. O dia está clareando quando aterrissamos. Assim que desço, outro funcionário está esperando-me. Estou um pouco desorientada com o fuso horário, mas a movimentação pelas calçadas e os carros importados que deslizam pelas ruas, deixam-me alerta.
Tudo aqui reluz dinheiro e glamour, observo abismada. Sem dúvida alguma, este é um lugar
destinado às pessoas com muito dinheiro.
O carro para em frente a um hospital elegante. Kevin está esperando-me no lado de fora.
Nervosa, atravesso o curto caminho até a entrada de portas duplas de vidro, enquanto desvio de uma ou duas pessoas que interpelam meu caminho.
— Onde ele está? — pergunto, assim que atravessamos porta adentro.
— Espere! — Kevin segura meu braço, assim que as portas fecham atrás de mim — Venha aqui um momento.
Aceno com a cabeça, ele me conduz até um local mais afastado e discreto. Há um enorme vazo de planta que nos garante certa privacidade.
— Aconteceu algo grave? — pergunto, angustiada.
— Joseph me contou sobre o acordo que vocês fizeram — Ele me encara friamente.
— Contou? — inquiro, com surpresa.
— Sim. Eu já sei que finge ser noiva dele e, por algum motivo absurdo, Joseph acredita estar
apaixonado por você.
— Está? — pergunto outra vez, de um jeito estúpido e emocionado.
— Quanto ele lhe paga? — pergunta ele — Pergunta errada. Quanto você quer para deixá-lo em paz?
Se eu ainda não estivesse tão alucinada com o fato de Joseph ter revelado ao irmão que me ama, partiria a cara de Kevin nesse momento, ele é insuportável e alguém deveria dar uma lição a ele. Eu adoraria fazer isso, nem posso explicar o quanto eu adoraria arrancá-lo de toda essa arrogância e autoconfiança, que sustenta o tempo todo. Como ele ousa sugerir que meu amor possa ser vendido de forma tão leviana?
— O que você acha de vinte mil?
Começo a rir descontroladamente. O babaca quer me pagar vinte mil, quando Joseph havia me pago mais do que o dobro.
— Eu deveria dizer onde você pode enfiar esse dinheiro, Kevin — respiro fundo, minha vontade é gritar para quem quisesse ouvir, que ele é um cretino ridículo — Contudo, isso pouco me importa. Vai me dizer onde Joseph está ou terei que procurar sozinha?
— Tudo bem — seus lábios se contorcem em uma linha dura e fina — Pode fazer-se de
apaixonada, afinal, para que vinte mil dólares se pode ter muito mais com um matrimônio? De fato, eu fui ingênuo ao cogitar isso.
Casamento? De que merda ele está falando? Eu nem sei a que pé anda minha relação com o irmão dele.
— Mas vigiarei todos os seus passos — grunhe para mim. Ele aperta meu pulso com força — Se magoá-lo de alguma maneira, terá que acertar contas comigo, minha jovem. Caçarei você até o inferno, se for preciso.
— Solte-me! — puxo meu braço, livrando-me de seu agarre dolorido.
Ficamos nos encarando por alguns segundos. Dois oponentes esperando o passo em falso do
outro. Eu não me movo um centímetro, encaro-o com igualdade. Kevin não vai me intimidar, não mesmo
— Vamos — diz ele, vira-se, e começa a caminhar a minha frente, eu sigo-o até os elevadores,
bufando de raiva como uma locomotiva.
Assim que as portas de aço se fecham, ele aperta o botão que nos conduzirá até o quinto andar.
Vez ou outra, Kevin lança-me um olhar feroz, eu ignoro. As portas voltam a abrir, caminhamos por um corredor relativamente longo. Ao pararmos em frente a uma porta branca, ele me encara firme e faz um gesto com os dedos, dizendo que está de olho em mim. Eu mostro o dedo do meio para ele, em um gesto obsceno, para aumentar ainda mais minha irritação, ele solta uma gargalhada e volta para os elevadores.
Babaca! Respiro fundo algumas vezes, tentando me controlar. Não quero que Joseph me veja angustiada, muito menos que se exalte com as atitudes do irmão. Ainda não sei como vou encontrá-lo, peço a Deus para que ele esteja bem.
Abro a porta lentamente. Sinto uma fisgada em meu peito ao observá-lo na cama, tão indefeso. Meus olhos se enchem de água, mas eu me controlo. Olho para o curativo no lado esquerdo de sua cabeça e meu coração se contrai novamente. O que havia acontecido a ele? Fiquei tão pê da vida com Kevin, que nem ao menos verifiquei o que trouxe Joseph até aqui.
Acaricio seus cabelos com suavidade enquanto observo seu rosto pálido. Aparentemente ele
parece estar bem, mas só ficarei tranquila quando seus lindos olhos estiverem abertos, cheios de vida, devorando-me, como sempre faz quando estamos juntos.
Pego uma cadeira do outro lado do quarto, evito fazer qualquer barulho para não perturbá-lo, coloco-a rente a cama e sento-me. Seguro sua mão entre as minhas, velando seu sono. Aos poucos, o cansaço da viagem espalha-se pelo meu corpo. Apoio minha cabeça no braço dele e fecho os olhos apenas por um breve momento. Preciso apenas descansar os olhos e relaxar a mente, foi uma longa e cansativa viagem.
Dedos gentis tocam meu rosto, deslizando por minha bochecha. Ergo um pouco a cabeça, deparo-me com os olhos vivos e calorosos. Eu sinto a velha e conhecida eletricidade entre nós dois, quase palpável. Atraindo-nos com uma força magnética.
— Estou aqui — murmuro, a voz ligeiramente rouca.
— Por alguns segundos me perguntei se estaria sonhando — sussurra ele — Está aqui.
— E não vou a lugar algum — sorrio para ele — Eu sinto muito.
Refiro-me a nossa última conversa ao telefone, todos os maus entendidos e o fato dele estar ferido.
— O que aconteceu?
Ouço o relato, hora chocada, hora extremamente irritada com os protestantes, que para mim, são verdadeiros delinquentes. Como é possível que essas pessoas sejam tão irracionais e inconsequentes.
Se não fosse por Joseph, o garotinho poderia ter saído gravemente ferido, e no caso dele, as
consequências poderiam ter sido piores. O choque hipovolêmico que ele teve, devido à grande perda de sangue durante o percurso até o hospital, poderia tê-lo levado a morte.
— Ei — murmura, segurando meu queixo, obrigando-me a encará-lo. Tentei disfarçar os olhos marejados, mas nada passa despercebido a ele — Eu estou bem, acredite.
— Eu sei que salvou a vida de uma criança indefesa — agarro o rosto dele com as duas mãos — Mas nunca mais faça uma loucura como essa!
Em resposta, recebo um dos seus maravilhosos e sexys sorrisos. Eu sei que minha advertência passará batida. Joseph é o tipo de homem que sempre fará o que é correto, não importa quais serão as consequências. Eu não o amaria tanto se fosse diferente.
Joseph me beija, retribuo com ardor e voracidade, tomando certo cuidado para não machucá-lo. Passamos o dia assim, grudados, como dois adolescentes apaixonados. Uma enfermeira vez ou outra aparecia com remédios e comida. A tarde vou até o hotel que Kevin havia reservado para mim, próximo ao hospital. Tomo um longo banho, ligo para Paul e peço que avise Jenny que está tudo bem comigo e faço-o prometer cuidar dela. Retorno para o hospital em seguida. Durmo por lá mesmo, não quero passar um minuto longe dele.


***

No dia seguinte, e cedo, o médico entra no quarto para avisar que Joseph terá alta. No momento, explica-nos sobre a possibilidade dele vir a ter um pouco de dor de cabeça por alguns dias, e que em uma semana, Joseph deve retornar para retirar os pontos na cabeça.
— Evite esforços físicos e exagerados por uns dois dias — aconselha o médico — Após isso,
poderá retornar as atividades rotineiras, gradativamente.
— Qualquer tipo de esforço físico? — ele encara o médico com ansiedade — Isso inclui sexo?
— Joseph! — Olho abismada para ele, estou completamente envergonhada com a ousadia dele.
— Quê? — ele vira-se para mim, seu olhar é quase inocente, quase — Eu preciso saber sobre
isso. Joseph volta a encarar o médico com o cenho franzido.
— Então doutor? Com ou sem sexo?
Puta merda! Um calor descomunal espalhasse pelo meu corpo, estou tão ou mais ansiosa que ele por essa resposta. Eu já havia experimentado essa tortura antes, definitivamente não havia funcionado.
O médico encara-me com olhar divertido. Acho que deve ser a primeira vez que ele se depara com uma pergunta tão inusitada como essa, foi constrangedor até mesmo para uma pessoa atrevida como eu, tenho ganas de torcer o pescoço de Joseph.
— Bem — começa o médico com um grande esforço para segurar o riso — Se não for nada como Kama Sutra regado, roque pesado, ou coisa parecida, eu não vejo problema algum, desde que tenham cautela.
Joseph volta a olhar para mim, seus olhos vagueiam por todo meu corpo com a promessa de
momentos inesquecíveis, minhas pernas bambeiam e o calor dentro de mim intensifica-se.
— Apenas tenham sensatez crianças — murmurou o médico e dá algumas batidinhas no ombro de Joseph antes de sair — A tarde poderá sair daqui.
O médico sai e afasto-me da cama. Milagrosamente minhas pernas obedecem a um comando tão simples como caminhar, não posso dizer a mesma coisa sobre o resto do meu corpo e mente.
— Não acredito que você fez aquela pergunta! — murmuro, agitada.
— Demi, vem aqui.
— Não!
Ainda estou muito chateada por ele expor nossa intimidade dessa maneira.
— Vem aqui, Demi! — dessa vez, a voz é mais imperativa.
— Não — repito com a voz trêmula.
— Vem aqui! — diz ele, de seus olhos saem labaredas de fogo e seu olhar é determinado —
Agora!
Ele ordena e eu obedeço. Filho da mãe, Joseph é o único a causar esse tipo de reação em mim, outro cara teria um hematoma no olho há muito tempo. Com ele, eu gosto e desejo ser dominada. Ele consegue ser gentil e dominador ao mesmo tempo, eu nunca sei qual lado virá primeiro, isso é excitante.
— Dê-me sua mão — diz ele, assim que posiciono-me ao seu lado na cama.
Estico a mão trêmula em direção a ele, imaginando se pretende dar-me algum tipo de punição. Joseph desliza o dedo sobre meu pulso, a sensação é gostosa, comprimo as pernas para desfrutar da sensação que começa pulsar ali. Ele leva meus dedos até seus lábios, lambe um por um, de forma erótica, sem jamais desviar os olhos dos meus. Apoio minha outra mão na borda da cama em busca de equilíbrio, solto um pequeno gemido e fecho os olhos. Em seguida Joseph desliza minha mão por seu peito musculoso, desce lentamente até a barriga malhada, passa pelo quadril e finalmente coloca-a em seu pênis pulsante.
— Acha mesmo que eu não precisaria fazer a pergunta ao médico? — murmura, com olhar ardente
— Estou nessa agonia desde que chegou aqui.
Cacete! O homem está realmente passando por um momento difícil. Eu havia percebido algumas vezes seu estado excitado, mas não imaginei o quanto. Deslizo minha mão pela extensão do membro rijo e acaricio as bolas inchadas, ele geme em um grunhido.
— Não comece algo que não pretende terminar — diz ele, com a voz rouca.
— Então não me provoque — sussurro.
Incitada pelo momento erótico, volto a torturá-lo com minha mão. Deslizo um dedo pela glande, sinto as gotículas de sua excitação no prepúcio, aperto a base com um pouco mais de força e ele se contorce. Observo sua respiração ficar mais acelerada e animo-me com meu feito. Dar prazer a ele me faz sentir prazer também, isso é algo que jamais consegui entender, mas vê-lo sucumbindo ao meu toque sempre deixa-me ensandecida. Uma leve batida na porta me faz saltar, exaltada, a cabeça de Kevin surge no entre vão. Afasto-me
para o lado, Joseph se ajeita em baixo das cobertas, sem a mínima preocupação em ser discreto.
Lança um olhar zangado para o irmão e chama-me para perto dele.
— Porra Kevin! — urra ele, os olhos faiscando — Você é um empata foda de primeira.
— O que? — diz ele, com olhar confuso — Ah, entendo. Isso é um hospital, sabiam?
— Poderia ser uma igreja — Joseph sacode os ombros — Eu não me importo.
Kevin nos encara com olhar chocado, na verdade também pouco me importa a opinião dele, já é claro para mim o que pensa sobre nós, então, tanto faz.
— Acho que não deve voltar ao complexo até que as coisas tenham se acalmado — Kevin muda de assunto — Adam está vindo até aqui para ver o que poderá ser feito legalmente. Aluguei uma casa em frente ao mar, perto o suficiente da cidade, então poderemos deixá-lo a par de tudo o que está acontecendo.
— Uma casa? — Joseph pisca para mim com um sorriso torto nos lábios — Pela primeira vez
você faz algo útil Kevin.
— Se está fazendo piadas é porque está muito bem — murmura Kevin —À tarde um motorista irá levá-los.
Deixo os dois conversando sobre negócios e volto para o hotel para refazer minha mala. A casa que Kevin providenciou é pequena, mas linda e aconchegante. Há dois quartos, sendo um deles com uma banheira redonda, e uma linda varanda que dá acesso à praia, que aliás, é maravilhosa.
O motorista que nos levou ajudou-me com as bagagens, sobre os protestos de Joseph,
resmungando o tempo todo sobre não ser um inválido. No momento, está deitado no quarto, os braços cruzados e um bico do tamanho do mundo, olhando para o mar através da janela aberta.
— Está agindo como uma criança — suspiro, sento-me ao seu lado na cama e encaro-o com um sorriso — Sabe disso não é?
Meu coração dispara ao olhar para ele, como sempre acontece. O nariz aristocrático
perfeitamente alinhado, maçãs do rosto altas, lábios carnudos e queixo quadrado, suavizado apenas por um leve desenho de um sorriso. Nunca irei cansar de observar esse rosto lindo e os olhos faiscantes que tiram meu fôlego.
— Criança? — diz ele, puxando-me para seu lado na cama. Movimenta as mãos pelo meu corpo através do vestido.
Ele agarra meus cabelos e me beija. Puxo a barra da camisa para fora da calça e deslizo por sua cabeça. Minhas mãos espalmam-se pelo seu peito musculoso e acaricio seu mamilo, arrancando um gemido gutural dele. Incitada, desabotoo a calça e minhas mãos mergulham para dentro de sua cueca.
Masturbo-o sem piedade e ele faz o mesmo comigo, por alguns minutos ficamos assim, provocando-nos e dando prazer um ao outro.
No ápice e quando sentimos não aguentar mais Joseph agarra-me e solta um palavrão.
— Isso não é suficiente para mim Demi — Joseph geme entre meus lábios — É como colocar um pirulito na boca de uma criança e tirar depois.
— O médico disse repouso.
— Então vem por cima — ele lança um sorriso safado — O trabalho será todo seu.
Puxa-me para seu colo e eu fricciono minha vagina contra o pênis dele, sinto seu membro duro, pronto para o ataque.
— Droga! — ele fecha os olhos, frustrado — Acho que aqui não tem camisinha.
— Se me deixasse falar sempre que tento, saberia que não é necessário.
— Está tomando remédio? Ótimo, não conseguiria me conter de qualquer maneira.
— Na verdade...
— Então vem... — Ele afasta minha calcinha para o lado e desliza para dentro de mim. Sinto a pele arrepiar e esqueço o que ia dizer. Como sempre acontece quando ele me toma, esqueço tudo.
— Espere! — geme ele cravando os dedos em minha cintura — Deixe-me senti-la um momento. Porra! Isso é bom.
Começo a mover-me lentamente como me pediu e aos poucos, com a ajuda dele, meus movimentos passam a ser ritmados e mais velozes.
— Isso! — sussurra ele, suas mãos em meus seios — Como senti sua falta. Nada é mais importante que isso, do que você, nós dois juntos, aqui.
Eu nunca cavalguei, mas sinto-me uma amazona montada sobre ele. Pelos gemidos de prazer que ele emite sinto que estou fazendo tudo certo. Enfim, algo que eu realmente sou boa, dar prazer ao homem que amo, recebendo muito prazer em troca. Um orgasmo explosivo me domina. Ele atinge o clímax em seguida. Derramo-me sobre ele, a cabeça apoiada na curva de seu pescoço, feliz, realizada.

ainda bem que a Demi foi ir ver ele.
O Kevin é um babaca mesmo né? oferecendo dinheiro a Demi.
morri com o Joseph fazendo perguntas desnecessárias para o médico kkkkk
vim postar esse capítulo hoje pois amanhã não conseguirei postar.
esse capítulo terá continuação.
o que acharam? espero que tenham gostado.
quarta-feira estou de volta, bjs amores <3
respostas do capítulo anterior aqui

2 comentários:

  1. Mulher! Sem palavras pra esse capítulo, vamos lá RS. Fiquei mega feliz por ela ter decidido ir vê-lo, a Demi com a preocupação que tem com a Jenny, amo tanto essa amizade delas. Fiquei com o coração apertado ao ver o estado que ela ficou quando descobriu o que aconteceu com o Joseph, os dois exalam amor. Nada a declarar sobre o Kevin, já sabia que era tudo fachada dele, o menino fdp, tenho vontade de socar a cara dele.. Morri de rir com o Joseph fazendo aquela pergunta pro médico, no lugar da Demi eu iria querer cavar um buraco pra me enfiar kk. Já disse o quanto estou amando essa fic? É fogo o Joe nunca deixar ela falar, quero que a Demi descubra logo se está grávida ou não e tenho a sensação que isso causará brigas, até mesmo entre ela e o Joe, não sei, mas é minha intuição que diz isso kkk. Não desanima não meu amor. Suas fanfics são maravilhosas e eu tô amando cada minuto e segundo dessa. Só não demore muito pra postar kk, fico ansiosa demais. Parabéns!

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    1. que comentário maravilhoso, fico muito feliz que esteja gostando amor definitivamente estou amando postar essa história aqui.
      sobre a gravidez isso vai render algumas coisas mas não posso contar muito para não estregar na hora de ler hahahaha
      muito obrigada por ler minhas fanfics fico honrada. Eu só posto na segunda e na quarta pois minha vida é corrida por isso posto nos dias que eu consigo entrar aqui.
      vou postar hoje, bjs amor <3

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