Para Demi, a semana seguinte transcorreu numa agradável sucessão de dias ensolarados e noites sensuais. Passava pelo menos metade dos dias com Selena, e pelo menos metade das noites com Joseph. O veleiro dele, o Star Gazer, tornou-se o refúgio preferido dos dois, pois além de ficar nas proximidades era discreto e versátil. A casa de Jospeh também se tornou quase uma extensão da sua própria casa em Bell Harbor, e Paul e Courtney pareciam considerá-la como parte da família. Porem, nada daquilo era permanente, ela sabia. Sabia que, daquela viagem a Palm Beach, apenas uma coisa seria permanente e duradoura: o amor que sentia por Joseph.
Nicholas e Selena também pareciam estar se entendendo, e com frequência os quatro passavam o dia juntos, embora quase sempre tomassem rumos diferentes com o chegar da noite. Demi não saberia dizer que tipo de relacionamento o agente do FBI estava tendo com sua irmã. Nicholas não era o tipo de homem que recebia bem as perguntas sobre sua vida pessoal, e embora Selena estivesse perfeitamente disposta a partilhar os seus sentimentos, a verdade era que ela tampouco sabia o que Nicholas sentia a seu respeito.
Este era um assunto que sempre surgia nas conversas entre Demi e Jospeh, quando estavam sozinhos, mas no oitavo dia depois daquela noite decisiva a bordo do Apparitiion, ela não teria a companhia dele para conversar. Na verdade, pela primeira vez em vários dias teria uma noite solitária pela frente e, embora semanas atrás esta fosse uma perspectiva agradável, agora sentia-se inquieta e abandonada.
Joseph fora participar de uma reunião de negócios em Miami e deveria voltar somente no dia seguinte. Demi pretendia passar o tempo com Selena e Marie, mas Selena foi atacada por uma súbita enxaqueca naquela tarde e tomou um remédio que a fez dormir. Nicholas também ficara fora o dia inteiro, resolvendo algum tipo de ”negócios particulares”, e não sabia se retornaria naquela noite ou na manhã seguinte.
Depois do jantar, Marie quis assistir a um programa de concursos na tevê a cabo, e por volta das nove e meia Demi já não conseguia suportar nem mais um minuto daquilo. Patrick saíra para jogar pôquer com os amigos, e só estaria de volta depois das onze.
Demi teve a desagradável premonição de que quando fosse embora, quando Joseph já não estivesse mais por perto, a inquietude e solidão que sentia agora seriam suas companheiras constantes. Não tentava enganar-se sobre as intenções dele; ouvira suficientes comentários de Paul e Courtney, e do próprio Joseph, para saber que ele era do tipo ”anti-casamento” e ”anti-filhos”. Além disso, conhecera alguns dos amigos dele, quando Joseph a levou ao clube de campo, e pelas conversas que ouvira fora bem fácil deduzir que Joseph descartava as mulheres com a mesma tranquilidade que trocava de camisas... e quase com a mesma frequência.
Ainda assim, mesmo sabendo de tudo isso e tendo consciência do quanto ficaria magoada quando o caso entre eles terminasse, Demi não teria perdido nem mesmo um segundo daqueles dias, se alguém lhe oferecesse uma opção.
Até a semana anterior, ela sempre se sentira como uma excentricidade perto de Sara e de outras antigas amigas. Com exceção de Demi, todas elas haviam sido ”loucas por rapazes” na adolescência. Na faculdade, estavam sempre se apaixonando e tiveram diversas experiências sexuais. Ao contrário delas, Demi tivera apenas dois relacionamentos mais sérios em toda sua vida, e um destes jamais teria acontecido se ela não estivesse se sentindo completamente deslocada, na época.
Sua mãe era a única pessoa que não estranhava o seu comportamento, porem, quando Demi começou a aproximar-se dos trinta anos sem ter nenhum homem em sua vida, até mesmo Dianna passou a lhe dizer que precisava sair mais vezes e arrumar um namorado. Mas Dianna também não tinha muitas bases em que se apoiar, nesta questão. Muitos homens convidavam-na para sair, e ela quase nunca aceitava. ”Não me sinto atraída por ele”, costumava justificar quando recebia um destes convites. ”Prefiro ficar em casa, ou sair com minhas amigas.”
Demi começava a descobrir que era muito mais parecida com a mãe do que havia imaginado. As duas simplesmente não se sentiam atraídas por qualquer homem que fosse simpático e promissor. Era muito difícil gostarem de alguém, mas quando isso acontecia, era uma experiência capaz de alterar os rumos de suas vidas. A expressão ”mulher de um só homem” passou pela mente de Demi, enquanto dirigia-se para a varanda do seu quarto e olhava a lua brilhando sobre o mar.
Ela espiou no relógio e decidiu dar um passeio na praia. Eram quase dez horas e uma caminhada na praia a deixaria relaxada, e talvez a ajudasse a pegar no sono. Vestiu calças jeans, um suéter de linha de algodão rosa-pálido e calçou os tênis. Depois prendeu os cabelos num rabo-de-cavalo e saiu do quarto.
Quando estava na praia resolveu virar para a esquerda, no sentido oposto ao da casa de
Joseph, para que não a visse e não a usasse como um ponto de referência. Precisava parar de depender tanto dele. Tinha de começar a pensar em seu futuro, quando ele não estivesse mais por perto. Precisava, mas sentia-se incapaz de começar. Em vez disso, era tão mais agradável pensar nas coisas que ele fizera ou dissera quando estavam juntos. Ele era inteligente, bem-humorado, disposto a conversar sobre qualquer assunto do interesse dela, ou melhor, qualquer coisa exceto seus sentimentos por ela. Nunca, nem mesmo nos momentos mais ardentes de paixão, ele pronunciara a palavra ”amor”, ou falara sobre o futuro depois que ela partisse de Palm Beach. Jamais usara uma palavra carinhosa, nem a chamara por um apelido afetuoso. Em Bell Harbor, Jess costumava chamá-la de ”pequena”, e quando estava tomado pelo ”espírito” de Humphrey Bogart, cumprimentava-a com um ”Ei, benzinho!”. Metade dos seus companheiros no departamento de polícia inventara algum apelido para ela, mas o homem com quem ela fazia amor por horas seguidas a chamava apenas de ”Demi”.
Em vez de preocupar-se com isso tudo, decidiu pensar sobre os momentos deliciosos e divertidos que passara junto dele.
Ainda pensava nisso uma hora mais tarde, quando aproximava-se da casa de Patrick ao retornar da caminhada. Com as mãos enfiadas nos bolsos traseiros da calça, olhou na direção do mar, sorrindo ao lembrar-se de como Joseph estava bonito manejando o veleiro com o vento desmanchando-lhe os cabelos. Estava tão descontraído e, ao mesmo tempo, competente no comando do exigente veleiro quanto ficava ao dirigir um carro, e oferecera-se para ensiná-la a velejar. Como professor, demonstrara uma tendência a esperar demais logo no início, dando-lhe ordens que ela não entendia com mais rapidez do que ela seria capaz de cumpri-las. E Demi lhe dissera exatamente isso durante a segunda aula, quando o chamara de ”Capitão Rabugento” num acesso de impaciência.
Demi estava tão absorvida nas lembranças daquele dia que quando ouviu a voz dele pensou, por um breve instante, que era fruto da sua imaginação.
— Demi!
Desviou os olhos do mar e perscrutou a praia à sua frente; depois, olhou à direita. Parou de andar e arregalou os olhos, incapaz de acreditar no que via. Joseph estava em Miami, a negócios... Joseph estava caminhando na direção dela, vindo da casa de Patrick, usando jeans e uma camisa pólo. Ela recomeçou a andar, e ele também apressou o passo.
— Está indo para algum lugar em especial? - ele perguntou com um sorriso juvenil, parando diante dela.
Demi balançou a cabeça.
— Por acaso hoje você se sentiu assim meio perdida, solitária e incapaz de se concentrar?
— Sim, por acaso me senti, sim - ela respondeu encantada, porque era evidente que ele sentira-se da mesma forma. — Acho que peguei um resfriado.
— Um resfriado? Isso deixa a gente irritado e impossível de contentar?
Naquela última semana, Demi percebera que Joseph tinha um temperamento forte e que, quando contrariado, podia mostrar-se bastante ríspido e até grosseiro, embora nunca exibisse esta faceta de sua personalidade diante dela ou da família. Enviou-lhe um olhar de provocante superioridade.
— Isso eu não saberia dizer. Meu humor é sempre excelente.
Ele riu e abriu os braços.
— Então venha compartilhá-lo comigo.
Demi correu para os seus braços, que se fecharam em torno dela com uma força de tirar o fôlego.
— Fiquei com saudade - ele sussurrou. — Acho que estou viciado em você.
Joseph tomou-lhe a boca num beijo voraz, forçando-a a abrir os lábios para sua língua exigente. Quando ficou satisfeito, enlaçou-lhe a cintura e começou a andar com ela na direção da própria casa.
— Para onde está me levando?
— Para o lugar onde mais gosto de vê-la.
Já era tarde, e Demi arriscou um palpite. — A cozinha?
— Como adivinhou? - ele brincou. — Decidi voltar esta noite, em vez de esperar até amanhã cedo, porque queria vê-la. Não comi nada desde o café da manhã, e Claudine já foi dormir. Courtney tem o dom de incinerar tudo o que toca, e Paul não toca em nada na cozinha a não ser que planeje levar diretamente para a boca. Você acha que poderia me preparar uma daquelas omeletes que fez na semana passada?
Demi conteve uma risada.
— Corta-me o coração pensar que você teria ido dormir com fome, se não conseguisse encontrar na praia uma mulher capaz de descobrir como se acende um fogão. É muito triste.
Joseph fitou o seu rosto.
— Você não parece nada triste - notou.
— E você não é apenas atraente, brilhante e incrivelmente sexy - ela disse, tentando brincar com o que realmente sentia. — Mas também muito perspicaz. Não estou triste porque tenho uma solução para o seu problema.
— E eu vou gostar?
Courtney irrompeu no escritório do pai e agarrou Paul pelo braço, obrigando-o a levantar da cadeira.
— O que você está fazendo? - ele protestou quando o livro que estava lendo caiu no chão.
— Você precisa ir lá embaixo. Demi está aqui, e você não vai acreditar, a não ser que veja.
— Veja o quê?
— Joseph está cozinhando!
— Você quer dizer ”cozinhando” como... ”cozinhando de raiva”? - Paul especulou, seguindo-a para fora do escritório.
— Não, quero dizer cozinhando mesmo... fazendo comida!
Ao aproximarem-se da cozinha, pararam de falar e foram andando na ponta dos pés, ansiosos por testemunhar aquele evento inédito sem ser vistos.
Joseph estava parado no meio da cozinha observando Demi, que juntava os ingredientes para a omelete.
— Tenho uma tese sobre cozinhar - ele anunciou, no tom profissional de alguém que está prestes a expor uma análise teórica sobre um assunto no qual se especializou.
Demi sorriu enquanto pegava uma cebola, dois tomates, um pimentão verde e um vermelho na gaveta da geladeira, deixando-os sobre o balcão onde seriam picados.
— Esta sua tese seria do tipo ”eu já paguei pela comida; agora outra pessoa que se vire para resolver o que fazer com ela”?
— Ah, então você já leu meu best-seller sobre este assunto?
Ignorando-o, Demi juntou:
— E eu estaria certa em presumir que esta ”outra pessoa” da sua tese seja, muito provavelmente, do sexo feminino?
— Como adivinhou?
— Não acha que é um preconceito um tanto machista?
— Não penso nisso desta forma - ele declarou, num tom ultrajado. — Considero como ”delegar responsabilidades”. O bacon estava cozinhando no microondas, e Joseph aspirou o ar com prazer. — Humm, o cheiro está ótimo.
Demi enviou-lhe um sorriso por sobre o ombro.
— Está mesmo?
— Sou muito exigente no que se refere a omeletes, e além disso estou faminto.
— Quer ouvir a minha tese sobre cozinha? - ela indagou.
— Creio que não.
Mas ela falou, assim mesmo.
— Quem não ajuda na hora de cozinhar, não ajuda na hora de comer.
— Tudo bem, estou pronto. Pode me dar uma tarefa. E que seja bem difícil.
Sem se virar, Demi lhe passou uma faca e um pimentão verde sobre o ombro direito.
— Aí está. Um pimentão verde.
Ele fez uma careta às suas costas.
— Eu estava pensando em algo mais ”másculo”.
Ela lhe passou a cebola.
Joseph riu, divertindo-se imensamente. Começou a descascar a cebola.
— Espero que a turma do boliche não fique sabendo disso. Eu ficaria desmoralizado.
— Não ficaria, não. As facas são bastante ”másculas”.
Em resposta, Joseph pegou um pano de prato e bateu de leve no traseiro dela.
— É melhor não tentar fazer isso comigo, Joseph - Courtney avisou, entrando na cozinha sorrateiramente. Apoiando os cotovelos no balcão, pousou o queixo nas mãos e fitou-o com um ar de afetada superioridade. — Demi andou me ensinando alguns excelentes golpes de defesa pessoal. Sou capaz de jogá-lo no... Ai! - gritou, quando o pano de prato aterrissou com um pouco mais de força em seu próprio traseiro.
A menina encarou-o com fingida indignação, antes de virar-se para Demi.
— Você quer que eu acabe com ele por causa disso, ou prefere que deixe por sua conta?
Mas antes que Demi pudesse responder, Joseph pegou um tomate e a tábua de picar, colocando-os na frente de Courtney, e entregou-lhe uma faca.
— Demi acabou de expor sua teoria sobre cozinhar. Deixe-me compartilhá-la com você. Courtney pegou a faca e fez uma tentativa desastrada de cortar o tomate.
— Argh, isso é nojento - disse. — Desse jeito nunca vou conseguir aparecer no programa da Sally. Esta casa está começando a dar a impressão de ser habitada por gente de verdade. Paul entrou na cozinha pouco depois, quando a cebola picada já estava no fogo e todo o trabalho de preparação já fora encerrado.
— Por acaso esta omelete daria para mais uma pessoa? perguntou a Demi.
— Dá e sobra - ela respondeu. Courtney ficou furiosa.
— Você não pode comer porque não ajudou a fazer.
— Mas... não há mais nada a fazer por aqui - Paul retrucou, olhando em volta com ar inocente.
Joseph enviou-lhe um olhar malicioso.
— Chegou na hora certa, não é?
— Foi o que pensei - Paul admitiu sem a menor cerimônia, e acomodou-se numa cadeira à mesa da cozinha.
00:20
— Já passa de meia-noite - Demi falou enquanto caminhava devagar pela praia na direção da casa de Patrick, de mãos dadas com Joseph, os dedos firmemente entrelaçados. A proximidade dele, seu toque e até mesmo o som de sua voz quente e profunda deixavam-na com os sentidos à flor da pele.
— Eu me diverti um bocado - ele disse.
— Que bom.
— Você faz com que tudo pareça divertido.
— Obrigada.
Num tom mais baixo, e sem qualquer ênfase, ele acrescentou:
— Estou louco por você.
O coração de Demi pareceu afundar no peito. E eu amo você, pensou.
— Obrigada - murmurou, porque não podia lhe dizer a verdade.
Joseph esboçou um sorrisinho com o canto dos lábios.
— É só isso? - indagou, um tanto desapontado. Demi parou.
— Não, não é só isso - disse baixinho, e erguendo-se na ponta dos pés confessou com um beijo o que não se atrevia a lhe dizer em palavras.
Os braços dele enlaçaram-na e ele beijou-a de volta, com o corpo enrijecendo contra o dela.
Ele também a amava, Demi pensou.
Estavam a meio caminho do gramado que dava acesso aos fundos da casa de Patrick, quando Demi lembrou-se tardiamente dos raios infravermelhos, e levou as mãos ao rosto.
— Meu Deus, esqueci dessas coisas!
— Que coisas?
Ela riu do próprio acesso nervoso.
— Os raios infravermelhos... Se o sistema de segurança estava ligado, nós passamos pelos raios quando atravessamos o gramado. Dishler deve ter visto quando saí e desativou os raios, de forma que não fossem ativados quando acionassem o sistema de segurança.
— Ou foi isso que aconteceu - Joseph brincou - ou a polícia está parando agora mesmo na frente da casa.
— Não - Demi tranquilizou-o. — Selena me disse que quando o alarme é acionado, todas as luzes da casa se acendem, e as sirenes disparam.
— O quê? - ele zombou. — Será que você nunca ouviu falar dos alarmes silenciosos que avisam diretamente a central de polícia?
Demi não apenas já ouvira falar nisso, como também podia lhe dizer como montar e instalar um deles. Em vez de acrescentar mais um item à longa lista de decepções que ele teria mais tarde, ela respondeu vivamente:
— Eu sei tudo sobre estas coisas.
Joseph apertou-lhe a mão, num gesto de brincadeira.
— Aposto que sim - disse, e Demi ficou instantaneamente apreensiva.
— Por que diz isso?
— Uma simples questão de lógica e percepção aguçada. Combinadas, levam-me a concluir que uma mulher que frequenta aulas de defesa pessoal para proteger-se quando anda nas ruas, sem dúvida teria um excelente sistema de segurança para proteger-se quando está dormindo. Estou certo? - ele falou, com presunçosa superioridade.
— Não posso negar que... - Demi começou, mas naquele instante uma figura envolta em sombras chamou-os de uma das varandas no andar de cima:
— Ei, vocês dois!
Era Selena, usando um robe, recostada no parapeito.
— Como está se sentindo? - Demi perguntou.
— Bem melhor. Mas dormi o dia inteiro, e agora estou sem sono. Nicholas e papai chegaram por volta das onze horas e foram direto para a cama. Eu estava pensando em ir para a cozinha preparar um pouco de chocolate quente. Querem me acompanhar?
Demi disse que sim; teria aceito mesmo se estivesse dormindo em pé, mas Joseph recusou o convite e parou na porta dos fundos.
— Estou um pouco cansado e, além disso, não seria capaz de ingerir nem mais uma molécula de qualquer outra coisa.
Porem, não estava cansado demais para lhe dar um longo e profundo beijo de boa-noite, nem para continuar segurando-a entre os braços por muito tempo, o que provocou em Demi a palpitante impressão de que ele não queria deixá-la. Inclinando-se para a frente, Joseph destrancou a porta com a chave que ela lhe entregara, e abriu-a de todo.
— Ligo para você de...
O grito de Selena interrompeu-o no meio da frase.
— Bisavó! não! Alguém me ajude!
Demi fez um giro rápido e correu para dentro, seguindo mais ou menos a direção do grito de Selena, e Joseph seguiu em seu encalço. Logo depois da cozinha havia uma saleta onde Marie estivera vendo televisão quando Demi saíra, e a cena com que ela se deparou fez com que seu coração gelasse no peito. Marie estava caída de frente no sofá, e Selena inclinava-se sobre ela, tentando virá-la.
— Ah, meu Deus, meu Deus... - Selena gemia, descontrolada. — Um ataque cardíaco! Não havia ninguém aqui com ela...
— Ligue para o 911 - Demi ordenou à irmã, tomando o controle. Com toda delicadeza, virou o corpo da senhora de costas para o encosto do sofá. — Avise primeiro a ambulância e... - Interrompeu-se ao ver o ferimento de bala no peito da bisavó, e levantou-se num pulo. — Vá chamar Nicholas! - gritou por sobre o ombro, já começando a correr. — Não toquem em nada, e acendam todas as luzes da casa!
Por uma fração de segundo Joseph pensou que ela estivesse correndo para o telefone, mas havia um aparelho numa mesa ali perto. Então, ouviu a porta dos fundos abrir-se com um estrondo.
— Ligue para o 911! - ele gritou para Selena, disparando para fora da saleta atrás de Demi. Não podia acreditar que aquela tolinha impulsiva estivesse realmente lá fora, procurando um assassino.
Joseph atravessou correndo a porta dos fundos, os olhos examinando rapidamente todo o gramado deserto. Depois virou à direita, percorrendo os fundos da casa, que lhe parecia a rota de fuga mais lógica. Fez a curva no instante em que Demi desaparecia por entre as sombras mais adiante. Quando tornou a vê-la, estava encostada numa das paredes laterais da casa, olhando em volta numa postura de alerta.
— Demi! - ele chamou, mas ela já estava novamente correndo, passando como um raio pelo gramado da frente, desviando-se dos arbustos e saltando obstáculos como se fossem barreiras numa pista de corrida.
Joseph seguiu logo atrás, tentando alcançá-la, furioso e atemorizado demais por ela para apreciar devidamente a eficiência e agilidade de seus movimentos, ou para registrar por que o comportamento dela lhe parecia estranhamente familiar.
Demi parou perto dos portões de entrada. Pendeu a cabeça para baixo, derrotada, e seus ombros começaram a sacudir-se num pranto silencioso. Joseph finalmente alcançou-a, agarrou-a pelos braços e a fez girar de frente para ele.
— O que diabos você...
— Ela está morta, Joseph - Demi soluçou. — Está morta...
As lágrimas que corriam em seu rosto apagaram a raiva que ele sentira pela sua imprudência, e Joseph puxou-a para si, abraçando-a com força.
— Lamento muito Demi - murmurou. - Lamento muito.
À distância, o gemido das sirenes parecia cada vez mais próximo, e Joseph viu que os portões eletrônicos começavam a se abrir. Afastou Demi da entrada no instante em que dois carros de polícia chegavam de direções opostas, com suas sirenes estridentes e luzes piscando.
Então gente gostaram do capítulo? Quem será que assassinou a Marie? Comentem, bjs!
Que capítulo é esse? Pelo amor de Deus não paraaaa!!!! Posta outro pfvrrr!!!!
ResponderExcluirJá postei lindona, confira! Bjs <3
ExcluirOi, desculpe incomodar, mas eu estou ajudando uma amiga que faz parte de um site de fanfics interativas, o jonasfics, que agora está aberto para todos os públicos. Então só queria informar caso queira postar sua história lá, ou ler as do site kkkk. E se puder divulgar já que desde o fim da banda as pessoas estão abandonando o site, eles vão passar por mudanças a fim de melhorar tanto para as leitoras, quanto para as autoras.
ResponderExcluirFico agradecida,
Sam, xoxo.
Claro amor, desculpe se eu demorei para visualizar sua mensagem...
ExcluirMas irei dá uma olhadinha e divulgar
Bjs lindona <3
Tava tudo tão perfeito, ele voltou pra ficar com ela, a descontração na cozinha com a família dele, a admissão dele de que esta louco por ela, e agora acontece isso. Tadinha da Demi, vai se sentir culpada por ter deixado ela sozinha. Posta mais. Melhor fic.
ResponderExcluirPois é, mas muita coisa ainda está por vim, as coisas vão piorar.
ExcluirA demi ainda vai sofrer um pouco, mas tudo vai dá certo.
Já postei, confira! Bjs <3