07/12/2016

heartbeat: capítulo 5


Detalhes inesperados

Passando a última camada de rímel, Demi desviou a atenção do espelho. A porta batendo anunciava a chegada de Selena. Correu para a sala de estar.
– Passei o dia todo ligando e mandando torpedos para você – disse Demi, quase sem fôlego, enquanto calçava um par de sapatos vermelhos de salto alto. – Por que não me ligou de volta?
Selena atirou a bolsa no sofá.
– Esqueci a droga do celular aqui. – foi até a cozinha e pegou o telefone em cima da bancada.
Olhando para Demi, abriu um sorriso luminoso. – Você está maravilhosa. Qual é a ocasião especial?
– Nove meses de namoro com Alex. Ele vai chegar logo – respondeu Demi, se aproximando de Selena. – Você estava dormindo quando cheguei em casa ontem à noite. Nem imagina quem eu conheci.
– Pois é, fiquei me perguntando por que você tinha sumido. – Selna digitou a senha de desbloqueio no celular. – Está bem, deixe-me adivinhar. Hum... Brad Pitt?
– Estou falando sério, Sel. Você nunca vai adivinhar.
– Não! Quero mais uma chance. – Selena fez uma pausa. – Hum, o presidente Obama?
Demi riu e se afundou numa das cadeiras à mesa.
– Eu conheci o único, o exclusivo... espere... espere... Joseph Jonas.
– Um tesão, não é? – perguntou Selena, levando o telefone ao ouvido.
Demi sorriu.
– É, sim.
– Agora admita que minha descrição sobre aquele deus foi bem precisa. Se eu me lembro bem – Selena bateu um dedo no queixo. – Quando o descrevi você discordou com veemência dizendo que nenhum homem poderia ser tão delicioso assim.
– É, você acertou na mosca. Mas aposto que quer ouvir os detalhes de nossos encontros anteriores.
Selena fechou o celular às pressas.
– Anteriores? – ela atravessou a sala em duas passadas largas e se atirou numa cadeira. – Você tem toda a minha atenção. Desembucha!
Demi inclinou o corpo para a frente e se apoiou nos cotovelos, posicionando os dedos sob o queixo.
– Deixe-me ver... ah, sim... ele é o homem que conheci naquele dia em que fui entregar comida no Chrysler Building.
Os olhos castanhos de Selena se arregalaram, mas ela ficou em silêncio, o choque estampado no rosto.
Demi baixou a voz, que assumiu um tom rouco:
– Pois é, e ele é o cara que foi atrás de mim no trabalho e que deixou o nome e o telefone e... ah, uma gorjeta bem generosa.
– Ah, não é possível! O Sr. moreno, gostoso e bonitão é o Joseph? – ganiu Selena.
Demi assentiu e riu.
– Você está brincando, Demi? Porque, se estiver, é muita sacanagem.
Recostando-se na cadeira, Demi cruzou os braços com um sorrisinho.
– Eu juro.
– Você devia sair com ele. – Selena deu de ombros. – É óbvio que ficou mexida e que também mexeu com ele.
A falta de cerimônia com a qual Selena disse aquilo surpreendeu Demi.
– Como assim?
– Você está com uma expressão meio abobalhada e sonhadora. Sei que está se imaginando abocanhando aquele deus.
– Você só pode estar brincando.
Selena ficou de pé e se pôs a caminho do quarto.
– Sobre a expressão abobalhada, sobre sair com ele ou sobre abocanhá-lo?
– Selena, você sabe do que estou falando.
– Está agindo como se eu fosse incapaz de dizer qualquer uma dessas coisas, Demi.
Chocada, Demi a seguiu. Encostou-se à porta de Selena e pôs as mãos nos quadris.
– Você está falando sério?
Selena tirou a roupa, foi até o banheiro e entrou no chuveiro.
– Não faço a menor questão de esconder minha opinião sobre o babaca.
– Ah, é verdade. Afinal, o que você acha do meu namorado é o que importa – disse
Demi, zombeteira, enquanto entrava no banheiro.
– Por que não dá uma provadinha no Joseph? – perguntou Selena, impassível.
Demi foi enumerando os motivos nos dedos:
– Um, porque amo o Alex. Dois, eu amo o Alex. E três, adivinha só? Eu amo o Alex.
Com a voz mais caprichada e sexy de que era capaz, Selena cantou a música de Tina Turner:
– What’s love got to do with it? E o que o amor tem a ver com isso? – Riu.
– Você enlouqueceu de vez, Sel. E mesmo que eu não estivesse com o Alex, você já destruiu as chances de eu um dia pensar no Joseph como uma possibilidade.
Selena enfiou a cabeça por uma fresta da cortina do chuveiro.
– Como foi que destruí sua opinião a respeito dele?
– Vejamos... ele é galinha é a primeira coisa que me ocorre. – Respirando fundo, Demi fez uma pausa. – Ah, e o fato de você não achá-lo capaz de ficar com uma única mulher por mais de uma semana. Quer que eu continue?
Selena fechou a torneira e saiu do chuveiro. Demi lhe passou uma toalha.
– Certo, ele começou a agir dessa forma depois que Gina terminou o noivado com ele. Antes desse rompimento infame Joseph era tudo que qualquer mulher poderia querer. –
Selena se enrolou na toalha.
– Ele foi noivo?
– Sim, senhora – respondeu Selena, antes de vestir o short preto e uma camiseta branca. – Namoraram por quase cinco anos. Um dia, Joseph chegou em casa e ela tinha ido embora.
Arrumou as coisas e partiu enquanto ele estava no trabalho.
Confusa, Demi franziu a testa.
– Por quê?
– Para ser sincera, ele nunca contou ao meu irmão o que aconteceu. E quando perguntei, ele não quis falar sobre o assunto, então não faço a menor ideia. – Selena sacou a bolsinha de maquiagem de dentro da gaveta. – Mas você o viu. Vai ser gostoso assim lá no inferno! Ele é cheio da grana e, sério, é um cara decente.
– Por que você nunca saiu com ele, então?
– Ah, eu o conheço há tempo de mais. Apesar de eu ter o mais profundo respeito pela gloriosa genética daquele deus, meio que o enxergo como um irmão mais velho. Ia ser esquisito demais. – Selena franziu o nariz, com nojo.
– Há quanto tempo ele é amigo do Trevor?
– Você está fazendo perguntas de mais para quem não está pensando em fazer bobagem – brincou Selena.
Demi ignorou o comentário com um aceno e se virou para o espelho.
– Estou tentando entender melhor as coisas. Alex não me conta nada sobre os amigos ou colegas de trabalho.
– Bem, se o que você quer saber é se Alex e Joseph são amigos há tanto tempo quanto meu irmão e Joseph, a resposta é não.
– Ah, por algum motivo achei que todos eles tivessem feito o ensino médio juntos.
Selena pegou o secador debaixo da pia, enfiou-o na tomada e ligou na potência máxima.
Ergueu a voz enquanto secava os cabelos.
– Não, Trevor e Joseph fizeram o ensino médio juntos. Trevor é supervisionado pelo
Alex na empresa, mas você sabe disso.
Demi assentiu.
– Quando meu irmão começou a trabalhar na Morgan & Buckingham, Alex já era corretor lá. Foi assim que ele conheceu o idiota do seu namorado. – Selena riu e Demi revirou os olhos. – Quando Trevor estava se preparando para fazer a prova para se tornar corretor, Alex perguntou se ele conhecia alguém que tivesse uma conta bancária decente. Querendo impressionar o chefe, meu irmão apresentou Joseph ao Alex, e o resto você já sabe. São amigos há três anos.
– Legal. – Ou não, pensou Demi.
– E, ao que parece, a Jonas Industries é a maior conta que o Alex tem.
Demi deu de ombros.
– E daí? Grande coisa.
– E daí que... você pode agradecer ao Joseph por parte do dinheiro que seu namorado tem.
Demi pensou nas inúmeras noites que Alex passava no escritório arranjando clientes.
Embora Joseph tivesse alguma importância na prosperidade de Alex, o namorado não se limitava a ganhar dinheiro com a Jonas Industries. Demi tinha grande admiração por ele.
– Bem, muito obrigada por esse histórico extremamente instrutivo sobre os três. Você é um amor. – as duas riram.
Demi já ia saindo do banheiro, quando Selena disse:
– Quer saber de uma coisa? – Demi parou e esperou. – Era Joseph quem devia ter ido nos visitar na faculdade naquele fim de semana, não o Alex. É uma loucura pensar que você poderia estar namorando com ele em vez de com o outro.
Um leve sorriso repuxou os lábios de Demi enquanto ela encarava a amiga. O toque do telefone de Demi interrompeu os poucos segundos de silêncio. Ela foi à cozinha para atender à ligação. Era Alex, avisando que estava esperando lá embaixo.
Agarrando a bolsa, Demi caminhou até a porta com passos largos enquanto Selena lhe mandava um beijinho de despedida.


***

– Você está incrível – sussurrou Alex junto dos cabelos de Demi enquanto entravam no simpático restaurante à beira do Liberty State Park. Colocando a mão nas costas dela, ele chegou mais perto e mordiscou sua orelha. – E tenho que admitir que este lindo vestido vermelho vai ser tirado até o fim da noite.
Rindo, Demi ficou nas pontas dos pés para beijá-lo.
– E eu não tenho o menor problema em tirá-lo.
Ela levou um instante observando os traços de Alex, suspirando satisfeita diante da beleza quase pueril. Os cabelos louro-escuros estavam naturalmente desalinhados, como se Demi tivesse acabado de passar os dedos por eles, e os olhos castanho-claros a faziam se lembrar de uma mistura perfeita de caramelo e chocolate.
Alex fizera uma reserva para aquela noite especial, até mesmo se certificando de que a mesa tivesse vista para a baía. O restaurante contava com uma das melhores vistas da Estátua da Liberdade ao longe. O garçom os conduziu até um suntuoso pátio repleto de árvores e adornado com um trabalho sutil de paisagismo. Sob as estrelas, a vista do porto tirou o fôlego de Demi.
Embora fosse começo de julho, naquela noite em particular o ar tinha uma brisa revigorante e fresca.
Depois de fazerem seus pedidos e beberem duas taças de vinho tinto, Demi olhou para ALex. Os olhos dele estavam fixos nela, que prendia uma mecha de cabelo por trás da orelha. Sentiu o rubor brincar em suas bochechas e sorriu.
– O que foi? – perguntou ela.
Deslizando o braço ao longo da toalha de linho, ele buscou a mão dela e acariciou os nós de seus dedos com o polegar.
– Você não faz ideia de como é linda. – ele inclinou o corpo discretamente por cima da mesa.
– Ah, você está mesmo fazendo de tudo para dormir comigo esta noite.
Rindo, Alex apertou a mão dela com mais força.
– Touché. Mas sei que vou dormir com você esta noite.
Demi balançou a cabeça, uma risada escapando-lhe dos lábios.
– Você está muito safadinho hoje.
Ele deu de ombros e se recostou, displicente.
– Estou mesmo. Mas também, como poderia não estar? – com a cabeça, fez um gesto em direção ao decote dela, ligeiramente revelador. – Muito embora eu deva dizer que preferia que você usasse algo que a cobrisse um pouco mais.
Demi ajeitou as alças do vestido, puxando-as um pouco mais para cima.
– Está tão ruim assim?
– Bem, gosto de guardar o que é meu só para mim. – Alex pigarreou e tomou um gole de vinho.
– Muito bem, vamos falar de outra coisa antes que eu devore você aqui mesmo em cima da mesa. Como foi o seu dia?
Sem encará-lo, Demi percorreu a beirada da taça com dois dedos.
– Foi bom.
– Qual é o problema?
– Agora estou me sentindo insegura, Alex – respondeu ela, olhando o pátio em volta.
– Demi, não foi isso que eu quis dizer. – ele estendeu o braço por cima da mesa e ergueu o queixo dela com um dos dedos. Os olhos dela encontraram os dele. – Eu só não gosto quando outros homens ficam olhando. Você está estonteante, mas, como eu disse, é só minha.
– Está certo, vou prestar mais atenção no que visto de agora em diante. – um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. – Mas, para ser bem sincera, até que eu gosto quando outras mulheres olham para você.
– Ah, gosta?
– Gosto, sim. Sei que você está comigo e é só isso que importa.
– Bem, você é mulher, é por isso. Os homens têm outras coisas em mente quando ficam olhando dessa forma.
Interrompendo a conversa, o garçom chegou com mais uma garrafa de vinho e dois pratos de filé a Wellington. O restante da conversa girou em torno dos planos de Alex de levar Demi para conhecer alguns pontos turísticos da cidade. Era algo pelo qual ela vinha ansiando, mas que ainda não tinha feito pelo menos não com ele.
Ao chegar para buscar os pratos vazios, o garçom entregou um cardápio de sobremesas para Demi, deixando escapar o sotaque francês carregado:
– O chef recomenda o medley de crème brûlée que consiste em chocolate, baunilha e
banana.
– Para mim, está ótimo – respondeu Demi, devolvendo-lhe o cardápio.
O suave choro de uma criança chamou a atenção de Alex. Ele olhou para Demi.
– Esse bebê está me deixando louco. Você tem mesmo que pedir sobremesa?
Envergonhada, Demi sorriu, espiando o casal que tentava acalmar o bebê.
– É só um bebê, Alex. E não, não tenho que pedir sobremesa, mas eu quero.
Alex ergueu a cabeça bruscamente, fuzilando o garçom com os olhos.
– Muito bem, traga o tal medley para ela. Mas será que poderia tirar daqui essas pessoas com a criança que não para de berrar?
Surpresa diante da aspereza de Alex, Demi parou de sorrir.
– Sinto muito, senhor, mas não posso fazer isso – respondeu o garçom, claramente desconfortável com o pedido.
Os olhos de Alex se tornaram duros.
– Então sem dúvida há um gerente com quem eu poderia conversar.
Estupefata, Demi ergueu os olhos para o garçom e se meteu na conversa:
– Por favor, não há necessidade disso. Coloque a sobremesa numa embalagem para viagem para mim. Obrigada.
– Ela ficará destruída na embalagem, senhorita. Se não vai saboreá-la aqui, posso recomendar nosso cheesecake?
– Sim, está ótimo. E mais uma vez, obrigada.
O garçom assentiu e se retirou, apressado, em direção à cozinha. Demi arrancou o guardanapo do colo e o atirou sobre a mesa.
– Credo, Alex, que diabos foi aquilo?
Ele se remexeu na cadeira, tentando desviar a atenção do casal com o bebê que se esgoelava.
Esfregou os dedos nas têmporas.
– Sinto muito. Tive um dia longo no escritório.
– Ainda assim, foi ofensivo. – ela bufou, recostando-se na cadeira.
– Eu já me desculpei, Demi. Só estou exausto de trabalhar tantas noites até tarde.
Uma onda de culpa a invadiu e Demi estendeu a mão por cima da mesa para segurar a dele.
– Eu sei que você tem trabalhado muito. Mas, sinceramente, o que vai fazer quando tivermos filhos?
O garçom voltou com a sobremesa e a conta. Alex lhe entregou o cartão de crédito, com um pequeno sorriso se formando lentamente em seu rosto.
– Eu não iria querer que você estragasse este corpo maravilhoso tendo filhos.
– Bem, vou querer filhos em algum momento, então acho que você vai ter que aceitar meu corpo estragado algum dia.
Levantando-se da cadeira, ele abotoou o paletó e estendeu a mão para Demi. Ela se levantou com Alex.
– Teremos muito tempo para bebês mais tarde, gata – sussurrou ele. Assinou o nome no recibo quando o garçom voltou. – Vamos, tenho uma coisa especial para você.
Demi o seguiu pelo cais que contornava o restaurante, os olhos se deleitando com os arranha-céus. O cintilar das luzes nas janelas, indicando a presença de outras pessoas lá no alto, a impressionava. Uma brisa fresca soprou sobre sua pele quando ela tirou os sapatos para que os saltos não agarrassem entre as tábuas.
Caminhando de mãos dadas com Demi, Alex foi carregando os sapatos dela e a conduziu até a beira do cais. Então passou o braço em volta da cintura dela.
– Feliz aniversário de namoro. Amo você, Demi. Muito. – ele lhe entregou um estojo de
veludo preto.
O coração de Demi acelerou de ansiedade, ao mesmo tempo que o corpo tremia. Ela
lambeu os lábios, devagar.
– Alex... eu... nós... – Demi gaguejava, incapaz de concluir a frase. 
Inclinando a cabeça para o lado, uma risada grave escapou feito um chicote dos lábios dele.
– Mas você acabou de falar em ter filhos comigo, Demi. – ele afastou uma mecha de cabelos do rosto dela com ternura. – Mas não é o que você está pensando.
Expirando alto, Demi o fitou. Os olhos castanhos tão familiares a encaravam. Ela abriu o estojo e encontrou um impressionante par de brincos de diamantes de um quilate. Demi
arfou diante da beleza da joia. Alex tirou os brincos que ela usava, pegou os novos na caixa e os pôs em suas orelhas. Olhando para baixo, Demi passou o dedo sobre um dos diamantes, bem de leve.
Alex lhe acariciou o rosto com o dorso da mão.
– Ficam lindos em você.
Baixou a cabeça, forçando-a a encará-lo.
– Embora eu deva dizer que você ficou com cara de quem iria desmaiar quando entreguei o estojo.
Ela ergueu a mão e percorreu o contorno do queixo dele.
– São lindos. Muito obrigada. Eu só fiquei um pouquinho... nervosa, sabe? Não tenho certeza se estou pronta para me casar neste momento.
Um sorriso lento foi curvando os lábios dele enquanto seus dedos cálidos iam descendo pelas costas de Demi. Alex a puxou para si.
– Esteja pronta em breve, gata. Porque vou me casar com você algum dia. – com o hálito aquecendo a orelha dela, ele percorreu o contorno com a língua, sugando o lóbulo suavemente.
Os pelinhos da nuca de Demi se arrepiaram diante da atenção que ele dedicara ao local, gesto que Alex sabia ser capaz de levá-la ao limite. Enfiando os dedos nos cabelos dele, ela o beijou. Ele correu a língua pela boca de Demi, ergueu as mãos até a cintura dela e a puxou, o beijo se tornando mais faminto a cada segundo.
Com os sentidos ficando acalorados demais para aquela exibição pública de afeto, Demi se afastou e pegou a mão dele.
– Vamos – chamou, arfante, tentando conter o alto grau de desejo que lhe percorria o corpo. – Muito bem, vamos conversar antes que eu devore você aqui mesmo no cais.
– Muito bem, mas a conversa termina assim que a gente chegar à minha casa. – ele lançou um olhar sedutor enquanto apertava a mão dela. – Está certo, um assunto para conversarmos... um assunto para conversarmos... Ah, você pediu folga no trabalho para esta quarta, quinta e sexta, não pediu?
Demi parou de repente, as sobrancelhas erguidas em sinal de confusão.
– Para quê?
– Para a festa do Dia da Independência, do Joseph. Falamos sobre isso ontem à noite.
– Certo, mas vai ser na quarta. Por que eu precisaria de três dias de folga?
Alex passou o braço pela cintura de Demi e continuou a conduzi-la em direção à sua Mercedes.
– Porque as comemorações da Independência de Joseph Jonas não podem ser chamadas de uma festa normal. – ele abriu a porta do carro para ela. – São três dias de festa. Vamos dormir lá na quarta e na quinta, e voltamos para cá na sexta de manhã.
Demi se acomodou no carro e Alex fechou a porta. Mais uma vez, ela sentiu o coração disparar, mas agora por um motivo bem diferente. O estômago revirou diante da ideia de passar duas noites na casa de Joseph nos Hamptons. Havia se preparado para voltar a vê-lo tinha que fazer isso, afinal ele era amigo de Alex e eles se esbarrariam de vez em quando mas isso era... diferente.
Alex se acomodou no banco e o motor ronronou, ganhando vida. Mordendo o lábio,
Demi o fitou:
– Já é segunda à noite, Alex. Não vou conseguir três dias de folga. Falei com Antonio sobre a quarta e ele não viu problema, mas tenho certeza de que não vai gostar se eu tirar tantos dias seguidos.
– Então eu vou lá e falo com ele – afirmou Alex em tom de superioridade.
– Você não vai fazer nada disso – retrucou ela, irritada. – Eu falo com ele quando chegar ao trabalho amanhã. Não ouse ir até lá dizer o que quer que seja.
– Calma, calma. – ele riu, retirando as mãos do volante por um momento e as erguendo em sinal de rendição. – Caramba, Demi, eu só estava tentando ser gentil.
Revirando os olhos, ela encostou a cabeça na janela.
Perguntou-se duas coisas: primeiro, se conseguiria três dias de folga, o que lhe parecia quase impossível e, e em segundo lugar, caso conseguisse, como seria capaz de passar dois dias e duas noites seguidos tão próxima de Joseph sem pirar completamente?


amo a Selena e seus comentários hahaha
Demi já pensando como irá conseguir viver no mesmo ambiente com o Joseph sem sentir desejo kkkkkkkk
comentem sobre o que acharam amores.
bjs lindonas e até o próximo <3
respostas aqui

2 comentários: