08/03/2017

heartbeat: capítulo 33


Mudança a caminho

O Ano-novo chegara e se fora, trazendo com ele uma montanha de emoções para Demi. Sentada no consultório médico, segurando a mão de Joseph, ela não pôde deixar de pensar em como teria sido para sua mãe descobrir que estava grávida dela. Considerando que o pai havia começado a agredir a esposa mais para o fim do casamento, a mãe nunca escondera que Demi não fora planejada.
Sua intenção tinha sido deixar o marido um pouco antes de descobrir que teria outro bebê. Ainda assim, sempre dissera a Demi que ela era a melhor surpresa de sua vida. Essa afirmação ressoava na cabeça de Demi quando a recepcionista a chamou até o guichê para preencher formulários.
– Quer que eu vá com você? – perguntou Joseph enquanto ela se levantava da cadeira.
Demi fez que não, tentando ignorar a bexiga cheia que gritava de dor.
– Não, estou bem. É só um segundo.
Joseph assentiu.
Demi pegou a bolsa e se dirigiu ao guichê. Esperando a moça loura de cabelos chanel terminar a ligação que acabara de atender, olhou ao redor, para os casais que aguardavam ser atendidos. Demi se perguntou se algum deles estaria na mesma situação dele e de Joseph. Pelos sorrisos, duvidava muito. Com um suspiro, vasculhou a bolsa e sacou o cartão do seguro e a carteira de motorista.
– Desculpe, era o meu namorado – disse a recepcionista, com uma voz aguda, entregando uma prancheta. – Se nada tiver mudado, é só assinar ao pé da página que o Dr. Richards já vai atendê-la.
– Estou com um plano de saúde novo e o meu endereço de casa mudou.
Demi lhe deu o cartão e a carteira. Depois de estalar o chiclete, a garota revirou os olhos, atirou os cabelos para o lado e se virou para tirar cópias. Demi balançou a cabeça diante da óbvia falta de profissionalismo. Quando a moça enfim voltou, devolveu os documentos com um formulário e Demi preencheu as lacunas necessárias. Então, sentou-se ao lado de Joseph com a sensação de que estava prestes a explodir.
– Você não está com uma cara muito boa – sussurrou Joseph. – Preciso dar um escândalo aqui dentro se não deixarem você fazer xixi nos próximos dois minutos? Você sabe que eu posso.
Tentando não rir porque sabia que isso seria o fim da sua bexiga, Demi entrelaçou os dedos nos dele.
– Ah, eu sei que pode. – ela o beijou na bochecha. – Mas eu estou bem. Pelo menos por mais alguns minutos.
Joseph sorriu e roçou o polegar no dorso da mão dela.
– Você está precisando desesperadamente do meu jogo de vinte perguntas. – Demi o encarou como se ele tivesse criado uma segunda cabeça. – Estou falando sério. Vai ajudar você a desviar os pensamentos dessa história toda de não poder urinar. Eu começo.
Demi franziu a testa, cutucando o braço dele.
– Você sempre começa.
– Porque eu inventei o jogo, docinho. – sorrindo, Joseph olhou em seus olhos.
– Seda ou renda?
Demi arqueou uma das sobrancelhas.
– Essa é uma pergunta que eu deveria fazer para você.
– Não. – Joseph roçou os lábios em sua orelha. – Meu jogo. Minhas regras. Agora, responda à pergunta: seda... ou... renda?
Demi respirou fundo, o tom de voz rouco dele instantaneamente fazendo-a esquecer o problema da bexiga.
– Eu... gosto... de seda.
– Boa resposta. Impossível resistir a Demi Lovato de seda. – recostou-se, passando o braço pelo ombro dela. – Pedra ou tijolo?
– Ei. – Demi cutucou o braço dele mais uma vez. – É a minha vez. E como é que você vai de seda ou renda para pedra ou tijolo?
– Meu jogo. Minhas regras. Decidi mudar as regras e perguntar de novo. – Demi fez beicinho e Joseph mordiscou seu lóbulo, segurando-o entre os dentes. Adorou a maneira como a sentiu estremecer. – Não se preocupe com minhas mudanças de assunto. Basta responder à pergunta: pedra... ou... tijolo? 
Demi bufou, convencida de que ele passara anos estudando a arte de levar as mulheres a perder a razão em público. A bexiga cheia já era uma lembrança distante e Demi o encarou, sentindo uma falta desesperadora de seus dentes na orelha.
– Pedra – respondeu ela lentamente. Agora, faria o jogo dele, sabendo que podia levá-lo à loucura da mesma forma. – Eu gosto de qualquer coisa... dura.
Joseph olhou fixamente para seus lábios, então ela os franziu, sentindo-se extasiada enquanto observava as pupilas dele dilatarem de tesão. Ah, sim, ela o fisgara.
– Não que tijolo não seja... duro, mas, se não me engano... e é possível que eu esteja enganada, então me perdoe se estiver... mas a pedra não é... mais dura... muito mais... dura que o tijolo?
Joseph agora a olhava nos olhos, com um sorriso maroto.
– Eu sei o que você está fazendo.
– Ah, sabe? – brincou Demi, olhando para as unhas, tentando mostrar desinteresse. – E estou indo bem?
– Muito – sussurrou Joseph, chegando mais perto. – Se continuar assim, quando a gente sair, vou lhe mostrar como eu jogo bem. Mas não vou ser bonzinho, Srta. Lovato. Vou ser implacável e só vou parar quando você implorar.
Demi sorriu e franziu os lábios novamente.
– Você gosta quando eu imploro, é?
– Essa é a sua pergunta para o jogo? – o olhar de Joseph para os lábios de Demi. Cacete, ela estava mesmo ficando boa naquilo. – Você só tem uma. Escolha com sabedoria.
– Sim, essa é a minha pergunta. – Demi suspirou e cruzou as pernas. – Agora, responda à pergunta, Sr. Jonas: você gosta quando eu imploro? 
Já estava com a resposta na ponta da língua, que ele desejava que estivesse deslizando pelo corpo dela, mas a recepcionista abriu a porta e chamou o nome de Demi.
Demi riu ao ver Joseph se levantar e ajeitar as calças. Sem conseguir se conter, foi rindo até o consultório.
Depois de ligar o aparelho de ultrassonografia, apagar as luzes e jogar um lençol por cima de uma mesa de aparência nada confortável, a atiradora de cabelos nada profissional se virou para Demi:
– Preciso que você baixe os jeans até logo abaixo do osso púbico e se deite aqui para mim.
Sentando-se ao lado da mesa, Joseph arqueou uma das sobrancelhas enquanto observava Demi obedecer.
– Isso pode vir a ser um pouco mais divertido do que eu esperava. Minha pedra está muito dura agora.
Demi olhou para a menina, que corava num tom profundo de carmim. Remexendo-se na tentativa de encontrar alguma posição confortável na mesa, Demi olhou para Joseph e soltou uma gargalhada.
– Só você mesmo para continuar a fazer insinuações sexuais num consultório até depois de perder no próprio jogo.
Joseph deu de ombros.
– O jogo será retomado assim que a gente sair, e eu nunca afirmei ter limites quando se trata de mulheres que gostam mais de pedra do que de tijolo.
Com os olhos arregalados fixos Joseph, a loura sem nome pigarreou.
– O Dr. Richards já vem.
Ela saiu apressada do consultório escuro. Sorrindo, Demi balançou a cabeça.
– Você a assustou.
Joseph apoiou os cotovelos nos joelhos.
– Eu a deixei com tesão.
– Ai, meu Deus, dava para você ser um pouco mais convencido?
Um displicente dar de ombros.
– Eu chamo de autoconfiança.
Demi revirou os olhos.
– Você também disse que não era um stalker, e olhe só para nós.
– Você me deixou sem palavras e isso não acontece com muita frequência. – Joseph riu. – Eu não conseguiria bolar uma boa resposta nem se quisesse. 
Demi sorriu e, um momento depois, o médico entrou e postou-se ao lado dela. Com uma prancheta na mão, empurrou os óculos nariz acima e a fitou, sorridente, ressaltando as rugas junto aos olhos.
– É bom ver você de novo, Srta. Lovato.
– Oi, Dr. Richards.
– Vejo que fez dois testes de gravidez que deram positivo, mas não sabe ao certo quando foi a sua última menstruação.
Demi assentiu. Ele colocou a prancheta sobre uma bancada, lavou as mãos e calçou um par de luvas. Pegando um pequeno frasco branco, deu uma boa sacudida nele.
– É um pouco frio – alertou, espalhando uma bolota de gel turquesa na barriga de Demi.
Ela estremeceu quando a substância tocou-lhe a pele. Olhando para Joseph, começou a passar um aparelho que se assemelhava a um microfone.
– Você é o pai?
Com um sorriso débil, Joseph desviou os olhos para Demi. Seu coração se apertou um pouco ao ver o desconforto dela. Tomando-lhe a mão, puxou a cadeira para mais perto.
– Ele talvez seja o pai. A gente queria falar com o senhor sobre isso – começou Demi, olhando para Joseph. Ela se remexeu outra vez, não só pelo desconforto da situação como pela pressão que o médico colocava em seu baixo-ventre. – Eu... não sei ao certo quem é o pai. Fiz uma pesquisa rápida na internet sobre amniocentese, mas li que existe algum risco.
O médico pigarreou.
– Compreendo. Sim, existe algum risco na amniocentese, no entanto, se feita corretamente, os benefícios podem superar os riscos em alguns casos, em especial numa situação como a sua.
Enquanto o Dr. Richards falava, Joseph ouvia um som estranho.
– Que barulho é esse? – perguntou, olhando do médico para o monitor preto e branco.
– Essa é a batida do coração do seu... do bebê. – o médico girou alguns botões na máquina e apontou para a tela. – E aquele pontinho bem ali é o bebê. 
Joseph engoliu em seco, o coração esmurrando a caixa torácica com tanta rapidez quanto o da criança que podia ser sua. Meu filho... Demi apertou sua mão e ele sentiu o suor se acumular em meio às sobrancelhas. Olhando fixamente para a tela, quase perdeu o fôlego. Ficou observando a minúscula vida se remexer em seu pequeno casulo. Caramba, era tão pequenininho que ele jurava que, se Demi espirrasse, o machucaria. Nas últimas duas semanas desde que haviam retornado da Califórnia, rezara sem parar para que o filho fosse seu, e agora precisava acreditar nisso. Imaginou-se ensinando um garotinho de olhos azuis a jogar beisebol no quintal da casa que ele próprio construiria. Imagens de uma garotinha de tutu rosa, cantando e dançando para ele e Demi, alimentaram ainda mais seus anseios.
Gavin soltou a mão de Emily e passou os dedos pelos cabelos dela. Olhando em seus olhos, engoliu em seco outra vez.
– Você consegue... sentir o bebê se mexendo aí dentro?
– Não – sussurrou.
– Ainda é muito cedo para ela sentir qualquer movimento. Isso acontece por volta das quinze semanas. – depois de mexer mais na máquina, caminhou até a parede, acendendo a luz. Apanhou um círculo de papelão de cima da bancada e a examinou por um momento. – Com base no tamanho do bebê, você está mais ou menos na décima semana de gestação. A concepção ocorreu na última semana de outubro. Estimo a data do nascimento para 21 de julho. Meu consultório não está equipado com a tecnologia mais recente, então vou pedir à recepcionista que marque uma ultrassonografia transvaginal para você. Posso estar perto de me aposentar e um pouco desatualizado, mas tenho quase certeza disso. Comecei nisto antes de vocês dois serem um brilho nos olhos dos seus pais. – ele entregou uma toalha de papel a Demi apontou para a sua barriga. – Use isto para limpar o gel e sinta-se à vontade para ir ao banheiro. Quando terminar, me encontre no consultório. Segunda porta à esquerda. Falaremos sobre os prós e os contras da amniocentese.
Enquanto o médico saía, Demi limpou o gel. A única informação em que conseguia se concentrar remotamente era a data da concepção. A última semana de outubro. Ela só estivera com Joseph algumas vezes naquela semana, mas isso ainda o mantinha na disputa. Mesmo que por alguns dias, isso era tudo o que importava para Demi. Suspirando, saiu da mesa e foi às pressas para o banheiro.
Depois de esvaziar a bexiga, saiu e viu que Joseph a observava. Percebeu que ele estava profundamente imerso em pensamentos e isso lhe partiu o coração.
– Você está bem? – sussurrou ela, aproximando-se enquanto abotoava o jeans que começava a ficar justo.
Pondo-se de pé, ele passou os braços pela cintura dela.
– Eu estou, e você?
Demi assentiu, aconchegando-se contra seu peito. No entanto, ela não estava bem. Longe disso. A dor que assolava Joseph a estava matando. Inalando seu cheiro e mergulhando no som das batidas de seu coração, lutou contra as lágrimas.
Joseph beijou o topo de sua cabeça.
– Não sabia que você tinha pesquisado aquela amnio... sei lá o quê.
– É. Pesquisei outro dia, no trabalho.
– Você mencionou riscos. – ele lhe entregou a bolsa. – Quais são os riscos e como eles fazem o exame?
Passando a alça pelo ombro, Demi recordou o procedimento. Um arrepio involuntário percorreu seu corpo.
– Eles espetam uma agulha na minha barriga e...
Chocado, Joseph a interrompeu:
– Uma agulha? Na sua barriga?
– É.
– Demi, eu preferiria que uma agulha não chegasse perto da sua barriga.
– Hum, Joseph, eu também preferiria que uma agulha não espetasse a minha barriga. Quer dizer, pode causar uma infecção.
Os olhos de Joseph se arregalaram.
– Que tipo de infecção?
Demi sorriu diante de sua confusão e preocupação.
– Amniótica. É o saco de líquido que envolve o bebê. Ele pode ser...infectado.
– E então o que acontece? – perguntou ele, passando a mão pelos cabelos.
– Pode levar a um aborto espontâneo.
Joseph engoliu em seco.
– Está falando sério? – Demi assentiu e ele acrescentou: – De jeito nenhum. Você não vai fazer esse exame. – entrelaçando os dedos nos dela, foi caminhando para a porta. – Meu Deus, Demi, por que você pensaria em fazer o bebê ou você mesma passar por uma coisa dessas?
Eles seguiram na direção oposta ao consultório do médico. Demi parou de andar.
– Fiz a pesquisa porque dá para ver quanto você está sofrendo. Foi o único exame que eu encontrei que poderia dizer quem é o pai neste momento... Já é o bastante que você tenha me aceitado de volta. Agora ainda vai ter que lidar com isso?
Joseph tomou o seu rosto nas mãos.
– É o bastante eu ter aceitado você de volta? – Demi fez que sim, os olhos marejados. Com os polegares, ele enxugou carinhosamente as lágrimas. – Apesar de toda a dor e toda a mágoa que eu passei perdendo você só por aquele tempinho, Demi, eu não mudaria nada. Nada. Eu aceitaria você de volta mais um milhão de vezes. Com a dor e tudo o mais. Nós estamos enfrentando isso. Não só eu. Nós. Se é para colocar alguém em perigo, eu prefiro não saber. Nunca seria capaz de viver comigo mesmo se alguma coisa acontecesse com qualquer um dos dois.
Apoiando-se em seu calor inebriante, Demi descansou a cabeça no seu peito.
– Tem certeza?
Ele deslizou as mãos pelos cabelos dela, puxando-a para mais perto.
– Tanta certeza quanto de que a gente vai envelhecer junto. Eu já posso ver a cena: sentados em duas cadeiras de balanço na varanda, olhando os nossos netos fazerem uma bagunça do cacete no quintal. Mas tudo bem, a gente vai entupi-los de açúcar e mandá-los de volta para os pais em retaliação. – Demi riu e ele continuou: – Embora você possa ter que me alimentar com papinha porque estes dentes brancos e brilhantes já vão ter ido embora. Você está presa a mim.
– Papinha, é?
Joseph deu de ombros.
– É. Também gosto de pudim.
Colocando-se na ponta dos pés, Demi tascou-lhe um beijo no nariz.
– Combinado. Papinha, pudim e netos correndo à solta, doidões de tanto açúcar em retaliação. – Joseph sorriu e Demi tomou sua mão. – Tudo bem. Mas eu ainda preciso agendar o ultrassom transvaginal antes da gente ir embora.
Joseph pigarreou enquanto se aproximavam do guichê onde a lourinha tagarelava ao telefone.
– Certo. Essa coisa transvaginal... Não gosto dessa palavra.
Demi revirou os olhos.
– O que foi agora?
– Bem, eu não sou médico, então isto é só uma suposição, mas imagino que algum velho tarado vá ter uma vista central da sua...
Demi lhe cobriu a boca rapidamente, os olhos arregalados como pires.
– Joseph! – ela podia sentir os lábios dele se abrirem num sorriso, os olhos azuis brilhando bem-humorados. – O senhor vai ter que se acostumar com isso.
– Nada disso – retrucou ele, as palavras abafadas sob a mão dela.
Virou-se, liberando a boca que Demi mantinha refém, e tocou a campainha para interromper a conversa da lourinha. Com os olhos arregalados, ela desligou o telefone.
– Precisamos marcar uma amniocentese transvaginal para a minha namorada, mas gostaria que fosse feita por uma mulher. –Demi soltou uma risada e Joseph a olhou, com um largo sorriso. – O que foi?
– O nome não é amniocentese transvaginal, homem das cavernas psicopata.
O sorriso de Joseph vacilou e ele pareceu um pouco envergonhado. Ainda assim, estava adoravelmente sexy.
– O nome é ultrassonografia transvaginal – informou a lourinha, mostrando- se constrangida com a conversa. – O Dr. Richards enviou a papelada. Duas e meia da próxima terça-feira no edifício Freeman está bom para vocês?
– É uma mulher que vai fazer o exame? – questionou Joseph, não mais parecendo embaraçado ou confuso. Agora, ele apenas se mostrava cem por cento preocupado e Demi não pôde deixar de rir de novo.
– Eu posso fazer um pedido, mas não tenho como garantir.
– Está bem assim. – Demi estendeu a mão para Joseph, conduzindo-o rapidamente até a saída. – Duas e meia, na próxima terça-feira, no edifício Freeman. Eu estarei lá. Obrigada.
– Uma mulher! – gritou Joseph enquanto Demi o puxava em direção ao hall.
– Queremos uma mulher!
Demi saiu para o ar da noite gélida, com o vento de meados de janeiro alfinetan-lhe o rosto, esperando Joseph dar a volta até a frente do prédio. Com as mãos enluvadas enfiadas nos bolsos do casaco de marinheiro, tremia, observando os motoristas passarem voados. Viu, então, a Ferrari de Joseph fazer a curva da garagem subterrânea. Aliviada, soltou ar condensado e se encaminhou até o meio-fio. Quando ele parou, abriu a porta e entrou, o corpo quase congelado dos poucos segundos passados do lado de fora.
Joseph franziu a testa, perplexo.
– Eu ia sair para abrir a porta.
Ela pressionou alguns botões no painel, intensificando o calor.
– Você é muito gen-gentil – gaguejou ela, puxando o cinto de segurança. – Mas eu não podia esperar: está frio como o inferno lá fora.
– O inferno não é frio, meu doce. – ele acariciou sua nuca com os nós dos dedos enquanto entrava no trânsito. – Mas você está gelada... Por que não esperou na portaria?
– Acho que sou masoquista.
Ela tirou o celular da bolsa e discou o número de Olivia. Após alguns toques sem resposta, enviou uma mensagem de texto.
Joseph parou no sinal. Deslizando o braço pelo encosto do banco dela, ergueu uma sobrancelha.
– De fato, você abriu mão de uma noite romântica com o seu homem assistindo a reprises de Honeymooners. Talvez mereça alguma punição, masoquista.
– Você só está dizendo isso porque vamos encontrar o pessoal na Pacha.
– Certo. Uma boate agitada que não é lugar para você, considerando que está grávida.
Demi suspirou, divertindo-se. Conseguira convencê-lo a ir, mas ele não estava muito a fim.
– Joseph Jonas?
– Srta. Demi Lovato.
– Pare de ser chato.
Joseph riu.
– Chato?
Quando o sinal ficou verde, ele baixou o braço para colocar o carro em marcha.
– Isso mesmo, um chato. A gente já teve essa discussão. É uma boate, não uma roda punk. A gente não sai com todo mundo há um tempão e, em poucos meses, não vou mais poder sair. – ela lhe deu um beijo na bochecha, colocando a mão sobre a sua enquanto ele passava a marcha. – Então, sugiro que você fique quieto, homem das cavernas, e exiba a sua namorada gostosa antes que seja tarde demais.
– É a segunda vez hoje.
– Segunda vez do quê? – indagou Demi, olhando-se no espelhinho do carro. – Que eu chamo você de homem das cavernas?
– É. Mas também é a segunda vez que você me deixa sem fala.
Joseph tentava manter os olhos na estrada, mas era quase impossível. O perfume de baunilha que Demi usava se espalhava pelo carro, deixando-o tonto.
Remexendo-se no assento, olhou na direção dela, concentrando-se em seus doces lábios franzidos.
– Estou começando a gostar disso mais do que devia. – ela sorriu, verificando a maquiagem no espelho. – De qualquer maneira, este homem das cavernas vai manter a namorada bem pertinho enquanto a gente estiver lá. – ele desviou os olhos de seu belo sorriso e voltou a atenção para a estrada. – Providencio a sua punição depois, mulher das Cavernas.
Quando conseguiram achar uma vaga, Joseph tinha explicado, em detalhes, as muitas maneiras com que planejava castigá-la na volta para casa. Desnecessário dizer que Demi começava a se arrepender de terem saído. A prazerosa tortura brincava com seus sentidos, só aumentando seu arrependimento. Depois de uma caminhada curta, mas gelada, em volta do quarteirão até a boate, passaram pela fila VIP. Joseph encostou a mão na base da sua coluna, guiando Demi escada acima até o mezanino, onde Selena rebolava de encontro à pélvis do Sr. toalha rosa felpuda. Mesmo com a música estrondosa, Demi conseguiu ouvir o gritinho de Selena a poucos metros de distância. Ela praticamente correu na direção de Demi e de Joseph.
– Minha amiga! – depois de uma colisão quase fatal com uma barra de metal e algumas mesas, Selena abraçou Demi. – Você ganhou a batalha contra o homem! Estou tão feliz que não tenha deixado ele vencer e eu estou chapada. Eba! Esta vai ser uma daquelas noites!
Demi riu, tirando o casaco.
– É, eu ganhei a batalha. – ela sorriu para Joseph, que pegou seu casaco. – E, realmente, você está no bagaço.
– Estou planejando manter este barato a noite toda. – Selena sorriu e tomou a mão de Demi, arrastando-a para a sacada que dava para a pista de dança. – Olha só, Demi! – gritou ela, abrindo bem os braços – Este é o meu mundo!
– Puta merda, Selena! – berrou Demi, segurando-a para que ela não despencasse para a morte. Conduziu-a de volta para Jude e Joseph.
Selena franziu a testa, mas a preocupação de Demi não a impediu de arrancar uma dose de bebida vermelho-fogo de uma garçonete enquanto Jude sacava a carteira para pagar o drinque. Ela o entornou e entregou o copo à garçonete, tascando um beijo molhado no rosto de Jude.
– Você se lembra de minha tela humana, não lembra?
– E como poderia me esquecer? – perguntou Demi.
– Legal ver você de novo! – gritou Jude, mais alto do que a música. – Pelo menos desta vez eu estou vestido.
Demi sorriu, sem ideia de como responder a isso.
A declaração despertou a curiosidade de Joseph. Só um pouco. Depois de colocar os casacos dele e de Demi sobre um sofá de camurça, caminhou de volta para o grupo, os olhos grudados em Jude.
– Eu sou o Joseph e fico feliz em ver que você está vestido. Você é...?
– E aí, meu irmão? – cumprimentou Jude, com um sorriso simpático. Estendeu a mão e Joseph a apertou. – Eu sou o Jude, ou você pode me chamar de tela humana. Tanto faz. Tranquilo.
Joseph assentiu e se inclinou para o ouvido de Demi.
– Ele acabou de mencionar que está vestido desta vez e agora está se chamando de tela humana. Eu fico com a sensação de que você, de alguma forma, o viu nu e que, possivelmente, pincéis estavam envolvidos nessa história. Eu teria deixado você me pintar, se estava precisando disso.
Enlaçando o pescoço dele, Demi arqueou uma das sobrancelhas e sorriu.
– Você me deixaria pintar um arco-íris bem bonito na sua barriga?
– Hum, eu deixaria você pintar qualquer merda, onde diabos quisesse pintar. – mordiscou o lábio dela e a puxou para mais perto. – Não esqueça que eu não tenho limite sexual nenhum com você. Mas não quero você por aí pintando qualquer corpo masculino além do meu.
Demi soltou uma risada, roçando a boca no ouvido dele.
– Eu nunca pintei o corpo de um homem, mas é o que estou planejando fazer quando chegar em casa. Ah, e eu só o vi seminu. Ele tem um corpo legal, mas não é tão firme e tesudo como o seu, então nem se preocupe. E, como eu já disse, foi só uma visão parcial.
– Estava indo tudo muito bem até você falar do corpo dele, mas vou deixar pra lá. – olhando fixamente para ela, passou a língua pelo lábio inferior. – As lojas de tinta ficam abertas até tão tarde?
– Ei! – cantarolou Selena, puxando Joseph para longe de Demi. Chocando-se com ele, passou a mão pelos cabelos louros e sorriu. – Nem ganhei um abraço seu, Jonas, e ela já está até prenha. Que eu saiba, não dá para engravidá-la duas vezes. Chega para trás, meu irmão. A coisa aí estava ficando meio quente por um instante.
Depois de suportar o chocalhante abraço de urso de Selena, Joseph balançou a cabeça.
– Estou cercado por mulheres que me deixaram sem palavras hoje.
Com um largo sorriso, Selena passou o braço ao redor do pescoço de Demi e encarou Joseph.
– Vá se acostumando, amigo. Nós chegamos para ficar. – ela soltou um arroto, consultando o relógio. – Porra, o meu irmão e a Fallon, hein? Espero que ele não esteja por algum canto a emprenhando também. Ele disse que estariam aqui à meia-noite e já é meia-noite e quinze.
Demi franziu o nariz, dando um passo para trás.
– Credo, Selena.
– O quê? – tentando se firmar, agarrou o braço de Jude, que não foi de grande ajuda, porque ele cambaleou para trás. – Exagerei com essa história toda de prenha, né? Mim desculpe. Mas é sério. Ai, meu Deus, Demi, você vai ter um bebê! Temos que sair para comprar roupinhas de criança. Bem, de criança, não, porque ele não vai ser uma criança quando sair daí, mas vai ser minúsculo. Minúsculo como uma borrachinha na ponta de um lápis. – Selena deu um tapa na própria testa. – A gente precisa de um mone. Quer dizer, de um nome. Um mone. Um mone. Ah, já sei: Selena! Menino ou menina, bota o mone de Selena, em minha homenagem.
Completamente aturdida diante do espetáculo etílico de Selena, Demi sentiu um desejo súbito de arrancar uma dose da garçonete, que vinha servindo outra rodada.
– Selena, eu não estava falando do bebê. Estava falando do arroto que você soltou na minha cara.
Selena tocou na boca.
– Eu arrotei?
Nesse instante, Fallon e Trevor se aproximaram do grupo de mãos dadas. Guinchando de prazer, Selena se atirou em cima dos dois com um abraço bêbado demais, apertado demais. Depois de responder a várias perguntas sobre a possibilidade de ter “emprenhado” Fallon, Trevor mandou Olivia e Jude para a pista de dança para queimarem um pouco do álcool.
Lutando contra um sentimento torturante que lhe dizia para não fazer isto, Joseph permitiu que Demi se juntasse ao grupo. Fallon estava com ela e não planejava beber por causa de uma reunião que ocorreria bem cedo, portanto Joseph se sentiu um pouco melhor. Ainda assim, não ficou bem com aquilo. Com as mãos entrelaçadas, apoiou as costas no parapeito do segundo andar. Ficou observando como um falcão enquanto Demi se dirigia à pista de dança apinhada de gente.
– Eu soube o que aconteceu entre você e o Alex – começou a falar Trevor, que também observava as meninas com grande atenção. Joseph percebeu a hesitação em sua voz. – Dois caras do escritório me ligaram para contar.
Com os olhos fixos em Demi, Joseph não se deu o trabalho de se virar para fitá-lo.
– Porra, você escondeu de mim o que ele fez com ela.
– Não escondi nada – respondeu ele, ajeitando os óculos. – Eu conversei com a Demi e ela me prometeu que contaria se vocês voltassem. – ele colocou a mão sobre o ombro de Joseph. – Achei que você soubesse.
Afastando-se com violência, Joseph se desvencilhou e fuzilou Trevor com um olhar que lhe dizia que pretendia atirá-lo por cima do parapeito.
– Caralho, você achou que eu soubesse? Que porra há de errado com você? Você foi à minha casa um dia depois de ela ir morar comigo. Foi a primeira vez que eu vi ou falei com você depois que voltamos do México. Não acha que eu teria mencionado alguma coisa se soubesse?
– Cara, o que você esperava que eu fizesse? Ela me prometeu que contaria o que tinha acontecido se vocês dois voltassem. Pensei que ela tivesse contado. Eu estava errado. Só isso.
Quanto mais Trevor falava, mais interessante parecia a ideia de atirá-lo por cima do parapeito.
– É. Foi a porra de um erro. O que eu esperava que você fizesse? Que você pegasse um avião para Playa del Carmen no dia em que aconteceu, porra. É o que eu esperava de um amigo que eu conheço metade da vida. Alguém que considero um irmão. – Joseph lançou-lhe um olhar de raiva e, em seguida, voltou a atenção para Demi. Olhando a mulher que ele havia salvado de uma vida cheia dor e de mágoa, cerrou os dentes, tentando se acalmar. – Eu a amo mais do que qualquer coisa. Teria voltado no mesmo dia se tivesse sabido. Você devia ter feito alguma coisa. Fim de papo, caralho.
Mesmo com a música ensurdecedora, Joseph pôde ouvir o suspiro resignado de Trevor. De qualquer maneira, ele não tinha certeza se a amizade podia ser salva. Diabos, naquele momento não estava certo de que valia a pena salvá-la. Joseph se sentia traído.
Antes que pudesse pensar demais sobre a amizade rompida, observou Demi e as meninas deixarem a pista de dança. Subiram os degraus até o lounge onde os dois estavam, com o tela humana a reboque. Joseph olhou para Trevor uma última vez, sabendo que sua expressão impassível era pura exibição. Joseph percebia os pensamentos que se moviam por trás dos seus olhos, mas não deu a mínima. Demi o abraçou, tirando-o do impasse com o ex-melhor amigo. Joseph roçou os dedos pelos cabelos suados de Demi. Ela sorriu e aquilo quase acabou com ele. Meu Deus, em meio aos hormônios masculinos que corriam, furiosos, por seu corpo e o suor que brilhava sobre a pele dela, poderia tê-la devorado ali mesmo. Faminto em diversos sentidos, Joseph a beijou com intensidade, querendo se afogar em tudo o que era ela, o corpo em busca de libertação. O gemido dela vibrou por sua língua e aquilo o levou à loucura.
– Você se divertiu?
– Sim, muito.
O corpo de Demi formigava. A pele. O pulso. Cada pelo seu se arrepiou. Uma dor escaldante e insistente começou a se intensificar no meio de suas pernas quando ela fitou o delicioso pomo de adão atrás da gola da camisa branca. Com um suspiro, passou as mãos pelo impecável suéter cinza de gola V, os dedos ardendo de desejo ao tocar o peito nu. Ela engoliu em seco.
– Tenho que ir ao banheiro rapidinho. Já volto.
Ainda com ela nos braços, observou Joseph erguer uma das sobrancelhas, os olhos verdes devorando-a lentamente. Ele indicou a saída com o queixo.
– Eu gostaria de dar o fora daqui assim que você voltasse.
Seu tom íntimo lhe disse tudo o que ela precisava saber, envolveu-a, derrubando-a como uma onda. Com as pernas bambas e o corpo fraco, Demi assentiu.
– Não precisa pedir duas vezes, Sr. Jonas.
– Boa menina. – o tom triunfal a dominou ainda mais, suavizando sua submissão ao pedido. – Vejo a senhorita daqui a pouco.
Demi partiu para o banheiro, mas foi detida por Selena a alguns metros dali. Mais bêbada do que antes, ela sorriu e Demi não pôde deixar de rir. Agarrando a mão de Selena, arrastou-a em direção ao banheiro, mas novamente foi impedida por Fallon. Presa entre as duas, Demi deu os braços a elas e, enfim, chegou ao banheiro. Depois de uma espera de vinte minutos, numa longa fila que serpenteava por boa parte do segundo andar, entraram e fizeram o que tinham de fazer.
– Caipirinha – cantarolou Fallon, e sacou o rímel da bolsa, passando-o nos cílios. – O Joseph falou sobre a discussão que ele e o Trevor acabaram de ter por sua causa?
Demi parou de vasculhar a bolsa atrás do batom e inclinou a cabeça, confusa.
– Não. O que aconteceu?
– O Joseph está puto por ele não ter contado o que o Alex fez com você.
Demi suspirou.
– Eu falei para o Joseph que a culpa foi minha. Vou conversar com ele.
– Espero que sim. – Fallon atirou o rímel de volta na bolsa. Afofou os cabelos, o carmim fogoso vibrante sob a luz que brilhava de cima. – Ele não devia tomar esporro por uma coisa que você tinha que ter feito. Você precisa consertar isso.
– Eu sei que ele não devia tomar esporro por causa de mim, Fallon. Acabei de dizer que tinha explicado ao Joseph que a culpa era minha. Também disse que o Trevor tinha me feito prometer que contaria a ele se a gente voltasse, e eu não contei. O que você quer que eu fale? Vou conversar com ele outra vez, está bem?
Fallon soltou o ar de forma ruidosa e assentiu.
– Tudo bem. Me desculpe. Fui arrogante, mas é que eu amo o Trevor e ele está muito chateado.
– O Trevor está sempre chateado com alguma coisa – deixou escapar Selena, abrindo o cubículo onde se encontrava.
Desembaraçando um colar que parecia estar saindo do meio da cabeleira, revirou os olhos e o arrancou. Por um instante, exibiu uma expressão de dor, mas logo sorriu.
– Graças a Deus. Esse troço estava me matando. E não me pergunte como foi parar no meu cabelo. Acho que foi quando eu me abaixei para me limpar. Ah, e eu tenho quase certeza de que fiz xixi nos sapatos.
Com os braços cruzados, Fallon se recostou na pia.
– O Trevor não está sempre chateado, Selena.
– Pff. Até parece – zombou Selena, e começou a lavar as mãos. – Ele é uma garotinha histérica. Até o meu pai diz que era para eu ter sido o menino na família. Se ele não tivesse um pau, eu o chamaria de mocinha. 
Demi cobriu a boca, tentando conter uma risada.
Um sorriso foi se formando aos poucos nos lábios de Fallon.
– Bem, garanto que ele tem um pau e que sabe usá-lo muito bem.
Selena secou as mãos com uma toalha de papel, fez uma bolinha e a atirou na testa de Fallon, atingindo o alvo em cheio.
– E garanto que, se você não enfiar os 5 centímetros que ele tem num saquinho, vai acabar grávida igual à nossa amiga aqui, mas o seu filho não vai ser tão bonitinho e vai ser reclamão igual ao pai.
– Chega das piadas sobre gravidez, Selena – pediu Demi.
Selena deu de ombros.
– Ora, mas é verdade. Seu filho com certeza vai ser mais bonitinho. – Selena pressionou os lábios, formando uma linha rígida e apertou os olhos. – Espere aí. Retiro o que disse. Se ele for cria do senhor dos babacas, você está ferrada. Vai ser mesmo um bebê feio.
Fallon ficou boquiaberta e Demi arquejou.
– Selena! Como pode dizer uma coisa dessas?
– Demi, eu falo a verdade. Especialmente quando estou bêbada. Está tudo ótimo para você se for do Joseph, mas se o babacoide for pai do bebê, eu o deixava para adoção. Essa história toda já virou uma briga para ver quem faz o maior dramalhão. Sério, eu te amo. Mas, sinceramente, me dá arrepios só de pensar na cara que ele vai ter.
Demi pegou a bolsa da bancada e passou por Selena como um raio.
Selena agarrou o braço dela.
– Espere! Demi, desculpe. Em defesa do Alexbosta... e você sabe que eu nunca o defendo... continuo achando errado que você e o Joseph não contem a ele sobre a gravidez. Não é segredo nenhum que eu não sou fã dele, mas é possível que Alex seja o pai. A longo prazo, se você não contar e for ele, pode ficar ruim para você.
Demi inspirou fundo, tentando acalmar os nervos.
– Sabe de uma coisa, Selena? Você está bêbada. Nos últimos segundos, você disse que o meu filho vai ser a cria do capeta, que vai ser feio e sugeriu adoção. Além disso, está me dando a sua opinião indesejada sobre contar ou não ao Alex. Se você não estivesse tão bêbada, se lembraria dos motivos do Joseph para não querer contar. Também se lembraria dos meus motivos para concordar. Agora, se você me dá licença, amiga, estou indo embora. Se quiser, me ligue amanhã depois que tiver curado a ressaca horrorosa que você vai ter.
Demi deixou o banheiro magoada, confusa e, também, traída por não ter tido uma noite divertida com amigos tão próximos. A mudança estava se transformando na norma.Demi só esperava que isso não a separasse ou separasse Joseph das pessoas de quem gostavam.
Das pessoas que, esperava, ainda gostavam deles.

que lindos os dois juntos vendo o bebê <3
Joseph entendendo nada sobre coisas de ultrassonografia kkkkkkkk
Selena só falando besteira bebêda kkkkkkk 
Demi ficou chateada, será que ela contará para Alex sobre o bebê?
deixem seus palpites.
gostaram? até o próximo.
bjs amores <3

5 comentários:

  1. Oie sou seguidora nova
    Amo suas histórias sou apaixo nada por jemi só consigo ler fic jemi e suas histórias me prende não consigo parar de ler parabéns você tem muito talento❤❤❤

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    1. Obrigada meu amor, que bom que está gostando!
      Seja muito bem-vinda e aproveite o blog <3

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  2. Ufa!!! Consigui colocar a leitura em dia!!! Amo esses dois juntos... Esse jogo de perguntas esta cheirando a alguma armação do Joe heim... Ubs fofos na consulta... Por favor Deus não permita que o bebê seja do Alex!!!! Selena pegou pesado, mas numa coisa ela tem razão, infelizmente ela vai ter que contar para o encosto do Alex!!! Por favor cobtinuaaaa....

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    1. Isso é verdade. Sobre o bebê só iremos descobrir daqui para frente.
      Vou postar hoje lindona, bjs <3

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