12/04/2017

heartbeat: capítulo 37


Defeitos

Demi mordeu o lábio, nervosa, e folheou uma revista sobre gravidez com certa agressividade. Tentando ignorar Alex, que a fitava insistentemente do outro lado do consultório, cruzou as pernas e consultou o relógio: 16h15. Joseph estava quinze minutos atrasado. Ansiosa, sacou o telefone da bolsa na esperança de que houvesse ao menos um recado. Nada. Nem uma mensagem, nem uma ligação perdida. Ela o atirou no colo, perguntando-se onde ele estaria.

– É meio esquisito que o seu amado namorado ainda não tenha dado as caras. – Alex riu. – Será que ele vai se atrasar para o parto? Me ligue se precisar de um substituto.
Demi virou a página e varreu com os olhos um artigo que dizia que suco de beterraba ajudava a prevenir defeitos nos tubos neurais do feto em desenvolvimento. Registrou a informação e verificou outra vez o relógio. Estava começando a ficar preocupada. Joseph costumava telefonar quando se atrasava. Foi tomada pelo medo. Então, a lourinha da consulta anterior chamou o nome de Demi
Depois de colocar a revista sobre a mesa ao seu lado, mandou uma mensagem de texto para Joseph. Enfiou o telefone na bolsa, ficou de pé e partiu em direção à porta que levava aos consultórios, no fundo. Notou que Alex também tinha se levantado, seguindo em seu encalço. Ela se virou subitamente e um arrepio percorreu-lhe a espinha.
– O que é que você está fazendo?
Ele estreitou os olhos.
– O que acha? Vou ver se a gente vai ter um menino ou uma menina.
Demi piscou, retraindo-se diante daquelas palavras.
– Você não vai entrar nesse consultório comigo até o Joseph chegar.
Com um sorriso zombeteiro, Alex tirou um pedaço de papel do bolso de trás e entregou-o a Demi.
– Isto é uma cópia da emenda daquela ordem de restrição da qual você cuidou. Nada aí diz que eu preciso ficar esperando até o bonitão chegar. – ele o arrancou das mãos de Demi. – Pelo visto, você se esqueceu de acrescentar uma coisinha. – ele o enfiou outra vez no bolso e ficou segurando a porta. – Primeiro as damas.
Demi fechou os olhos, arrependida. Com a mente em frangalhos, ela nem havia pensado em acrescentar essa cláusula à ordem. Joseph passara diversas semanas extremamente ansioso e devia estar estressado demais para notar o erro dela. Com um suspiro e uma prece para que Joseph chegasse logo, seguiu a recepcionista até um consultório vazio.
O desprazer da lourinha com Demi era evidente enquanto arrumava os artigos necessários para a consulta. Assim que Demi e Joseph descobriram que o erro do seguro fora culpa dela, Joseph ligara para o consultório a fim de dar voz ao seu desagrado. Depois de quase envolver os advogados na história, Joseph quis que Demi trocasse de consultório, mas, como o médico já estava a par da canhestra situação, Demi achou melhor deixar para lá. Ficou mais do que satisfeita com o fato de a lourinha ter sido repreendida.
– Você já conhece o esquema. Abaixe as calças até o osso púbico. – a lourinha ligou o aparelho de ultrassonografia, apagou as luzes e foi até a porta. – O Dr. Richards está terminando com outra paciente e já vem. Nesse meio- tempo, você não pode ir ao banheiro – avisou ela e saiu.
Demi se sentou na beirada da mesa de costas para Alex. Com as mãos trêmulas, baixou um pouquinho a calça. Olhou para a porta, querendo que Joseph a abrisse naquele momento. Na sala silenciosa, o barulho da respiração de Alex parecia um tornado. Decidida a esperar pelo médico ou por Joseph, ela se deteve.
– Você deixou que eu te comesse por mais de um ano. Agora não é hora de começar a ficar com vergonha. – só pelo tom de voz venenoso de Alex, dava para imaginar que ele estava sorrindo. – Não se preocupe: eu nunca sentiria tesão por você nesse seu formato atual.
– Você é um babaca – murmurou ela, o coração batendo descompassado.
Ele riu.
– E você é a vagabunda que colocou todo mundo nesta situação. O que é pior, Demi? Uma vagabunda que trepa com o amigo do namorado ou um babaca que a está fazendo pagar por isso?
Nesse instante, a porta se escancarou. Joseph e o médico entraram, vindos do corredor. Atravessando a sala rapidamente, Joseph chegou ao lado dela em um segundo, o rosto contorcido de preocupação.
– Sinto muito – sussurrou enquanto Demi lhe enlaçava o pescoço.
– O que foi que aconteceu? – ela inalou o perfume de Joseph, automaticamente tranquilizada por sua presença. Olhou em seus olhos, tentando conter as lágrimas. – Eu mandei uma mensagem. Você não ligou de volta.
– Deixei o celular no escritório e só fui reparar quando estava no meio do caminho. Fiquei preso no trânsito. Foi um caos. – ele encarou Demi, notando que sua preocupação não se resumia apenas a sua ausência. Havia algo mais ali. O estômago dele se revirou de raiva. Olhou de relance para Alex, então voltou a fitar Demi. – Está tudo bem?
Demi o sentiu congelar como se tivesse sido subitamente envolto em gelo. Ela engoliu em seco, com um nó na garganta. Fez que sim, sem querer contar o que acontecera. Joseph já estava irritado. Se soubesse que Alex a olhara, mesmo que só com um pingo de maldade, não tinha dúvida de que haveria um derramamento de sangue naquele consultório.
– Nada aconteceu? – perguntou ele com mais insistência, olhando dela para Alex. De uma cadeira do outro lado da sala, o rival os observava. Demi assentiu mais uma vez e se esticou para beijá-lo. Joseph suspirou enquanto os lábios dela encontravam os seus. Tentou lutar contra a sensação de que ela estava escondendo alguma coisa. Um instante depois, ele a ajudou a subir na mesa e acariciou sua barriga. Demi o olhou e sorriu. Com o corpo novamente aquecido, Joseph puxou uma cadeira e se sentou ao seu lado. Segurando a mão de Demi, encarou Alex. Começava a achar que iria se arrepender para sempre de permitir que ele estivesse presente. Merda. Esse filho podia ser seu e o babaca não tinha o menor direito de estar presente durante um momento tão alegre.
– Então, como tem se sentido, Srta. Lovato? – perguntou o médico, passando o prontuário dela em revista. Ele colocou a prancheta sobre a mesa e caminhou até a pia. – Vejo que ainda está tendo um pouco de náusea.
– Estou. Mas agora é só à noite.
– Experimente uma xícara de chá de camomila ou de gengibre – aconselhou ele, lavando as mãos. Depois de secá-las, atravessou o consultório, calçou um par de luvas e pegou o gel. – Minha esposa ficou viciada em bolachas de sal enquanto estava grávida dos nossos três meninos.
– Três meninos? – Alex se inclinou para a frente, os braços apoiados nos joelhos, e abriu um minúsculo sorriso enviesado. – Espero que a gente tenha um menino.
A tensão se abateu sobre o aposento como uma bomba atômica. Sentindo a mão de Joseph apertar a sua, Demi o encarou. Ele fitava Alex com a boca apertada numa linha rígida. Prendeu a respiração ao ver os olhos do namorado queimarem como brasas incandescentes. Demi deu um aperto na mão dele, tentando em vão atrair sua atenção. Joseph parecia estar pronto para saltar por cima da mesa, o corpo se eriçando numa ira perceptível.
– Eu te amo – sussurrou ela.
Isso interrompeu o transe dele. Fervilhando de ódio, Joseph arrastou os olhos de Alex e se concentrou no motivo pelo qual estava ali. Ele podia fazer aquilo. Ia fazer aquilo. Só esperava, por Deus, sobreviver sem matá-lo.
O médico pigarreou.
– Bem, você está com um pouco menos do que vinte semanas. Se tivermos alguma cooperação do pequenininho, saberemos o sexo em alguns minutos.
O desconforto do momento desapareceu quando Joseph acariciou os seus cabelos. Demi se concentrou no monitor. Rezando para que metade do coração que batia como uma doce melodia pertencesse ao homem que se encontrava ao seu lado, Demi respirou fundo enquanto o médico passava o aparelho por seu abdômen.
Depois de alguns compassos e pulsações de luz, o médico riu.
– Olhem só para isto. – ele apontou para a tela, apertando o lado direito da barriga de Demi com um pouco mais de força. – Ainda não estou certo do sexo, mas este daí é o bebê, com os dedos na boca.
Demi estreitou os olhos, tentando discernir a bolota que enchia a tela e, então, enxergou. Dedinhos minúsculos e delicados entravam e saíam de uma pequenina boca ao sabor da maré de líquido na qual ele flutuava. Com os olhos marejados, Demi se virou para Joseph, que estava tão reverente quanto ela. O médico diminuiu a pressão do aparelho sobre a barriga de Demi.
– Se o bebê abrir as pernas só mais um pouquinho, a gente consegue saber se vai precisar de roupinhas rosa ou azuis. – depois de deslizar o aparelho por um tempo e pressioná-lo bem, o médico abriu um sorriso afetuoso. – Meus parabéns, Srta. Lovato: você vai ter um menino.
Demi deixou escapar um grito sufocado, as lágrimas escorrendo pelas faces, e sorriu para Joseph, que engoliu em seco, com os olhos marejados, enquanto fitava a tela. Ele dissera que, contanto que o bebê fosse saudável, não se importava se seria menino ou menina. É claro que ela sabia que isso era verdade, mas, no dia em que entrara no quartinho de bebê quase vazio e notara uma luva e uma bola de beisebol dos Yankees autografadas sobre a cômoda, soubera que
Joseph queria um menininho.
Ele puxou a cadeira para mais perto, olhando nos olhos de Demi. Passou a mão pelos cabelos dela e encarou o médico.
– Um menino? O senhor tem certeza?
– Aquela partezinha bem ali me diz que sim. – empurrando os óculos nariz acima, o Dr. Richards apontou para a tela, abrindo um sorriso largo. – Dizem para a gente não fazer isso, mas, considerando que eu já vi milhares desses no decorrer dos últimos trinta anos, diria que você pode sair e comprar charutos azuis para comemorar. – o médico pigarreou e olhou para Alex. Com um sorriso composto, mas tenso, acrescentou com um tom que traía seu constrangimento: – Vá em frente e faça o mesmo.
Alex ajeitou a gravata e se levantou. Os olhos castanhos brilhantes espelhavam o falso sorriso.
– É o que pretendo fazer. Minha família vai ficar muito contente em saber que é um menino.
Joseph sentiu cada pelinho da nuca se eriçar. Ele se levantou da cadeira, preparando-se para quebrar cada osso do rosto de Alex, mas Demi agarrou o seu braço e o puxou de volta para o seu lado.
Depois de limpar o gel da barriga, Demi se sentou e umedeceu os lábios, que haviam ficado ressecados.
– Terminamos, não é mesmo? – ela expirou, trêmula, apesar da compostura que tentava demonstrar. – Posso ir ao banheiro agora?
O médico assentiu e, com a ajuda de Joseph, Demi saiu da mesa. Olhando nos olhos dele, ergueu a mão até a sua nuca e o puxou para um longo beijo.
– Eu te amo, Joseph Jonas. Obrigada por não fazer o que eu sei que você estava doido para ter feito. Você não para de me impressionar. Eu me apaixono cada vez mais por você. Meu coração, minha alma, minha vida e meu corpo...tudo isso pertence a você.
Meu Deus. Joseph nunca havia imaginado que palavras tão simples podiam fazer com que não se transformar num lunático valesse cada segundo. Mas aquelas simples palavras não tinham sido ditas por uma simples mulher. Eram um agradecimento do seu anjo. Sim, ela possuía uma forma de fazer cada luta que eles haviam travado valer a pena. Com um olhar de adoração, observou-a desaparecer banheiro adentro.
– Doutor, enquanto a Demi se ajeita, eu gostaria de conversar com o senhor em particular.
– Sem problema. – o médico desligou o ultrassom e acendeu as luzes. – Podemos conversar no corredor.
– De jeito nenhum, Jonas. – exalando arrogância, Alex deu um passo à frente, estreitando os olhos. – Esse bebê é assunto meu tanto quanto seu. Nada de coisinhas em particular.
Cruzando os braços, Joseph pôs a mão no queixo. Inclinou a cabeça para o lado e, lentamente, abriu um sorriso.
– Você está certo, Alex. Foi mal. Então, vamos nessa. – ele estava prestes a foder com a cabeça de Alex. Relaxando numa cadeira, continuou: – Doutor, a minha namorada é uma verdadeira gata. A mulher dá um novo sentido à palavra “linda”, não é mesmo?
O médico pigarreou, parecendo um pouco confuso.
– Sim, Joseph, ela é uma mulher muito bonita.
Um sorriso reverente explodiu no rosto de Joseph enquanto ele desviava a atenção para Alex, que se mostrou igualmente confuso. Com os olhos cravados nos de Alex, Joseph ergueu uma das sobrancelhas.
– É, ela é, sim. Bem, como eu e Demi tínhamos uma vida sexual extremamente ativa e selvagem, com pelo menos quatro atos ao dia, queria saber se isso deveria mudar, agora que ela está grávida. Minha preocupação é se isso pode machucá-la ou machucar o bebê.
Joseph viu Alex cerrar os dentes e se perguntou por que o filho da puta continuava no consultório. Imaginou que a curiosidade o mantinha no lugar.
– De forma alguma – respondeu o médico, atirando-se sobre um banco giratório. – Sexo é completamente saudável e encorajado para os dois parceiros. O bebê fica protegido, bem fundo no útero. Não existe a menor possibilidade de você machucá-lo.
Joseph observou Alex empalidecer. No entanto, o imbecil continuou grudado no chão, como se colado com Super Bonder, completamente imóvel. Joseph aproveitou a oportunidade para entrar nos pormenores.
Agora que ele estava fisgado, Joseph iria puxar a linha...
– Que ótimo saber – continuou Joseph, ainda encarando Alex. – Mas tenho que ser sincero: eu sou muito bem-dotado. A Demi disse que eu sou o maior... homem que ela já teve. Gostamos de fazer amor, mas, normalmente, somos bastante enérgicos. Gostamos da coisa bastante... rústica. Amamos todas as posições que existem. Até mesmo inventamos algumas que, com certeza, ninguém jamais imaginou. Somos bons nisso. Então, doutor, o que o senhor acha, considerando o que eu lhe disse? Basicamente, o que estou perguntando é se... a gente pode trepar como sempre? Porque, se for assim, eu vou levar a minha namorada para casa agora e dar o que ela quer.
Prontinho. O peixe era todo seu.
Quando o médico se preparou para responder, Alex deixou o consultório.
Joseph riu, orgulhoso de ter acertado o alvo em cheio.
– Espere, Alex, você não quer ouvir a resposta? Quer dizer, o bebê é assunto seu tanto quanto meu. Não vamos esquecer: nada de coisinhas em particular.
O médico pode até ter tentado responder à pergunta de Joseph, mas Alex não. Ele bateu a porta com estrondo. Joseph teve a sensação de que a consulta se saíra melhor do que o esperado.


***

Já dentro do elevador do prédio de Joseph, Demi se convenceu de que o namorado havia sido possuído por um demônio sexual. Em meio às olhadas famintas e às promessas de prazeres requintados por vir, ela achava que ele tinha ficado temporariamente louco.
Encostada na parede do elevador, deixou-se levar pelo beijo profundo e apaixonado enquanto subiam até o apartamento dele. Demi inclinou o pescoço, permitindo que a boca macia de Joseph reverenciasse a sua carne.
– E a quem eu devo agradecer esta súbita mudança de apetite sexual? Gostaria de mandar um presente para essa pessoa. Você tem o endereço dela?
Joseph respondeu grudando os lábios nos dela, acariciando a sua língua com lambidas vorazes, deslizando as mãos por seu corpo. As portas do elevador se abriram e, abraçados, foram até o apartamento no final do corredor. Pressionada contra a porta, ela ofegou enquanto ele se atrapalhava, tirando as chaves do bolso. Sua barba por fazer pinicou o queixo dela. Fazendo-a andar de costas para dentro da cobertura, continuou o ataque sobre os lábios de Demi, que atirou a bolsa no sofá, enlaçou o pescoço de Joseph e riu enquanto ele a pegava no colo.
Com as pernas balançando, ela o beijou com mais intensidade, o corpo pulsando da cabeça aos pés em antecipação.
– Então, você vai me responder? – sussurrou ela no momento em que ele a deitava na cama enorme, tirando os sapatos de salto. – A quem devo um agradecimento?
Sorrindo, Joseph puxou lentamente a saia dela e a atirou no chão. Com os olhos verdes cravados nos dela, mordeu os deliciosos lábios, percorrendo a linha logo abaixo do umbigo dela.
– A única coisa que você precisa saber, Srta. Lovato, é que o Alex está extremamente, e eu quero dizer “extremamente” mesmo, ciente de cada coisinha que eu estou prestes a fazer com o seu lindo corpo.
Sem mais perguntas, Demi passou o resto da tarde entregue a todos os atos enlouquecedores que Alex, ao que parecia, sabia que iam acontecer com ela.
– A venda nos olhos é mesmo necessária? – perguntou Demi enquanto Joseph a conduzia pelo corredor. – Já entendi que é surpresa, mas essa animação toda está me assustando. Você pintou de preto?
– Você não tem nenhuma fé nas minhas habilidades de decorador? – perguntou Joseph, rindo.
Abrindo a porta do quarto de bebê, ele sorriu. Não podia dizer que eram as suas habilidades de decorador, pois uma equipe muito bem paga havia feito todo o trabalho. Ainda assim, estava satisfeito com a orientação que lhes dera no último mês, desde que soubera que o bebê era menino.
– Sim, a venda é necessária. Mas vamos combinar uma coisa: como castigo para mim, eu deixo você vendar meus olhos mais tarde.
Demi riu e tentou arrancar a venda, mas Joseph a segurou pelos punhos.
Com um beicinho, ela suspirou.
– Você gosta mesmo de bancar o espertinho. Posso jurar que foi posto no meu mundo por esse motivo.
– Hum, eu nunca tinha pensado dessa forma. – Joseph enterrou o rosto na dobra do pescoço dela, a voz sedutoramente grave. – Colocado neste planeta para dar uma espertalhada no seu mundo.
– Joseph Adam Jonas, se você não me deixar tirar esta venda, vou fazer coisas com você que nenhum homem gostaria. Me entendeu?
Joseph soltou uma gargalhada sonora, os olhos arregalados.
– Você está me deixando com tesão.
– Ai, meu Deus. Você realmente...
– Eu sei. Perdi a cabeça ou enlouqueci de vez. – Joseph mordiscou o pescoço dela. – Qual dos dois, docinho?
– Os dois.
– Boa resposta. – ele tirou a venda dos olhos dela. – Me diga: eu perdi a cabeça?
Demi perdeu o fôlego ao contemplar o quarto de bebê. Joseph transformara o cômodo no paraíso dos Yankees. Fora decorado com bom gosto, não chegando a ser exagerado, e poderia facilmente durar até a adolescência do filho. Viu uma única parede azul-marinho com enormes prateleiras embutidas brancas, onde havia uma variedade de bolas de beisebol, cartões de jogadores e chapéus autografados em receptáculos de vidro. Olhou aquilo tudo, de camisas autografadas penduradas em ganchos de ferro fundido a um placar digital de verdade, passando por uma fileira de armários de metal dos Yankees. Uma das paredes mostrava uma cena dos primórdios do time, em preto e branco, que ia
do chão ao teto. Em cima do mural, vinha escrito: “A casa que Ruth construiu”.
Um pouco além de uma das janelas coberta com cortinas compridas azul- marinho, havia uma poltrona de couro marrom macio com almofadinhas fofas no formato de bolas de beisebol. Um tapete redondo com a silhueta da cidade de Nova York cobria boa parte do espaço. Para completar, ele mandara colocar poltronas do estádio de verdade no quarto. Demi ficou sem fala.
– Eu perdi a cabeça? – sussurrou Joseph, com o queixo apoiado no ombro de Demi, e enlaçou sua barriga crescente, desejando poder ver o rosto dela. – Ou sou louco?
Mergulhando na grandiosidade de tudo o que tornava Joseph quem ele era, Demi se virou e o seu mundo girou sobre o eixo do amor que ele proporcionava. Tantos momentos roubados e pequenas coisas que Joseph dissera e fizera passaram pela mente dela enquanto fitava aqueles sorridentes olhos azuis que haviam lhe roubado o fôlego, o coração e a alma no segundo em que o vira. Tantas palavras, ditas e não ditas, ecoaram nos ouvidos de Demi. Aquele homem, seu melhor amigo e amante, que não sabia se o filho que ela trazia na barriga era dele, mantivera a promessa. Ele já amava o bebê por ser parte dela. E, se Deus quisesse, parte dele também. Levando as mãos às bochechas com covinhas, Demi o fitou por mais um instante e ficou nas pontas dos pés. Enquanto seus lábios se derretiam, ela se perguntou como tivera tanta sorte. Por que, de todas as mulheres do mundo, aquele espertinho a havia escolhido?
Lentamente interrompeu o beijo e o encarou, entorpecida.
– Eu nem sei como agradecer, Joseph. Você me aceitou com cada fraqueza e fragilidade minha, sem me amar menos do que a uma mulher sem defeitos.  Uma mulher sem medos. Cada um dos seus olhares, cada um dos seus toques e beijos foi dado sem nenhum julgamento. Você curou cada ferida exposta, cicatriz antiga e bocadinho de dor que eu trouxe para este relacionamento sem esperar nada em troca. Você me mostrou o que é um coração descompassado, me mostrou que meros pensamentos podiam ser detidos com um único beijo. Você me mostrou o que é ser amada de verdade, de todo o coração e até o fim dos tempos. Como posso lhe agradecer por tudo isso?
– Você me agradece todos os dias – respondeu Joseph baixinho, afagando os cabelos dela.
Demi fechou os olhos.
– Como? – ela inclinou o corpo em direção ao calor do toque dele.
– Olhe para mim, Demi – ela abriu os olhos marejados. – Bem aqui, boneca. Você disse que cada olhar que eu lhe dirigi não teve julgamento. Bem, cada olhar que você me deu foi intocado, puro em tudo aquilo que significa aos meus olhos. Você me olha como se nunca tivesse visto um homem. Não consigo explicar essa sensação. – ele tomou a mão dela e a levou ao coração. – Você disse que cada toque meu foi sem julgamento. Todas as vezes que você me toca, as suas mãos tremem. Você não tem ideia de como isso me faz sentir. E eu não quero dizer sexualmente. Você estremece tudo aquilo que eu sempre soube ser.
Puxando-a para mais perto, roçou os lábios nos dela.
– E cada beijo? Nossa! Nem me faça começar a falar de como você me beija. Desde o primeiro beijo que a gente deu e que você interrompeu – ele mordeu o lábio dela de leve, sorvendo-o entre os dentes. – Até este aqui, você me embriaga. Você faz amor comigo a cada beijo. Você confirma o que este espertinho sabia no segundo em que pôs os olhos numa garçonete linda, com comida espalhada por todo o uniforme. Detesto usar as mesmas falas, mas os seus lábios foram mesmo feitos para mim. O que quer dizer que cada beijo seu foi feito para mim. Cada vez que você me olha, que coloca a mão trêmula sobre o meu corpo ou que encosta os lábios macios nos meus, você me faz agradecer a Deus por ser homem. É assim que você me agradece todos os dias e é assim que eu espero que você continue a me agradecer pelo resto da vida.
Mais uma vez sem palavras, Demi passou os braços em torno do pescoço dele, puxando-o para beijá-lo. Tinha a sensação de que Joseph ainda a deixaria sem fala muitas vezes.
– Hum. Viu só? Você acaba de fazer amor comigo com esse beijo.
Joseph sorriu, tomando a mão de Demi e a conduzindo para fora do quarto de bebê.
– Gostei dessa expressão. Eu faço amor com você com os meus beijos.
– Sim, madame, faz, sim. – Joseph piscou e pegou as chaves da bancada da cozinha. – Agora você me deixou com vontade de passar o dia todo em casa para fazer amor com você de novo. Estou quase cancelando esse passeio.
Demi riu e pegou um casaco macio de tricô do armário. Optando por sapatos rasteiros em vez dos maravilhosos Stuart Weitzman de salto, sentou-se no sofá e olhou de relance para Joseph enquanto os calçava. A sugestão de cancelamento estava ficando mais atraente a cada segundo. Com um boné dos Yankees enfiado até as sobrancelhas, ele lhe pareceu extremamente comível com seus jeans azul-escuros, camiseta justa e um par de All Stars. Demi mordeu os lábios e foi até o seu colírio.
– Não dá para cancelar – disse ela, vestindo o casaco, decepcionada, e pegou a bolsa das mãos dele. – Temos que encontrar o Kevin, a Danielle e os seus sobrinhos ao meio-dia e já são quase onze e quinze. – ela tomou a mão dele e o arrastou em direção à porta. Se não saíssem logo dali, não sairiam nunca mais. – A gente deixa o amor para mais tarde, Sr. Jonas. – Eea sorriu e ficou esperando no hall de entrada enquanto ele grunhia, apertando o código de segurança. Mas tudo bem: ela o manteve satisfeito “fazendo amor” com ele várias vezes no elevador.
Demi e Joseph saltaram do carro para o sol brilhante. Um vento leve de meados de abril atingiu-a em cheio, fazendo-a arrepiar. De qualquer forma, a primavera em Nova York era linda: via-se a cidade acordando de um inverno longo e rigoroso. Não que ela não estivesse sempre desperta, mas as ruas se renovavam enquanto tudo voltava à vida. Dos proprietários das lojas, que abriam as portas para deixar o ar fresco varrer seus estabelecimentos, às árvores de cada parque florescendo com botões coloridos, o centro do mundo rugia a sua existência com a mudança de estação. Também era algo que Demi aprendera a amar.
De mãos dadas com Joseph, Demi espiou várias vitrines ao descerem a Lexington Avenue. Parando um pouco antes da Rua 74, seu olhar se deteve em um vestido justo de verão exibido num manequim. Com as mãos nos quadris, usava a roupa sobre o corpo de plástico melhor do que qualquer modelo bem- paga. Demi olhou para a barriga que não parava de crescer e deixou escapar um suspiro.
– O que foi? – perguntou Joseph, olhando para o manequim.
– Isso é lindo e eu nunca mais vou caber em nada parecido. – ela continuou a andar em direção à Giggle, uma butique chique para bebês que Kevin e Danielle haviam sugerido que eles conhecessem. – Com muita sorte, vou conseguir caber em sacos de lixo depois do parto.
Joseph parou abruptamente. Segurando o rosto de Demi entre as mãos, abriu um largo sorriso.
– Não importa se você estiver usando um saco de lixo ou um biquíni: vai estar shmexy de qualquer forma. – ele a beijou na testa. – Com 45 ou 230 quilos, eu ainda vou amar você.
– Você diz isso agora. Vamos ver quando tiver que mandar fazer roupa sob medida para caber na minha bunda. – Demi ergueu uma sobrancelha, incrédula. – Ou melhor, vamos ver se você diz a mesma coisa enquanto tenta arrancar o saco de lixo do meu corpo nu extra grande.
– Você sabe que está me deixando com tesão, né?
Demi riu e tomou a mão dele.
– Vou marcar uma hora para você com o psiquiatra quando a gente chegar em casa. – andando pela calçada apinhada, ela avistou a butique a algumas portas de onde estavam. – Vai ser bom para você e a sua obsessão. Eu realmente acho que você precisa de um.
Joseph abriu a porta da butique, dando uma palmadinha na bunda de Demi enquanto ela entrava.
– E eu realmente acho que se você continuar a falar do seu corpo nu, gordo ou magro, vou precisar de um banho frio.
Demi balançou a cabeça, mas, antes que pudesse responder, viu Alena. Radiante, a menina correu em direção a Demi, os braços bem abertos e gritou:
– Demi – Demi se ajoelhou e a puxou para um abraço. – Mãe, olha! A Demi e o tio Jonas estão aqui!
A testa de Joseph se franziu.
– Não avisaram a eles que a gente vinha encontrar vocês?
– Ah, claro. – Danielle revirou os olhos. – Você vai aprender rapidinho: nunca diga alguma coisa a uma criança com antecedência. Eles teriam enchido a nossa paciência enquanto esperávamos.
Joseph  pegou um Timothy igualmente animado nos braços.
– Seus pais estão escondendo as coisas de vocês dois, é?
Timothy fez beicinho, agitando um dedo acusatório em direção ao pai.
– É! Papai disse que ia levar a gente ao McDonald’s, mas, aí, trouxe a gente aqui. A gente não sabia que você vinha. Você leva a gente ao McDonald’s, tio Jonas?
Joseph passou a mão pelos cabelos louros de Timothy.
– É claro que sim. O tio Jonas tem um fraco por meninas chamadas Molly e batatas fritas gordurentas – respondeu Joseph, e Alex ficou de pé e sorriu. – E, lembre-se sempre, menino, é você quem controla a mamãe e o papai. Eles podem ser maiores, mas você tem muito mais poder do que imagina. Na verdade, eles têm medo de vocês dois. Seu pai me diz isso todos os dias.
 Timothy encrespou os lábios e rugiu feito um leão na direção do irmão de Joseph.
Kevin balançou a cabeça.
– Muito bem, irmão. Você é o herói do dia e expôs o pior pesadelo de todos os pais. Espere só. Você sabe o que dizem sobre a vingança.
Joseph arqueou a sobrancelha.
– Ah, bem, considere isso vingança por todos os anos de tormento pelos quais você me fez passar. – ele entregou Timothy a Kevin, rindo. – Não se preocupe, eu cuido dos Big Macs.
Kevin olhou para Demi, um sorrisinho cretino cobrindo-lhe a boca.
– Tem certeza de que está pronta para passar um tempo com esse retardado? É possível que ele leve você à loucura.
– Quem, ele? – Demi indicou Joseph com o polegar. – Ah, ele me leva mesmo à loucura, mas, acredite ou não, eu é que tenho o controle da situação. Ele pode ser maior e mais poderoso, mas definitivamente tem medo de mim. Logo, logo vai estar domesticado.
Joseph riu, os olhos arregalados.
– Ah, é?
– É, sim – respondeu ela, passando o braço pelas costas dele. – Não tente bancar o maioral perto deles. Você sabe que é verdade.
Danielle soltou uma gargalhada.
– Adorei! Eu sabia que gostava de você por algum motivo, Demi. Isso mesmo. Nunca deixe esses Jonas acharem que são donos da situação. – ela bateu o quadril de encontro ao de Joseph. – Você vai ser domesticado tão rápido que nem vai saber que lado fica para cima e que lado fica para baixo.
Joseph encarou Kevin e disse, completamente sério:
– Me lembre de manter a minha namorada longe da sua mulher.
Com um Timothy inquieto se remexendo nos braços, Kevin deu de ombros.
– Você já está condenado, irmão. Elas vão almoçar com a mamãe na semana que vem. Torne as coisas mais fáceis para você mesmo e já esteja de avental quando ela chegar em casa. Caso contrário, ela vai começar a negar a você importantíssimos... momentos de brincadeiras físicas.
Joseph passou o braço ao redor dos ombros de Demi, sorriu afetuosamente e se pôs a esfregar sua barriga.
– Querida, docinho, amor da minha vida, eu acho que a gente tem umas roupinhas para comprar. Vamos?
– Creio que sim.
– Que bom. – Joseph olhou ao redor. – Para que lado ficam as roupas?
Kevin acenou com a cabeça para um dos lados.
– Fica logo depois da decoração para quartos de bebê. À direita dos bichos de pelúcia e a alguns metros do centro de atividades.
Joseph permaneceu mudo, olhando fixo para o irmão.
– Irmão, eu tenho dois filhos e uma mulher. – Kevin encolheu os ombros, os olhos verdes reluzindo. – Sou domesticado até dizer chega.
Joseph conduziu Demiu na direção que Kevin acabara de explicar com tantos detalhes. Absorveu as explosões de cores, em todos os tons imagináveis, enquanto atravessavam a imensa butique. Observou cada tipo de banheirinha, cadeirinha e bolsa de fraldas. Olhou para Demi, que parecia sobrepujada pelo ambiente. Com um sorriso, ele parou de andar.
– O que foi? – perguntou Demi.
Ele pousou a mão na sua nuca carinhosamente.
– Você está bem?
Ela balançou a cabeça, as lágrimas brotando.
– Não, não estou.
E não estava mesmo. Diante do quarto do bebê e da barriga crescente, com um medo cada vez maior de se tornar mãe, ela estava com os nervos à flor da pele, ficando neurótica. Passou a mão pelo rosto e tirou uma roupinha minúscula de recém-nascido de uma arara.
– Você está vendo o tamaninho disto aqui, Joseph?
Ih, merda. Agora Joseph estava assoberbado pela reação dela. Ele fez que sim, com cuidado, para não perturbá-la.
– Estou.
Ela fungou.
– Isso quer dizer que a pessoinha que vai usá-la será tão pequena quanto ela. Eu nunca segurei um bebê no colo. Não tenho a menor ideia de como alimentá-lo. Talvez ele morra de fome. Não vou saber por que ele estará chorando. E se ele me odiar? – Joseph fez menção de falar, mas ela foi em frente, as palavras saindo de sua boca mais rápidas que um relâmpago: – Não vou saber colocá-lo para arrotar. E se eu o deixar cair enquanto estiver dando banho nele? O Estado vai tomá-lo de mim. E o que acontece se eu não o ouvir no meio da noite? – ela respirou fundo e desmoronou de vez. – E aquelas pomadas? E se eu não colocar o suficiente e ele tiver assaduras? E se eu passar pomada de mais e ele acabar com uma infecção? Do que é que estou falando? Eu não sei nem trocar uma fralda. Será que ele vai ficar deitado no trocador, nu, com pomada de mais ou de menos porque a mãe dele não sabe colocar fralda?
Meu Deus.
Joseph piscou, engoliu em seco e tirou a mão da nuca de Demi lentamente. Ele sempre soubera lidar com ela. Porra, fora colocado na terra para fazer isso. Mas a mulher diante dele estava pirando. Pensando rápido, passou as mãos pelos cabelos e se arriscou com a única coisa que achou que talvez a acalmasse:
– Sente-se no chão comigo.
Com os olhos lacrimejantes arregalados, Demi franziu a testa.
– O quê? Você quer que eu me sente no chão com você, numa loja?
Joseph se sentou com as pernas cruzadas no assoalho de bordo e fez sinal para que ela o imitasse.
– Demi, a gente quase transou em cima do capô do meu carro no México. Sente-se aí.
Chocada, Demi olhou nervosamente para os clientes que fitavam Joseph como se ele tivesse enlouquecido. Mas ela sempre soubera que ele era um pouco louco. Depois de alguns segundos, obedeceu.
Joseph entrelaçou os dedos nos dela. Com um olhar repleto de ternura e um sorriso afetuoso, ele a beijou suavemente.
– Ei – sussurrou ele.
Um sorriso débil brotou nos lábios dela.
– Ei.
– Meu nome é Joseph Jonas e eu vou dar uma aula sobre bebês, ok?
Demi assentiu, olhando para as mãos deles.
– Você está tentando me acalmar. – ela o encarou, o coração derretido. – Não está?
– Estou e vou conseguir. Me dê cinco minutos. Tudo bem?
Ela mordeu o lábio, se concentrando nos olhos dele.
– Tudo bem.
Puxando a mão dela para o próprio colo, Joseph suspirou de alívio. Demi já começava a se acalmar.
– Bebês são fáceis de pegar no colo. Eles... confiam na gente logo de cara. Sabem que você está ali para cuidar deles. No instante em que você o vir, Demi, não vai conseguir evitar: os seus braços vão automaticamente saber o que fazer. Eu garanto que você nunca mais vai querer ficar sem ele nos braços. Você é tão carinhosa e gosta tanto de cuidar dos outros... Vai ser natural. – ele inclinou o corpo para a frente e lhe deu um beijo demorado. – Tudo bem?
Ela fez que sim, confiando nele.
Sorrindo, Joseph foi em frente, o olhar suave.
– Quando ele chorar, só pode ser por alguns motivos: ou está com fome, cansado, doente, ou com cólica, ou precisa arrotar, ou quer que troque a fralda, ou ser pego no colo. Ou, no seu caso, você o deixou cair e ele está com muita dor ou, então, você não soube trocar a fralda e ele passou o dia todo sujo de xixi e de cocô.
Demi ergueu uma das sobrancelhas.
– Achei que você estivesse tentando me acalmar.
Ele riu e acariciou a sua face.
– O que estou tentando dizer é que você vai saber por quê. E vai saber porque é mãe dele. Vai viver e respirar por ele. Vai aprender a colocá-lo para arrotar e a dar banho. Vai aprender a passar a quantidade certa de pomada. Ele nunca vai morrer de fome porque você não vai aguentar o choro dele e, provavelmente, vai acabar enfiando mamadeiras de mais na boca dele.
Demi balançou a cabeça e riu.
Joseph ficou a centímetros do rosto de Demi, olhando-a nos olhos.
– E ele nunca vai odiá-la. É impossível. Você ama tudo à sua volta com facilidade, logo é fácil amar você. Ele vai sentir isso. Acredite em mim, ele vai sentir.
Demi engoliu em seco.
– Você acha?
– Eu sei que sim, boneca. É impossível não se apaixonar por você.
Sentada no chão com o homem sem o qual ela não podia viver, o homem que lhe ensinara o que é ser amada de verdade, Demi não sentiu mais medo de ser mãe. Em vez disso, deixou-se inebriar pelo fato de que Joseph não só acreditava nas suas forças e amava cada uma de suas fraquezas como outro homenzinho logo a amaria.

esse alex é um pé no saco, de quem será o bebê da demi? 
eles vão ter um menino, que lindos.
amo essa família Jonas <3
o Joseph ajudando ela no final, tadinha ela está muito insegura mas logo isso irá mudar.
gostaram? comentem e até o próximo.
bjs amores <3
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4 comentários:

  1. MENINA DO CÉU QUE CAPÍTULO MARAVILHOSO!
    Joseph sacaneando com o Alex, melhor parte sem dúvidas LOL
    Eu quase achei que Alex tinha feito algo com ele para que ele não chegasse a tempo.
    E esse finalzinho? Joseph quer ser pai dos meus filhos? Eu amei a forma que ele tem tratado a Demi grávida, ela tá surtando legal, espero do fundo do meu coração que o bebê seja dele, não tanto por ele, porém pela Demi :( ela tá no limite dela e não merece o pé no saco do Alex na vida dela. WHAT A FAMILY HEIN
    Já me vejo chorando no final da estória.
    Ansiosa para o próximo.
    xoxo

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    1. Sim, o Joseph sacaneando ele foi o melhor.
      Eles são tão lindos juntos e o Joseph sempre ajudando ela.
      O final vai ser lindo, aguarde.
      Vou postar hoje, bjs lindona <3

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  2. Que lindo esse capítulo muito fofo esse final.
    Esse Alex é um idiota,eis quero muito que esse bebê seja do joe só preciso ver o alex quebrar a cara.a demi tá surtando coitada

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    1. Essa capítulo foi fofo demais.
      O alex é um babaca, algumas coisas ainda estão por vim ainda.
      Vou postar hoje, bjs lindona <3

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