18/07/2016

certain love: capítulo 24



GENTE, SE PREPAREM QUE É HOJE!!! 

— Tá começando cedo, não? - diz o garçom, ao deslizar a bebida pelo balcão até minha mão. 
— Se vocês estão abertos e servindo bebidas já, então não é cedo. 
Já são três da tarde. Deixei Demi sozinha hoje logo de manhã, bem antes das oito horas. Meio estranho estarmos nesta viagem juntos há tanto tempo e nenhum dos dois ter pensado ou querido trocar números de telefone. Acho que não importava muito, já que estávamos sempre juntos. Tenho certeza de que a esta altura ela já deve ter se perguntado se vou voltar, talvez lamentando não ter meu telefone para descobrir se estou bem, o vidro do celular está quebrado, mas o aparelho ainda funciona. Mas começo a desejar que não estivesse funcionando, porque Nicholas e minha mãe já tentaram ligar dezenas de vezes. 
Pretendo voltar para o hotel, mas decidi que vai ser só para pegar o violão de Kevin no quarto e deixar uma passagem de avião para Demi sobre a minha cama. O quarto está pago por mais dois dias, portanto, ela vai ficar bem. Vou deixar dinheiro para o táxi até o aeroporto também. É o mínimo que posso fazer. Fui eu que a convenci a entrar nessa comigo. Sou eu que vou garantir que sua volta para casa esteja totalmente paga, e que não vai ser de ônibus, desta vez. 
Isto acaba hoje. 
Eu nunca deveria ter deixado chegar tão longe, mas estava iludido e cego por meus sentimentos dolorosamente proibidos por ela. Mas acho que ela vai ficar bem, não dormimos juntos e ninguém disse aquelas três palavras malditas que com certeza tornariam as coisas mais complicadas, então, sim... acho que ela vai ficar bem. 
Afinal, ela nunca cedeu para mim. Basicamente, deixei a opção clara para ela: Se você me deixasse transar com você, teria que me deixar possuí-la de corpo e alma.. Se isso não é um convite descarado, então não sei o que é. Não muito romântico, mas é o que é. 
Pago minha bebida e saio do bar. Eu só precisava de alguma coisa pra me acalmar um pouco. Se bem que pra me acalmar o quanto preciso no momento, só se eu tomasse a porra da garrafa toda. Enfio as mãos nos bolsos e ando toda a Bourbon Street, depois a Canal Street, e acabo indo parar em ruas das quais nem lembro o nome, ao passar pelas placas. Ando uma eternidade, pra todo lado, de forma bem parecida com a da minha viagem esporádica com Demi, sem direção nem propósito. Eu simplesmente vou. 
Acho que não estou tentando matar o tempo para que a noite caia e eu possa sair de fininho enquanto ela dorme, mas sim matando tempo na esperança de que ela mude de ideia. Não quero deixar Demi, mas sei que preciso. 
Acabo indo parar no Woldenberg Riverfront Park, e fico sentado à margem do Mississippi, olhando os navios e o ferry indo e voltando de Algiers. A noite cai. E por um tempo enorme, minha única companhia é uma estátua de Malcolm Woldenberg, até que duas garotas, obviamente turistas, a julgar pelas camisetas que dizem “Eu amo Nova Orleans”, se aproximam. 
A loura sorri timidamente pra mim, enquanto a de cabelos castanhos parte pro ataque. 
— Vai pra alguma balada hoje? - ela inclina a cabeça para um lado, olhando para mim. — Eu sou Leah, esta é Amy. 
A loura, “Amy”, sorri para mim de um jeito que sei que eu só precisaria pedir pra ela dar pra mim, e ela daria. 
Faço um gesto com a cabeça, tentando ser educado, mas não digo o meu nome. 
— E então? Vai pra balada hoje à noite ou não vai? - a de cabelo castanho insiste, sentando ao meu lado na calçada. 
Já esqueci os nomes das duas. 
— Não, não vou - digo, e deixo por isso mesmo. 
A loura se senta do meu outro lado, encolhendo as pernas e fazendo seu short subir muito por suas coxas nuas. 
Demi fica melhor num short assim. 
Só balanço a cabeça e volto a olhar para o Mississippi. 
— Você devia vir com a gente - diz a de cabelo castanho. — Vai rolar muita coisa legal lá no d.b.a., e você parece bem entediado. 
Olho de relance para ela. É bem gostosa, como a loura, mas quanto mais ela fala, mais broxante eu acho. Só consigo pensar em Demi. Aquela garota feriu minha alma. 
Nunca mais vai cicatrizar. 
Olho para as pernas da garota de cabelo castanho e depois para os seus lábios se movendo quando ela diz: 
— A gente quer muito que você vá, vai ser divertido. 
Eu poderia... se estou indo embora e pretendo nunca mais ver Demi, talvez devesse sair com estas duas, arranjar um quarto e comê-las. Tenho certeza, pelo jeito que as coisas estão evoluindo, que as duas transariam na minha frente. Já passei por isso algumas vezes, e é algo que não cansa nunca. 
— Sei lá - digo. — Eu tava esperando alguém. 
Não faço ideia do que estou dizendo, nem por que estou dizendo.
A garota de cabelo castanho se inclina e coloca a mão na minha coxa. 
— A gente é companhia melhor - ela diz num sussurro tórrido, com todas as nuanças óbvias de uma garota que teve muitas e muitas transas de uma noite só. 
Tiro a mão dela de cima de mim e fico de pé, enfio novamente as mãos nos bolsos e vou embora. Em qualquer outro momento, eu poderia topar, mas hoje não. 
É, provavelmente minha alma está ferida de forma incurável. Preciso sair desta cidade. Enquanto me afasto das duas garotas sem dizer nada, ouço suas vozes flutuando no ar atrás de mim. Estou pouco me fodendo pro que elas dizem ou o quanto se sentiram rejeitadas. Daqui a uma hora estarão sentadas no pau de outro cara e vão esquecer que falaram comigo. Já passa da meia-noite, agora. Parei num café com acesso à internet e comprei a passagem de avião de Demi para a Carolina do Norte, depois passei num caixa eletrônico e saquei dinheiro mais do que suficiente para pagar a corrida de táxi dela até o aeroporto, e do aeroporto para sua casa na Carolina do Norte. 
A caminho do saguão do nosso hotel, peço um envelope, uma folha de papel e algo para escrever para a recepcionista, me sento num sofá no saguão e escrevo um bilhete para Demi: 

Demi, 
Desculpa ter ido embora desse jeito, mas sei que eu não iria conseguir dizer adeus cara a cara. Espero que você se lembre de mim, mas se me esquecer for mais fácil, aceito isso também. 
Nunca se limite, Demi Lovato tenha certeza do que quer na vida, diga o que sente e nunca tenha medo de ser você mesma. Foda-se o que os outros pensam. Você está vivendo pra você, não pra eles. 
O código abaixo é o que você precisa informar no aeroporto pra pegar seu avião pra casa. Você só precisa da identidade. O avião parte amanhã de manhã. O dinheiro é pro táxi. Obrigado pelas melhores duas semanas da minha vida e por estar ao meu lado quando mais precisei de você. 
- Joseph Jonas 

Leio o bilhete cinco vezes antes de me dar por satisfeito, e finalmente dobro o papel e coloco junto com o dinheiro, dentro do envelope.
Vou até o elevador. O último obstáculo é sair de fininho sem que Demi fique sabendo. Espero que ela ainda esteja dormindo. Por favor, faça Demi estar dormindo. 
Consigo ir embora se não precisar vê-la, mas se ela me vir... Não. Tenho que ser capaz de fazer isso de qualquer jeito. 
E vou fazer. 
Saio do elevador no nosso andar e ando por um corredor longo e iluminado, passando por vários quartos. Ver os nossos logo à frente revira o meu estômago de nervoso. Passo em silêncio, temo que o barulho dos meus passos possa ser o suficiente para avisá-la de que estou aqui. Tem um aviso de não perturbe na maçaneta do quarto dela, e não sei por que, mas vê-lo faz meu estômago se embrulhar todo. Talvez porque a única vez que pendurei um aviso desses na maçaneta de um quarto de hotel foi quando eu estava lá dentro, transando. A ideia de Demi sendo comida por outro cara... 
Cerro os dentes e passo pela sua porta. Dá pra ser mais neuroticamente patético? Ela nem é minha e eu acabo de ser estuprado por uma reação de ciúme louco. 
Quanto antes eu for embora de Nova Orleans, melhor. 
Passo minha chave-cartão na porta e entro no quarto. Está exatamente do jeito que eu deixei: as roupas jogadas perto das mochilas e o violão de Kevin apoiado na parede, sob o abajur. Ando pelo quarto recolhendo as coisas e tenho um momento ah, é quando percebo que iria esquecer meus carregadores plugados na parede se não os tivesse visto ao passar. Tiro todos da tomada e os enfio junto com minhas roupas na mochila. Por último, corro para o banheiro para pegar minha escova de dentes na pia. 
Demi está parada na porta quando volto. 
— Joseph, você tá bem? - olho para ele de lado, cruzando os braços, enquanto a porta se fecha suavemente atrás de mim com um estalo. 
Estava tão preocupada com ele... preocupada porque temia que ele fosse embora sem se despedir, mas mais preocupada por causa do seu estado psicológico quando saiu. 
Porque seu pai tinha acabado de morrer. 
Prendo o fôlego em silêncio e Joseph passa por mim, indo até suas mochilas no pé da cama. Por que ele não quer falar comigo? 
Olho para as mochilas de novo e entendo na hora o que ele está fazendo. Descruzo os braços e me aproximo dele. 
— Por favor, fala comigo - digo delicadamente. — Joseph, você me deu um baita susto - ele enfia a escova de dentes na mochila, ainda de costas para mim. — Se você precisa ir pro enterro, tudo bem. Posso voltar pra casa. Talvez a gente possa se falar... 
Joseph se vira. 
— A questão não é o enterro nem meu pai, Demi - ele diz, e suas palavras me ferem, mesmo sem saber o significado por trás delas. 
— O que é, então? 
Ele me dá as costas de novo, fingindo mexer numa das mochilas, embora eu saiba que é só para despistar. Vejo um envelope no bolso de trás de sua calça. Está escrito MI na frente imagino que seja meu nome parcialmente encoberto pela aba do bolso. 
Estendo a mão e pego o envelope. Joseph se vira e seu semblante murcha. 
— Demi.. - ele dá um suspiro triste e olha rapidamente para o chão. 
— O que é isto? - pergunto, olhando para o meu nome. 
Já estou abrindo a aba do envelope com o dedo. 
Joseph não responde, fica parado ali, esperando que eu leia o bilhete, porque sabe que vou ler mesmo. 
Ele quer que eu leia. 
Vejo o dinheiro e o deixo no envelope, sem tocá-lo, e ponho o envelope no pé da cama. Só me importa o bilhete que tenho nas mãos e que já está esmagando meu coração, e ainda nem o li. Olho para Joseph e para o bilhete algumas vezes antes de desdobrá-lo. 
Minhas mãos estão tremendo. 
Por que minhas mãos estão tremendo? 
E quando leio, um nó quente se aloja no meio da minha garganta. Meus olhos estão ardendo de raiva, mágoa e lágrimas. 
— Gata, você sabia que uma hora esta viagem iria terminar. 
— Não me chama de gata - digo bruscamente, apertando o bilhete, agora com a mão junto ao corpo. — Se você vai embora, não tem mais esse direito. 
— Tudo bem. 
Olho para ele intensamente de novo, com o meu semblante cheio de dor, perguntas e confusão. Por que estou tão furiosa, tão magoada? Joseph está certo: uma hora tinha que terminar, mas por que estou permitindo que isso me afete tanto? 
Lágrimas começam a correr dos meus olhos. Não consigo mais contê-las, mas quero morrer seca se vou chorar feito um bebê. Só olho para ele, meu rosto duro e consumido pela dor e ira. Minhas mãos estão fechadas com força ao lado do corpo, e a parte de cima do bilhete de Joseph está esmagada no meu punho. 
— Se você estivesse indo embora desse jeito por causa do teu pai, porque precisa ficar sozinho, e fosse o teu telefone no fim do bilhete, em vez de um código de passagem, eu poderia entender - levanto o bilhete amassado diante do meu rosto e deixo o braço cair novamente. — Mas ir embora por minha causa e fingir que nada aconteceu entre a gente... Joseph, isso magoa. Magoa, porra. 
Vejo o maxilar dele tremer. 
— Quem foi que disse que consigo fingir que nada aconteceu? - ele lança as palavras como setas, claramente irritado pelas minhas. Largando a alça da mochila, se afasta da cama e vem até mim. — Eu nunca vou conseguir esquecer nada, Demi! Por isso não consegui encarar você! - Joseph corta o ar entre nós com as mãos. 
Dou um passo para trás, me afastando dele. Não consigo aceitar isso. Meu coração dói demais. E estou puta da vida por não conseguir parar de chorar. Olho para o bilhete na minha mão, depois de novo para Joseph e finalmente dou a volta nele e deixo o bilhete em cima da cama, ao lado do envelope e do dinheiro. 
— Tá. Vai embora, então. Mas eu vou pagar minha viagem. 
Enxugo os olhos e ando até a porta. 
— Continua com medo - ele diz alto atrás de mim.
Eu me viro. 
— Você não sabe porra nenhuma! - e em seguida abro a porta com um empurrão, jogo a cópia da chave dele no chão e volto para o meu quarto. 
Eu ando pra lá. E pra cá. E pra lá. Quero esmurrar a parede ou rasgar alguma coisa, mas acabo me contentando em chorar feito um bebê. 
Joseph irrompe no meu quarto, jogando a porta com força contra a parede ao entrar. 
Ele me segura pelos braços, afundando os dedos nos meus músculos. 
— Por que ainda tá com medo? - lágrimas enchem seus olhos: lágrimas furiosas de dor. Ele me sacode. — DIZ O QUE VOCÊ TÁ SENTINDO! 
Sua voz tonitruante enrijece meu corpo por um momento, mas me desvencilho dele. Estou tão confusa. Sei o que quero dizer. Não quero que Joseph vá embora, mas... 
— Demi! - seu rosto está cheio de ira e desespero. — Diz o que você tá sentindo, seja o que for! Não me importa se é perigoso, idiota, doloroso ou ridículo. ME CONTA O QUE VOCÊ TÁ SENTINDO! - sua voz me apunhala. 
Ele não para: 
— Seja honesta comigo. Seja honesta com você mesma! - suas mãos gesticulam na minha direção. — De... 
— Eu quero você, porra! - grito para ele. — A ideia de você ir embora e nunca mais te ver me-rasga-por-dentro! - minha garganta arde como se estivesse em chamas. — Não consigo respirar sem você, caralho! 
— FALA! Puta que pariu - ele diz, exasperado. — Fala de uma vez! 
— Eu quero que você me possua de corpo e alma! - mal consigo ficar de pé, a essa altura. Soluços agitam meu corpo todo. Meus olhos ardem e meu coração dói como jamais doeu antes. 
Joseph me agarra, juntando meus pulsos nas minhas costas com uma das mãos. Ele puxa minhas costas com força para o seu peito. 
— Repete, Demi - ele ordena, o calor do seu hálito banhando o lado do meu pescoço, fazendo calafrios correrem por meus membros. Sinto seus dentes roçarem a pele logo abaixo da minha orelha. — Repete, porra - sua mão aperta dolorosamente meus pulsos. 
— Eu te pertenço, Joseph Jonas... quero ser sua propriedade...
Joseph fecha os dedos da outra mão com força ao redor do meu cabelo, puxando meu pescoço para trás e expondo minha garganta. Ele morde meu queixo e segue descendo pelo meu pescoço. Sinto seu pau fazendo pressão em mim por trás, através da barreira das nossas roupas. 
— Por favor... - murmuro. — Não me solta... 
Com minhas costas ainda apertadas contra seu corpo rijo e segurando meus pulsos com uma mão, ele enfia os dedos dentro do meu short e da calcinha e arranca tudo. Ele me força a ir até a cama, onde meus joelhos pressionam o colchão, e ergue meus braços acima da cabeça, tirando meu top. 
Não olho para trás quando percebo que ele está tirando os sapatos e a roupa. Só vou me mexer quando ele permitir. 
Seus músculos abdominais duros como pedra pressionam com força minhas costas. 
Sinto suas mãos quentes deslizando por minha cintura nua, uma mão subindo para apertar completamente um seio, a outra entrando no meio das minhas pernas. Meu pescoço cai para trás de novo contra o peito de Joseph quando ele enfia um dedo nos meus lábios latejantes lá embaixo e me dedilha com ele. Gemo, jogando a cabeça mais para trás, para alcançar sua boca. Sua língua serpenteia em direção à minha; o calor carnudo e úmido dela me enlouquece. Ele esmaga seus lábios contra os meus e me beija vorazmente, a ponto de nenhum dos dois conseguir respirar. E então ele me força para a frente, para cima da cama. Minhas mãos afundam nos lençóis, meus dedos se fechando sobre o tecido, até que ele joga todo o seu corpo nas minhas costas e meus braços já não conseguem segurar meu corpo. Ele agarra meus pulsos de novo e os puxa para as minhas costas, se apertando contra mim. 
— Porra, por favor, me fode, Joseph... por favor - imploro, minha voz tremendo com meu hálito. Digo o que sinto desta vez, sem que ele precise pedir. 
E parece tão certo. 
Joseph se apoia totalmente em mim; sinto sua ereção forte e persistente. Quero tanto dentro de mim, mas ele, propositalmente, não me concede isso, me fazendo sentir que a qualquer momento vai meter em mim, mas sem nunca meter.
Calafrios atacam meu corpo novamente quando sinto a ponta de sua língua traçando uma linha na minha nuca. Um lado do meu rosto está comprimido contra o colchão, o peso duro do seu corpo em cima de mim, impedindo meus movimentos. Mordo o lábio quando os dentes aguçados se fecham nas minhas costas, o suficiente para causar dor, mas sem rasgar a pele. E depois que me morde, ele beija e lambe cada lugar para aliviar a dor residual. 
Como se meu peso não fosse nada para ele, Joseph vira meu corpo com uma mão nas minhas costas e me arrasta para o meio da cama. Ele engatinha para o meio das minhas pernas, abrindo-as com seus joelhos para que eu fique totalmente exposta. Aperta as palmas das mãos na parte de dentro das coxas, forçando minhas pernas a ficarem abertas. 
Seus olhos esverdeados se voltam de relance para o meu rosto e depois para baixo, para o que está aberto diante dele. Joseph me sonda provocativamente, passando o comprimento de um dedo entre meus lábios e em volta do meu clitóris. Gemo e estremeço, me sentindo retorcer por dentro a cada toque. Ele ergue a cabeça de novo, com olhos perigosos e semicerrados, e mete os dedos tão fundo. Minha mão se junta à sua e ele deixa que eu me toque por um momento, antes de se recusar a me dar mais. 
Ele me masturba furiosamente agora, tocando cada ponto sensível ao toque que existe, e começo a me contorcer suavemente, minha cabeça fazendo pressão sobre o travesseiro. 
E, como se soubesse que vou gozar logo, Joseph retira a mão para me impedir. 
Ele engatinha para cima de mim, beijando e lambendo minha pele, das coxas até o pescoço, e segura meus braços acima da cabeça, para que eu não possa alcançá-lo. Seus olhos ferozes estudam a minha boca e então encontram os meus, e ele diz: — Vou te foder com tanta força... Meu Deus, você não faz nem ideia - suas palavras abrem um caminho de prazer do meu ouvido até a umidade latejante entre as minhas pernas. Ele morde minha língua e me beija com violência, e respiramos, ofegantes, um na boca do outro, nossos lábios gemendo encostados. 
Sua mão direita vai para baixo sem interromper o beijo e ele pega o pau com a mão e o guia até mim, mal colocando a ponta, para me enlouquecer. Jogo os quadris contra ele, tentando forçá-lo a meter mais, beijando-o com mais força e finalmente conseguindo pôr uma mão em sua nuca. Agarro seu cabelo tão forte que sinto que vou arrancá-lo. Ele não liga. Eu também não. Ele gosta de dor tanto quanto eu. 
E então, bem lentamente, para que eu possa perceber cada sensação dolorosamente ardente atravessar meu corpo, ele mete tudo dentro de mim. Meu pescoço se dobra para trás sobre o travesseiro, meus lábios se abrem. Eu grito, gemo e choramingo. Meus olhos estão formigando tanto que ficam pesados, e mal consigo abrir as pálpebras. Seu pau parece estar inchando dentro de mim, e minhas coxas tremem contra o seu corpo.
Joseph me fode devagar de início, me forçando a abrir os olhos para ver os seus. Ele prende meu lábio inferior entre os dentes e o puxa, e então contorna todo o seu comprimento com a ponta da língua. 
Esmago minha boca contra a dele, empurrando-o com meus quadris e forçando a meter mais fundo. 
Minhas pernas estão tremendo, agora. Não consigo controlá-las. Ele começa a me foder mais forte e não consigo mais continuar o beijo. Meu pescoço se ergue do travesseiro de novo, minhas costas começam a se arquear, empurrando meus seios contra ele, que lambe vorazmente meus mamilos. Fecho meus braços e pernas ao redor do seu corpo, enterrando as unhas nas suas costas, sentindo seu suor se formando embaixo delas. Rasgo sua pele. Isso só faz com que ele me foda com mais força. 
— Goza comigo - ele sussurra no meu ouvido e me beija de novo. 
Segundos depois, eu gozo. Meu corpo treme e se agita quando sinto minha carne apertando o seu membro. 
— Não tira - murmuro, enquanto gozamos juntos. E ele não tira. Um gemido profundo e estremecedor atravessa o seu peito, e sinto o seu calor jorrando dentro de mim. Aperto minhas pernas na cintura dele até não poder mais, e lentamente deixo que elas se abram. Ele não para de arremeter para dentro de mim, até que seu corpo começa a relaxar. 
Ele se deita ao meu lado, seu rosto sobre meu coração, minha perna dobrada sobre sua cintura. E ficamos assim por um tempo, enroscados um no outro, deixando nossa respiração se normalizar e nossos corpos se acalmarem. Mas vinte minutos depois, recomeçamos. E antes que a noite termine e adormeçamos nos braços um do outro, ele transou comigo de mais maneiras que todas as que já experimentei. 
Na manhã seguinte, enquanto o sol brilha através das cortinas, ele me mostra que não é sempre brutal e agressivo, me acordando com doces beijos. Ele beija cada uma das minhas costelas, e massageia minhas costas e coxas antes de fazer amor comigo suavemente. 
Eu poderia morrer nesta cama com ele agora, envolta em seus braços, e nem perceberia que morri. 
Joseph me aperta contra o seu corpo em seus braços e beija meu queixo. 
— Agora você não pode ir a lugar nenhum - sussurro. 
— Eu não queria ir mesmo. 
Me viro de frente para ele, enroscando minhas pernas nuas nas suas. Ele encosta sua testa na minha. 
— Mas você ia - digo baixinho. 
Ele faz que sim. 
— É, eu ia porque... - seus pensamentos se perdem. 
— Por quê? - pergunto. — Porque eu tinha medo demais do óbvio? 
Sei que deve ser por isso. Eu acho. Eu espero...
Os olhos de Joseph vagam para baixo. Com a ponta do dedo, aliso toda a sua sobrancelha e depois o nariz. Me curvo para a frente só um pouco e beijo seus lábios suavemente. 
— Joseph? É por isso? 
Meu coração me diz que não é. 
Seus olhos começam a sorrir e ele me puxa mais para perto, me apertando mais nos braços e me beijando com força. 
— Tem certeza que você quer isso? - ele pergunta, como se não acreditasse que eu poderia desejá-lo dessa forma, o que é totalmente absurdo para mim. 
Me esforço para encontrar o significado por trás dos seus pensamentos, mas em vão. 
— Por que eu não iria querer? - pergunto. — Joseph, falei a sério: não consigo respirar sem você. Ontem à noite, depois que você ficou o dia todo longe, me sentei na beirada desta cama e fiquei literalmente sem ar. Achei que você já tivesse ido embora e comecei a pensar em como não tinha nem teu telefone e que nunca iria te encontrar... 
Ele toca meus lábios com o dedo, me acalmando. 
— Tô aqui agora e não vou a lugar algum. 
Sorrio languidamente e deito a cabeça no seu peito. Seu queixo está apoiado na minha cabeça. Ouço seu coração batendo e o barulho da respiração que sai do seu nariz num movimento regular e calmo acima de mim. Ficamos assim por horas, mal dizendo uma palavra. Percebo que esse é exatamente o lugar onde eu queria estar desde que falei com ele no ônibus naquele dia. 
Infringi todas as regras... Cada. Uma. Delas.

NEM TENHO O QUE DIZER DESSE CAPÍTULO!!! Foi tão lindoooooooo
Espero que tenham gostando...
Comentem e até o próximo, bjs lindonas <3

2 comentários:

  1. Adorei, posta logo!bjs (Não tenho mto tempo pra comentar textos dizendo o q acho da fic mas saiba que estou amando e já se tornou uma das minhas preferidas)

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    1. Ah obrigada...fico muito feliz por você está gostando!!!
      Já postei, um beijo <3

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